Por É Mentira do PT
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quinta-feira, 31 de julho de 2014
O “anão diplomático” usa nosso dinheiro para ajudar líderes palestinos e ditadores cubanos
O Itamaraty sob o governo do PT merece a alcunha de “anão
diplomático”. A acusação é legítima. Já a endossei aqui, e hoje foi a vez de
Demétrio Magnoli concordar em sua coluna. Diz ele:
O Brasil converteu-se num anão diplomático desde que, 11
anos atrás, Lula inaugurou a sua “nova política externa”.
[...] Desde que subiu a rampa do Planalto, Lula conferiu à política externa as funções de promover o seu prestígio pessoal e de atender às idiossincrasias ideológicas do PT, contrabalançando no plano simbólico a ortodoxia do governo no terreno da economia. Dilma Rousseff persistiu na linha de seu patrono, subtraindo apenas a primeira das funções (afinal, dois sóis não devem brilhar no mesmo firmamento). O produto final do desprezo pelo interesse nacional está sintetizado na expressão pouco diplomática de um “sub do sub do sub do sub do sub do sub” que não foi desmentida por nenhum de seus (supostos) seis chefes.
[...] Desde que subiu a rampa do Planalto, Lula conferiu à política externa as funções de promover o seu prestígio pessoal e de atender às idiossincrasias ideológicas do PT, contrabalançando no plano simbólico a ortodoxia do governo no terreno da economia. Dilma Rousseff persistiu na linha de seu patrono, subtraindo apenas a primeira das funções (afinal, dois sóis não devem brilhar no mesmo firmamento). O produto final do desprezo pelo interesse nacional está sintetizado na expressão pouco diplomática de um “sub do sub do sub do sub do sub do sub” que não foi desmentida por nenhum de seus (supostos) seis chefes.
[...] A inconsistência tem o condão de destruir a
credibilidade diplomática dos países que negociam princípios. O Brasil calou-se
diante da anexação da Crimeia pela Rússia, violando os princípios
constitucionais da “não intervenção” e da “igualdade entre os estados” com a
finalidade mesquinha de não desagradar a Vladimir Putin pouco antes da cúpula
do Brics em Fortaleza e Brasília. Pelo mesmo motivo, logo após o encerramento
da reunião, fechou-se em constrangedor mutismo diante da criminosa derrubada da
aeronave da Malaysian Airlines no leste da Ucrânia. O anão diplomático não
distingue o certo do errado: age caso a caso, segundo tortuosas conveniências
políticas e deploráveis tiques ideológicos.
Pois bem: a mais nova decisão do “anão diplomático” foi
liberar US$ 150 milhões do nosso dinheiro para financiar obras no aeroporto… de
Cuba! Como se nossa Infraero fosse um exemplo de eficiência aqui em nosso país,
e não uma estatal merecedora do apelido carinhoso Infrazero.
Aeroporto cubano vai receber $ 150 milhões do BNDES. Fonte:
GLOBO
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Está sobrando dinheiro, Dilma? Vale tudo para ajudar os
camaradas cubanos e, por tabela, o grupo Odebrecht, um dos maiores do Brasil?
Não bastou emprestar a taxas camaradas mais de US$ 1 bilhão para a ditadura cubana
modernizar o Porto de Mariel, usado, segundo várias denúncias, como ponte para
o tráfico de drogas internacional?
Mas não é tudo. O governo autorizou a doação de até R$ 25
milhões para a Autoridade Palestina Nacional. Será que isso explica o fato de o
governo ter tomado um partido no conflito e condenado unilateralmente apenas
Israel, ignorando os atos terroristas do Hamas? Mandar nosso suado dinheiro
para os palestinos? Será que foi usado para a construção de novos túneis que
auxiliam os terroristas e que o governo de Israel tenta destruir para proteger
sua população civil?
Nunca antes na história deste país o brasileiro decente
sentiu tanta vergonha de ser brasileiro!
Terror petista – Cabe perguntar: a partir de hoje, as análises que bancos fazem a seus clientes buscarão atender aos interesses de quem?
Muito bem! A analista que foi considerada a responsável por
ter anexado a extrato de correntistas uma análise sobre o comportamento dos
indicadores econômicos vis-à-vis à posição de Dilma Rousseff nas pesquisas
eleitorais foi demitida. Lula pediu a cabeça da moça a seu amigão, Emilio
Botín, presidente mundial do Santander, e o banqueiro deu o que ele queria.
Vale dizer: o chefão petista investiu e obteve os devidos dividendos
eleitorais. A partir de agora, uma questão está criada — e não só para o banco
que troca cabeças por gentilezas do petismo.
Bancos também atuam como consultores de investimentos. Não
são meros lugares em que se deposita o dinheiro. Em qualquer democracia do
mundo, um episódio como esse nem mesmo seria notícia. Por aqui, virou um
escândalo em razão da mistura sempre explosiva de ignorância com má-fé
política. Não só isso. Somos também um país viciado em arranca-rabo de classes.
Os que receberam a tal avaliação eram correntistas com contas acima de R$ 10
mil. Foram tachados de “ricos” por setores da imprensa. Ricos? Bem, num país em
que uma família com renda per capita de R$ 300 já é considerada pelo governo
“classe média”, tudo é possível.
Pergunto: doravante, as análises que o Santander e os demais
bancos oferecerem a seus clientes têm alguma validade ou serão redigidas pelo
medo e pela patrulha? Quando os consultores das instituições financeiras
emitirem as suas opiniões, estas terão sido, antes, submetidas ao Comitê de
Censura do Petismo? Se uma opinião considerada incômoda a um partido rende
pedido de desculpas e demissão, devo entender que as que não rendem podem até
estar em desacordo com a realidade, mas adequadas àquilo que pensam os
poderosos de turno?
De resto, insisto num aspecto: a moça demitida do Santander
não disse nada que não tenha sido dito na Folha, na VEJA, no Estadão, no Globo,
na Globo ou na Jovem Pan. Aí o idiota grita: “Ah, mas essa é a mídia golpista”.
