terça-feira, 8 de abril de 2014

Deputada Venezuelana Maria Corina Machado é entrevistada no Roda Viva

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A bancada do Roda Viva desta segunda-feira recebe a deputada cassada venezuelana María Corina Machado. A oposicionista ao governo de Maduro fala da crise política no país e dos motivos que levaram à sua cassação.

André Vargas não suporta repercussão do escândalo envolvendo doleiro e pede licença


andre_vargas_14Jogando a toalha – Deputado federal pelo PT do Paraná e vice-presidente da Câmara, Andrés Vargas apresentou pedido de licença, o que permitirá que o parlamentar permaneça afastado do mandato e cargo na Mesa Diretora da Casa pelo período de sessenta dias.

Na última semana, Vargas, que é acusado pela Polícia Federal de ligação com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jato, disse que estava à disposição para esclarecer os fatos, que o apontam como partícipe de um esquema criminoso emoldurado por estranho contrato de fabricação de medicamentos, no valor de R$ 150 milhões, com o Ministério da Saúde.

André Vargas alegou “motivos pessoais” e durante a licença ficará sem receber salários e outras benesses, mas pelas investigações da PF o petista não enfrentará problemas financeiros.

Mensagens trocadas por celular e interceptadas pela PF mostram que André Vargas cobrou o doleiro Alberto Youssef pela falta de pagamentos a “consultores”, como noticiamos em matéria anterior. Em 19 de setembro de 2013, de acordo com o site da revista Veja, Vargas reclamou com o doleiro: “Sabe por que não pagam o Milton?”, perguntou o deputado.

Em resposta, Youssef escreveu: “Calma, vai ser pago. Falei para você que iria cuidar disso”. Mas André Vargas insistiu. “Consultores que trabalham com ele há meses e não receberam”, rebateu Vargas. O doleiro tentou tranquilizar o deputado: “Deixa que já vai receber”.

A troca de mensagens não permitiu a identificação desses tais ”consultores”, mas a Polícia Federal suspeita que o tal “Milton” pode ser um dos irmãos de Vargas, que vive nos Estados Unidos e teria sido beneficiado pelo parlamentar com eventual participação no esquema, como informou o ucho.info na edição desta segunda-feira (7).

As novas mensagens interceptadas pela PF reforçam a suspeita de que André Vargas seria o sócio oculto de Youssef, doleiro famoso nos subterrâneos da política e presença constante em quase todos os escândalos de repercussão nacional.


Na manhã desta segunda-feira, horas antes do pedido de licença apresentado por André Vargas, a Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara havia arquivado um pedido formulado pelo PSOL para que o deputado petista fosse investigado por causa do seu envolvimento com Youssef.

Agora o PT rifa o companheiro Vargas.

 
O Palácio do Planalto e a cúpula do PT vão pressionar o deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara, a renunciar ao mandato. Na avaliação de ministros e dirigentes petistas, o caso Vargas pode alimentar a CPI da Petrobrás, desgastar ainda mais a presidente Dilma Rousseff, que concorrerá à reeleição, e prejudicar as candidaturas do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha ao governo de São Paulo e da senadora Gleisi Hoffmann à sucessão paranaense.

No Planalto, o comentário é que o pedido de licença do deputado, apresentado nesta segunda, 7, não resolve a questão. A situação de Vargas é definida no Planalto como "delicadíssima", insustentável num ano eleitoral.

A bancada do PT na Câmara vai se reunir nesta terça para avaliar o assunto. Vargas está em Brasília, mas até agora não se sabe se ele participará do encontro. Na quinta-feira, a Executiva Nacional do partido também vai se reunir, em São Paulo, e deve ser nomeada uma comissão interna para que Vargas dê explicações.

O presidente do PT, deputado Rui Falcão, conversou nesta segunda-feira, 7, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a crise política. "Até a semana passada o PT tratava o caso como um assunto pessoal do deputado. Agora, diante das novas informações, a executiva nacional terá que discutir o caso", disse o presidente nacional do PT, Rui Falcão. "Sempre temos que trabalhar com a presunção da inocência mas o PT não convalida este tipo de relação, se é que ela existe."


