Cresce cerco dos que querem o impeachment de Dilma. Ainda
falta coesão entre os que disputam o Poder. E clareza sobre os riscos da
operação.
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Riscos internos e externos. Internos porque, passado down e
perplexidade virá a realidade: conta gigantesca, e o contra-ataque dos quem tem
pressa e fome.
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Risco externo porque derrubar presidente é ato seríssimo.
Mancha quem cai, mas pode manchar para sempre quem, mesmo com a mão do gato,
derruba.
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Se não for ação estritamente legal, aos olhos da História e
do mundo será altíssimo o custo de voltar a portar-se como republiqueta de
bananas e golpes.
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A cada mês tem mudado o motivo para pedir o impeachment. Do
motivo "moral", a corrupção, à óbvia incompetência e mediocridade em
ações do governo.
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A "moralidade" é caolha, de ocasião. Nunca
persistiu na investigação a megaescândalos da oposição. Silencia, esconde ou
encolhe delações e acusações contra líderes da oposição.
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"Mensalões". O do PT está nas manchetes há 10
anos, e deu cadeia. O do PSDB dorme numa gaveta em Minas.
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"Zelotes" e "Contas Secretas do HSBC"
são escândalos do agora. De megaempresas e milionários, escândalos estimados em
R$ 38 bilhões.
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Investigações? Manchetes? Panelas? Indignação moral? Não.
Silêncio. No Metrô de São Paulo, em governos do PSDB, roubaram R$ 1 bilhão.
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Última Notícia... Não há acusação contra altos executivos da
CPTM, ou dos governos tucanos... Deve ter sido coisa do maquinista ou da
bilheteira.
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O impeachment depende de Eduardo Cunha, para quem o
procurador pede 184 anos de prisão. Há dias, a Câmara de Cunha aprovou a
ocultação das doações de campanha.
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"Delegado da Polícia Federal quer ouvir Lula".
Segundo o próprio delegado "não existem provas contra Lula". Mas isso
garante manchetes desmoralizantes no fim de semana.
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Manchete dessa segunda: PSDB já discute sua participação no
eventual governo Temer.
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Imposta a hegemonia na narrativa midiática para multidões,
se tenta intimidar quem ouse questionar tanta moralidade caolha, tanto silêncio
e tanta bandeira.
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