Errado! A bancária demitida não afirmou nada além do que o próprio Lula vem
afirmando, com uma única diferença: ao fazê-lo, ele usa o episódio para exaltar
Dilma. A ex-analista do Santander se limitou a fazer uma constatação.
Esse episódio é vergonhoso e dá conta da cultura autoritária
de um partido político, incapaz de conviver com a divergência. A presidente
Dilma, numa avaliação tacanha, considerou que a análise enviada aos
correntistas era uma tentativa de o mercado interferir nas ações de governo. É
mesmo? Ainda que assim fosse, o que haveria de errado? Quando a CUT, o MST, o
MTST e um sem-número de siglas tentam interferir nas políticas públicas, tal inciativa
é ou não legítima? E olhem que há uma diferença brutal: com alguma frequência,
esses entes que cito não se manifestam apenas por meio de notas, mas da ação
direta, que cassa direitos de terceiros sob o pretexto de defender… direitos.
Nesta quarta, por exemplo, falaram na Confederação Nacional
da Indústria os presidenciáveis Eduardo Campos, Aécio Neves e Dilma Rousseff.
Já no evento da CUT — uma entidade financiada com dinheiro público, dos
trabalhadores, forçados a financiá-la por meio do imposto sindical —, só o
petismo tem voz; só o petismo é convidado a se manifestar, numa afronta
escancarada à Lei Eleitoral.
A síntese é a seguinte: a analista do Santander foi demitida
sem ter descumprido um milímetro da lei. Dilma será aplaudida amanhã, em evento
da CUT, transgredindo a lei. Ou tentem me provar que estou errado.
Cacoete autoritário limita análises econômicas
Por Editorial - O Globo - 30/07/14
Reação violenta de Dilma, PT e Lula à análise do Santander
sobre pesquisas eleitorais lembra críticas à imprensa no mensalão e levará
bancos a praticar a autocensura
Podia-se creditar apenas ao estado de nervos no núcleo da
campanha da presidente Dilma a reação violenta dela, do seu partido e do
ex-presidente Lula à análise feita para clientes preferenciais do banco
Santander em que altas da Bovespa são relacionadas a pesquisas eleitorais
negativas para o projeto da reeleição.
Para o PT, segundo seu presidente, Rui Falcão, tratou-se de
“terrorismo eleitoral”. A própria Dilma considerou “inadmissível para qualquer
país”, disse em sabatina na “Folha de S.Paulo”, a interferência do mercado
financeiro no processo eleitoral. Já Lula, em um evento na CUT, pediu a
demissão da analista responsável pelo texto. Talvez seja o primeiro político de
origem no sindicalismo a defender publicamente a demissão de um assalariado.
Mas a explicação para reação tão violenta não é conjuntural.
O vozerio petista tem a ver com o cacoete autoritário de frações hegemônicas no
partido contra a liberdade de expressão. Mesmo de departamentos de análise de
instituições financeiras, as quais, daqui para frente, praticarão a
autocensura, como foi obrigada a fazer a imprensa durante a ditadura militar.
Talvez este seja o objetivo da resposta petista em uníssono.
A imprensa profissional conhece esta reação típica petista
diante de informações que não agradem o partido. Foi assim no escândalo do
mensalão, em cujo início o próprio presidente Lula pediu desculpas ao país.
Logo depois, ele e partido passaram a negar o malfeito e a acusar a divulgação
dos fatos como parte de um projeto “golpista”. O Santander, grupo financeiro
espanhol, sabe agora o que significa contrariar o PT. O presidente mundial do
banco, Emilio Botín, por coincidência em viagem ao Brasil, acompanha de perto a
pedagógica experiência.
Para azar do banco espanhol, no Brasil, em que o Estado tem
grande ingerência na economia, o setor financeiro é particularmente vulnerável
à ação regulatória dos governos. A mudança de uma resolução do Banco Central,
numa penada, pode produzir milhões: em lucros ou prejuízos.
Entende-se, portanto, que mesmo campanhas publicitárias de
grandes conglomerados financeiros privados reproduzam um certo ufanismo
nacionalista típico da visão que o Planalto tem do país nesses tempos
eleitorais. O que aconteceu na Copa do Mundo foi típico.
Em alguma medida, o Brasil de Dilma lembrou a Argentina de
Cristina Kirchner. Lá, quando a economia estava subordinada ao truculento
secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, escritórios de consultoria
que divulgassem estimativas independentes da inflação eram punidos com pesadas
multas. Moreno e Casa Rosada queriam impedir comparações com a inflação
oficial, manipulada.
O Brasil, felizmente, devido a suas instituições, está muito
distante da Argentina kirchnerista. Mas os governos têm cacoetes muito
parecidos.
Fonte: A Verdade Sufocada
A polêmica das previsões da consultoria Empiricus acerca da economia brasileira
Em entrevista ao site da revista Veja, o analista da
consultoria de investimentos Empiricus Research, Felipe Miranda, criticou a
atitude do governo federal em “cercear” a opinião emitida em análises
econômicas sobre o cenário atual no Brasil. Na mesma semana da polêmica com o
Santander, o Planalto acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a
empresa.
De acordo com os petistas, a Empiricus Research teria
vinculação com a candidatura de Aécio Neves (PSDB) para realizar um “terrorismo
eleitoral”, ao fazer análises pessimistas sobre a economia brasileira. A
consultoria acabou sendo obrigada a retirar dois textos do ar por conta da
decisão do TSE.
“Os dois textos são muito claros: tratam de uma tese
econômica que não é nova e que mostra que a bolsa cai quando a Dilma sobe nas
pesquisas, e sobe quando o Aécio melhora. O objetivo é simples: nossos clientes
devem se proteger desses solavancos”, comentou Miranda à revista.
O analista afirmou ainda que seguirá prestando serviço aos
clientes, com base em suas próprias perspectivas.
