Por Joice Hasselmann
terça-feira, 2 de maio de 2017
Descoberta exorciza pânico de falta de água doce
Por Luis Dufaur
Felizmente, mais um pesadelo maquinado nos laboratórios do
ambientalismo neocomunista parece ter-se desfeito como um pesadelo à luz do
sol. E isso em virtude do talento humano aplicado, da ciência e da tecnologia
bem ordenadas a seus fins.
O óxido de grafeno permite criar membranas altamente
eficientes e
econômicas para dessalinizar a água do mar.
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“Verdes”, mas também alumbrados das esquerdas e Campanhas da
Fraternidade, entre outros, ficavam martelando que a água doce escasseia, é rara
e cara. E jogavam a culpa na civilização moderna, que a usaria
inescrupulosamente.
A ficção vem acompanhada de ilustrações propagandisticamente
aterradoras e projeções para um futuro que nenhum dos homens hoje vivos poderá
conferir.
Porém, o bom senso e a ciência objetiva falavam outra linguagem: água
há à vontade no planeta. E se ela vier a faltar, a inteligência que Deus deu ao
homem aí está para resolver os problemas até nas regiões naturalmente mais
secas.
Mais de 70% da superfície do planeta está coberta pela água salgada dos
mares. Ela não poderia ser dessalinizada e aproveitada?
A dificuldade consistia em que as técnicas para dessalinizar em grande
escala são caras.
Agora, pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido,
excogitaram uma ‘peneira’ de grafeno que remove o sal da água do mar a baixo
custo. A invenção, segundo a BBC, tem o potencial de ajudar milhões de pessoas
sem acesso direto à água potável.
Os resultados da pesquisa foram divulgados na renomeada publicação científica
Nature Nanotechnology.
O grafeno é uma das formas cristalinas do carbono, como o diamante e o
grafite, mas muito fácil e barato de produzir.
Seu derivado químico, o óxido de grafeno, é altamente eficiente na
filtragem do sal, muito melhor que as membranas de dessalinização existentes.
Filtro de grafeno é tão fino que deixa passar
as moléculas de água mas
bloqueia os sais.
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O grafeno, descoberto em 1962, foi pouco estudado até que pesquisadores
da Universidade de Manchester, analisando em 2004 sua estrutura, verificaram
que consiste em uma camada fina de átomos de carbono organizada em uma espécie
de treliça hexagonal.
Sua força elástica e condutividade elétrica tornaram-no um dos metais
mais promissores para futuras aplicações.
Rahul Nair, que liderou a pesquisa, revelou, no entanto, que o óxido de
grafeno pode ser feito facilmente em laboratório, informou “La Nación” de
Buenos Aires.
Nair e seus colegas puderam ajustar as membranas de grafeno para deixar
passar mais ou menos sal de modo mais eficiente e muito mais econômico que os
filtros conhecidos até agora.
O grafeno já começava a ser considerado o material do futuro quando a
equipe criou o filtro que resolveria a escassez de água potável e que é capaz
de ser produzido em escala industrial.
“O óxido de grafeno pode ser produzido por simples oxidação em
laboratório", explicou à BBC Rahul Nair, chefe da equipe. “Para produzi-lo
em grande volume e pelo custo, o óxido de grafeno tem uma vantagem potencial”.
“Nós conseguimos controlar a dimensão dos poros na membrana e efetivar
a dessalinização que antes não era possível”, sublinhou Nair.
A descoberta deverá ainda passar pelo crivo da indústria de baixo custo
e da resistência ao contato com a água do mar.
Porém, segundo a BBC, seu desenvolvimento é promissor.
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Luis Dufaur é escritor, jornalista, conferencista de política
internacional, sócio do IPCO e webmaster de diversos blogs.
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