segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Coro no Rock in Rio 2015: 'Ei Dilma. Vai tomar no C#'
Por Rock In Rio
"EI DILMA VAI TOMAR NO C #." - Palavras usadas no intervalo da
músicas do Metallica para saudar a governanta.
A imensidão de desempregados reafirma que a decretação do impeachment é tão inevitável quanto a chegada da primavera
Entre janeiro e julho, 850 mil trabalhadores com carteira
assinada perderam o emprego. Só no setor industrial foram fechadas 610 mil
vagas. Até o fim do ano, a imensidão de
brasileiros demitidos neste angustiante 2015 passará de 1 milhão. E, como
constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, em 2016 o horizonte da
economia vai exibir tonalidades ainda mais escuras.
Para escapar da demissão antecipada, Dilma Rousseff repete
de meia em meia hora que foi eleita por 54 milhões de eleitores. Nesse colosso
de gente que luta para sobreviver ao desemprego, centenas de milhares de
famílias votaram em Dilma por terem
acreditado nas mentiras reiteradas pela candidata ao segundo mandato. Uma delas
garantia trabalho para todos ─ e para sempre.
O estelionato eleitoral forjado por uma ilusionista de
picadeiro é um dos muitos crimes que tornaram ilegítimo o mandato que acabou
sem ter começado. Dilma já deixou de ser presidente. É uma assombração que vaga
pelas catacumbas do poder enquanto não vem o impeachment tão inevitável quanto
a mudança das estações. Nada pode impedir o fim do inverno. Nem a chegada da
primavera.
O enfraquecimento de Dilma interessa a Lula
Por Ricardo Noblat
Noblat Comenta o que Lula pensa sobre o futuro do governo
Dilma - e sobre o futuro dele também.
Dólar a R$ 3,95 encarece até bife e óleo de soja
Imagine que você
deixou uma panela de leite no fogo. Que o leite ferveu e se derramou no fogão.
Imagine que você não consegue apagar o fogo. Pois então. Faz quase dois meses,
o fogo do mercado financeiro está ainda mais forte, o leite está derramando e
não há sinal de que alguém consiga desligar o gás. Não é impossível, claro.
Mas, por ora, como a gente viu hoje no mercado, a coisa está assim. O leite
está derramando porque ninguém acredita que a dívida do governo vai parar de
subir muito rápido.
tivemos outra
notícia terrível sobre as contas do governo, a arrecadação de impostos de
agosto, que caiu muito. A receita do governo vem caindo cada vez mais rápido
desde o início do ano. Agosto confirmou essa aceleração. Sem receita e sem
conseguir aprovar o seu pacote de dinheiro extra no Congresso, a dívida sobe.
Quando o credor vê seu principal devedor ficar endividado, cobra mais juros ou
não empresta. É isso o que está acontecendo.
Como sempre, o
termômetro mais "pop", mais conhecido, dessa situação é o dólar, que
foi hoje a R$ 3,95. Falta pouco mais de 1% para ir a R$ 4. Isso já é um
problema. Como a gente sempre explica aqui, dólar subindo muito e rápido demais
encarece o preço de um monte de produtos, até do bife e do óleo de soja.
Inflação maior reduz o poder de compra e assusta as pessoas, que compram ainda
menos. Inflação maior vai impedir o Banco Central de baixar os juros sobre os
quais têm algum controle, de negócios de curtíssimo prazo. Com juro alto
demais, a economia vai travando.
Mas há outras taxas
de juros negociadas entre as grandes instituições financeiras do mercado, as
taxas de negócios, empréstimos, mais longos. Elas dispararam ontem, outra vez.
Essas taxas, negociadas entre bancos, por exemplo, são uma espécie de piso do
mercado. Se elas sobem, sobe ainda mais o custo de um empréstimo para as
empresas. Os negócios nos bancos quase não crescem. Com juros ainda mais altos,
vão regredir. Assim, a recessão se aprofunda.
Se o governo não
arrumar um pouco de crédito, de confiança que vai colocar a mínima ordem em
suas contas. A panela do leite vai ferver e queimar.
O aumento de impostos proposto pelo governo Dilma
O colunista Rodrigo Constantino fala sobre o aumento de
impostos proposto pelo governo Dilma. Constantino diz: "para subir
impostos não precisava de doutor de Chicago, pois até minha vovozinha
faria".