“Nós estamos pessimistas em relação à economia e não posso
ignorar isso em minhas análises. No caso do Santander, entendo que ficou feio
para o banco ter de voltar atrás na opinião de um analista. Mas não me
surpreende, pois os grandes bancos não querem romper relações com o governo.
Mas nós somos independentes e só temos compromisso com nossos clientes”,
finalizou.
Confira a análise da Consultoria neste link: Empiricus Research
Fonte: CONSUMIDOR-RS com Agências
Lula e a baixaria digna da sarjeta moral: “analista do Santander não entende p… nenhuma”
Por Luciano Ayan
Lula não tem jeito mesmo! Quando ele discursa metido a bravo
contra adversários, parece que estamos assistindo a baixarias de botequim,
principalmente quando todo mundo está de cara cheia.
Agora é a vez dele baixar o nível contra a analista do
Santander que emitiu a nota dizendo o óbvio: o mercado sobe quando Dilma desce,
e cai quando Dilma sobe. E como é que os petistas queriam que fosse diferente?
Um governo que usa seu poder de pressão financeira para chantagear empresas é
evidentemente um perigo para toda a iniciativa privada.
Mas socialistas vivem brigando com a realidade e se rasgam
de ódio quando alguém lhes mostra os fatos. como diria Glenn Beck, Por isso, a
cúpula petista pressionou o Santander para voltar atrás e demitir sua
funcionária. Por parte do PT, uma mistura de rancor, ódio e despeito, como sói
ocorre quando falamos da extrema-esquerda.
Em estilo boca-do-lixo, Lula disse o seguinte em uma
plenária da CUT ao falar da analista do Santander:
Essa moça que falou [isso] não entende porra nenhuma de
Brasil e de governo Dilma Rousseff. Manter uma mulher dessas em cargo de chefia
é sinceramente… Pode mandar embora e dar o bônus dela pra mim, que eu sei como
é que eu falo.
Não há palavras para descrever o quão baixo esse sujeito
desceu. Mais uma vez, diga-se de passagem. Ele foi mais grosso que papel de
enrolar prego.
Antes, é preciso lembrar que todos os petistas criaram a
seguinte regra para lançar um shaming contra aqueles que mandaram um VTNC para
Dilma na abertura da Copa do Mundo: (1) Quem xinga uma mulher e (2) Usa de
palavrões é [escreva todos os adjetivos de shaming que conseguir, incluindo
"cretino", "mal-educado" ou coisas do tipo], e demonstra a
falta de educação da elite branca.
E agora eles não podem dizer que “se enganaram” nas
palavras. Mais uma vez um líder petista pede a demissão de uma funcionária do
Santander apenas por ela ter apontado os fatos. Estão agindo como a escória do
governo venezuelano.
Não podemos deixar de mencionar a piada involuntária, onde
um sujeito sem estudos (mesmo que tenha tido todas as oportunidades do mundo
para estudar) diz entender mais de economia do que um profissional que estudou
por muitos anos sua área de atuação. E tudo isso sem dizer os erros cometidos
pela analista. Foi só na gritaria “não entende porra nenhuma, não entende porra
nenhuma, eu entendo mais, eu entendo mais” que parece discurso de hospício.
É hora de superarmos a baixaria petista e encararmos de
frente esse totalitarismo típico de ditadores cubanos e russos.
Como sabemos, os petistas também foram atrás da Empiricus,
empresa de consultoria independente que também foi censurada pelo partido ao
divulgar os fatos.
Pelo menos, o cofundador da Empiricus, Felipe Miranda, e
autor do relatório “O Fim do Brasil” (que fez o PT babar de ódio), deu uma
entrevista ao InfoMoney mostrando a extrema gravidade de toda situação de
opressão governista à livre expressão.
Leia a entrevista:
IM – Depois destes episódios recentes e particularmente com
a decisão da Justiça de mandar tirar a campanha do ar da Empiricus, você acha
que a liberdade de expressão, de forma geral, está ameaçada?
FM: Sim, com certeza. O que você viu com o Santander e com a
gente foi uma censura muito grave. Agora os bancos, em geral, já estão adotando
novos procedimentos para se relacionar com seus clientes a respeito de
eleições. Então a liberdade de expressão já está prejudicada gravemente. Isso é
algo muito sério e preocupante para o nosso país.
IM – Era essa a intenção do governo em sua opinião? Você
acha que tem um terror que inibe as pessoas e instituições a fazerem críticas?
FM: Esse é um governo que já provou não aceitar críticas. E
quem não aceita críticas não caminha para frente. Só ouvindo elogios e
censurando as críticas, como eles terão um bom diagnóstico da situação? Tem que
ouvir e admitir os erros, afinal, ficar só se elogiando e barrando o resto é
fácil.
IM – O que você tem a dizer da declaração em que o Lula diz
que “a analista do Santander não entende porra nenhuma do Brasil”?
FM: Eu sabia que o Lula sabe tudo sobre o país, sobre o
continente, sobre o planeta e sobre a galáxia, mas não sabia que ele entende
mais de ações do que uma analista que estudou isso a vida inteira.
IM – Há boatos (não confirmados pelo banco, mas sim vindos
do PT) de que uma pessoa, que foi a responsável pelo relatório, foi demitida.
Se for verdade, o que você acha disso?
FM: Um grande absurdo. A analista não fez nada. O que estava
escrito no relatório era uma simples decorrência lógica do que tem acontecido e
que todo o mercado já sabe. Se o banco a demitiu, isso prova que a instituição
é governada por outros interesses, e não apenas em prol dos clientes. O cliente
agora ficou na mão e não foi priorizado. A analista teve uma atitude louvável e
se ela foi demitida eu poderia até estudar sobre ela vir trabalhar aqui. Claro
que uma contratação não passa apenas pela boa ética, que ela já mostrou ter,
mas sou totalmente simpático a esta ideia.
IM – Você considera toda a repercussão que deu o caso
positiva para vocês? É uma espécie de mídia espontânea bem-vinda ou vocês estão
preocupados com alguma atitude mais rígida por parte do governo?
