quinta-feira, 31 de julho de 2014

Pérolas e mentiras de Dilma na Sabatina da Folha!


O “anão diplomático” usa nosso dinheiro para ajudar líderes palestinos e ditadores cubanos


O Itamaraty sob o governo do PT merece a alcunha de “anão diplomático”. A acusação é legítima. Já a endossei aqui, e hoje foi a vez de Demétrio Magnoli concordar em sua coluna. Diz ele:

O Brasil converteu-se num anão diplomático desde que, 11 anos atrás, Lula inaugurou a sua “nova política externa”. 

[...] Desde que subiu a rampa do Planalto, Lula conferiu à política externa as funções de promover o seu prestígio pessoal e de atender às idiossincrasias ideológicas do PT, contrabalançando no plano simbólico a ortodoxia do governo no terreno da economia. Dilma Rousseff persistiu na linha de seu patrono, subtraindo apenas a primeira das funções (afinal, dois sóis não devem brilhar no mesmo firmamento). O produto final do desprezo pelo interesse nacional está sintetizado na expressão pouco diplomática de um “sub do sub do sub do sub do sub do sub” que não foi desmentida por nenhum de seus (supostos) seis chefes.

[...] A inconsistência tem o condão de destruir a credibilidade diplomática dos países que negociam princípios. O Brasil calou-se diante da anexação da Crimeia pela Rússia, violando os princípios constitucionais da “não intervenção” e da “igualdade entre os estados” com a finalidade mesquinha de não desagradar a Vladimir Putin pouco antes da cúpula do Brics em Fortaleza e Brasília. Pelo mesmo motivo, logo após o encerramento da reunião, fechou-se em constrangedor mutismo diante da criminosa derrubada da aeronave da Malaysian Airlines no leste da Ucrânia. O anão diplomático não distingue o certo do errado: age caso a caso, segundo tortuosas conveniências políticas e deploráveis tiques ideológicos.

Pois bem: a mais nova decisão do “anão diplomático” foi liberar US$ 150 milhões do nosso dinheiro para financiar obras no aeroporto… de Cuba! Como se nossa Infraero fosse um exemplo de eficiência aqui em nosso país, e não uma estatal merecedora do apelido carinhoso Infrazero.

Aeroporto cubano vai receber $ 150 milhões do BNDES. Fonte: GLOBO
Está sobrando dinheiro, Dilma? Vale tudo para ajudar os camaradas cubanos e, por tabela, o grupo Odebrecht, um dos maiores do Brasil? Não bastou emprestar a taxas camaradas mais de US$ 1 bilhão para a ditadura cubana modernizar o Porto de Mariel, usado, segundo várias denúncias, como ponte para o tráfico de drogas internacional?

Mas não é tudo. O governo autorizou a doação de até R$ 25 milhões para a Autoridade Palestina Nacional. Será que isso explica o fato de o governo ter tomado um partido no conflito e condenado unilateralmente apenas Israel, ignorando os atos terroristas do Hamas? Mandar nosso suado dinheiro para os palestinos? Será que foi usado para a construção de novos túneis que auxiliam os terroristas e que o governo de Israel tenta destruir para proteger sua população civil?

Palestina

Nunca antes na história deste país o brasileiro decente sentiu tanta vergonha de ser brasileiro!

Terror petista – Cabe perguntar: a partir de hoje, as análises que bancos fazem a seus clientes buscarão atender aos interesses de quem?


Muito bem! A analista que foi considerada a responsável por ter anexado a extrato de correntistas uma análise sobre o comportamento dos indicadores econômicos vis-à-vis à posição de Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais foi demitida. Lula pediu a cabeça da moça a seu amigão, Emilio Botín, presidente mundial do Santander, e o banqueiro deu o que ele queria. Vale dizer: o chefão petista investiu e obteve os devidos dividendos eleitorais. A partir de agora, uma questão está criada — e não só para o banco que troca cabeças por gentilezas do petismo.

Bancos também atuam como consultores de investimentos. Não são meros lugares em que se deposita o dinheiro. Em qualquer democracia do mundo, um episódio como esse nem mesmo seria notícia. Por aqui, virou um escândalo em razão da mistura sempre explosiva de ignorância com má-fé política. Não só isso. Somos também um país viciado em arranca-rabo de classes. Os que receberam a tal avaliação eram correntistas com contas acima de R$ 10 mil. Foram tachados de “ricos” por setores da imprensa. Ricos? Bem, num país em que uma família com renda per capita de R$ 300 já é considerada pelo governo “classe média”, tudo é possível.

Pergunto: doravante, as análises que o Santander e os demais bancos oferecerem a seus clientes têm alguma validade ou serão redigidas pelo medo e pela patrulha? Quando os consultores das instituições financeiras emitirem as suas opiniões, estas terão sido, antes, submetidas ao Comitê de Censura do Petismo? Se uma opinião considerada incômoda a um partido rende pedido de desculpas e demissão, devo entender que as que não rendem podem até estar em desacordo com a realidade, mas adequadas àquilo que pensam os poderosos de turno?

De resto, insisto num aspecto: a moça demitida do Santander não disse nada que não tenha sido dito na Folha, na VEJA, no Estadão, no Globo, na Globo ou na Jovem Pan. Aí o idiota grita: “Ah, mas essa é a mídia golpista”. Errado! A bancária demitida não afirmou nada além do que o próprio Lula vem afirmando, com uma única diferença: ao fazê-lo, ele usa o episódio para exaltar Dilma. A ex-analista do Santander se limitou a fazer uma constatação.

