domingo, 27 de abril de 2014

A empulhação do programa Mais Médicos


Em artigo publicado hoje na Folha, o professor titular de urologia da Faculdade de Medicina da USP, Miguel Srougi, faz duras críticas ao programa Mais Médicos, mostrando como tudo não passa de uma empulhação. Que o Brasil, e na verdade o mundo todo, precisa de mais médicos, isso ninguém contesta. O que está em jogo, porém, é algo muito diferente. Diz o médico:

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O filósofo Luiz Felipe Pondé já usou sua coluna no mesmo jornal para afirmar que os médicos brasileiros viraram os “judeus do PT”, uma alusão aos bodes expiatórios que um governo com pretensões totalitárias usa para jogar toda a nação contra eles em vez de reconhecer os problemas estruturais do país.

Além disso, as condições de importação desses escravos cubanos são inadmissíveis para uma democracia como a nossa, como já cansei de dizer aqui. Mais de 80% dos “médicos” estrangeiros do programa do governo são cubanos, o que levanta a suspeita de tudo não passar de um grande esquema de transferência de recursos do Brasil para a ditadura cubana.

Dez mil para Fidel Castro e só mil para cada “médico”…
Esses “médicos” cubanos não contam com a qualificação necessária, e é impensável que num país com 200 milhões de habitantes como o Brasil não seria possível encontrar alguns milhares de enfermeiros dispostos a receber R$ 10 mil mensais para fazer o mesmo trabalho.

O médico é direto ao constatar: “Iniciativa empulhadora porque atribui a ruína da saúde à falta de médicos nos rincões, quando na verdade a indecência instalou-se porque o Brasil tem sido dirigido por governantes desonestos e de uma inépcia inabalável”.

O prognóstico com o programa Mais Médicos, portanto, é o pior possível. Restará apenas desilusão quando ficar claro que tudo não passou de empulhação. O ex-ministro Alexandre Padilha estava focado demais na campanha para o governo paulista. Deveria estar mais preocupado em não indicar diretor para laboratório fantasma que fecha contratos milionários com o Ministério da Saúde…

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