Em artigo publicado hoje na Folha, o professor titular de
urologia da Faculdade de Medicina da USP, Miguel Srougi, faz duras críticas ao
programa Mais Médicos, mostrando como tudo não passa de uma empulhação. Que o
Brasil, e na verdade o mundo todo, precisa de mais médicos, isso ninguém
contesta. O que está em jogo, porém, é algo muito diferente. Diz o médico:
O filósofo Luiz Felipe Pondé já usou sua coluna no mesmo
jornal para afirmar que os médicos brasileiros viraram os “judeus do PT”, uma
alusão aos bodes expiatórios que um governo com pretensões totalitárias usa
para jogar toda a nação contra eles em vez de reconhecer os problemas
estruturais do país.
Além disso, as condições de importação desses escravos
cubanos são inadmissíveis para uma democracia como a nossa, como já cansei de
dizer aqui. Mais de 80% dos “médicos” estrangeiros do programa do governo são
cubanos, o que levanta a suspeita de tudo não passar de um grande esquema de
transferência de recursos do Brasil para a ditadura cubana.
Dez mil para Fidel Castro e só mil para cada “médico”…
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Esses “médicos” cubanos não contam com a qualificação necessária,
e é impensável que num país com 200 milhões de habitantes como o Brasil não
seria possível encontrar alguns milhares de enfermeiros dispostos a receber R$
10 mil mensais para fazer o mesmo trabalho.
O médico é direto ao constatar: “Iniciativa empulhadora
porque atribui a ruína da saúde à falta de médicos nos rincões, quando na
verdade a indecência instalou-se porque o Brasil tem sido dirigido por
governantes desonestos e de uma inépcia inabalável”.
O prognóstico com o programa Mais Médicos,
portanto, é o pior possível. Restará apenas desilusão quando ficar claro que
tudo não passou de empulhação. O ex-ministro Alexandre Padilha estava focado
demais na campanha para o governo paulista. Deveria estar mais preocupado em
não indicar diretor para laboratório fantasma que fecha contratos milionários
com o Ministério da Saúde…
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