Esse episódio é vergonhoso e dá conta da cultura autoritária de um partido político, incapaz de conviver com a divergência. A presidente Dilma, numa avaliação tacanha, considerou que a análise enviada aos correntistas era uma tentativa de o mercado interferir nas ações de governo. É mesmo? Ainda que assim fosse, o que haveria de errado? Quando a CUT, o MST, o MTST e um sem-número de siglas tentam interferir nas políticas públicas, tal inciativa é ou não legítima? E olhem que há uma diferença brutal: com alguma frequência, esses entes que cito não se manifestam apenas por meio de notas, mas da ação direta, que cassa direitos de terceiros sob o pretexto de defender… direitos.

Nesta quarta, por exemplo, falaram na Confederação Nacional da Indústria os presidenciáveis Eduardo Campos, Aécio Neves e Dilma Rousseff. Já no evento da CUT — uma entidade financiada com dinheiro público, dos trabalhadores, forçados a financiá-la por meio do imposto sindical —, só o petismo tem voz; só o petismo é convidado a se manifestar, numa afronta escancarada à Lei Eleitoral.

A síntese é a seguinte: a analista do Santander foi demitida sem ter descumprido um milímetro da lei. Dilma será aplaudida amanhã, em evento da CUT, transgredindo a lei. Ou tentem me provar que estou errado.

Cacoete autoritário limita análises econômicas

Por Editorial - O Globo - 30/07/14

Reação violenta de Dilma, PT e Lula à análise do Santander sobre pesquisas eleitorais lembra críticas à imprensa no mensalão e levará bancos a praticar a autocensura
Podia-se creditar apenas ao estado de nervos no núcleo da campanha da presidente Dilma a reação violenta dela, do seu partido e do ex-presidente Lula à análise feita para clientes preferenciais do banco Santander em que altas da Bovespa são relacionadas a pesquisas eleitorais negativas para o projeto da reeleição.

Para o PT, segundo seu presidente, Rui Falcão, tratou-se de “terrorismo eleitoral”. A própria Dilma considerou “inadmissível para qualquer país”, disse em sabatina na “Folha de S.Paulo”, a interferência do mercado financeiro no processo eleitoral. Já Lula, em um evento na CUT, pediu a demissão da analista responsável pelo texto. Talvez seja o primeiro político de origem no sindicalismo a defender publicamente a demissão de um assalariado.

Mas a explicação para reação tão violenta não é conjuntural. O vozerio petista tem a ver com o cacoete autoritário de frações hegemônicas no partido contra a liberdade de expressão. Mesmo de departamentos de análise de instituições financeiras, as quais, daqui para frente, praticarão a autocensura, como foi obrigada a fazer a imprensa durante a ditadura militar. Talvez este seja o objetivo da resposta petista em uníssono.

A imprensa profissional conhece esta reação típica petista diante de informações que não agradem o partido. Foi assim no escândalo do mensalão, em cujo início o próprio presidente Lula pediu desculpas ao país. Logo depois, ele e partido passaram a negar o malfeito e a acusar a divulgação dos fatos como parte de um projeto “golpista”. O Santander, grupo financeiro espanhol, sabe agora o que significa contrariar o PT. O presidente mundial do banco, Emilio Botín, por coincidência em viagem ao Brasil, acompanha de perto a pedagógica experiência.

Para azar do banco espanhol, no Brasil, em que o Estado tem grande ingerência na economia, o setor financeiro é particularmente vulnerável à ação regulatória dos governos. A mudança de uma resolução do Banco Central, numa penada, pode produzir milhões: em lucros ou prejuízos.

Entende-se, portanto, que mesmo campanhas publicitárias de grandes conglomerados financeiros privados reproduzam um certo ufanismo nacionalista típico da visão que o Planalto tem do país nesses tempos eleitorais. O que aconteceu na Copa do Mundo foi típico.

Em alguma medida, o Brasil de Dilma lembrou a Argentina de Cristina Kirchner. Lá, quando a economia estava subordinada ao truculento secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, escritórios de consultoria que divulgassem estimativas independentes da inflação eram punidos com pesadas multas. Moreno e Casa Rosada queriam impedir comparações com a inflação oficial, manipulada.

O Brasil, felizmente, devido a suas instituições, está muito distante da Argentina kirchnerista. Mas os governos têm cacoetes muito parecidos.


A polêmica das previsões da consultoria Empiricus acerca da economia brasileira

Consultor critica ação do governo Dilma. Acesse o Relatório completo e tire suas conclusões

Em entrevista ao site da revista Veja, o analista da consultoria de investimentos Empiricus Research, Felipe Miranda, criticou a atitude do governo federal em “cercear” a opinião emitida em análises econômicas sobre o cenário atual no Brasil. Na mesma semana da polêmica com o Santander, o Planalto acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a empresa.

De acordo com os petistas, a Empiricus Research teria vinculação com a candidatura de Aécio Neves (PSDB) para realizar um “terrorismo eleitoral”, ao fazer análises pessimistas sobre a economia brasileira. A consultoria acabou sendo obrigada a retirar dois textos do ar por conta da decisão do TSE.

“Os dois textos são muito claros: tratam de uma tese econômica que não é nova e que mostra que a bolsa cai quando a Dilma sobe nas pesquisas, e sobe quando o Aécio melhora. O objetivo é simples: nossos clientes devem se proteger desses solavancos”, comentou Miranda à revista.

O analista afirmou ainda que seguirá prestando serviço aos clientes, com base em suas próprias perspectivas.

“Nós estamos pessimistas em relação à economia e não posso ignorar isso em minhas análises. No caso do Santander, entendo que ficou feio para o banco ter de voltar atrás na opinião de um analista. Mas não me surpreende, pois os grandes bancos não querem romper relações com o governo. Mas nós somos independentes e só temos compromisso com nossos clientes”, finalizou.

Confira a análise da Consultoria neste link: Empiricus Research



Lula e a baixaria digna da sarjeta moral: “analista do Santander não entende p… nenhuma”

Por Luciano Ayan

Lula não tem jeito mesmo! Quando ele discursa metido a bravo contra adversários, parece que estamos assistindo a baixarias de botequim, principalmente quando todo mundo está de cara cheia.

