Uma das cinco “tendências” na Polícia Federal arma uma
desagradável surpresa para uma pessoa muito próxima do Presidentro Luiz Inácio
Lula da Silva. A equipe de um delegado pertencente a uma banda anti-governista da
PF, com atuação consistente em combate à corrupção e lavagem de dinheiro,
ameaça abrir um procedimento investigatório para acompanhar suspeitas de crimes
na evolução patrimonial incompatível com a renda declarada à Receita Federal
pelo personagem ligadíssimo a Lula. A fortuna familiar do investigável é
estimada em US$ 4 bilhões 770 milhões de dólares.
O patrimônio é impressionante. Usando “laranjas”
(familiares, amigos pessoais e empresários parceiros), o alvo da PF é,
ocultamente, um dos maiores pecuaristas do Brasil. Em três fazendas - em São
José do Rio Preto e Botucatu (SP) e no Mato Grosso, em sociedade com um famoso
cantor romântico) -, o investigável cuida de 4 milhões e 800 mil cabeças de
gado. Também ostenta dois jatos (cada um avaliado em US$ 8 milhões). As
aeronaves operaram em nome de empreiteiras amigas, para chamar menos a atenção,
como se isso fosse possível, pelas tantas viagens que faz pelo Brasil e para
paraísos fiscais, principalmente o Panamá.
O próspero negociante, em que a PF está de olho, tem
participações em seis grandes hotéis (três no Distrito Federal, dois em Recife
e um resort na Bahia). O agora alvo da PF – e provavelmente da Receita e da
Justiça Federal – fez muitos investimentos em imóveis, o que chama a atenção e
acaba facilmente rastreado. Tem um prédio avaliado em US$ 12 milhões e um
terreno gigantesco, em áreas valorizadas na Zona Sul de São Paulo. Empenhou
muita grana na construção de lucrativos mini-shoppings, onde fatura alto com
aluguéis. Também injetou dinheiro em uma incorporadora e numa empreiteira que
atua na região do Grande ABC.
Em tempos de problemas na Petrobras, chama atenção que o
investigável seja detentos de lotes de 650 mil ações preferenciais da estatal
de economia mista – em baixa no mercado. Além de muitas ações da Vale e
Usiminas, o investidor também tem 10% de participação em uma grande companhia
aérea e 20% de uma poderosa empresa de telecomunicações. Também tem ações de um
grande grupo universitário em São Paulo, e uma lucrativa participação na Ambev.
Em função da criação bovina, é acionista minoritário de vários frigoríficos.
O empreendedor pródigo conseguiu uma representação para
negociar jatos da Embraer na França, no Canadá e nos EUA. Além das aplicações
na hotelaria nacional, junto com outro brasileiro, controla um hotel na França.
Para facilitar os negócios, tem um apartamento em seu nome em Paris, a partir
de onde opera suas contas correntes na Europa. O empresário brasileiro transita
facilmente pela Itália, onde tem cidadania.
Em sociedade com os Irmãos Castro, recebe dividendos, em dólares, de hotéis
em Cuba. Sempre que pode, viaja para lá junto com Lula.
No rastro da Operação Lava Jato, o estouro deste escândalo,
caso realmente se confirme, tende a superar, em impacto político negativo para
o PT, o Mensalão (que rendeu condenações para apenas 24 dos 40 denunciados,
sendo 13 milagrosamente absolvidos, poupando, principalmente, Lula da Silva).
Também deve causar mais estrago que outras broncas que também chegaram
próximas, mas ainda não afetaram Lula, como a Operação Porto Seguro – que rende
um processo, que corre em estranho sigilo, contra a ex-chefe do gabinete da
Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa Noronha, amiga a
apadrinhada e ex-assessora de confiança do ex-Presidente.
