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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Lula e a baixaria digna da sarjeta moral: “analista do Santander não entende p… nenhuma”

Por Luciano Ayan

Lula não tem jeito mesmo! Quando ele discursa metido a bravo contra adversários, parece que estamos assistindo a baixarias de botequim, principalmente quando todo mundo está de cara cheia.

Agora é a vez dele baixar o nível contra a analista do Santander que emitiu a nota dizendo o óbvio: o mercado sobe quando Dilma desce, e cai quando Dilma sobe. E como é que os petistas queriam que fosse diferente? Um governo que usa seu poder de pressão financeira para chantagear empresas é evidentemente um perigo para toda a iniciativa privada.

Mas socialistas vivem brigando com a realidade e se rasgam de ódio quando alguém lhes mostra os fatos. como diria Glenn Beck, Por isso, a cúpula petista pressionou o Santander para voltar atrás e demitir sua funcionária. Por parte do PT, uma mistura de rancor, ódio e despeito, como sói ocorre quando falamos da extrema-esquerda.

Em estilo boca-do-lixo, Lula disse o seguinte em uma plenária da CUT ao falar da analista do Santander:
Essa moça que falou [isso] não entende porra nenhuma de Brasil e de governo Dilma Rousseff. Manter uma mulher dessas em cargo de chefia é sinceramente… Pode mandar embora e dar o bônus dela pra mim, que eu sei como é que eu falo.

Não há palavras para descrever o quão baixo esse sujeito desceu. Mais uma vez, diga-se de passagem. Ele foi mais grosso que papel de enrolar prego.

Antes, é preciso lembrar que todos os petistas criaram a seguinte regra para lançar um shaming contra aqueles que mandaram um VTNC para Dilma na abertura da Copa do Mundo: (1) Quem xinga uma mulher e (2) Usa de palavrões é [escreva todos os adjetivos de shaming que conseguir, incluindo "cretino", "mal-educado" ou coisas do tipo], e demonstra a falta de educação da elite branca.

Mas foi exatamente isso que ele acabou de fazer contra a analista do Santander. A diferença é que as vaias contra Dilma ecoavam uma posição de grande parte dos brasileiros, enquanto as baixarias do PT contra a analista do Santander atendem aos interesses dos líderes do partido.

E agora eles não podem dizer que “se enganaram” nas palavras. Mais uma vez um líder petista pede a demissão de uma funcionária do Santander apenas por ela ter apontado os fatos. Estão agindo como a escória do governo venezuelano.

Não podemos deixar de mencionar a piada involuntária, onde um sujeito sem estudos (mesmo que tenha tido todas as oportunidades do mundo para estudar) diz entender mais de economia do que um profissional que estudou por muitos anos sua área de atuação. E tudo isso sem dizer os erros cometidos pela analista. Foi só na gritaria “não entende porra nenhuma, não entende porra nenhuma, eu entendo mais, eu entendo mais” que parece discurso de hospício.

É hora de superarmos a baixaria petista e encararmos de frente esse totalitarismo típico de ditadores cubanos e russos.

Como sabemos, os petistas também foram atrás da Empiricus, empresa de consultoria independente que também foi censurada pelo partido ao divulgar os fatos.
Pelo menos, o cofundador da Empiricus, Felipe Miranda, e autor do relatório “O Fim do Brasil” (que fez o PT babar de ódio), deu uma entrevista ao InfoMoney mostrando a extrema gravidade de toda situação de opressão governista à livre expressão.

Leia a entrevista:

IM – Depois destes episódios recentes e particularmente com a decisão da Justiça de mandar tirar a campanha do ar da Empiricus, você acha que a liberdade de expressão, de forma geral, está ameaçada?
FM: Sim, com certeza. O que você viu com o Santander e com a gente foi uma censura muito grave. Agora os bancos, em geral, já estão adotando novos procedimentos para se relacionar com seus clientes a respeito de eleições. Então a liberdade de expressão já está prejudicada gravemente. Isso é algo muito sério e preocupante para o nosso país.

IM – Era essa a intenção do governo em sua opinião? Você acha que tem um terror que inibe as pessoas e instituições a fazerem críticas?
FM: Esse é um governo que já provou não aceitar críticas. E quem não aceita críticas não caminha para frente. Só ouvindo elogios e censurando as críticas, como eles terão um bom diagnóstico da situação? Tem que ouvir e admitir os erros, afinal, ficar só se elogiando e barrando o resto é fácil.