Agora é a vez dele baixar o nível contra a analista do Santander que emitiu a nota dizendo o óbvio: o mercado sobe quando Dilma desce, e cai quando Dilma sobe. E como é que os petistas queriam que fosse diferente? Um governo que usa seu poder de pressão financeira para chantagear empresas é evidentemente um perigo para toda a iniciativa privada.

Mas socialistas vivem brigando com a realidade e se rasgam de ódio quando alguém lhes mostra os fatos. como diria Glenn Beck, Por isso, a cúpula petista pressionou o Santander para voltar atrás e demitir sua funcionária. Por parte do PT, uma mistura de rancor, ódio e despeito, como sói ocorre quando falamos da extrema-esquerda.

Em estilo boca-do-lixo, Lula disse o seguinte em uma plenária da CUT ao falar da analista do Santander:
Essa moça que falou [isso] não entende porra nenhuma de Brasil e de governo Dilma Rousseff. Manter uma mulher dessas em cargo de chefia é sinceramente… Pode mandar embora e dar o bônus dela pra mim, que eu sei como é que eu falo.

Não há palavras para descrever o quão baixo esse sujeito desceu. Mais uma vez, diga-se de passagem. Ele foi mais grosso que papel de enrolar prego.

Antes, é preciso lembrar que todos os petistas criaram a seguinte regra para lançar um shaming contra aqueles que mandaram um VTNC para Dilma na abertura da Copa do Mundo: (1) Quem xinga uma mulher e (2) Usa de palavrões é [escreva todos os adjetivos de shaming que conseguir, incluindo "cretino", "mal-educado" ou coisas do tipo], e demonstra a falta de educação da elite branca.

Mas foi exatamente isso que ele acabou de fazer contra a analista do Santander. A diferença é que as vaias contra Dilma ecoavam uma posição de grande parte dos brasileiros, enquanto as baixarias do PT contra a analista do Santander atendem aos interesses dos líderes do partido.

E agora eles não podem dizer que “se enganaram” nas palavras. Mais uma vez um líder petista pede a demissão de uma funcionária do Santander apenas por ela ter apontado os fatos. Estão agindo como a escória do governo venezuelano.

Não podemos deixar de mencionar a piada involuntária, onde um sujeito sem estudos (mesmo que tenha tido todas as oportunidades do mundo para estudar) diz entender mais de economia do que um profissional que estudou por muitos anos sua área de atuação. E tudo isso sem dizer os erros cometidos pela analista. Foi só na gritaria “não entende porra nenhuma, não entende porra nenhuma, eu entendo mais, eu entendo mais” que parece discurso de hospício.

É hora de superarmos a baixaria petista e encararmos de frente esse totalitarismo típico de ditadores cubanos e russos.

Como sabemos, os petistas também foram atrás da Empiricus, empresa de consultoria independente que também foi censurada pelo partido ao divulgar os fatos.
Pelo menos, o cofundador da Empiricus, Felipe Miranda, e autor do relatório “O Fim do Brasil” (que fez o PT babar de ódio), deu uma entrevista ao InfoMoney mostrando a extrema gravidade de toda situação de opressão governista à livre expressão.

Leia a entrevista:

IM – Depois destes episódios recentes e particularmente com a decisão da Justiça de mandar tirar a campanha do ar da Empiricus, você acha que a liberdade de expressão, de forma geral, está ameaçada?
FM: Sim, com certeza. O que você viu com o Santander e com a gente foi uma censura muito grave. Agora os bancos, em geral, já estão adotando novos procedimentos para se relacionar com seus clientes a respeito de eleições. Então a liberdade de expressão já está prejudicada gravemente. Isso é algo muito sério e preocupante para o nosso país.

IM – Era essa a intenção do governo em sua opinião? Você acha que tem um terror que inibe as pessoas e instituições a fazerem críticas?
FM: Esse é um governo que já provou não aceitar críticas. E quem não aceita críticas não caminha para frente. Só ouvindo elogios e censurando as críticas, como eles terão um bom diagnóstico da situação? Tem que ouvir e admitir os erros, afinal, ficar só se elogiando e barrando o resto é fácil.

IM – O que você tem a dizer da declaração em que o Lula diz que “a analista do Santander não entende porra nenhuma do Brasil”?
FM: Eu sabia que o Lula sabe tudo sobre o país, sobre o continente, sobre o planeta e sobre a galáxia, mas não sabia que ele entende mais de ações do que uma analista que estudou isso a vida inteira.

IM – Há boatos (não confirmados pelo banco, mas sim vindos do PT) de que uma pessoa, que foi a responsável pelo relatório, foi demitida. Se for verdade, o que você acha disso?
FM: Um grande absurdo. A analista não fez nada. O que estava escrito no relatório era uma simples decorrência lógica do que tem acontecido e que todo o mercado já sabe. Se o banco a demitiu, isso prova que a instituição é governada por outros interesses, e não apenas em prol dos clientes. O cliente agora ficou na mão e não foi priorizado. A analista teve uma atitude louvável e se ela foi demitida eu poderia até estudar sobre ela vir trabalhar aqui. Claro que uma contratação não passa apenas pela boa ética, que ela já mostrou ter, mas sou totalmente simpático a esta ideia.

IM – Você considera toda a repercussão que deu o caso positiva para vocês? É uma espécie de mídia espontânea bem-vinda ou vocês estão preocupados com alguma atitude mais rígida por parte do governo?
FM: De forma alguma. Eu não acho nada disso bem-vindo. Eu fiquei decepcionado e triste em ter a liberdade expressão cerceada por um governo que não aceita críticas. Pelo que parece, hoje é proibido dar opinião. Muito ruim e muito triste tudo isso.

