Por Diário do Poder
J. Hawilla fundou o time do Strikes e atraiu Ronaldo para o
projeto.
O empresário José Hawilla, dono da Traffic, tornou-se alvo
fácil para o FBI ao instalar sua sede nos Estados Unidos, onde há uma legislação
muito dura, que pune empresas americanas envolvida em casos de corrupção no
exterior.
Entre os seus muitos negócios, Hawilla também é sócio do
ex-craque Ronaldo Fenomeno no Fort Lauderdale Strikers, time da segunda divisão
do futebol norte-americano.
A Traffic é uma das maiores empresas de marketing esportivo
do mundo e negocia direitos de transmissões de TV e publicidade de grandes
eventos, como a Copa América e a Libertadores. Hawilla - réu confesso de
extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça - fez
acordo com a Justiça dos Estados Unidos e vai devolver US$ 151 milhões (cerca
de R$ 473 milhões).
Em nota, o FBI citou a CBF nas investigações de suborno pago
por “uma grande marca esportiva americana”, que seria a Nike, patrocinadora da
seleção brasileira desde 1996, num contrato milionário intermediado por
Hawilla. A nota da policia federal americana menciona também um “esquema de
pagamento de propinas” nos contratos de marketing e transmissão de jogos da
Copa do Brasil, também com envolvimento de Hawilla, que se declarou culpado.
O comunicado do Departamento de Justiça dos Estados Unidos
informa que, desde 1991, teriam sido pagos mais de US$ 150 milhões em propinas.
O suborno seria pago por empresas a dirigentes em troca de contratos de
marketing e direitos de TV de competições esportivas organizadas pela Fifa e
entidades a ela ligadas, como Copa Libertadores, Copa América, eliminatórias da
Copa do Mundo da Concacaf e a Copa do Brasil.
A Traffic teve exclusividade na comercialização de direitos
internacionais de TV da Copa do Mundo da Fifa no Brasil, em 2014. Além de ser
responsável pelos direitos de torneios de futebol, a empresa detém passes de
jogadores como o argentino Conca e o brasileiro Hernanes, é dona de times como
o Estoril Praia, de Portugal, e é responsável pelas vendas de camarotes do
Allianz Parque, estádio do Palmeiras, em São Paulo. O empresário é amigo do
ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, em cuja gestão na CBF prosperou.
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