Consequências. O PT teme que a permanência de Vargas no Legislativo dê munição ao PSDB e acabe respingando em Padilha, que era ministro da Saúde e agora é candidato à sucessão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Além disso, adversários de Gleisi, no Paraná, também já começaram a usar as denúncias para atingir a campanha do PT. Alguns integrantes da sigla comparam o caso de Vargas ao do ex-dirigente Silvio Pereira, obrigado a deixar o PT após ser presenteado por uma empresa com um Land Rover. (Estadão)

Oposição deve recorrer ao Supremo por CPI exclusiva da Petrobras


A Comissão de Constituição e Justiça do Senado deveria tomar uma decisão nesta terça-feira sobre qual das comissões de inquérito pode ser instalada na Casa: se a da oposição, que quer investigar evidências de corrupção na Petrobras e constitui o primeiro requerimento a ser apresentado, ou a do governo, que incorpora os casos ocorridos na estatal, mas estendendo a apuração a supostas irregularidades  nos governos tucanos de São Paulo e Minas e na gestão de Eduardo Campos, em Pernambuco. Seria a CPI-do-Planalto-Doido, que investiga tudo e nada ao mesmo tempo. O relator do caso será o senador Romero Jucá (PMDB-RR), um aliado do governo. É possível que Jucá diga que só consegue tomar uma decisão na quinta-feira.

Caso, como se espera, Jucá decida que vale mesmo a comissão criada pelo governismo, as oposições pretendem recorrer ao Supremo Tribunal Federal — e com toda a razão. Notem: embora os oposicionistas tenham cumprido todos os requisitos para a instalação da CPI, o que os governistas estão fazendo é obstruir o seu legítimo direito de investigar, conforme está assegurado na Constituição. Essa história é um escracho. Imaginem agora se a moda pega: nunca mais se vai fazer uma CPI no país, e os Legislativos, nas três esferas, estarão perdendo uma de suas prerrogativas.

O problema é que a Petrobras tira o sono do governo. Se a própria Dilma se diz ludibriada, imaginem o resto do país. A diferença é que ele poderia ter atuado, né? Mas preferiu se omitir. A oposição acerta ao recorrer ao Supremo: é preciso que se evidencie o cerceamento ao direito de a oposição ser… oposição.

O PSDB levará também os escândalos da Petrobras para o horário político do partido. Começam hoje as pequenas inserções de 30 segundos da legenda, que abordarão as lambança nas estatais. Recortes de jornal e revista sobre os escândalos na empresa serão exibidos, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) dirá que o que está ocorrendo é “inaceitável” e uma “vergonha”. O tucano lembrará que a empresa perdeu metade de seu valor do mercado e que hoje é a mais endividada do mundo.

O partido também defenderá tolerância zero com a inflação. Segundo pesquisas recentes, esses temas mobilizam hoje os brasileiros. O Datafolha aponta que 78% dos entrevistados acreditam haver corrupção na Petrobras. A maioria das pessoas também avalia que a inflação tende a subir. O senador tucano vai perguntar se, com o mesmo dinheiro, os brasileiros compram o que compravam há um ano. Esses temas voltarão a aparecer na versão maior do horário político do PSDB que irá ao ar no dia 17, que deverá contar com a participação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Então é tudo mera campanha eleitoral, como acusa Dilma? Isso é bobagem. É que o PT não se conforma que a função de um partido de oposição é… se opor. Assim como a de um partido governista é… defender o governo. O que se exige e que uma coisa e outra sejam feitas dentro da lei e da Constituição.

A revisão da anistia

Por Paulo Brossard - Zero Hora

Uma revisão da lei de anistia se assemelharia a uma anistia retroativa a deparar com o vácuo

Confesso estar impressionado, e não é de hoje, com o que me parece uma espécie de esquecimento quanto ao que foi feito, progressivamente, em matéria das instituições nacionais, estaduais e também municipais. Dirigentes partidários, administradores de mérito, parlamentares de variado prestígio, pela lei da morte ou não, foram se extinguindo sem renovação. Hoje é difícil saber quais e quantos são os ministros, e se faz necessário divulgar o respectivo curriculum vitae para saber-se de quem se trata. E o mesmo se pode dizer das representações parlamentares. Não se sabe donde vem, nem para onde vão.