IM – Vocês estão se sentindo pressionados pelo PT? Se sim, a Empiricus pode se curvar à essas pressões em algum momento?
FM: Jamais. Não vamos nos curvar a ninguém, a não ser que seja na marra. Mas, neste caso, já estaremos caminhando rumo a uma Venezuela, de fato. No momento que eu parar de dar as minhas opiniões eu acabo com a empresa, afinal, ela nasceu para isso. No caso do Santander é diferente.

IM – Agora mais voltado ao relatório que você escreveu. O PT disse que vocês tentam assustar as pessoas para vender consultoria. Você acredita no que escreveu? Você realmente acha que o Brasil vai acabar?
FM: Quem está assustando as pessoas são eles, com a estagflação. Inflação acima de 6,5% e crescimento abaixo de 1%. Isso sim assusta. No meu texto houve uma metáfora, não é o fim do Brasil de forma literal. Quem leu o relatório sabe disso, então isso que o PT falou não faz o menor sentido. O que eu falo é o fim do Brasil que foi construído em 1994 com o Plano Real e consolidado em 1999 com a criação do tripé econômico. É esse Brasil que está acabando, afinal tudo isso está sendo ignorado. Tudo que foi construído está sendo destruído. Essa afirmação do PT é descabida. E outra coisa. Essa é a minha análise. Quem concordar compra a ideia, quem não concordar não compra, mas eu tenho o direito de escrevê-la.

IM – A Justiça mandou tirar a campanha do ar, mas, ao abrir o site de vocês, a primeira coisa que aparece é justamente a campanha. Por que ela não foi tirada do ar?
FM: Há uma liminar concedida pela Justiça falando das campanhas pagas envolvendo eleições. Então o TSE mandou tirar os banners que tinham menções positivas sobre o Aécio Neves e a que falava “como se proteger da Dilma”. No entanto, a análise econômica “O Fim do Brasil” não tem nada a ver com isso. O link dava para ela, mas é apenas uma análise econômica. O problema foi só os banners envolvendo o nome dos políticos. Sobre o “Fim do Brasil”, eles podem até tentar tirar do ar, mas seria algo descabido, afinal, é uma análise econômica.

IM – Vocês esperavam toda essa repercussão?
FM: Não. Quer dizer, eu esperava uma grande repercussão sim, mas não essa censura e esse terrorismo todo. De jeito nenhum. O que nós e o Santander fizemos foi algo totalmente natural.

Perfeitas palavras. Esse ao menos não abaixou a cabeça para um bando de censores que representam o maior atraso possível para uma democracia.

Eu não li o relatório da Empiricus (e vou fazê-lo em breve), mas defendo até a morte o direito deles se expressarem. Em termos de defesa da liberdade de expressão, eu e os ultra-esquerdistas estamos em pólos opostos.



Nacionalismo canhestro


Por Merval Pereira - O Globo

De duas, uma: ou há uma conspiração internacional contra o Brasil, ou o governo brasileiro está flertando perigosamente com o perigo, alheio às advertências que partem de todos os lados sobre as fragilidades de nossa economia. Ontem, foi o Fundo Monetário Internacional (FMI) que colocou o país entre as cinco economias mais vulneráveis do mundo, ao lado de Índia, Turquia, Indonésia e África do Sul. Também a agência de classificação Moody´s divulgou um relatório no qual afirma que a Petrobras é, entre as empresas petrolíferas da América Latina, a que corre o maior risco financeiro porque está sendo usada politicamente para segurar a inflação com o represamento dos preços de combustíveis no país.

E o que respondem nossos dirigentes? Ao mesmo tempo em que vibram com a derrota política que impuseram ao banco espanhol Santander, tratam de declarar platitudes, à espera de que as coisas melhorem por si, sem demonstrar a menor intenção de fazer mudanças no rumo tomado. Ao contrário, consideram que não há o que mudar.

A única concessão feita pela presidente Dilma foi admitir que o ex-presidente Lula errou ao julgar que a crise financeira que estourou em 2008 chegaria ao Brasil como uma marolinha . A presidente Dilma mais uma vez considera inadmissível o pessimismo em relação à economia brasileira, e compara-o ao pessimismo sobre a Copa no Brasil. Para Dilma, não há necessidade de mudanças. Ela nega que a inflação no país esteja descontrolada .

Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o FMI comete o mesmo equívoco de outros organismos no passado, quando afirmaram que o Brasil estaria entre as cinco economias mais frágeis. Segundo o ministro, ninguém mais falou nesse assunto e nada aconteceu . Para ele, uma instituição financeira respeitável não faria uma análise dessas. Pois foi a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, que comentou ontem o relatório sobre o Brasil, reiterando que há 15 meses o FMI vem repisando as mesmas fortes recomendações para que reformas estruturais sejam feitas, gargalos sejam reduzidos na economia e que o potencial, a capacidade de o Brasil entregar crescimento seja liberada. E isso não vem sendo feito .

Lagarde repetiu que o receituário para superar os obstáculos, é único: reformas estruturais, conserto dos problemas macroeconômicos como inflação alta, déficits em contas externas, desequilíbrios fiscais. A previsão do FMI é a de que o país será afetado duramente pela retirada de estímulos e pelo aumento de juros, especialmente nos Estados Unidos, se os emergentes continuarem crescendo abaixo do esperado, como ocorre há três anos.

A queda dos preços das commodities é outro fator que pode complicar a vida dos emergentes, alerta o FMI. Já a agência Moodys destaca que a estatal irá enfrentar também riscos políticos substanciais , pois está cerceada pelas políticas de preços para gasolina e óleo diesel . A Moody´s ressalta ainda que o cenário macroeconômico do país tem desacelerado desde a crise de 2009. A expectativa da agência é de crescimento de apenas 1,5% no PIB brasileiro, o que é uma previsão otimista, tendo em vista que a pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central, já está em 0,9%.