FM: De forma alguma. Eu não acho nada disso bem-vindo. Eu
fiquei decepcionado e triste em ter a liberdade expressão cerceada por um
governo que não aceita críticas. Pelo que parece, hoje é proibido dar opinião.
Muito ruim e muito triste tudo isso.
IM – Vocês estão se sentindo pressionados pelo PT? Se sim, a
Empiricus pode se curvar à essas pressões em algum momento?
FM: Jamais. Não vamos nos curvar a ninguém, a não ser que
seja na marra. Mas, neste caso, já estaremos caminhando rumo a uma Venezuela,
de fato. No momento que eu parar de dar as minhas opiniões eu acabo com a empresa,
afinal, ela nasceu para isso. No caso do Santander é diferente.
IM – Agora mais voltado ao relatório que você escreveu. O PT
disse que vocês tentam assustar as pessoas para vender consultoria. Você
acredita no que escreveu? Você realmente acha que o Brasil vai acabar?
FM: Quem está assustando as pessoas são eles, com a
estagflação. Inflação acima de 6,5% e crescimento abaixo de 1%. Isso sim
assusta. No meu texto houve uma metáfora, não é o fim do Brasil de forma
literal. Quem leu o relatório sabe disso, então isso que o PT falou não faz o
menor sentido. O que eu falo é o fim do Brasil que foi construído em 1994 com o
Plano Real e consolidado em 1999 com a criação do tripé econômico. É esse
Brasil que está acabando, afinal tudo isso está sendo ignorado. Tudo que foi
construído está sendo destruído. Essa afirmação do PT é descabida. E outra
coisa. Essa é a minha análise. Quem concordar compra a ideia, quem não
concordar não compra, mas eu tenho o direito de escrevê-la.
IM – A Justiça mandou tirar a campanha do ar, mas, ao abrir
o site de vocês, a primeira coisa que aparece é justamente a campanha. Por que
ela não foi tirada do ar?
FM: Há uma liminar concedida pela Justiça falando das
campanhas pagas envolvendo eleições. Então o TSE mandou tirar os banners que
tinham menções positivas sobre o Aécio Neves e a que falava “como se proteger
da Dilma”. No entanto, a análise econômica “O Fim do Brasil” não tem nada a ver
com isso. O link dava para ela, mas é apenas uma análise econômica. O problema
foi só os banners envolvendo o nome dos políticos. Sobre o “Fim do Brasil”,
eles podem até tentar tirar do ar, mas seria algo descabido, afinal, é uma
análise econômica.
IM – Vocês esperavam toda essa repercussão?
FM: Não. Quer dizer, eu esperava uma grande repercussão sim,
mas não essa censura e esse terrorismo todo. De jeito nenhum. O que nós e o
Santander fizemos foi algo totalmente natural.
Perfeitas palavras. Esse ao menos não abaixou a cabeça para
um bando de censores que representam o maior atraso possível para uma
democracia.
Eu não li o relatório da Empiricus (e vou fazê-lo em breve),
mas defendo até a morte o direito deles se expressarem. Em termos de defesa da
liberdade de expressão, eu e os ultra-esquerdistas estamos em pólos opostos.
Fonte: Mídia SemMáscara
Nacionalismo canhestro
Por Merval Pereira - O Globo
De duas, uma: ou há uma conspiração internacional contra o
Brasil, ou o governo brasileiro está flertando perigosamente com o perigo,
alheio às advertências que partem de todos os lados sobre as fragilidades de
nossa economia. Ontem, foi o Fundo Monetário Internacional (FMI) que colocou o
país entre as cinco economias mais vulneráveis do mundo, ao lado de Índia,
Turquia, Indonésia e África do Sul. Também a agência de classificação Moody´s
divulgou um relatório no qual afirma que a Petrobras é, entre as empresas
petrolíferas da América Latina, a que corre o maior risco financeiro porque
está sendo usada politicamente para segurar a inflação com o represamento dos
preços de combustíveis no país.
E o que respondem nossos dirigentes? Ao mesmo tempo em que
vibram com a derrota política que impuseram ao banco espanhol Santander, tratam
de declarar platitudes, à espera de que as coisas melhorem por si, sem
demonstrar a menor intenção de fazer mudanças no rumo tomado. Ao contrário,
consideram que não há o que mudar.
A única concessão feita pela presidente Dilma foi admitir
que o ex-presidente Lula errou ao julgar que a crise financeira que estourou em
2008 chegaria ao Brasil como uma marolinha . A presidente Dilma mais uma vez
considera inadmissível o pessimismo em relação à economia brasileira, e compara-o
ao pessimismo sobre a Copa no Brasil. Para Dilma, não há necessidade de
mudanças. Ela nega que a inflação no país esteja descontrolada .
Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o FMI
comete o mesmo equívoco de outros organismos no passado, quando afirmaram que o
Brasil estaria entre as cinco economias mais frágeis. Segundo o ministro,
ninguém mais falou nesse assunto e nada aconteceu . Para ele, uma instituição
financeira respeitável não faria uma análise dessas. Pois foi a diretora-gerente
do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, que comentou ontem o
relatório sobre o Brasil, reiterando que há 15 meses o FMI vem repisando as
mesmas fortes recomendações para que reformas estruturais sejam feitas,
gargalos sejam reduzidos na economia e que o potencial, a capacidade de o
Brasil entregar crescimento seja liberada. E isso não vem sendo feito .
Lagarde repetiu que o receituário para superar os
obstáculos, é único: reformas estruturais, conserto dos problemas
macroeconômicos como inflação alta, déficits em contas externas, desequilíbrios
fiscais. A previsão do FMI é a de que o país será afetado duramente pela
retirada de estímulos e pelo aumento de juros, especialmente nos Estados
Unidos, se os emergentes continuarem crescendo abaixo do esperado, como ocorre
há três anos.
