sábado, 19 de setembro de 2015

"Entre a desonra e a guerra, escolhestes a desonra, e terás a guerra"

Por Robson Merola de Campos

Em 30/09/1938, o então Primeiro-Ministro britânico Neville Chamberlain após assinar o Acordo de Munique que fazia grandes concessões à Alemanha declarou “acredito que ele é a paz em nosso tempo” referindo-se ao líder nazista Adolf Hitler. A história se encarregou de demonstrar que Chamberlain estava errado. Menos de um ano depois, em 1º de setembro de 1939, Hitler mandava suas tropas invadirem a Polônia e deflagrava a Segunda Guerra Mundial.

Em 10/05/1940 Chamberlain renunciou ao cargo e assumiu Winston Churchill que como se sabe uniu a Inglaterra em torno de um espírito guerreiro inquebrantável e conduziu seu país durante os sangrentos e turbulentos anos de luta até a vitória final. Sobre Chamberlain, Churchill disparou uma de suas célebres frases: “entre a desonra e a guerra, escolhestes a desonra, e terás a guerra”.

Há uma lição a ser extraída deste episódio, por todos nós brasileiros. O Brasil vive hoje a sua mais grave crise política, econômica e moral. Nunca se viu em toda a história da nação brasileira dias sombrios como os atuais. O projeto de poder petista que foi reconduzido ao Planalto na última eleição presidencial está falido. A falta de comando, os erros de planejamento estratégico, a desonestidade e a corrupção em escala jamais vistas, esfacelaram o Brasil.

Dilma insiste em continuar não percebendo o óbvio: cada dia mais que ela passa no Planalto ela contribui para a ruína do Brasil e dos brasileiros. Tal qual Chamberlain, falta-lhe a autoridade moral para unir o país em torno de um novo pacto que consiga recolocar a nação no rumo da vitória. A diferença é que Chamberlain no mesmo dia em que a Alemanha invadiu a França (10/05/1940) renunciou ao seu posto. Dilma permanece lá e não parece disposta a renunciar pelo bem da nação.

O recente pacote de ajuste fiscal demonstra a falta de capacidade de Dilma Rousseff para tirar o Brasil do atoleiro em que ela mesma nos colocou. Muitas das iniciativas que ali estão são válidas e necessárias. Mas outras, essenciais, sequer foram citadas. Onde está o corte dos Ministérios que havia sido anunciado? Onde está o reconhecimento de que o Brasil não pode mais sustentar os programas sociais de cunho eleitoreiro?

E o fundamental: Dilma não tem mais legitimidade, credibilidade ou capacidade de exigir sacrifícios do povo brasileiro. Em momentos de crise corta-se na carne. Dilma não pode fazer isso, pois cortar na carne significa sangrar o apoio que tem junto aos partidos políticos aliados. Mesmo sem cortar, o apoio já está escasseando; se cortar, seu governo deixará de existir. Isso é o que acontece com governantes que não tem projeto de governo, mas, apenas projeto de poder.

No triste cenário atual, os brasileiros encontram-se cabisbaixos, sofrendo as agruras de uma profunda crise econômica com desemprego crescente, inflação ascendente e falta de perspectiva. Olha para o horizonte e não percebe que a solução não está distante, mas, sim ao alcance de suas mãos. Esta é mais uma nefasta consequência das administrações petistas que acostumaram a grande massa a receber o peixe e não a pescar. Nem um único “programa social” atual é grátis.

O altíssimo preço está sendo pago por todos os brasileiros e especialmente por aqueles que são os destinatários destes benefícios. À inação soma-se agora a desesperança. Por isso, urge que o Brasil una-se em torno de um pacto nacional para reinventar o próprio Brasil. O Brasil atual está falido e entregue à sanha daqueles que um dia sonharam com uma pátria grande bolivariana, mas, que no percurso resolveram aproveitar-se das brechas e desinteresse dos brasileiros para enriquecer à custa do erário público.

É preciso que se comece uma guerra sem tréguas para devolver o Brasil aos brasileiros. Tal guerra terá sua primeira batalha vencida quando Dilma e seus asseclas forem apeados do poder e julgados com todo o rigor da lei por todas as falcatruas e crimes cometidos nos últimos anos. Outras batalhas se seguirão: em algumas é até possível que sangue brasileiro seja derramado.

O povo brasileiro tem sido continuamente ameaçado, tanto por pessoas que aqui nasceram, mas não amam o Brasil, quanto por aquelas de países vizinhos que continuam sonhando com o ideal bolivariano e que não querem que sejam cortados os recursos que lhes garantem permanecer no poder. Que venham essas batalhas; teremos que enfrentá-las mais cedo ou mais tarde. E as venceremos, exatamente como vencemos as do nosso passado.

A honra caminha de mãos dadas com a justiça. Nossas Forças Armadas são o instrumento da sociedade brasileira para garantir a lei, a ordem e, principalmente, auxiliar na retomada do progresso do Brasil. Sua posição tem sido continuamente externada tanto pelos seus comandantes da ativa quanto pelos valorosos integrantes da reserva. Não convém subestimá-las!

É chegado o momento de todos os brasileiros patriotas se manifestarem. Calar-se ou omitir-se agora é aceitar a desonra, é pactuar com a corrupção. O silêncio agora significa cumplicidade com o projeto de poder que aí ainda está e que faliu o Brasil. Silêncio é para os fracos. A voz unida de todos os brasileiros patriotas determinará o rumo da nação para os próximos anos. O Brasil pode dar certo e cabe a cada um de nós fazermos a nossa parte. E jamais este país precisou tanto de seus verdadeiros e amados filhos quanto agora.

Por isso, caro amigo leitor, cabe agora ao povo brasileiro, e principalmente às autoridades, tanto as eleitas (e que não foram corrompidas pela sedução do poder pelo poder) quanto as instituídas em suas funções decidirem se escolherão a desonra ou a guerra. Aquela, a desonra, nos levará fatalmente à guerra. Esta, a guerra, poderá salvar o Brasil. 

Um fraternal abraço e que Deus abençoe o Brasil e os brasileiros!





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Robson Merola de Campos é Advogado.

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