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Foi desastrosa para sua desgastada imagem reeleitoral, com
34% de rejeição, a entrevista dada por Dilma Rousseff à Rede Globo – não na
bancada do Jornal Nacional, mas na biblioteca do Palácio da Alvorada. Tensa,
irritada e atropelando os apresentadores William Bonner e Patrícia Poeta – que
a pressionaram -, Dilma repetiu a velha tática de falar apenas o que lhe
convinha e fugiu de responder às perguntas sobre “condescendência com
corrupção” por parte do PT.
Dilma ficou na saia justa e respondeu com a peculiar
arrogância, quando Bonner lhe provocou sobre a postura do PT de tratar os
condenados no Mensalão como vítimas: “Vou te falar uma coisa: sou presidente da
República. Não faço nenhum observação sobre julgamentos realizados pelo STF.
Por um motivo muito simples: a Constituição Federal exige que o presidente da
República e os demais chefes de Poder respeitem e considerem a autonomia dos
outros órgãos. Não julgo ações do Supremo. Tenho minhas opiniões pessoais.
Durante o processo inteiro, não manifestei nenhuma opinião sobre o julgamento.
Não vou tomar nenhuma posição que me coloque em confronto, conflito com a
Suprema Corte. Isso não é uma questão objetiva”.
A personalidade perturbada, por confundir o papel de
candidata com a de “Presidenta” – por causa da maldita reeleição -, Dilma ainda
abusou da arte de mentir – repetindo uma lorota proclamada por seu Presidentro
Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma insistiu na inverdade de que seu governo foi o
que mais combateu a corrupção. Também repetiu a cascata de que foi o governo
Lula quem criou a CGU (Controladoria Geral da União) – realmente criada por
Fernando Henrique Cardoso, em 2001: “Fomos aquele governo que mais estruturou
os mecanismos de combate à corrupção, aos malfeitos. Além disso, tivemos uma
relação muito respeitosa com o Ministério Público. Porque também escolhemos com
absoluta isenção os procuradores. Fomos nós que criamos a Controladoria Geral
da União. Criamos um Portal da Transparência”.
Já que a abordagem do tema corrupção indicava que Dilma
poderia sair do sério a qualquer momento, Patrícia Poeta partiu para a questão
da saúde. Dilma apenas repetiu a mentirada de sempre: “Não acho (que a situação
da saúde é) minimamente razoável. Porque o Brasil precisa de uma reforma
federativa (...) Mas resolvemos o problema dos 50 milhões de brasileiros que
passaram a ter atendimento e dos 14 mil médicos. Temos de melhorar a Saúde, não
tenho dúvida. Ainda temos muitos problemas e desafios a enfrentar na Saúde.
Enfrentamos um dos mais graves que há na Saúde. Porque na Saúde se precisa ter
médicos. A população sempre reclamou da falta de médicos. Tivemos uma atitude
muito corajosa (...) Chamamos médicos cubanos, e conseguimos chegar a 14462
médicos. E 50 milhões de brasileiros não tinham tratamento médico”.
Na hora que foi obrigada a falar de seu outro calcanhar de
Aquiles, os problemas na economia, Dilma voltou a fazer o velho espelho
comparativo com a distante gestão FHC (1994-2002): “Primeiro, enfrentamos a crise, pela primeira
vez no Brasil, não desempregando, não arrochando os salários, não aumentando
tributos. Pelo contrário, desoneramos, reduzimos a incidência de tributos sobre
a cesta básica. Enfrentamos a crise também sem demitir. E qual era o padrão
anterior?”.
Como os entrevistadores citaram estatísticas negativas de
desempenho econômico, Dilma partiu para o ilusionismo: “Não sei dá onde são os
seus dados. Mas temos uma melhoria prevista no segundo semestre. Tem uma coisa
em economia que são os índices antecedentes e os índices que evidenciam como
está a situação atual. Todos esses índices indicam uma recuperação no segundo
semestre vis-à-vis o primeiro semestre. Se não olhar para o retrovisor e o que
está acontecendo hoje, ela está e zero por cento. Estamos superando a
dificuldade de superar uma crise sem demitir, sem reduzir a renda”.
A pregação final de Dilma, após 15 minutinhos de pancadaria
editorial, se baseou na marketeira repetição sobre seu papel como “Presidenta”
do “Presidentro”: “Fui eleita para dar continuidade ao governo Lula. Ao mesmo
tempo, preparamos o Brasil para um novo ciclo de crescimento: moderno, mais
produtivo, mais competitivo. Criamos as condições para o Brasil dar um salto.
Queremos continuar a ser um país de classe média, cada vez maior a participação
da classe média, mais oportunidade para todos. Eu acredito no Brasil. Mais do
que nunca, todos nós precisamos acreditar no Brasil e diminuir o pessimismo. E
peço votos dos telespectadores”.
Se depender de tal entrevista, Dilma vai ampliar seu
desgaste de imagem. Na internet, os petistas adoraram o desempenho da
candidata. Os que não gostam dela meteram o pau. A conclusão é que Dilma não
tem preparo para suportar pressão. Muito menos para segurar a barra de uma
Nação. Mas, para uma “Presidenta” da República Sindicalista do Brazil ele parece
maravilhosa...
Tudo Melhorando...
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Pugilato jornalístico inútil
Do professor Nilson Lage, um dos decanos no ensino de
Jornalismo brasileiro, uma avaliação crítica sobre o modelo de entrevista com
candidatos à Presidência feito pelo Jornal Nacional:
"Seus vizinhos afirmam que sua casa é uma sujeira; por
que a senhora não a limpa? Seu marido tem sido visto com outras mulheres; como
a senhora aceita uma coisa dessas? A senhora é considerada muito feia; não tem
vergonha de ser assim horrorosa?"
“Seja com Aécio ou com Dilma, com Marina ou com Serra, com
Felipão ou com Neymar, esse tipo de entrevista-MMA não me agrada nem um pouco.
Entrevistas devem revelar o que pensa o entrevistado, não exibir a arte
argumental do
entrevistador - diferentemente do interrogatório em
delegacia ou do questionamento de réus em tribunal de filme americano”.
“No caso da entrevista no Jornal Nacional, e das anteriores
com os candidatos à presidência, o que transparece na extensão das perguntas e
no caráter inquisidor do questionamento é a falta de vivência do entrevistador
com as circunstâncias normais da profissão, em que a grande arte é provocar de
modo a dar espaço, não a ocupá-lo.
Se o entrevistado tiver serenidade bastante para não topar a
briga nem se enfezar, ganhará a parada, do ponto de vista de um observador
neutro, seja o que diz certo ou errado no mérito. Se for um Brizola ou um
Getúlio, engolirá o repórter”.
“Naturalmente, isso não afeta as torcidas organizadas: as
que eram contra, continuam contra: as a favor, a favor ficam”.
Dilma no JN
A íntegra da entrevista de ontem de Dilma Rousseff à Rede
Globo
Recadinho autoritário
Volta a circular nas redes sociais a desastrosa mensagem da
Presidenta Dilma Rousseff, feita em 5 de agosto de 2013, para exaltar a XIX
Reunião do Foro de São Paulo, no Brasil.
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