O tal mercado financeiro está cheio de dúvidas e de advertências à política econômica do governo brasileiro, e nossas autoridades brincam de um nacionalismo canhestro, como se mobilizar sindicatos e militantes políticos para demitir analistas de mercado e desmoralizar banqueiros internacionais fosse melhorar a situação de nossa economia.



Dilma especialista em preço do gás: 13 - 4 = 7...



Fonte: YouTube

Projeto exige revalidação do diploma de médicos estrangeiros do Mais Médicos


Colbert Martins
Colbert Martins: Revalida é conquista 
de que a categoria não pode abrir mão.
A Câmara analisa o Projeto de Decreto Legislativo 1498/14, do Deputado Colbert Martins (PMDB-BA), que susta a Resolução 3/14 do Ministério da Educação, que define diretrizes curriculares nacionais do curso de Medicina.

A resolução isenta médicos estrangeiros, que participam do programa “Mais Médicos”, da obrigatoriedade de realizar o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). A prova, direcionada para médicos que se formaram em instituições estrangeiras, é um instrumento que garante que o profissional está apto a exercer a medicina no Brasil.

Para Martins, médicos participantes do programa devem passar pelas mesmas regras que os demais. “O Revalida é uma conquista que a categoria teve e não pode abrir mão em um momento de desespero para resolver “paliativamente” os problemas da Saúde no Brasil”, defendeu o parlamentar.

Tramitação

O projeto será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça de Cidadania Depois segue para o Plenário.



A INVASÃO CONSENTIDA DE CUBA NA VENEZUELA


Defesa do país é tratada como algo irrelevante e gerida na base do faz de conta

Por Luiz Eduardo Rocha Paiva

"Há quem pense não haver ameaças ao país, pois poucos 
estudam a história e o jogo do poder entre as potências 
globais" - Luiz Eduardo Rocha Paiva, General da Reserva, 
sobre paradigma existente na sociedade brasileira
Os problemas relativos à defesa nacional deveriam ser conhecidos pela nação, cliente das políticas e estratégias elaboradas pelos órgãos diretamente responsáveis pelo setor e credora da lealdade das Forças Armadas (FA). Por isso, as informações sobre a situação da defesa do país não podem se restringir às transmitidas pelas fontes oficiais e autoridades governamentais, que jamais questionam as próprias estratégias e omitem deficiências e vulnerabilidades.

O discurso oficial definiu a capacidade de dissuasão extrarregional como propósito da defesa nacional. Então, para não ser um discurso ilusório, o Brasil deveria alcançar um poder militar não necessariamente igual, mas capaz de causar danos significativos a eventuais oponentes que tenham condições de nos agredir ou ameaçar interesses vitais brasileiros.

Poucos países têm poder para entrar em conflito armado prolongado com um Brasil tão distante. A conclusão é simples! As FA nacionais devem ser capazes de dissuadir potências do nível da França ou Grã-Bretanha.

A França é nossa vizinha na Amazônia, a Grã-Bretanha tem forte influência na Guiana (país membro da Comunidade Britânica), e ambas têm manifestos interesses na calha norte do rio Amazonas. Dessa forma, convém comparar as FA francesas, britânicas e brasileiras.

Fonte: Exército, Marinha e Aeronáutica dos países
Quanto aos meios citados nas tabelas, há um imenso hiato desfavorável às nossas FA em modernidade, autonomia tecnológica e industrial, adestramento e disponibilidade de equipamentos. A maior vulnerabilidade do Brasil é não ter sistemas de mísseis antinavio e antiaéreos, havendo outras vulnerabilidades e deficiências graves, das quais seguem apenas algumas:

1. O Ministério da Defesa não implantou um projeto de força conjunto para alinhar o reequipamento e articulação das FA quando elaborou a END (Estratégia Nacional de Defesa), em 2008. Dispersão de esforços!

2. A END não identificou as visíveis ameaças potenciais, como determina o conceito de defesa na Política Nacional de Defesa. Assim, não há como definir padrões a alcançar no desenvolvimento de capacidades que concretizem a dissuasão extrarregional pelas FA.

3. A Política e a Estratégia Militar de Defesa, que deveriam seguir-se à END, estão há seis anos em elaboração, levando ao retardo dos planos operacionais. Defesa não é relevante?

4. Todos os projetos estratégicos de defesa não recebem recursos suficientes para cumprir o cronograma ou eles são contingenciados. Se algum dia forem concluídos já serão antiguidades. Descaso com a defesa! 

5. É irrisória a aplicação de recursos em ciência e tecnologia e no desenvolvimento de uma indústria militar com elevada autonomia, e não há perspectiva de ruptura da tendência a negligenciar a defesa do país. O hiato de poder militar vai se agravar!

6. O projeto mais efetivo em dissuasão seria um sistema conjunto de defesa com mísseis antinavio e antiaéreos, coordenado com a segurança cibernética e a inteligência estratégica. Seria capaz de neutralizar ou desgastar uma esquadra agressora antes do desembarque de tropas, causando pesadas baixas ao afundar navios de transporte. Mas este projeto não existe!  

7. Nenhuma brigada do Exército Brasileiro dispõe de sistemas operacionais completos, portanto, nenhuma tem condições de entrar em combate convencional em defesa da pátria. Quanto à Marinha e à Aeronáutica, as tabelas, por si só, já são por demais eloquentes. Atenção para caças e submarinos nucleares, pois o brasileiro é para 2022.

8. Para nossos governos, as FA são como agências multitarefas para suprir carências ou incompetências dos órgãos de defesa civil, obras públicas, assistência social, segurança pública e em grandes eventos. Nos últimos anos, foram feitas oito megaoperações de controle de tráfico de drogas e contrabando na faixa de fronteiras, e nenhum exercício de vulto de defesa da pátria. O Brasil acabou se dobrando às diretrizes dos EUA para as FA sul-americanas, formuladas após a Guerra Fria.

