Por Gen Marco Antonio Felicio da Silva
“A Instituição será maculada, violentada e conspurcada
diante da leniência de todos aqueles que não pensam,não questionam, não se
importam, não se manifestam”
A imposição de apuração de pretensas torturas em unidades militares,
durante a Contrarrevolução de 64, solicitada pela famigerada Comissão da
Verdade, dilacera as entranhas das Forças Armadas (FFAA) e mostra falta de
sensibilidade e de firmeza dos comandantes das Forças no exercício das
lideranças respectivas.
Após tal imposição, já apontam, publicamente, mais 17
(dezessete) centros de tortura, dentro da cadeia de Informações e que se
subordinavam ao Alto Comando do Exército de então, mostrando, em delírio
ideológico, a tortura como uma Política Institucional. Como acusar o Alto
Comando da Força de forma tão irresponsável?
Note-se que o acima
descrito, numa sucessão interminável de afrontas, segue-se à inaceitável e
vergonhosa proibição, ditada pela Presidente da República, da comemoração do 31
de Março pelos militares da Ativa.
Nas ruas, a estupefação é geral com a passividade dos
comandantes militares das Forças diante de tais agressões.
Tudo isso ocorre por revanchismo dos então derrotados, hoje
no governo do País, criadores, juntamente com Fidel Castro, do “Foro de São
Paulo”, antro do que há de mais retrógrado e de pior na “esquerda” latino
americana, com a finalidade de reerguer o comunismo derrotado na Europa. São
esses que atingem, duramente, sem qualquer resposta, a imagem de uma
Instituição cuja História se confunde com a própria História da Nação, desde
sua formação, contribuindo para a unidade e integridades nacionais e para a
soberania e liberdade do povo brasileiro.
É mister repetir, para melhor enfatizar, que tais
imposições, como também o discurso mentiroso da Presidente, no último 31 de
Março, mostram o tipo de democracia que defendem, com imensa hipocrisia. Ela e
seus companheiros da então luta armada, ex-terroristas comunistas, assaltantes,
sequestradores, agitadores e aproveitadores, alguns, atualmente, em altas
posições e a grande maioria aparelhando e corrompendo os poderes constituídos,
falam e fazem o que querem e os demais,
sem retrucar, devem escutar e observar calados, pois, quem cala, consente
!
Agem eles, apoiados por grande parcela da Imprensa,
financiada regiamente por fontes públicas. Têm ação pertinaz e com claros e
escusos objetivos, de há muito denunciados: consolidar uma nova “estória”,
dividir as Forças Armadas e enfraquecê-las perante a opinião pública,
transformar casos pontuais de exacerbada violência, próprios de uma guerra
cruel como a de guerrilhas, em Política de Estado, revogar a Lei de Anistia com
a consequente punição e prisão de antigos chefes militares e de subordinados e
exigir desculpas formais, a ser formulada pelos comandantes atuais, pelos
chamados “anos de chumbo”.
Há que resaltar que a construção da nova “estória” é baseada
em memórias, que se cambiam, em sua maioria, em polpudas indenizações, mediante
convenientes e mentirosas lembranças, falsas recordações, silêncios e
esquecimentos propositais, gerando, também, convenientes fatos distorcidos e/ou
mentirosos, ditos verdadeiros, como a transformação de organizações
terroristas, que lutavam por uma ditadura marxista, atuantes de 64 a 74, na
“esquerda de resistência democrática”.
É esse o método
utilizado pela nefasta “Comissão da Verdade (CNV)”, que atua ilegalmente, pois,
contrária ao que explicita a lei que a criou: integrada por pessoas não
isentas, ex-subversivos em sua maioria, os quais perpassados por viés
ideológico e com desfaçatez, enfocando somente a ação dos agentes do Estado,
objetivam consolidar e ampliar tal “estória”, enxovalhando as FFAA. A reforçar
o trabalho da CNV, o aparelhamento do Poder Judiciário e do Ministério Público
e a denominada “Justiça de Transição”.
Não busca a CNV o fato real como parte da História, trabalho
sujeito a regras específicas, que se utiliza de fontes que fornecem evidências
devidamente comprovadas, dando origem a explicações e interpretações
consequentes.
Por outro lado, os militares sabem que disciplina e
hierarquia são pilares básicos da Instituição Armada, e, em nome das mesmas,
conscientemente, atitudes e posturas são tomadas independentemente de crenças e
de interesses individuais, porém, sempre, em consonância com os valores que são
próprios da vida militar.
Estas, disciplina e hierarquia, são subordinadas, indissoluvelmente,
a tais valores e ao sentimento do dever para com a Instituição e para com a
Nação, cuja honra, integridade e instituições, os militares juraram defender
com o sacrifício da própria vida. Assim, não pode o militar, em nome da
disciplina e da hierarquia, contrariando valores e o sentimento do dever,
estando em jogo interesses da Instituição e\ou da Nação, aceitar ou omitir-se
perante atos que firam tais interesses em nome da disciplina e da hierarquia.
Há, pois, que afirmar, desgraçadamente, que não é de hoje o
acolhimento dessa nova “estória”, sem resistência e equivocadamente, por parte
daqueles que deveriam, firmemente, contestá-la, matando-a no nascedouro.
Argumentos não faltam e a Lei de Anistia está em pleno vigor, levando ao
esquecimento os excessos havidos em ambos os lados da luta armada. Porém,
mantiveram-se calados em obsequioso pacto de silêncio, deixando-a prosperar e
ampliar. Abandonaram companheiros a própria sorte, hoje pressionados por
diversas formas e até mesmo expostos a execração pública, linchados por
manifestações violentas como os escrachos, incentivados e elogiados pelo
governo e realizados por organizações comunistas e fora da Lei.
Há que dar um basta ao sangramento contínuo a que são
submetidas as FFAA por aqueles que vivem motivados pelo rancor e ódio, causados
por frustrações ideológicas do passado.
Desafortunadamente, as FFAA sangram com as entranhas
dilaceradas.
Fonte: A Verdade Sufocada
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