A queda dos preços das commodities é outro fator que pode
complicar a vida dos emergentes, alerta o FMI. Já a agência Moodys destaca que
a estatal irá enfrentar também riscos políticos substanciais , pois está
cerceada pelas políticas de preços para gasolina e óleo diesel . A Moody´s
ressalta ainda que o cenário macroeconômico do país tem desacelerado desde a
crise de 2009. A
expectativa da agência é de crescimento de apenas 1,5% no PIB brasileiro, o que
é uma previsão otimista, tendo em vista que a pesquisa Focus, realizada pelo
Banco Central, já está em 0,9%.
O tal mercado financeiro está cheio de dúvidas e de
advertências à política econômica do governo brasileiro, e nossas autoridades
brincam de um nacionalismo canhestro, como se mobilizar sindicatos e militantes
políticos para demitir analistas de mercado e desmoralizar banqueiros
internacionais fosse melhorar a situação de nossa economia.
Fonte: A Verdade Sufocada
Projeto exige revalidação do diploma de médicos estrangeiros do Mais Médicos
Colbert Martins: Revalida é conquista
de que a categoria não
pode abrir mão.
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A Câmara analisa o Projeto de Decreto Legislativo 1498/14,
do Deputado Colbert Martins (PMDB-BA), que susta a Resolução 3/14 do Ministério
da Educação, que define diretrizes curriculares nacionais do curso de Medicina.
A resolução isenta médicos estrangeiros, que participam do
programa “Mais Médicos”, da obrigatoriedade de realizar o Exame Nacional de
Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). A prova, direcionada para médicos
que se formaram em instituições estrangeiras, é um instrumento que garante que
o profissional está apto a exercer a medicina no Brasil.
Para Martins, médicos participantes do programa devem passar
pelas mesmas regras que os demais. “O Revalida é uma conquista que a categoria
teve e não pode abrir mão em um momento de desespero para resolver
“paliativamente” os problemas da Saúde no Brasil”, defendeu o parlamentar.
Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Seguridade
Social e Família; e de Constituição e Justiça de Cidadania Depois segue para o
Plenário.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Defesa do país é tratada como algo irrelevante e gerida na base do faz de conta
Por Luiz Eduardo Rocha Paiva
Os problemas relativos à defesa nacional deveriam ser
conhecidos pela nação, cliente das políticas e estratégias elaboradas pelos
órgãos diretamente responsáveis pelo setor e credora da lealdade das Forças
Armadas (FA). Por isso, as informações sobre a situação da defesa do país não
podem se restringir às transmitidas pelas fontes oficiais e autoridades
governamentais, que jamais questionam as próprias estratégias e omitem
deficiências e vulnerabilidades.
O discurso oficial definiu a capacidade de dissuasão
extrarregional como propósito da defesa nacional. Então, para não ser um
discurso ilusório, o Brasil deveria alcançar um poder militar não
necessariamente igual, mas capaz de causar danos significativos a eventuais
oponentes que tenham condições de nos agredir ou ameaçar interesses vitais
brasileiros.
Poucos países têm poder para entrar em conflito armado
prolongado com um Brasil tão distante. A conclusão é simples! As FA nacionais
devem ser capazes de dissuadir potências do nível da França ou Grã-Bretanha.
A França é nossa vizinha na Amazônia, a Grã-Bretanha tem
forte influência na Guiana (país membro da Comunidade Britânica), e ambas têm
manifestos interesses na calha norte do rio Amazonas. Dessa forma, convém
comparar as FA francesas, britânicas e brasileiras.
Fonte: Exército, Marinha e Aeronáutica dos países
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Quanto aos meios citados nas tabelas, há um imenso hiato
desfavorável às nossas FA em modernidade, autonomia tecnológica e industrial,
adestramento e disponibilidade de equipamentos. A maior vulnerabilidade do
Brasil é não ter sistemas de mísseis antinavio e antiaéreos, havendo outras
vulnerabilidades e deficiências graves, das quais seguem apenas algumas:
1. O Ministério da Defesa não implantou um projeto de força
conjunto para alinhar o reequipamento e articulação das FA quando elaborou a
END (Estratégia Nacional de Defesa), em 2008. Dispersão de esforços!
2. A END não identificou as visíveis ameaças potenciais,
como determina o conceito de defesa na Política Nacional de Defesa. Assim, não
há como definir padrões a alcançar no desenvolvimento de capacidades que
concretizem a dissuasão extrarregional pelas FA.
3. A Política e a Estratégia Militar de Defesa, que deveriam
seguir-se à END, estão há seis anos em elaboração, levando ao retardo dos
planos operacionais. Defesa não é relevante?
4. Todos os projetos estratégicos de defesa não recebem
recursos suficientes para cumprir o cronograma ou eles são contingenciados. Se
algum dia forem concluídos já serão antiguidades. Descaso com a defesa!
5. É irrisória a aplicação de recursos em ciência e
tecnologia e no desenvolvimento de uma indústria militar com elevada autonomia,
e não há perspectiva de ruptura da tendência a negligenciar a defesa do país. O
hiato de poder militar vai se agravar!
6. O projeto mais efetivo em dissuasão seria um sistema
conjunto de defesa com mísseis antinavio e antiaéreos, coordenado com a
segurança cibernética e a inteligência estratégica. Seria capaz de neutralizar
ou desgastar uma esquadra agressora antes do desembarque de tropas, causando
pesadas baixas ao afundar navios de transporte. Mas este projeto não
existe!
7. Nenhuma brigada do Exército Brasileiro dispõe de sistemas
operacionais completos, portanto, nenhuma tem condições de entrar em combate
convencional em defesa da pátria. Quanto à Marinha e à Aeronáutica, as tabelas,
por si só, já são por demais eloquentes. Atenção para caças e submarinos
nucleares, pois o brasileiro é para 2022.
8. Para nossos governos, as FA são como agências
multitarefas para suprir carências ou incompetências dos órgãos de defesa
civil, obras públicas, assistência social, segurança pública e em grandes
eventos. Nos últimos anos, foram feitas oito megaoperações de controle de
tráfico de drogas e contrabando na faixa de fronteiras, e nenhum exercício de
vulto de defesa da pátria. O Brasil acabou se dobrando às diretrizes dos EUA
para as FA sul-americanas, formuladas após a Guerra Fria.