"A maior vulnerabilidade do Brasil é não ter sistemas de mísseis antinavio e antiaéreos" - Luiz Eduardo Rocha Paiva, General da Reserva, sobre problemas da defesa nacional.

Há quem pense não haver ameaças ao país, pois poucos estudam a história e o jogo do poder entre as potências globais. Estas, em suas documentadas apreciações estratégicas, alertam que os conflitos futuros visarão garantir acesso privilegiado a recursos e controlar ou ter presença militar em áreas de valor estratégico.

São duas causas de conflitos em que o Brasil se enquadra como possível alvo. Portanto, existem ameaças potenciais para as quais seria necessário se preparar desde ontem, pois defesa não se improvisa. Pela dissuasão, se evita a escalada de conflitos e, pela ação ou reação de FA poderosas, se derrota o agressor.

A defesa tem sido debatida nos meios acadêmicos e - algumas vezes - na mídia, mas não é o bastante para a sociedade tomar consciência da relevância do poder militar como fator de segurança e paz.

No Congresso, as comissões de Relações Exteriores e Defesa têm a responsabilidade de alertar a nação sobre os riscos da indigência militar do país. Devem ouvir a opinião de civis e militares da reserva estudiosos do assunto, em audiências públicas, a fim de identificar vulnerabilidades.

Se estas forem relevantes, devem ouvir altos chefes militares da ativa,em audiências reservadas, cujo compromisso será emitir sua própria opinião. É desperdício não conhecer o pensamento de profissionais em quem a nação investiu mais de trinta anos em preparação contínua.

Temas de vital relevância para a defesa da pátria não podem ficar subordinados a interpretações retrógradas sobre hierarquia e disciplina intelectual. Quem os estará questionando é a própria nação, que tem direito à verdade.

Após avaliar as distintas visões, as comissões decidiriam se o Ministério da Defesa deveria ou não ser acionado para justificar as políticas e estratégias adotadas, em audiência reservada, se necessário o sigilo. Com o cenário da defesa descortinado, a sociedade seria informada sobre sua real situação.

A defesa da pátria, missão principal e identidade das FA, é tratada como algo irrelevante e gerida na base do faz de conta por nossos governos desde o início dos anos 1990.



Atitudes insólitas

Por Marcos Coimbra

Foi no mínimo surpreendente a atitude do vice-presidente norte-americano, Joe Biden, em fornecer documentos confidenciais do passado, pertencentes ao arquivo de seu país, a autoridades brasileiras a pretexto de colaborar com a denominada “Comissão da Verdade” relativa, pois aborda apenas a ótica parcial de uma das partes conflitantes. Isto porque, caso ele não saiba, está ajudando a quem praticou vários atos terroristas, inclusive contra os EUA, como, por exemplo, no sequestro de seu embaixador Charles Burke Elbrick em ação da qual participou o ex-ministro Franklin Martins, um dos principais coordenadores da campanha à reeleição da atual presidente.

Para agravar o fato, no manifesto de sua autoria está expresso: “Este ato não é um episódio isolado. Ele se soma aos inúmeros atos revolucionários já levados a cabo: assaltos a bancos, nos quais se arrecadam fundos para a revolução, tomando de volta o que os banqueiros tomam do povo e de seus empregados; ocupação de quartéis e delegacias, onde se conseguem armas e munições para a luta pela derrubada da ditadura; invasões de presídios, quando se libertam revolucionários, para devolvê-los à luta do povo; explosões de prédios que simbolizam a opressão; e o justiçamento de carrascos e torturadores. Na verdade, o rapto do embaixador é apenas mais um ato da guerra revolucionária, que avança a cada dia e que ainda este ano iniciará sua etapa de guerrilha rural. A vida e a morte do sr. embaixador estão nas mãos da ditadura. Se ela atender a duas exigências, o sr. Burke Elbrick será libertado. Caso contrário, seremos obrigados a cumprir a justiça revolucionária.”.

O regime militar atendeu ao exigido, poupando a vida do embaixador que seria “justiçado”. E se não tivessem atendido? O terrorismo, como a tortura, é crime inafiançável e imprescritível, conforme reconhecido pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal ministro Gilmar Mendes: “O texto constitucional também diz que o crime de terrorismo é imprescritível”.

O Brasil ratificou as principais convenções internacionais sobre o tema e colabora ativamente em vários cenários, como na ONU e na OEA. O terrorismo é citado na própria Constituição, que qualifica o terrorismo como crime inafiançável, porém não existe, na legislação brasileira, uma definição de terrorismo. Em 2013 foi apresentado o Projeto de Lei do Senado 499, que define crimes de terrorismo, estabelecendo a competência da Justiça Federal para o seu processamento e julgamento. Porém suscitou críticas por parte da Anistia Internacional, que considerou o projeto vago, “com um claro e imediato risco de promover a criminalização de manifestantes pacíficos e de seus direitos à liberdade de expressão e à reunião pacífica”, tendo assim não prosperado.

No Brasil, mais alguns episódios esdrúxulos surgem, como a declaração da atual presidente de que “Meu governo é padrão Felipão”, isto lógico, antes da derrota por 7x1, tentando pegar carona no eventual sucesso da seleção de futebol. De fato, a inflação está quase em 7% e o crescimento do PIB em torno de 1% ao ano. O país vive uma insegurança econômica aflitiva, pois qualquer analista sabe que existe uma expressiva inflação represada, a qual atingirá ao povo brasileiro, após as eleições presidenciais, bem como uma perspectiva cada vez mais concreta de racionamento de energia e outras situações cruéis.

Surge então a figura do “crime relatório”, representado pela classificação de terrorismo econômico a uma nota de analistas de um banco analisando a conjuntura e sinalizando orientação para investidores de sua carteira preferencial.

