Jornalista agredido por PM durante a Marcha da Maconha, em
São Paulo
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A polícia deve ser desmilitarizada? Esse debate está
mobilizando milhares de internautas nas redes sociais graças à enquete
promovida pelo site do Senado a respeito da proposta de emenda à Constituição
51/2013, do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que reorganiza as forças
policiais extinguindo o seu caráter militar e determinando que atuem tanto no
policiamento ostensivo quanto nas investigações dos crimes.
O post divulgado pela página Notícias do Senado no Facebook
na quarta-feira (7) já teve mais de 4 mil compartilhamentos e mais de 500
comentários de internautas manifestando sua opinião sobre o tema. A internauta
Renata Luder manifestou apoio à mudança por considerar a Polícia Militar um
resquício da ditadura, mas também cobrou reestruturação da carreira, com
salários dignos, melhor treinamento e apoio psicológico aos policiais. Já o
leitor André Luís Patrício lembrou que as polícias militares existem desde o
Império, não podendo ser associados ao regime de 64. O internauta Márcio
Cordeiro questionou os efeitos da medida no combate ao vandalismo se não houver
investimento em educação.
A reformulação do aparato de segurança pública dos estados
voltou a ser defendida por setores da sociedade depois dos casos de violência
policial ocorridos durante as manifestações de junho de 2013 e outros como o da
morte de Cláudia Ferreira, que foi arrastada depois de cair da viatura que
supostamente a levava para um hospital no Rio de Janeiro.
A PEC 51/2013 estabelece que cada estado poderá organizar
suas forças policiais da forma mais adequada, usando critérios territoriais, de
tipos de crimes a seres combatidos ou combinando as duas formas, desde que
tenham sempre caráter civil e atuem no ciclo completo da atividade policial,
isto é, na prevenção e na investigação de crimes. O autor, Lindbergh Farias,
afirma na justificação da proposta que a desmilitarização dará maior autonomia
aos agentes, ao mesmo tempo em que permitirá maior controle social da
instituição.
A enquete já recebeu mais de 25 mil votos. A sistemática de
votação foi alterada recentemente para evitar a interferência de robôs,
programas que simulam pessoas e alteram o resultado da pesquisa. Para se
manifestar, agora é necessário validar o voto clicando em um link enviado ao
e-mail do internauta. A enquete permanecerá ativa até o dia 15 de maio. Clique
aqui para votar.
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