Por Luis Dufaur
Apontado como o vilão das mudanças climáticas, o aquecimento
global tem o papel questionado na estiagem que atingiu o Sul e o Sudeste no
início do ano, diz reportagem de Wellton Máximo, da Agência Brasil, reproduzido
por “Ecodebate”.
Para os meteorologistas ouvidos, as emissões de gás
carbônico, no máximo, pioraram o calor no Sul e no Sudeste, mas não foram a
causa de seu verão mais seco desde o início das medições, em 1931.
A estiagem teve sua origem na combinação do resfriamento do
Oceano Pacífico – que tem provocado chuvas abaixo da média nos últimos anos no
Centro-Sul do país – com o aquecimento anormal da porção sul do Atlântico.
As águas aquecidas próximas à costa brasileira fortaleceram
um sistema de alta pressão que impediu a entrada de frentes frias e aumentou o
calor em janeiro e fevereiro.
“A estiagem foi mais grave que o previsto justamente por
causa do sistema de alta pressão do Atlântico que bloqueou as frentes frias,
mas não há comprovação de que o Atlântico ficou mais quente por causa do
aquecimento global”, explica o diretor-geral da MetSul Meteorologia, Eugenio
Hackbart. No entanto, a relação entre a alteração no Atlântico e o aquecimento
global ainda não é clara.
Para o especialista em tendências climáticas do Climatempo,
Alexandre Nascimento, o aquecimento global está mais relacionado com eventos
isolados, como enchentes e furacões, do que com fenômenos de vários anos de
duração, como o ciclo de temperaturas baixas no Oceano Pacífico.
Embora os cientistas e engenheiros que cuidam do problema
afastem o “aquecimento global” certa mídia e o organismo político da ONU para o
clima IPCC, afirma o contrário, com não pouco viés ideológico.
Como era aguardado, a segunda parte do AR5, o quinto
relatório de avaliação do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do
Clima), criado em 1988 pela ONU, voltou ao ritornelo do “aquecimento global”.
Usou, desta vez, argumentos menos abruptos que da edição
anterior, sem dúvida passando recibo dos feios desmentidos que sofreu.
“Nota-se – registrou editorial da Folha de S.Paulo, 3.4.14 –
um rebaixamento geral dos níveis de certeza atribuídos às asserções e previsões
do IPCC.
Prof. Luiz Carlos Molion desmente cenários fictícios do IPCC |
“O IPCC, afinal, sofreu considerável erosão de prestígio quando
se verificou que em 2007 assimilara previsões alarmistas, sem base científica
robusta, sobre o desaparecimento de geleiras do Himalaia.
“Um exemplo que afeta o Brasil: no AR5 se atribui um nível
de confiança menor ao risco de "savanização" da floresta amazônica,
ou seja, de que o aquecimento global promova sua substituição paulatina por
matas mais semelhantes ao cerrado (um tipo de savana)”.
Por sua vez, o conceituado metorologista brasileiro Luiz
Carlos Molion, da Universidade Federal de Alagoas, tirou quase todo valor
científico às conclusões do órgão político da ONU para o clima.
Em entrevista para o Canal Rural, o cientista tirou valor
científico aos cenários montados por esse órgão político que qualificou de
“fictícios”.
“Esses modelos que rodam cenários para o ano 2040, 2070,
2100, são cenários fictícios, produzidos pela mente humana.
“Ora, se você coloca juntos modelos que não tem a capacidade
de reproduzir o clima atual, que nunca foram validados, e ainda soma a isso
usando cenários que são fictícios, os resultados são fictícios.
“Portanto o agricultor não deve levar esses resultados em
consideração”, explicou...
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