"A maior vulnerabilidade do Brasil é não ter sistemas de
mísseis antinavio e antiaéreos" - Luiz Eduardo Rocha Paiva, General da Reserva, sobre
problemas da defesa nacional.
Há quem pense não haver ameaças ao país, pois poucos estudam
a história e o jogo do poder entre as potências globais. Estas, em suas
documentadas apreciações estratégicas, alertam que os conflitos futuros visarão
garantir acesso privilegiado a recursos e controlar ou ter presença militar em
áreas de valor estratégico.
São duas causas de conflitos em que o Brasil se enquadra
como possível alvo. Portanto, existem ameaças potenciais para as quais seria
necessário se preparar desde ontem, pois defesa não se improvisa. Pela
dissuasão, se evita a escalada de conflitos e, pela ação ou reação de FA
poderosas, se derrota o agressor.
A defesa tem sido debatida nos meios acadêmicos e - algumas
vezes - na mídia, mas não é o bastante para a sociedade tomar consciência da
relevância do poder militar como fator de segurança e paz.
No Congresso, as comissões de Relações Exteriores e Defesa
têm a responsabilidade de alertar a nação sobre os riscos da indigência militar
do país. Devem ouvir a opinião de civis e militares da reserva estudiosos do
assunto, em audiências públicas, a fim de identificar vulnerabilidades.
Se estas forem relevantes, devem ouvir altos chefes
militares da ativa,em audiências reservadas, cujo compromisso será emitir sua
própria opinião. É desperdício não conhecer o pensamento de profissionais em
quem a nação investiu mais de trinta anos em preparação contínua.
Temas de vital relevância para a defesa da pátria não podem
ficar subordinados a interpretações retrógradas sobre hierarquia e disciplina
intelectual. Quem os estará questionando é a própria nação, que tem direito à
verdade.
Após avaliar as distintas visões, as comissões decidiriam se
o Ministério da Defesa deveria ou não ser acionado para justificar as políticas
e estratégias adotadas, em audiência reservada, se necessário o sigilo. Com o
cenário da defesa descortinado, a sociedade seria informada sobre sua real
situação.
A defesa da pátria, missão principal e identidade das FA, é
tratada como algo irrelevante e gerida na base do faz de conta por nossos
governos desde o início dos anos 1990.
Fonte: Especial para o UOL-Notícias
Atitudes insólitas
Por Marcos Coimbra
Foi no mínimo surpreendente a atitude do vice-presidente
norte-americano, Joe Biden, em fornecer documentos confidenciais do passado,
pertencentes ao arquivo de seu país, a autoridades brasileiras a pretexto de
colaborar com a denominada “Comissão da Verdade” relativa, pois aborda apenas a
ótica parcial de uma das partes conflitantes. Isto porque, caso ele não saiba,
está ajudando a quem praticou vários atos terroristas, inclusive contra os EUA,
como, por exemplo, no sequestro de seu embaixador Charles Burke Elbrick em ação
da qual participou o ex-ministro Franklin Martins, um dos principais
coordenadores da campanha à reeleição da atual presidente.
Para agravar o fato, no manifesto de sua autoria está expresso:
“Este ato não é um episódio isolado. Ele se soma aos inúmeros atos
revolucionários já levados a cabo: assaltos a bancos, nos quais se arrecadam
fundos para a revolução, tomando de volta o que os banqueiros tomam do povo e
de seus empregados; ocupação de quartéis e delegacias, onde se conseguem armas
e munições para a luta pela derrubada da ditadura; invasões de presídios,
quando se libertam revolucionários, para devolvê-los à luta do povo; explosões
de prédios que simbolizam a opressão; e o justiçamento de carrascos e
torturadores. Na verdade, o rapto do embaixador é apenas mais um ato da guerra
revolucionária, que avança a cada dia e que ainda este ano iniciará sua etapa
de guerrilha rural. A vida e a morte do sr. embaixador estão nas mãos da ditadura.
Se ela atender a duas exigências, o sr. Burke Elbrick será libertado. Caso
contrário, seremos obrigados a cumprir a justiça revolucionária.”.
O regime militar atendeu ao exigido, poupando a vida do
embaixador que seria “justiçado”. E se não tivessem atendido? O terrorismo,
como a tortura, é crime inafiançável e imprescritível, conforme reconhecido
pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal ministro Gilmar Mendes: “O texto
constitucional também diz que o crime de terrorismo é imprescritível”.
O Brasil ratificou as principais convenções internacionais
sobre o tema e colabora ativamente em vários cenários, como na ONU e na OEA. O
terrorismo é citado na própria Constituição, que qualifica o terrorismo como
crime inafiançável, porém não existe, na legislação brasileira, uma definição
de terrorismo. Em 2013 foi apresentado o Projeto de Lei do Senado 499, que
define crimes de terrorismo, estabelecendo a competência da Justiça Federal
para o seu processamento e julgamento. Porém suscitou críticas por parte da
Anistia Internacional, que considerou o projeto vago, “com um claro e imediato
risco de promover a criminalização de manifestantes pacíficos e de seus
direitos à liberdade de expressão e à reunião pacífica”, tendo assim não
prosperado.
No Brasil, mais alguns episódios esdrúxulos surgem, como a
declaração da atual presidente de que “Meu governo é padrão Felipão”, isto
lógico, antes da derrota por 7x1, tentando pegar carona no eventual sucesso da
seleção de futebol. De fato, a inflação está quase em 7% e o crescimento do PIB
em torno de 1% ao ano. O país vive uma insegurança econômica aflitiva, pois
qualquer analista sabe que existe uma expressiva inflação represada, a qual
atingirá ao povo brasileiro, após as eleições presidenciais, bem como uma
perspectiva cada vez mais concreta de racionamento de energia e outras
situações cruéis.