As cúpulas do PSDB e DEM sabem de quem é o alvo da provável
investigação que vai abalar o corrupto modelo capimunista da República
Sindicalista do Brazil. A eleição presidencial deste ano promete ser um
abatedouro de políticos – principalmente do lado governista da pocilga. Existem
dossiês em profusão para alimentar a guerra suja pela sucessão de Dilma
Rousseff. A ordem, dos investidores de fora, que gastaram centenas de milhares
de dólares em espionagem, é destronar o PT do Palácio do Planalto.
No marketing policial, a ação programada para ser deflagrada
a qualquer momento pode ser batizada de “Operação Famíglia” – numa alusão
direta a como a máfia costuma ser conhecida no idioma italiano, além do termo
“Cosa Nostra”. Grandes lobistas de Brasília já comentavam, na noite de ontem,
do alto risco político desta operação. O Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República, comandado pelo General de Exército José Elito, já
sabe deste risco explosivo. A Presidenta Dilma e o Presidentro Lula, meio
brigados por causa das confusões na Petrobras, também sabem do perigo à vista.
A petralhada está mais aloprada que nunca.
Aviso aos especuladores de boatos
Antes que alguém tire conclusões precipitadas, uma
advertência.
O alvo bilionário dessas investigações não será o empresário
Eike Batista – também grande amigo de Luiz Inácio Lula da Silva.
A atuação de Eike no mercado de capitais, por causa dos
problemas na petrolífera OGX, já é investigada pela Polícia Federal, o
Ministério Público e, por ações de investidores prejudicados, também com a
Justiça.
Grão de Areia na Itália
Afinal, Francisco Pizzolato, ex-diretor de Marketing do
Banco do Brasil condenado no Mensalão, será ou não extraditado?
E o chefão?
Até agora, sobre as negociações de Pasadena, a oposição não
focou no ponto principal.
Os hoje inimigos José Sérgio Gabrielli (então presidente da
Petrobras) e Dilma Rousseff (na época presidente do Conselho de Administração
da empresa), junto com os demais diretores e conselheiros, não tomariam
qualquer decisão bilionária de comprar uma velha refinaria texana sem a
aprovação, também, do Presidente da República, que comanda a o Governo da União
– acionista majoritário da estatal de economia mista.
Portanto, Luiz Inácio Lula da Silva, que marketou aos
investidores estrangeiros a imagem de um Brasil maior que uma Arábia Saudita
com o pré-sal, também deve satisfações públicas sobre o caso Pasadena.
Leia, abaixo, os artigos de João Vinhosa – Pasadena e Gemini
desmoralizam Conselho da Petrobras – e de Paulo Duque - O Febeapá e a Petrobras
Anti-herói até o fim
Unanimidade burra
O imortal Nelson Rodrigues, que assistiu e comentou o
primeiro Fla-Flu antes de Deus criar o mundo, costumava proclamar que a
“unanimidade era burra”.
Ontem, por unanimidade, o Senado aprovou o famigerado Marco
Civil na Internet.
Dilma vai sancioná-lo correndo, a tempo de apresentá-lo na
NETMundial – evento que reúne representantes de 85 países nesta quarta e
quinta-feira em São Paulo, para discutir e governança global da internet, e
criticar a espionagem na rede de computadores.
Valhei, São Jorge!
Graças ao deputado
estadual petista Jorge Babu, desde quinta-feira passada, os cariocas curtem o
maior clima de feriadão prolongadíssimo – que ameaça seguir até domingo que
vem.
Quando vereador, Babu propôs um feriado municipal para São
Jorge, no dia 23 de abril, mesma proposição aceita a nível estadual, quando se
elegeu para a Assembleia Legislativa.
Mas, agora, bem que o Santo Guerreiro podia dar uma
ajudazinha para combater tanto dragão da maldade que infesta o Rio de Janeiro,
promovendo ações de terror e violência, para inviabilizar qualquer política de
segurança – realmente eficiente e eficaz ou meramente marketeira.
Não tem remédio...
Sarney, forever?
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