É claro que para explicar um fenômeno haverá uma pluralidade de causas, mas, para mim, uma das maiores reside no período de governo absoluto servido por uma censura absoluta. Tudo poderia ser feito e tudo veio a ser feito, sem que notícia deles chegasse sequer a uma parcela mínima da comunidade. O segredo era total. Basta dizer que durante o tempo em que estive próximo aos acontecimentos, nunca chegou ao meu conhecimento algum dado concreto relativo a uma atrocidade, que me tivesse sido revelado, por exemplo. De outro lado, por incrível que possa parecer, ninguém estranhou que a “Constituição” ostentava a declaração dos direitos e garantias individuais, que eram excluídos pelo AI-5; em outros tempos, em casos semelhantes, não faltaram manifestações de entidades docentes ou culturais, que naquela época fora omissas.

A certa altura, a oposição passou a defender a anistia _ “ampla, geral e irrestrita”, e como falasse em “anistia recípocra” o governo, irritado, proclamou que os vencedores não precisavam de perdão. Certo dia, porém, a “bomba do Riocentro” estilhaçou os segredos e num dado momento o governo percebeu que a ele também interessava a anistia e, mediante transigências ela foi aprovada; posso dizer que sem elas, então, a anistia não seria decretada. Não foi a anistia que eu queria, mas foi a possível e que, Deus louvado, sem exagero, mudou a face do Brasil. A anistia decretada pela Lei 6.683 de 28/8/1979, agora apontada como merecedora de revisão, parece não ter sido desprezível. A meu juízo, foi necessária e benéfica, mudou a face do Brasil. A propósito, lembro que a senhora Dilma Rousseff foi por ela anistiada, e hoje é a presidente da República.

Pois se lembro dessas coisas é porque, agora, ao ensejo dos 50 anos do movimento que culminou no afastamento do presidente Goulart, começou a falar-se abundantemente em “revisão da lei de anistia”, quando, decorrido mais de um terço de século, uma unanimidade nacional se estabeleceu a seu respeito.

Ora, a anistia é de aplicação instantânea e imperativa, independente de quererem ou não seus destinatários; sua amplitude atinge até condenação criminal transitada em julgado; a que foi decretada em 28/8/1979, pela Lei 6.683, apagou a todos os que, entre setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979, cometeram “crimes políticos ou conexos com eles, eleitorais…”. De modo que, o que havia deixou de existir, como se nunca houvesse existido; destarte, uma revisão da lei de anistia se assemelharia a uma anistia retroativa a deparar com o vácuo. Enfim, a anistia de 1979 anistiou.

Lamento que não possa estender-me sobre a anistia, importante e interessante. Premido pelo espaço, noto apenas que ela não se funda na Justiça, mas na temperança, no esquecimento, e particularmente na paz, que a juízo da lei, se faça aconselhável.

Conselho de Ética vai investigar quebra de decoro de André Vargas. E Justiça Federal manda o petista para as mãos de Joaquim Barbosa.

Nada como um dia após o outro...
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, acatou nesta segunda-feira o parecer jurídico da Mesa Diretora da Casa e decidiu encaminhar à Corregedoria Parlamentar o pedido de investigação por quebra de decoro feito hoje pelo Psol para apurar as denúncias contra o 1º vice-presidente, deputado Andre Vargas (PT-PR), que pediu  licença por 60 dias do seu mandato a partir desta segunda (7).

A Mesa Diretora, por meio do presidente Henrique Alves, também encaminhou ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar a representação feita pelo PSDB, DEM e PPS, nesta segunda-feira, também por quebra de decoro. Lá o processo será aberto, um relator será sorteado e testemunhas serão ouvidas.

A Justiça federal no Paraná decidiu remeter para o Supremo Tribunal Federal a parte da investigação da Operação Lava Jato que contém diálogos e mensagens do deputado federal André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara dos Deputados, com o doleiro Alberto Youssef.

No despacho que encaminha parte da investigação ao Supremo, o juiz da 13ª Vara Federal diz: "Revendo os autos constato que, entre os diversos fatos investigados, foram colhidos, em verdadeiro encontro fortuito de provas, elementos probatórios que apontam para relação entre Alberto Youssef e André Vargas, deputado federal".