Surge então a figura do “crime relatório”, representado pela
classificação de terrorismo econômico a uma nota de analistas de um banco
analisando a conjuntura e sinalizando orientação para investidores de sua
carteira preferencial.
Ora, não há quem repudie mais do que nós a intromissão de
estrangeiros em nossos assuntos, mas no caso em tela a equipe de analistas
expressou aquilo que a maioria dos economistas não aquinhoados com as benesses
da atual administração petista afirma. E vão ser punidos com a demissão em
massa.
Será que estamos já vivendo a situação descrita pelo genial
escritor George Orwell (Eric Blair) em sua magistral obra 1984? Quem serão os
primeiros incriminados pelo “crimidéia” (crime de pensamento)? Serão os que
denunciaram a “doação” de bilhões de dólares a administrações “cumpanheiras” na
África e nas Américas? Ou os que apontaram a farra de empreiteiras ditas
nacionais, que, com recursos do BNDES, realizaram obras ciclópicas em países
administrados também por “cumpanheiros” ideológicos, que dificilmente serão
ressarcidos?
Para culminar, está sendo praticamente impossível renovar o
registro (não o porte) de armas de fogo, e até os aparelhos de choque (não o
Taser) estão tendo sua comercialização proibida, enquanto pivetes armados com
armas brancas praticam arrastões em plena Copacabana durante o dia (28/7), sem que a
polícia evite os delitos e a mídia amestrada sequer noticie. De fato, o
cobertor é curto. As centenas de policiais que estão nas UPPs desfalcam a
prevenção no asfalto.
E o alcaide comemora o inferno vivenciado no trânsito do
município do Rio de Janeiro, com reflexos graves nos municípios limítrofes.
Temos que escolher com cautela os nossos representantes nas próximas eleições,
sob o risco de perdermos nosso país.
Fonte: Monitor Mercantil
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Marcos Coimbra é Economista e Professor, membro do Conselho
Diretor do Cebres, titular da Academia Brasileira de Defesa e autor do livro “Brasil
Soberano”.
Juca Kfouri, Sininho e a apologia do crime
Por Luciano Ayan
Como havia dito ontem, agora virou avalanche: todos os
jornalistas da extrema-esquerda petista estão escrevendo textos em favor da
Black Bloc Sininho. Para essa turma que gosta de um pandemônio, ela virou a
nova Madre Teresa de Calcutá. Vejam o que disse Juca Kfouri:
"O que sei é que num Estado democrático as denúncias
contra ela soam exageradas, de uma polícia que não é confiável e de uma
Justiça, infelizmente, com mais pecados que virtudes. Cuidado, pois.
Transformar a Sininho em nosso Bin Laden ofende a cidadania, a liberdade, os
direitos civis e nos remete a um passado relativamente recente que lutamos para
sepultar. Muita calma nesta hora. E a necessária indignação contra o que pode
ser uma injustiça irreparável em nossa incipiente democracia."
Antes de seguir com Juca, é o momento de tratarmos o texto
'Gravações revelam plano de protesto violento para final da Copa', do G1, que
fala da matéria do Fantástico deste domingo último (27/07).
Os Black Blocs criaram a operação “Junho Negro”, com o
objetivo de deixar explosivos em uma praça movimentada, próximo ao Maracanã, no
dia da final entre Alemanha e Argentina. A ação foi desmontada por causa de
depoimentos de ex-integrantes do grupo.
O programa Fantástico entrevistou duas testemunhas, além de
acessar gravações feitas pela polícia.
Leia mais:
"Dentro de uma barraca na frente da Câmara Municipal do
Rio, em agosto de 2013, aconteceu uma reunião, e, segundo testemunhas, foi ali
que um grupo de jovens decidiu que era preciso aumentar a violência nos
protestos.
“Começou-se a falar em coisas mais agressivas. No próximo
ato, o seguinte, rolou a coisa de quererem queimarem um ônibus ali na Rio
Branco, isso aconteceu realmente. Isso foi até noticiado, queimaram até um
ônibus da polícia”, contou uma testemunha.
Foram mais de 30 depoimentos, milhares de horas de gravações
feitas com autorização da Justiça e sete meses de trabalho que desvendaram o
planejamento de ações violentas nos protestos.
Segundo as investigações, na barraca, no Centro do Rio,
estavam, entre outros, Elisa Quadros, a Sininho, Igor Mendes da Silva, Camila
Aparecida Jourdan e Luiz Carlos Rendeiro Júnior, conhecido como Game Over.
Eles fazem parte do grupo de 23 indiciados que responde na
Justiça por praticar e incitar atos violentos durante protestos. As principais
testemunhas do processo são oito pessoas.
O Fantástico falou com duas testemunhas que prestaram
depoimento para a polícia. Elas não quiseram ser identificadas. Elas contam que
frequentaram assembleias, estiveram nas manifestações, ouviram as orientações
para atacar policiais, além do patrimônio público e privado e se assustaram com
a escalada de violência.
“O termo que eles usam: eles falam muito em ação direta.
Ação direta é o ato de confrontar, de quebrar, é o ato de destruição, com o
objetivo de chamar atenção para eles mesmos”, disse uma testemunha.
“A liderança vinha da Sininho, então ela que comandava, só
que na hora que o circo começava a pegar fogo, ela sumia”, contou outra
testemunha.
“Ela falava que era doida para explodir a Câmara, tinha que
quebrar banco todo mesmo, tem que queimar ônibus. Ela, dia de ato, às vezes,
ela está junto. Ela passa, eu já a vi passando bomba, ‘cabeção de nego’,
entendeu? Ela e as turminhas dela lá”, contou uma testemunha.
As ações violentas eram comentadas por telefone pelos
próprios manifestantes: “Eles pareciam uns cachorros selvagens sem vacina”,
mostra uma delas.
Um homem frequentou as assembleias da Frente Independente
Popular, a FIP, desde a formação, viu o movimento ganhar a adesão de várias
organizações e se ofereceu para participar do núcleo que tomava as decisões.
