domingo, 11 de maio de 2014

O Brasil na transição para o socialismo

Por José Gobbo Ferreira*

S.Excia. o VAlte. Tasso Vázquez de Aquino fez um contundente pronunciamento sobre a situação de nosso país no artigo “A Crescente Maré Vermelha que Ameaça Cobrir o Brasil”. Excelente trabalho, como todos da lavra daquele insigne patriota, que muito admiro e a quem dedico as palavras que se seguem.

Ainda que falto do brilho do VAlte. Aquino, ouso analisar o que vai por trás de tudo aquilo que apontou, assunto que ele conhece melhor do que eu, mas que furtou-se de comentar, com certeza por cuidado com a extensão de sua análise.

O Gramscismo é uma estratégia para a tomada do poder pelos comunistas elaborada por Antônio Gramsci, comunista italiano preso durante o Fascismo na Itália.

Gramsci percebeu que as tentativas de tomada do poder pelos comunistas por meio do emprego da força não tinham obtido sucesso em países com um pouco mais de consciência política e nos quais o povo tinha uma noção pelo menos incipiente de cidadania.

Elaborou então um extenso trabalho, tornado público com o nome de “Cadernos do Cárcere” no qual propunha que nesses países (entre os quais o Brasil se enquadra) o poder fosse conquistado não mais pela força, mas pela dissolução progressiva de seus valores e de sua organização social e política, enfraquecendo paulatinamente o poder de resistência de seus setores conservadores, tradicionalmente chamados de “reacionários”, “alienados” ou “burgueses”, até neutralizá-lo completamente.

Para isso propôs uma série de passos a serem tomados por etapas sucessivas, tais como  a desmoralização das instituições tradicionais, como a Família, a Igreja e as Forças Armadas, a relativização dos conceitos de ética e moral, tanto na vida pública como na privada, pregando o casamento homossexual, as drogas, o aborto etc. A infiltração na educação, desde a escola primária até a universidade, inoculando ideias comunistas e de libertinagem nas crianças e nos jovens. A leniência com a corrupção, principalmente nos poderes da República, para semear a falta de confiança da população na estrutura democrática etc.

A essência do Gramscismo consiste em criar um novo senso comum para o país alvo, de forma que a população progressivamente passe a considerar normal aquilo que tempos atrás era visto como hediondo.

A história da rã que, colocada em uma panela com água que vai sendo lentamente aquecida, descreve perfeitamente a evolução do Gramscismo. No princípio, o aquecimento é bem-vindo. Algumas aberturas são bem recebidas pela população. Mas a água vai se aquecendo e a rã não se dá conta disso até que, quando tenta reagir, já está tão entorpecida que não consegue escapar e acaba cozida.

Igualmente, a população não compreende bem o que está acontecendo. Acha estranhas, e mesmo inaceitáveis, as mudanças que vão sendo introduzidas pelos novos tempos.Mas não se revolta, assim como a rã não foge da panela. O resultado é o mesmo para ambas.

Mas é necessária uma coordenação para essas mudanças progressivas. E essa entidade coordenadora foi criada em 1990, com o nome de foro de São Paulo (fSP)

Sua fundação foi um dos acontecimentos políticos mais importantes do século XX para a América Latina (AL). Um dos sinais mais evidentes de sua importância e de seu êxito estratégico é o fato que conseguiu ficar praticamente incógnito até 1997, quando foi denunciado pelo falecido advogado José Carlos Graça Wagner em uma palestra que apresentou sobre organizações sociais na Escola Superior de Guerra. Até hoje é muito difícil convencer pessoas da importância e dos perigos que essa associação representa, pois a mídia amestrada brasileira a mantém  praticamente desconhecido do grande público.

Organização multinacional, com participantes de 17 países latino-americanos e do Caribe, constituída pelo que há de mais asqueroso na política internacional, tem como seus principais fundadores Fidel Castro e o PT. Sua finalidade é implantar o comunismo nesses países, inclusive o Brasil.

Nesses quase 20 anos de existência esse madraçal comunista demonstrou sua capacidade de articulação e foi capaz de eleger, legal ou fraudulentamente, 16 presidentes na AL (dois no Brasil). Mostrou ainda sua força para derrubar presidentes eleitos por ele mesmo, quando estes se afastam das diretrizes do foro, como foi o caso de Lucio Gutierrez no Equador.

Para isso, recursos financeiros escusos, aí incluídos aqueles oriundos da corrupção e do narcotráfico, fluem  abundante e livremente entre os países membros.

Nunca será demais insistir que o principal perigo do fSP é seu mimetismo, confundindo-se com instituições democráticas dos países que já contaminou e disfarçando-se sempre como uma organização inofensiva, desviando as atenções do público de suas atividades comunizantes e subversivas  da democracia.

A Nação brasileira está passando pelos momentos mais perigosos de toda sua história. A ameaça comunista nunca foi tão poderosa quanto neste momento. Se em 1964 a presença de um presidente em exercício fraco e maleável ensejava uma tentativa de tomada do poder, a infiltração de elementos perniciosos no tecido social e político era insuficiente para garantir a vitória das ideias extremistas e as  ações nesse sentido foram, até um certo ponto, amadorísticas.

