Por Milton Simon Pires*
Em toda história da humanidade, em toda época e em qualquer
tempo, jamais houve sociedade que deixasse de prever, por parte do seu
ordenamento jurídico, o crime de “traição à Pátria”. Não nos interessa aqui o
conceito de “Pátria”. Palavra tão batida, conceito tão vilipendiado, que perdeu
já todo seu sentido. A noção que um brasileiro pode ter desse termo se confunde
com a ideia de nacionalismo fanático, com a propaganda contra xenofobia e com a
oposição ao regime militar – época em que ainda fazia algum sentido usá-la.
De todas as barbaridades que vem acontecendo no Brasil
petista, de tudo que escandaliza e que choca, considerando-se os agentes
cubanos disfarçados de médicos, a agenda gay nas escolas, a humilhação das
religiões, ou a tragédia feita com as estatais, nada se compara àquilo que fez
o deputado federal Ney Lopes (PMDB-RN), autor do PLC 276/02 que possibilita ao
ministro da Defesa e aos chefes das Forças Armadas autorizar o trânsito e a
permanência temporária de forças estrangeiras no país.
Sob o argumento de que “o objetivo da medida é diminuir a
burocracia envolvendo a autorização para a entrada de tropas, navios e aviões
militares no país, uma vez que é frequente sua passagem de pelo espaço
territorial brasileiro”, Lopes conseguiu agilizar os trâmites que vão permitir
a presença, por exemplo, de policiais de Moçambique no RJ durante os jogos da
Copa do Mundo.
Não encontro palavras para descrever a sensação de
estupefação que tive ao ler essa notícia quando publicada pela própria Agência
Brasil. Vergonha é o único termo que me ocorre no momento para definir o que
essa anomalia política, essa substância corrupta que, conforme a água, toma a
forma de seu recipiente e que se chama PMDB, fez com a soberania da nação. Não
há um só almirante, general ou brigadeiro honrado que, se esse adjetivo
mereçam, possa nesse momento escapar da sensação de humilhação, do sentimento
de vergonha e desmerecimento que a escória petista nesse momento impõe às
Forças Armadas. Não bastou a essa ralé humilhar os médicos, bater nos
professores, aparelhar a Polícia Federal e levar fome ao Exército. Esses
marginais precisam mais: eles querem garantir a segurança durante a Copa com
militares estrangeiros. Com o lixo socialista que agora vem de Moçambique para
policiar cidadãos brasileiros.
Uma lição espero que seja tirada desse fato, mais um na
enorme lista de barbaridades que o partido-religião vem fazendo com os
brasileiros: o PT jamais teve, tem ou vai ter absolutamente qualquer forma de
respeito ou consideração com a Constituição Federal. Não vou perder tempo
escrevendo sobre o que diz a Carta Magna sobre o poder de polícia em território
nacional nem tão pouco sobre o emprego das Forças Armadas no nosso país. Nada
disso interessa a esse maldito partido que superou o General Figueiredo quando
o mesmo afirmou que preferia o cheiro de cavalo ao cheiro do povo. Ele ao menos
fazia diferença entre os dois. O PT, nem disso é capaz, mas sabe perfeitamente
resguardar-se da crítica usando gente do PMDB para fazer o mais sujo de todos
os trabalhos. Para cumprir a mais vil das tarefas – aquela em que se precisa
trair a Pátria perante o mundo todo e trazer policiais de fora para fazerem
cumprir nossas próprias leis.
Em tempo de guerra, e em guerra estamos todos contra essa
organização criminosa que governa o Brasil, traição é crime a ser punido com a
pena capital. Em outro lugar e em outra época, um parasita como Ney Lopes seria
preso e sumariamente fuzilado por abrir as portas do território nacional às
forças inimigas. Desgraçados dos brasileiros, sequer em guerra percebem que
estão e ainda dispensam honras e prerrogativas de deputado a esse que preso
deveria estar.
Graças a Deus já não integro mais força militar alguma. Já
me basta a humilhação de ser médico num país cujo governo me considera – a mim
e a meus colegas – como um ser sem “humanidade” suficiente para atender a
nossos próprios pacientes. Chegou agora a vez dos policiais e das nossas Forças
Armadas levarem suas respectivas cuspidas na cara com o PT trazendo bandidos de
Moçambique para fazerem seu “trabalho sujo” durante a Copa. Inimigos continuam
chegando ao país, mas dessa vez armados e com colaboração do nosso Congresso.
Traição é o nome que isso merece!
No Brasil, o primeiro crime de guerra.
Dedicado ao amigo Rodrigo Simões Lemos Dias.
Porto Alegre, 24 de abril de 2014.
Fonte: Mídia Sem Máscara
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*Milton Simon Pires é médico.