Marina Silva deveria ter repassado no mínimo 10% de seus
votos para Eduardo Campos. Este, por sua vez, deveria estar com outros 10% do
seu próprio capital político. Esta era a conta. O que ocorre é que foram-se os
dias e meses e lá está Campos paradinho da Silva, com 10% das intenções de
voto. Com isso, todas as estratégias são jogadas para o alto e a parceira que
fala com Deus antes de falar com Lula começa a ditar as regras da campanha.
Deve estar dizendo: se você sair de perto do PSDB e adotar a terceira via,
vamos deslanchar. E lá vai Campos correndo romper com Aécio em Minas Gerais,
ameaçando candidatura própria. Já está levando chumbo na asa. Seus prefeitos
paulistas querem ficar com Geraldo Alckmin e os tucanos já respondem com
candidatura própria no Pernambuco. O cheiro de derrota tomou conta da campanha
de Campos, depois das últimas pesquisas. E o desespero também. A candidatura
não decola e as alianças descolam, racham, trincam. Marina está nem aí. Quer
apenas a sua bancada para virar partido. Campos caminha para ser um novo Ciro
Gomes, um cavalo paraguaio criado no agreste.
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