Juiz manda caso André Vargas, o cadáver adiado, para o STF. Para o bem do Brasil, o ainda deputado vai mal


Para o bem do Brasil, o deputado petista André Vargas (PR), vice-presidente da Câmara e do Congresso, vai mal. A esta altura, é difícil acreditar que consiga manter o mandato. Hoje, ele humilha o Parlamento brasileiro. Não vai demorar muito, e Vargas passará a ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal. Não há escapatória, a menos que ele renuncie. Como é deputado, tem direito a foro especial por prerrogativa de função Por isso o juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, enviou ao STF a investigação. Explicou assim: “Revendo os autos, constato que, entre os diversos fatos investigados, foram colhidos, em verdadeiro encontro fortuito de provas, elementos probatórios que apontam para relação entre Alberto Youssef e André Vargas, deputado federal”.

E põe relação nisso! Reportagem publicada pela VEJA neste fim de semana é devastadora para o deputado. Ao se referir a um lobby que Vargas havia feito em seu favor no Ministério da Saúde, o doleiro diz ao petista: “Acredite em mim. Você vai ver quanto isso vai valer. Tua independência financeira e nossa também, é claro!”. Youssef estava falando de uma parceria do laboratório Labogen — uma empresa de fachada que, segundo a PF, serve para lavar dinheiro — com a gigante EMS. Todo o negócio poderia chegar a R$ 150 milhões. Já havia um contrato assinado de R$ 31 milhões para o fornecimento de citrato de sildenafila, o remédio que é o princípio ativo do Viagra, mas que serve também para tratar de hipertensão pulmonar. NOTA: Alexandre Padilha, então ministro da Saúde e futuro candidato do PT ao governo de São Paulo, assinou o contrato. Alguém aí acredita que ninguém se lembrou de ver a ficha cadastral da Lobogen? Ora… Quer dizer que o Ministério da Saúde não tem estrutura para não ser vítima de picaretas?

Numa outra conversa, o doleiro diz ao deputado: “Estou no limite. Preciso captar”. Ao que responde Vargas: “Vou atuar”. Como sabem, a parceria rendeu tanto que Youssef fretou um jatinho para o deputado e a sua família viajarem em férias para a Paraíba. Valor do mimo: R$ 100 mil.

A intimidade era tal que Vargas manda mensagens a Youssef por celular cobrando o pagamento a pessoas ligadas ao esquema. Numa delas, eles tem o seguinte diálogo:
VARGAS – [Você] sabe por que não pagam o Milton?
YOUSSEF – Calma! Vai ser pago. Falei pra você que iria cuidar disso.
VARGAS – [Há] Consultores que trabalham com ele há meses e não receberam.
YOUSSEF – Deixa, que vão receber.

Não dá mais! A Polícia Federal está convicta de que Vargas e Youssef atuam em sociedade. Pior: emissários do deputado fizeram chegar ao doleiro, que está preso, que a crise pode arrastar gente graúda. O que se quer dizer com isso? Vai saber!

O petista resolveu tirar uma licença de 60 dias para cuidar de assuntos privados. Huuummm… Ué! Não era isso o que ele fazia como um dos braços de Youssef? Mas manteve (vejam post na home) o cargo de vice-presidente da Câmara e do Congresso, o que é um acinte, é um deboche. Mesmo com o afastamento, três partidos de oposição — PSDB, DEM e PPS – ingressaram nesta segunda-feira com uma representação contra ele no Conselho de Ética. O PSOL, por sua vez, pediu à Mesa Diretora que a Corregedoria da Casa apure o caso.

Politicamente, André Vargas já está morto. Agora, é só um cadáver adiado que deve assustar muita gente, que aposta no seu silêncio. O que todos temem é um certo Leonardo Meirelles, que figurava como sócio da Lobogen e decidiu colaborar com a Polícia Federal.

Volta no tempo

Por Marcelo Sperandio – Época
PCdoB quer anular mandatos dos presidentes do regime militar

Os comunistas não digerem os militares. Na quarta-feira, a líder do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali (RJ), protocolou um projeto de resolução que anula os mandatos dos cinco presidentes do regime militar: Humberto Castello Branco, Arthur da Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Baptista Figueiredo. O texto tem a pretensão de “declarar ilegítimas as eleições presidenciais indiretas realizadas no âmbito do Colégio Eleitoral do Congresso Nacional”. A bancada do PCdoB assinou embaixo. Deputados do PT apoiam a proposta.


Lembram quando Dilma dava lição de economia para o primeiro mundo? Financial Times decreta "sentença de morte" para a estratégia burra do PT.

