Lula se reúne com caciques do PT para debater erros nas
campanhas de Dilma e Padilha (Reprodução/YouTube/VEJA)
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Caciques do partido se reuniram com o ex-presidente para
debater erros das campanhas da presidente-candidata Dilma Rousseff e do
ex-ministro Alexandre Padilha, candidato ao governo paulista
O PT reuniu nesta sexta-feira em São Paulo o ex-presidente
Lula com caciques do partido para debater erros das campanhas da
presidente-candidata Dilma Rousseff e do ex-ministro Alexandre Padilha,
candidato ao governo paulista, e conclamar militantes a intensificar a campanha
nas ruas. No encontro, em que Dilma não esteve presente, dirigentes falaram abertamente
lançar Lula como candidato em 2018.
“É grande a nossa responsabilidade de eleger a Dilma para
dar continuidade nesse processo e preparar a volta do Lula em 2018”, disse o
presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão.
“O caminho mais curto e melhor para o Lula voltar a ser
presidente é a Dilma ser reeleita”, disse o presidente do PT estadual, Emídio
de Souza, que também cometeu um ato falho. “É evidente que nós tivemos
dificuldade com material de campanha no último período. Mas desde ontem e hoje,
todas as macrorregiões e cidades estão recebendo panfletos à vontade com os
principais pontos do Padilha, recebendo cédula do Lula... Do Lula não, da Dilma
e do Suplicy.”
Pela manhã, integrantes do Diretório Nacional redigiram uma
resolução com críticas à candidata do PSB, Marina Silva, e pediram ajustes na
tática de Dilma, que procurava convencer eleitores “com números” do governo
federal. O manifesto diz que “os candidatos da oposição vestem a fantasia da
mudança, mas seus programas de governo revelam que a mudança propalada serve
mais aos grupos que os apoiam do que àquela desejada pela maioria da
população.” O documento também fala em “ajuste conservador” e “retrocesso”.
“Não temos nada contra Marina Silva, temos contra o programa
que ela encampou, as ideias que ela passou a defender, embora tenha mudado
depois de um tuíte. É um contraste de projetos, não uma disputa de
personalidades, um ataque duro àquelas ideias que representam o retrocesso”,
disse Falcão. “Esse programa é hostil à classe trabalhadora. O programa do PSB
e de seus coligados é um programa de desemprego. Eu não dou cheque em branco
para o Banco Itaú.”
Vagner Freitas,
presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), braço sindical do
PT, disse que Marina é uma “candidata forjada” e um “engodo nacional”.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), também
alfinetou a Marina. Ele disse que o PT sempre dialogou com os grandes bancos,
mas que eles nunca mandaram no programa de governo. Haddad repudiou o que
classificou como um “ataque ao patrimônio” dos doze anos de governo do PT. Ele
falou que “é suportável o ataque à pessoa, à Dilma, ao Lula, ao Padilha, ao
Suplicy e a mim”
O diretório do PT estacionou um caminhão lotado de material
de campanha – bandeiras, panfletos e adesivos para carro – no estacionamento do
Anhembi, local da reunião. Os dirigentes pediram que os parlamentares de todos
as cidades promovam atos de campanha semanalmente, ainda que sem a presença de
Padilha ou de Dilma. “Não tenham vergonha de usar a estrela do PT. Não aceitem
provocação na rua, não tem de abrir a janela do carro para xingar ninguém”,
pregou Emídio para combater a onda “anti-petista”.
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