IM – O que você tem a dizer da declaração em que o Lula diz que “a analista do Santander não entende porra nenhuma do Brasil”?
FM: Eu sabia que o Lula sabe tudo sobre o país, sobre o continente, sobre o planeta e sobre a galáxia, mas não sabia que ele entende mais de ações do que uma analista que estudou isso a vida inteira.

IM – Há boatos (não confirmados pelo banco, mas sim vindos do PT) de que uma pessoa, que foi a responsável pelo relatório, foi demitida. Se for verdade, o que você acha disso?
FM: Um grande absurdo. A analista não fez nada. O que estava escrito no relatório era uma simples decorrência lógica do que tem acontecido e que todo o mercado já sabe. Se o banco a demitiu, isso prova que a instituição é governada por outros interesses, e não apenas em prol dos clientes. O cliente agora ficou na mão e não foi priorizado. A analista teve uma atitude louvável e se ela foi demitida eu poderia até estudar sobre ela vir trabalhar aqui. Claro que uma contratação não passa apenas pela boa ética, que ela já mostrou ter, mas sou totalmente simpático a esta ideia.

IM – Você considera toda a repercussão que deu o caso positiva para vocês? É uma espécie de mídia espontânea bem-vinda ou vocês estão preocupados com alguma atitude mais rígida por parte do governo?
FM: De forma alguma. Eu não acho nada disso bem-vindo. Eu fiquei decepcionado e triste em ter a liberdade expressão cerceada por um governo que não aceita críticas. Pelo que parece, hoje é proibido dar opinião. Muito ruim e muito triste tudo isso.

IM – Vocês estão se sentindo pressionados pelo PT? Se sim, a Empiricus pode se curvar à essas pressões em algum momento?
FM: Jamais. Não vamos nos curvar a ninguém, a não ser que seja na marra. Mas, neste caso, já estaremos caminhando rumo a uma Venezuela, de fato. No momento que eu parar de dar as minhas opiniões eu acabo com a empresa, afinal, ela nasceu para isso. No caso do Santander é diferente.

IM – Agora mais voltado ao relatório que você escreveu. O PT disse que vocês tentam assustar as pessoas para vender consultoria. Você acredita no que escreveu? Você realmente acha que o Brasil vai acabar?
FM: Quem está assustando as pessoas são eles, com a estagflação. Inflação acima de 6,5% e crescimento abaixo de 1%. Isso sim assusta. No meu texto houve uma metáfora, não é o fim do Brasil de forma literal. Quem leu o relatório sabe disso, então isso que o PT falou não faz o menor sentido. O que eu falo é o fim do Brasil que foi construído em 1994 com o Plano Real e consolidado em 1999 com a criação do tripé econômico. É esse Brasil que está acabando, afinal tudo isso está sendo ignorado. Tudo que foi construído está sendo destruído. Essa afirmação do PT é descabida. E outra coisa. Essa é a minha análise. Quem concordar compra a ideia, quem não concordar não compra, mas eu tenho o direito de escrevê-la.

IM – A Justiça mandou tirar a campanha do ar, mas, ao abrir o site de vocês, a primeira coisa que aparece é justamente a campanha. Por que ela não foi tirada do ar?
FM: Há uma liminar concedida pela Justiça falando das campanhas pagas envolvendo eleições. Então o TSE mandou tirar os banners que tinham menções positivas sobre o Aécio Neves e a que falava “como se proteger da Dilma”. No entanto, a análise econômica “O Fim do Brasil” não tem nada a ver com isso. O link dava para ela, mas é apenas uma análise econômica. O problema foi só os banners envolvendo o nome dos políticos. Sobre o “Fim do Brasil”, eles podem até tentar tirar do ar, mas seria algo descabido, afinal, é uma análise econômica.

IM – Vocês esperavam toda essa repercussão?
FM: Não. Quer dizer, eu esperava uma grande repercussão sim, mas não essa censura e esse terrorismo todo. De jeito nenhum. O que nós e o Santander fizemos foi algo totalmente natural.

Perfeitas palavras. Esse ao menos não abaixou a cabeça para um bando de censores que representam o maior atraso possível para uma democracia.

Eu não li o relatório da Empiricus (e vou fazê-lo em breve), mas defendo até a morte o direito deles se expressarem. Em termos de defesa da liberdade de expressão, eu e os ultra-esquerdistas estamos em pólos opostos.



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