A arrogância de Dilma criticando o modelo de austeridade adotado pela Europa, em 2012. Quem estava certo?

Em um texto crítico, nesta segunda-feira, o “Financial Times” lembra que o governo da presidente Dilma Rousseff falava como orgulho sobre a sua “nova matriz” de política econômica — com juros baixos, câmbio depreciado e incentivos fiscais —, capaz de reanimar a economia.

A ideia era levar a expansão do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) à casa de 4%. Mas, neste mês soou a sentença de morte para o modelo, com pressões inflacionárias persistentes, que forçaram a alta da taxa de referência para 11%, com possibilidade de mais aumentos.

Credibilidade em xeque, crescimento frágil e o rebaixamento pela agência de classificação de risco Standard & Poor´s (S&P) também são lembrados pelo “FT”, que afirma: “a maioria dos economistas acredita que o governo começou a tropeçar em 2012, após o início da crise da zona do euro”.

O periódico britânico aponta que, a partir daquele momento, o governo brasileiro promoveu uma redução de juros sem precedentes — a taxa chegou ao piso histórico de 7,25% em 2012 — e adotou medidas heterodoxas de combate à inflação, como forçar a Petrobras a praticar internamente preços menores que os do mercado internacional e medidas para redução de tarifas de energia.

“Contudo, as autoridades também introduziram políticas contraditórias que estimularam a inflação, como apoio a uma moeda mais fraca contra o dólar e estímulos à indústria e à demanda do consumidor por meio de benefícios fiscais temporários.”

O “FT” lembra que o Brasil este ano deve crescer cerca de 2% e a inflação deve atingir 6,3%. E cita a opinião do economista Alberto Ramos, do Goldman Sachs: “O problema com os políticos brasileiros é uma obsessão com as questões cíclicas e uma falta de vontade política para resolver os problemas estruturais enraizados do país”. (O Globo)

A PRESIDENTE É UMA MIRAGEM


Dilma Rousseff foi chamada por Lula da Silva de Mãe do PAC e sua imagem passada ao povo como a de uma competente administradora. O povo acreditou em que pese não se ter notícia de grandes feitos de Rousseff como ministra de Minas e Energia e depois como ministra da Casa Civil ao longo dos oito anos do governo Lula. Na verdade, a “gerentona” não conseguiu em tempos passados sequer manter uma lojinha daquelas de R$ 1,90.  Com relação aos dois cargos desempenhados no governo petista do Rio Grande do Sul Rousseff esteve léguas de distância de qualquer eficiência.

Lula da Silva, é claro, estava ciente do curriculum da afilhada, mas, para ser justa, ele não foi o único político brasileiro a cometer o engano de se cercar dos piores. Isso é costume entre aqueles que detêm o poder, pois temem que assessores os suplantem, coisa insuportável para egos descomunais. E, assim sendo, Lula da Silva escolheu os piores em termos de caráter e conduta, a começar pelo mentor do mensalão agora recolhido á Papuda, José Dirceu. Este, coisa de pasmar, seria o próximo presidente da República se Roberto Jefferson não o tivesse defenestrado.

Dirceu, baseado na crença de que os petistas pairam acima da lei e possivelmente fiado no apoio do poderoso chefão, tanto corrompeu que foi parar atrás das grades, mas não foi só. Junto com ele, condenados no mesmo julgamento do mensalão, importantes companheiros de seu partido e de outras agremiações denominadas bases de apoio seguiram para a cadeia. Algo inédito no Brasil e que aconteceu graças ao notável desempenho do ministro Joaquim Barbosa. Outros ministros do STF seguiram Barbosa, como o brilhante ministro Luiz Fux, além dos ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio de Mello. Demais ministros, lamentavelmente, procederam como advogados do PT. De todo modo, Lula da Silva ficou sem quadros para dar seguimento ao projeto de poder do PT, segundo o qual o partido deve permanecer eternamente no comando na nação. Então, inventou Dilma Rousseff.