Hoje, graças á atuação constante do PT, o braço brasileiro do fSP, o Estado está completamente aparelhado com elementos animados de interesses diversos, pouquíssimos por ideologia sincera, porém convenientemente concordes no sentido de marchar rumo à implantação do comunismo em nosso país.

A chegada do  partido dos trabalhadores ao poder,  mostrou a seus líderes as vantagens de ter a chave do cofre da República nas mãos. A dissolução moral da Nação brasileira pelo achincalhe de seus valores judaico-cristãos foi então cuidadosamente planejada segundo os princípios de Antonio Gramsci, sempre sobre a orientação do furtivo mas onipresente fSP.

Lenta, mas paulatinamente, o arcabouço moral da Nação está sendo destruído e o senso comum de nosso povo sendo distorcido no sentido de aceitar como normais verdadeiras aberrações, impensáveis em outros tempos. As uniões homoafetivas reconhecidas ao arrepio da Constituição como se casamentos fossem e a possibilidade de adoção por parte dessas duplas, concomitantemente com a dissolução dos costumes, a erotização precoce nossas crianças, o incentivo ao bissexualismo vão destruindo pela raiz a família brasileira, arrastando com ela toda a sociedade.

Ao mesmo tempo, a Escola vai se afastando cada vez mais dos objetivos que seriam de se esperar de uma verdadeira instituição de ensino, ou seja, uma educação de qualidade que formasse cidadãos aptos a enfrentar os desafios da vida moderna. Pelo contrário, é exercido esforço no sentido de que ela sirva para implantar ideias comunistas, mas ensine cada vez menos, principalmente para que certas parcelas da população permaneçam mergulhadas no analfabetismo total ou funcional, a fim de servirem de massa de manobra amorfa e bovina.

A sociedade brasileira está sendo dividida em grupos formados por cidadãos dos extratos menos favorecidos da sociedade, que reivindicam parcelas cada vez maiores de vantagens. São índios, negros, quilombolas, sem terra, sem teto etc. Sob o disfarce da proteção ambiental, ONG´s de inspiração estrangeira solapam o desenvolvimento econômico, a integridade do território nacional e a autoridade do Estado.

Alguns deles se constituem em ameaças efetivas de ações violentas. No momento são constituídas por invasões e depredação de propriedades públicas e privadas, mas portam já em si o germe de atividades mais letais, como embriões de verdadeiras milícias armadas, de inspiração comunista, tendo a sociedade "burguesa" como inimigo comum.

A chave do cofre e uma corrupção desenfreada, extorquindo dinheiro de todos os setores produtivos da nação para alimentar as contas do partido e outras tantas particulares, permite a cooptação de amplos setores do Legislativo e do Judiciário pelo suborno e pela manipulação do progresso funcional.

O Estado é aparelhado pela contratação de indivíduos absolutamente incapazes de qualquer trabalho produtivo, hoje em número superior a 22 mil, apenas para comprar sua submissão ao statu quoe para implantar neles o desejo férreo de trabalhar pelos objetivos do partido, sejam quais forem, na ilusão de perpetuar seus ganhos indevidos.

Parte do empresariado nacional se deixa seduzir pelas vantagens auferidas na associação com os terroristas no poder e oferecem-lhes recursos e apoio em suas campanhas. Ignorantes da história, cobiçosos sem escrúpulos, fornecem a eles os meios para que comprem a corda com que hão de ser enforcados e cavem a sepultura onde serão enterrados. Cada qual acredita que poderá se locupletar e abandonar o barco quando lhes for conveniente. Porém estão enganados. Seu trágico destino final já está definido desde agora. A história é farta de exemplos.

A situação econômica degringola rapidamente e não se vê qualquer mudança de rumo na economia que possa melhorar esse estado de coisas. Pelo contrário, em ano eleitoral, apesar do péssimo desempenho das contas públicas, as despesas do governo aumentam desenfreadamente.

Mais de 55 milhões de cidadãos espalhados por todo o espectro etário se beneficiam de bolsas a fundo perdido das mais diversas denominações e todas caracterizadas pelo fato de não exigirem qualquer contrapartida para seu desfrute.

Repita-se à exaustão que todas essas atitudes constituem passos explicitados por Gramsci para a tomada comunista definitiva do poder, que estamos em plena transição para o socialismo e que sua aplicação é cuidadosamente administrada por essa abominável organização que é o fSP.

As  Forças Armadas e as Forças de Segurança estão sendo desmoralizadas, visando neutralizá-las e propiciar condições para a criação de milícias populares que tomarão seus lugares para o controle armado da nação. Recentemente, a apresentação da PEC 51, que trata da desmilitarização das Polícias Militares, é um importante passo nesse sentido.

Mas a ameaça maior ao povo brasileiro é o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos, o PNDH3. Esse plano transformaria o Brasil, do Oiapoque ao Chuí, em uma republiqueta comunista bolivariana. Esperemos que o Congresso tenha o bom senso de repudiá-lo. Se ele não o fizer, teremos que fazê-lo nós.

Esse é o quadro que atravessa nossa Pátria nesse momento. É preciso alertar nosso povo, inteiramente desavisado do perigo que corre. A isso se propõe o bravo VAlte. Tasso Vásquez de Aquino, e eu tomo a liberdade de secundá-lo nessa missão, que é de todos os brasileiros de boa vontade, amantes de sua Pátria.



Fonte: Alerta Total

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*José Gobbo Ferreira é Coronel, na Reserva.

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