quarta-feira, 26 de agosto de 2015

ONG calcula 36 milhões de escravos no mundo




O assunto de hoje é a escravidão. É aquilo que a Lei Áurea aboliu no Brasil, há 127 anos. Pois bem, a escravidão continua a existir. E existem entidades que estudam essa questão. Uma delas é uma ONG com sede na Austrália, que se chama Walk Free. Ela acredita que quase 36 milhões de pessoas sejam hoje escravas em todo o planeta.

Para alguns especialistas, esse número é exagerado. Mesmo assim, a ONG diz que essa condição horrorosa persiste numa lista de países encabeçada pela Índia, onde existem 14 milhões de escravos. Estão em seguida a China e o Paquistão. A revista inglesa Economist abordou recentemente o assunto. Disse que a escravidão está crescendo em alguns países muçulmanos. Citou o caso do Marrocos, onde meninas são entregues pelas famílias muito pobres, para serviços domésticos nas casas das famílias mais ricas.

Mas a novidade mais assustadora vem desse grupo militar que controla parte da Síria e do Iraque, que é o Estado Islâmico. Ele sequestra mulheres e adolescentes da etnia dos iazidis, e as revende por até 200 dólares a bordeis do Oriente Médio. Os iazidis são um povo monoteísta, respeitável e muito antigo. O Estado Islâmico também pratica o crime de sequestrar adolescentes, para vende-las como esposas a muçulmanos que praticam a poligamia.

Um grupo de 140 professores universitários lançou no ano passado um manifesto, em que alerta o Estado Islâmico de que isso é crime, e que não ter nenhum fundamento no Alcorão. O país com mais escravos per capita é a Mauritânia, na África do Norte, onde uma lei que criminaliza a escravidão foi aprovada apenas há oito anos. Mesmo assim, a lei é pouco aplicada.


No Golfo Pérsico, o pequeno emirado do Qatar aboliu a escravidão em 1952, há apenas 63 anos. Mas há denúncias sobre o uso de trabalho escravo em grandes obras públicas. O governo tomou algumas medidas, porque sabe que esse tipo de coisa emporcalha a imagem do emirado, que pretende sediar a Copa do Mundo de 2022. É assim que o mundo gira.

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