Ora, não há quem repudie mais do que nós a intromissão de estrangeiros em nossos assuntos, mas no caso em tela a equipe de analistas expressou aquilo que a maioria dos economistas não aquinhoados com as benesses da atual administração petista afirma. E vão ser punidos com a demissão em massa.

Será que estamos já vivendo a situação descrita pelo genial escritor George Orwell (Eric Blair) em sua magistral obra 1984? Quem serão os primeiros incriminados pelo “crimidéia” (crime de pensamento)? Serão os que denunciaram a “doação” de bilhões de dólares a administrações “cumpanheiras” na África e nas Américas? Ou os que apontaram a farra de empreiteiras ditas nacionais, que, com recursos do BNDES, realizaram obras ciclópicas em países administrados também por “cumpanheiros” ideológicos, que dificilmente serão ressarcidos?

Para culminar, está sendo praticamente impossível renovar o registro (não o porte) de armas de fogo, e até os aparelhos de choque (não o Taser) estão tendo sua comercialização proibida, enquanto pivetes armados com armas brancas praticam arrastões em plena Copacabana durante o dia (28/7), sem que a polícia evite os delitos e a mídia amestrada sequer noticie. De fato, o cobertor é curto. As centenas de policiais que estão nas UPPs desfalcam a prevenção no asfalto.

E o alcaide comemora o inferno vivenciado no trânsito do município do Rio de Janeiro, com reflexos graves nos municípios limítrofes. Temos que escolher com cautela os nossos representantes nas próximas eleições, sob o risco de perdermos nosso país.



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Marcos Coimbra é Economista e Professor, membro do Conselho Diretor do Cebres, titular da Academia Brasileira de Defesa e autor do livro “Brasil Soberano”.

Juca Kfouri, Sininho e a apologia do crime

Por Luciano Ayan

Como havia dito ontem, agora virou avalanche: todos os jornalistas da extrema-esquerda petista estão escrevendo textos em favor da Black Bloc Sininho. Para essa turma que gosta de um pandemônio, ela virou a nova Madre Teresa de Calcutá. Vejam o que disse Juca Kfouri:

"O que sei é que num Estado democrático as denúncias contra ela soam exageradas, de uma polícia que não é confiável e de uma Justiça, infelizmente, com mais pecados que virtudes. Cuidado, pois. Transformar a Sininho em nosso Bin Laden ofende a cidadania, a liberdade, os direitos civis e nos remete a um passado relativamente recente que lutamos para sepultar. Muita calma nesta hora. E a necessária indignação contra o que pode ser uma injustiça irreparável em nossa incipiente democracia."

Antes de seguir com Juca, é o momento de tratarmos o texto 'Gravações revelam plano de protesto violento para final da Copa', do G1, que fala da matéria do Fantástico deste domingo último (27/07).

Os Black Blocs criaram a operação “Junho Negro”, com o objetivo de deixar explosivos em uma praça movimentada, próximo ao Maracanã, no dia da final entre Alemanha e Argentina. A ação foi desmontada por causa de depoimentos de ex-integrantes do grupo.

O programa Fantástico entrevistou duas testemunhas, além de acessar gravações feitas pela polícia.

Leia mais:

"Dentro de uma barraca na frente da Câmara Municipal do Rio, em agosto de 2013, aconteceu uma reunião, e, segundo testemunhas, foi ali que um grupo de jovens decidiu que era preciso aumentar a violência nos protestos.

“Começou-se a falar em coisas mais agressivas. No próximo ato, o seguinte, rolou a coisa de quererem queimarem um ônibus ali na Rio Branco, isso aconteceu realmente. Isso foi até noticiado, queimaram até um ônibus da polícia”, contou uma testemunha.

Foram mais de 30 depoimentos, milhares de horas de gravações feitas com autorização da Justiça e sete meses de trabalho que desvendaram o planejamento de ações violentas nos protestos.

Segundo as investigações, na barraca, no Centro do Rio, estavam, entre outros, Elisa Quadros, a Sininho, Igor Mendes da Silva, Camila Aparecida Jourdan e Luiz Carlos Rendeiro Júnior, conhecido como Game Over.

Eles fazem parte do grupo de 23 indiciados que responde na Justiça por praticar e incitar atos violentos durante protestos. As principais testemunhas do processo são oito pessoas.

O Fantástico falou com duas testemunhas que prestaram depoimento para a polícia. Elas não quiseram ser identificadas. Elas contam que frequentaram assembleias, estiveram nas manifestações, ouviram as orientações para atacar policiais, além do patrimônio público e privado e se assustaram com a escalada de violência.

“O termo que eles usam: eles falam muito em ação direta. Ação direta é o ato de confrontar, de quebrar, é o ato de destruição, com o objetivo de chamar atenção para eles mesmos”, disse uma testemunha.

“A liderança vinha da Sininho, então ela que comandava, só que na hora que o circo começava a pegar fogo, ela sumia”, contou outra testemunha.

“Ela falava que era doida para explodir a Câmara, tinha que quebrar banco todo mesmo, tem que queimar ônibus. Ela, dia de ato, às vezes, ela está junto. Ela passa, eu já a vi passando bomba, ‘cabeção de nego’, entendeu? Ela e as turminhas dela lá”, contou uma testemunha.

As ações violentas eram comentadas por telefone pelos próprios manifestantes: “Eles pareciam uns cachorros selvagens sem vacina”, mostra uma delas.

Um homem frequentou as assembleias da Frente Independente Popular, a FIP, desde a formação, viu o movimento ganhar a adesão de várias organizações e se ofereceu para participar do núcleo que tomava as decisões.

O Fantástico também teve acesso exclusivo a um vídeo com o depoimento de outro homem, gravado pela polícia. “Eu fui aceito, porque, de alguma forma, eu já era conhecido deles, então, ninguém se opôs a me aceitar na comissão de organização. Na verdade, eram coisas seríssimas que discutiam , coisas criminosas”, conta.