O Fantástico também teve acesso exclusivo a um vídeo com o
depoimento de outro homem, gravado pela polícia. “Eu fui aceito, porque, de
alguma forma, eu já era conhecido deles, então, ninguém se opôs a me aceitar na
comissão de organização. Na verdade, eram coisas seríssimas que discutiam ,
coisas criminosas”, conta.
O inquérito policial relata que as lideranças tinham um
plano: fazer vários protestos violentos durante a Copa. Seria o que eles
chamavam de “Junho Negro”. E esta preparação, segundo as investigações,
envolvia a compra de rojões, a produção de coquetéis molotov e de outros tipos
de explosivos, que deveriam ser atirados nos policiais.
Para que tudo funcionasse, havia uma distribuição de
tarefas. “Existem os mentores intelectuais, que são as lideranças. Eles não
assumem esse nome, líderes, porque isso vai contra a ideologia deles que é
anarquista, para eles, não tem líder. Mas eu que vi, eu sei que tem”, disse a
testemunha.
“Você tem a função dos atiradores, que são os caras que
ficam ali responsáveis por atirar os fogos, os molotovs, o que tiver na mão.
Você tem a função das mulas, que ficam no meio da multidão com a mochila,
preparada para dar para quem quer que seja”, conta.
“E você tem uma categoria também interessante que são
funções mais estrategicamente do ponto de vista político. Eles gostam de fazer
campanhas em grupos sociais diferentes para poder trazer a galera para eles”,
disse.
No protesto marcado para a final da Copa, de acordo com a
denúncia do Ministério Público, eles pretendiam esconder coquetéis molotov na
madrugada do dia 12 para o dia 13 de julho. Estavam preocupados em levar
escudos e objetos para serem arremessados.
Queriam evitar que as mochilas fossem revistadas. Decidiram
que era necessário esconder os explosivos em carros nas redondezas do Maracanã,
para não correr o risco de serem pegos com eles nas mochilas.
A estratégia, como mostra a investigação, foi testada em
protestos na Praça Saens Peña, perto do estádio, nos dias de jogos da Copa.
Veja o que diz Camila Jourdan com outra indiciada, Rebeca
Martins de Souza:
Camila: Você conseguiu?
Rebeca: O quê?
Camila: Deixar lá as coisas?
Rebeca: Não. A gente está parado, afastado, esperando
ligação para ir para aí.
Camila: Eu estou distante também porque estão fazendo muita
revista.
Rebeca: Eu acho assim, a gente pode até ir para aí,
estaciona o carro perto e fica aí de fora.
Camila: Eu acho que é mais difícil depois pegar as paradas e
levar.
Em outra conversa, Camila reclama com Igor D’Icarahy, também
indiciado no processo, sobre a demora em estacionar um carro, que, segundo a
polícia, estaria com explosivos.
Camila: Você estacionou?
Igor: Não.
Camila: Cara, por que não?
Igor: Eu vou chegar aí e vou te falar.
Camila: Não, cara, não tem essa não. A gente está saindo
daqui! Vai para lá e leva as paradas lá.
A pressa é porque a rua seria fechada, horas antes de um
jogo.
Camila: A rua está fechada?
Igor: Isso. Eu vou chegar aí.
Camila: Eu te avisei que isso ia acontecer.
Igor: Não, não é isso…
Camila: É isso sim, cara.
Igor: Eu vou chegar aí e vou falar contigo, para de falar.
Camila: Eu não quero falar com você, cara, sinceramente eu
não quero. É falta de respeito com as pessoas que estão envolvidas com essa
situação. Muita falta de respeito o que você está fazendo, cara.
Neste mesmo dia, mais tarde, Camila avisa um homem sobre uma
operação da polícia: “Aborta a missão, some da rua, some. Entendeu? Some. Foi
todo mundo pego”.
Camila Jourdan, Igor D’Icarahy e Elisa Quadros, que deixaram
a cadeia na quinta-feira (24), graças a uma liminar, foram presos um dia antes da final da Copa. Outras
18 pessoas também chegaram a ter a prisão decretada.
Na Praça Saens Peña, a polícia afirma ter encontrado 20
rojões recheados com pregos e 178 ouriços, objetos de ferro com várias pontas.
A ação batizada de “Junho Negro” acabou sendo frustrada. Os
rumos tomados pelos líderes afastaram antigos aliados e despertaram a
desconfiança, como mostra a conversa entre um homem não identificado e a
advogada Eloisa Samy, denunciada no processo.
“Eu acho que já passou mais que da hora de a gente começar a
levantar boicote sim, começar a mostrar as verdades de quem é a FIP de fato é.
Porque eles estão levando a gente para o fundo do poço, Elô. Porque tem muitas
pessoas ali, Elô, que estão sendo enganadas. Tem muitas pessoas de alma, de bom
coração ali, que estão sendo enganadas, e aí, vão para uma Saens Peña da vida e
levam porrada. Isso é certo? Isso não certo gente, não é certo”, disse o homem.
Todos os acusados citados nesta reportagem foram procurados
pelo Fantástico. O Instituto de Direitos Humanos, que representa Rebeca Martins
de Souza e Luiz Carlos Rendeiro Júnior, o Game Over, disse que eles não querem
fazer declarações e só vão falar em juízo.
A comissão da OAB que defende a advogada Eloisa Samy também
afirmou que ela não quer falar.
O advogado Marino de Icaraí Júnior, que defende Camila
Jourdan, Igor Mendes da Silva, Igor D’Icarahy e Elisa Quadros, a Sininho, não
retornou nossas ligações. Também deixamos recados no telefone da própria Sininho,
mas ela também não respondeu."
Depois de ver o que trouxe a matéria do Fantástico, vamos
rever os pontos encontrados no discurso de Kfouri:
- citação à polícia
não confiável
Por muito menos que isso Rachel Sheherazade foi demonizada
por toda a extrema-esquerda, a qual, como sabemos, não fará nada contra o
discurso de alguém que, aí sim, faz apologia ao crime.
Fonte: Mídia SemMáscara