A sucessora, mesmo sendo monitorada pelo chefe Lula conjugou sua incompetência ao que foi legado por ele e por ela mesma como ministra nas gestões anteriores. E de tal modo é arrasadora a herança maldita que Rousseff está legando ao Brasil que bem poderia ganhar outros cognomes, tais como: Furacão Rousseff, Mãe da Hecatombe da Petrobras, Rainha dos Apagões, Dirigente do Custo do Modelo Elétrico, Recordista de Impostos e Juros Altos, Campeã de Inflação, Padroeira da inadimplência, Vencedora do Prêmio Pibinho, Líder das Promessas não Cumpridas, Excelsa Chefe de Programas Inacabados, Grande Matriarca do Plano Afunda Brasil.

Muito outros títulos podem ser dados à governanta Rousseff para ilustrar seu governo. A lista é grande e não cabe em um pequeno artigo, mas vale citar trecho de uma matéria do O Estado de S. Paulo (25 de março de 2014 – Economia – B3) para se ter ideia do descalabro, que por sinal só vai aumentando:

“A decisão da Standart & Poor’s (S&P) de rebaixar a nota de crédito do Brasil está baseada em uma crítica generalizada da política econômica do governo Dilma Rousseff, inaugurada em 2011”. “A S&P critica a condução da política fiscal, o baixo ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o uso de bancos públicos para sustentar programas federais, o abatimento das desonerações na meta fiscal, o chamado superávit primário e a saída encontrada para bancar o setor elétrico”.

Detalhes variados estão na imprensa como trambiques, fraudes, negociatas do partido mais corrupto que já governou o Brasil, além de noticias da queda da indústria, da venda de automóveis, o começo das demissões, o descalabro da Educação e da Saúde e tudo mais que infelicita a vida dos brasileiros. Qualquer outro presidente já teria sofrido o impeachment.

Há um ponto, porém, que é crucial. Dilma Rousseff é uma miragem, um avatar mal feito, uma realidade virtual que não consegue sequer falar de modo coerente. O grande e real responsável pelo que está acontecendo se chama Lula da Silva, o presidente de fato que governa do seu gabinete das sombras. Por ele corrompeu-se, mentiu-se, fraudou-se, arrebentou-se a Petrobras. Tudo foi feito a seu favor. Ele não sabia?  Impossível. Por que suas desculpas esfarrapadas são piores que as do seu seguidor André Vargas e todo mundo acredita? Por que ninguém o denuncia e o chama para depor no Congresso? Porque ele é intocável? Estão todos envolvidos em suas maracutaias? Temem sua popularidade? De todo modo, se a oposição não tirar a coroa da cabeça do rei o corpanzil petista se fortalecerá ainda mais.  Afinal, sem Lula da Silva ou o Barba, como o chamou Romeu Tuma Junior, o PT não existe. Falta algum corajoso entender e mostrar isso.



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*Maria Lucia Barbosa é socióloga

PENSAR ANTES DE AGIR

Por Milton Pires

Quando terminou a redação de “A Condição Humana” Hannah Arendt fez questão de deixar claro o quão perigoso era o fato dos pensadores de uma sociedade acreditarem na liberdade de ideias como algo intocável. Salientou que, na vigência de um regime totalitário, muitas vezes o agir pode ser perigosamente mais fácil do que o pensar.

Essa semana, uma pesquisa do IBOPE mostrou algo que, até onde sei, não tem precedentes na história política brasileira: a queda nas pesquisas de um determinado candidato oficial do governo (Dilma) favorecendo a subida de um candidato não oficial (Lula) do mesmo governo na mesma eleição.

 É tão grande a desgraça da política brasileira...é tão miserável e anêmica a capacidade de se fazer oposição ao PT que os institutos de pesquisas não tem sequer pudor de apresentar dois candidatos do mesmo partido como alternativa aos entrevistados! O PT é algo tão grande...tão forte são seus valores (ou a falta deles) na vida política do Brasil que ele tornou-se governo e oposição ao mesmo tempo. Em certo sentido é como se pudéssemos dizer dessa gente aquilo que se dizia da Igreja na Idade Média e mudar a frase para “Fora do PT não há salvação”.

Apesar daquilo que escrevi acima, gostaria de deixar aqui um aviso para aqueles que pensam que é exatamente o “mesmo PT” que volta com um eventual retorno de Lula ou com a permanência de Dilma no poder. Nada no PT poder ser ou permanecer o mesmo..Acreditar nisso seria incorrer no grave erro de entender que trata-se de um partido como outro qualquer e isso não é, de modo algum, verdadeiro.