O inquérito policial relata que as lideranças tinham um plano: fazer vários protestos violentos durante a Copa. Seria o que eles chamavam de “Junho Negro”. E esta preparação, segundo as investigações, envolvia a compra de rojões, a produção de coquetéis molotov e de outros tipos de explosivos, que deveriam ser atirados nos policiais.

Para que tudo funcionasse, havia uma distribuição de tarefas. “Existem os mentores intelectuais, que são as lideranças. Eles não assumem esse nome, líderes, porque isso vai contra a ideologia deles que é anarquista, para eles, não tem líder. Mas eu que vi, eu sei que tem”, disse a testemunha.

“Você tem a função dos atiradores, que são os caras que ficam ali responsáveis por atirar os fogos, os molotovs, o que tiver na mão. Você tem a função das mulas, que ficam no meio da multidão com a mochila, preparada para dar para quem quer que seja”, conta.

“E você tem uma categoria também interessante que são funções mais estrategicamente do ponto de vista político. Eles gostam de fazer campanhas em grupos sociais diferentes para poder trazer a galera para eles”, disse.

No protesto marcado para a final da Copa, de acordo com a denúncia do Ministério Público, eles pretendiam esconder coquetéis molotov na madrugada do dia 12 para o dia 13 de julho. Estavam preocupados em levar escudos e objetos para serem arremessados.

Queriam evitar que as mochilas fossem revistadas. Decidiram que era necessário esconder os explosivos em carros nas redondezas do Maracanã, para não correr o risco de serem pegos com eles nas mochilas.

A estratégia, como mostra a investigação, foi testada em protestos na Praça Saens Peña, perto do estádio, nos dias de jogos da Copa.

Veja o que diz Camila Jourdan com outra indiciada, Rebeca Martins de Souza:

Camila: Você conseguiu?
Rebeca: O quê?
Camila: Deixar lá as coisas?
Rebeca: Não. A gente está parado, afastado, esperando ligação para ir para aí.
Camila: Eu estou distante também porque estão fazendo muita revista.
Rebeca: Eu acho assim, a gente pode até ir para aí, estaciona o carro perto e fica aí de fora.
Camila: Eu acho que é mais difícil depois pegar as paradas e levar.

Em outra conversa, Camila reclama com Igor D’Icarahy, também indiciado no processo, sobre a demora em estacionar um carro, que, segundo a polícia, estaria com explosivos.

Camila: Você estacionou?
Igor: Não.
Camila: Cara, por que não?
Igor: Eu vou chegar aí e vou te falar.
Camila: Não, cara, não tem essa não. A gente está saindo daqui! Vai para lá e leva as paradas lá.

A pressa é porque a rua seria fechada, horas antes de um jogo.

Camila: A rua está fechada?
Igor: Isso. Eu vou chegar aí.
Camila: Eu te avisei que isso ia acontecer.
Igor: Não, não é isso…
Camila: É isso sim, cara.
Igor: Eu vou chegar aí e vou falar contigo, para de falar.
Camila: Eu não quero falar com você, cara, sinceramente eu não quero. É falta de respeito com as pessoas que estão envolvidas com essa situação. Muita falta de respeito o que você está fazendo, cara.

Neste mesmo dia, mais tarde, Camila avisa um homem sobre uma operação da polícia: “Aborta a missão, some da rua, some. Entendeu? Some. Foi todo mundo pego”.

Camila Jourdan, Igor D’Icarahy e Elisa Quadros, que deixaram a cadeia na quinta-feira (24), graças a uma liminar, foram  presos um dia antes da final da Copa. Outras 18 pessoas também chegaram a ter a prisão decretada.

Na Praça Saens Peña, a polícia afirma ter encontrado 20 rojões recheados com pregos e 178 ouriços, objetos de ferro com várias pontas.

A ação batizada de “Junho Negro” acabou sendo frustrada. Os rumos tomados pelos líderes afastaram antigos aliados e despertaram a desconfiança, como mostra a conversa entre um homem não identificado e a advogada Eloisa Samy, denunciada no processo.

“Eu acho que já passou mais que da hora de a gente começar a levantar boicote sim, começar a mostrar as verdades de quem é a FIP de fato é. Porque eles estão levando a gente para o fundo do poço, Elô. Porque tem muitas pessoas ali, Elô, que estão sendo enganadas. Tem muitas pessoas de alma, de bom coração ali, que estão sendo enganadas, e aí, vão para uma Saens Peña da vida e levam porrada. Isso é certo? Isso não certo gente, não é certo”, disse o homem.

Todos os acusados citados nesta reportagem foram procurados pelo Fantástico. O Instituto de Direitos Humanos, que representa Rebeca Martins de Souza e Luiz Carlos Rendeiro Júnior, o Game Over, disse que eles não querem fazer declarações e só vão falar em juízo.

A comissão da OAB que defende a advogada Eloisa Samy também afirmou que ela não quer falar.

O advogado Marino de Icaraí Júnior, que defende Camila Jourdan, Igor Mendes da Silva, Igor D’Icarahy e Elisa Quadros, a Sininho, não retornou nossas ligações. Também deixamos recados no telefone da própria Sininho, mas ela também não respondeu."

Depois de ver o que trouxe a matéria do Fantástico, vamos rever os pontos encontrados no discurso de Kfouri:
 - citação à polícia não confiável
 - crítica à Justiça
 - compreensão dos motivos de um meliante (e depois das evidências trazidas na matéria do Globo, não há mais argumento que salve Sininho)

Por muito menos que isso Rachel Sheherazade foi demonizada por toda a extrema-esquerda, a qual, como sabemos, não fará nada contra o discurso de alguém que, aí sim, faz apologia ao crime.



A candidatura de Paulo Skaf


Alerta sobre ataques de militantes e possível exclusão do canal do João Revolta


Mais Armas, Menos Crimes?