Fernando Baiano: Palocci pediu dinheiro do petrolão para a campanha de Dilma – e o dinheiro foi entregue
Em sua delação premiada, o lobista conta que acerto de 2
milhões de reais foi feito em 2010, dentro do comitê eleitoral da petista em
Brasília, e que a logística da entrega ficou a cargo do ‘Dr. Charles’, braço
direito do ex-ministro
No segundo semestre de 2010, a inflação estava controlada, o
Brasil crescia em ritmo chinês e as taxas de desemprego eram consideradas
desprezíveis. A sensação de bem-estar, a propaganda oficial maciça e a
popularidade do então presidente Lula criavam as condições ideais para que
Dilma Rousseff passasse de mera desconhecida a favorita para vencer as
eleições. Paralelamente, um grupo pequeno de políticos e servidores corruptos
da Petrobras acompanhava com compreensível interesse os desdobramentos do
processo eleitoral. Foi nesse cenário que a campanha de Dilma e o maior esquema
de corrupção da história do país selaram um acordo que, se confirmado, pode se
transformar na primeira grande evidência de que o petrolão ajudou a financiar a
campanha de Dilma Rousseff. Mais que isso. Se confirmado, estará provado que os
coordenadores da campanha sabiam da existência do aparelho clandestino de
desvio de dinheiro da Petrobras, se beneficiaram dele, conheciam seus
protagonistas e, no poder, deixaram que tudo continuasse funcionando
tranquilamente até o ano passado, quando a Polícia Federal e a Procuradoria da
República no Paraná desencadearam a Operação Lava-Jato.
A lógica permite afirmar que seria impossível um esquema
responsável por desviar quase 20 bilhões de reais, que envolve ministros de
Estado, senadores, deputados aliados e a cúpula do PT, o partido que está no
poder desde que tudo começou, existir sem o conhecimento do presidente da
República. Os fatos, a cada novo depoimento, apontam na mesma direção.
Condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, o lobista Fernando Soares, o
Fernando Baiano, negocia um acordo de delação premiada com a Justiça. Ele já
prestou vários depoimentos. Num deles, contou ter participado pessoalmente da
operação que levou 2 milhões de reais à campanha petista. No ano passado, o
ex-diretor Paulo Roberto Costa disse que o ex-ministro Antonio Palocci, então
coordenador da campanha de Dilma, lhe pedira 2 milhões de reais. O dinheiro,
segundo ele, foi providenciado pelo doleiro Alberto Youssef. Ouvido, o doleiro
afirmou que desconhecia a existência de qualquer repasse a Antonio Palocci. A
CPI da Petrobras chegou a promover uma acareação entre os dois para tentar
esclarecer a divergência. Sem sucesso. Baiano contou detalhes que não só
confirmam as declarações de Paulo Roberto e de Alberto Youssef como ampliam o
que parecia apenas mais uma fortuita doação ilegal de recursos. É muito mais
grave.
O acordo para repassar o dinheiro foi fechado no comitê
eleitoral em Brasília depois de uma reunião entre Fernando Baiano, Paulo
Roberto Costa e o ex-ministro Antonio Palocci. De acordo com o relato de
Baiano, Dilma caminhava para uma eleição certa e, até aquele momento, ainda não
se sabia o que ela pensava a respeito do futuro comando da Petrobras.
Coordenador-geral da campanha, Palocci forneceu algumas pistas e fez o pedido:
precisava de 2 milhões de reais. Antes de a reunião terminar, recomendou que
acertassem a logística do repasse do dinheiro com "o Dr. Charles",
seu assessor no comitê. E assim foi feito. Combinou-se que, para a segurança de
todos, era melhor que a propina fosse entregue num hotel de São Paulo. E assim
foi feito. No dia indicado, um dos carros blindados do doleiro Youssef
estacionou na garagem de um conhecido hotel de São Paulo, e uma mala cheia de
reais foi desembarcada e entregue a um homem que já a aguardava.
A suposta contradição entre Youssef e Paulo Roberto sobre a
entrega do dinheiro também foi esclarecida. Depois da versão apresentada por
Baiano, o doleiro foi novamente ouvido. Ele não mentiu ao afirmar que nunca
entregara dinheiro a Antonio Palocci. Por uma razão: ninguém lhe informou que
aquela entrega atendia a uma solicitação do ex-ministro. Youssef, que era o
distribuidor de propinas aos parlamentares do PP, contou que, no dia indicado,
ele de fato encheu uma mala com maços de dinheiro, amarrou outros pacotes ao
próprio corpo e dirigiu-se num carro blindado para o hotel Blue Tree, na
Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo. O que era uma acusação considerada
mentirosa, descabida e sem provas pelo ex-ministro Palocci ganha evidências que
precisam ser esclarecidas em profundidade.
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