A capacidade do PT de convencer um segmento importantíssimo do empresariado nacional, de conter as eventuais críticas de uma imprensa medíocre e de doutrinar a universidade brasileira já não é mais a mesma. O panorama geopolítico do mundo após a invasão da Criméia e o afastamento da Rússia do restante da Europa ocorrem exatamente numa época em que acaba um recente ciclo econômico do qual os dois governos de Lula foram beneficiários e do qual o governo Dilma assiste o fim. Permanecendo no governo em 2015 o partido há de enfrentar condições econômicas que, através da inflação e da recessão, hão de ter consequências políticas extremamente severas para quem quer continuar, depois de onze anos, mentindo para população brasileira. Não é possível negar, nesse contexto, que um endurecimento político, que um apelo populista maior ainda do que o produzido por médicos cubanos, pela euforia da Copa do Mundo, ou das Olimpíadas será necessário para que um governo totalitário como o petista atravesse mais quatro anos até 2018. O aparelhamento total do Supremo Tribunal Federal, novas tentativas de comprar o Congresso e um endurecimento da censura serão necessários na nova ordem petista de 2015.

Em maio próximo há de ocorrer aquele que vem sendo considerado como fato político o ano: a viagem do presidente Vladimir Putin à China. Da rodada de conversações que serão realizadas pouca dúvida resta a respeito do estreitamento das relações e de um fortalecimento maior ainda daquilo que vem sendo chamado de bloco russo-chinês em termos de visão globalista de poder. Não será possível ao Brasil, país que depois do século XXI tornou-se uma espécie de líder da “turma do deixa disso” nos conflitos internacionais, permanecer neutro nesse contexto e ignorar a pressão do Estados Unidos.

De tudo que escrevi aqui ficam, no meu entendimento, as seguintes conclusões: 1. as eleições que se aproximam nada mais são do que uma eleição “dentro do PT” 2. é patético acreditar que o PT, no seu delírio revolucionário, é um partido como outro qualquer e que, com Lula ou Dilma em 2015, o Brasil será o mesmo. 3. O mundo 2015 há de ser, do ponto de vista econômico e geopolítico, bastante diferente desse em que vivemos.


Sei que o Partido-Religião conhece essas minhas conclusões, que está tomando suas providências e que aproximam-se tempos sombrios..Mais do que nunca é hora de pensar antes de agir.


Atacando a corrupção, a inflação e a péssima gestão de Dilma, Aécio começa campanha na TV.


Pré-candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves (MG) leva ao ar a partir de terça-feira (8) uma série de inserções em que explora a crise na Petrobras, a pressão inflacionária e o cenário de frustração com o governo da presidente Dilma Rousseff. Em uma das peças publicitárias do programa nacional do partido a que a Folha teve acesso, Aécio diz que não é preciso "ser da oposição" para enxergar os problemas da Petrobras. "Basta ser brasileiro", diz o senador no vídeo.

Em tom parecido com o que já vem usando em seus discursos, o senador diz que é "vergonhoso para o Brasil" o que está passando com a estatal. Ele critica o fato de a empresa ter perdido metade do seu valor de mercado e ter se endividado ao longo dos últimos anos.

Na peça em que fala sobre inflação, Aécio diz que o governo Dilma "finge que não está acontecendo nada" e pergunta se com o mesmo dinheiro" o trabalhador consegue comprar o mesmo que antes. "Para nós do PSDB, com inflação a tolerância é zero", finaliza ele na peça. Todas as inserções terminam com o bordão "Se trabalhar direito, o Brasil tem jeito".

Há ainda uma terceira propaganda que trata de maneira mais geral sobre diversos problemas. A imagem é de um copo cheio. O título da peça é "gota d'água". "Inflação demais, saúde de menos. Corrupção demais, segurança de menos". No fim, o locutor diz: "já deu. Ou a gente para isso ou isso para o Brasil".

As propagandas fazem parte do conjunto de inserções que o partido exibirá até o dia 17, quando irá ao ar seu programa nacional, com dez minutos de duração. A Folha antecipou em sua edição deesta segunda-feira (7) que Aécio trataria dos problemas na economia. No programa nacional, ele levará ao ar um discurso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre o "futuro do Brasil".

Os filmes marcam a estreia do novo marqueteiro de Aécio, Paulo Vasconcelos, que coordena o conselho de comunicação do tucano. (Folha Poder)