No final do ano, estima-se agora que haverá um milhão de
empregos formais a menos. Isto é, serão perdidos um milhão de empregos com
carteira assinada. Nos últimos 12 meses, contados até julho, já se foram 780
mil empregos.
Foi o que a gente soube hoje, pelos dados do cadastro de
empregos do Ministério do Trabalho. Para se ter uma ideia do desastre, no ano
ótimo de 2010, quando o país cresceu 7,5%, foram criados pouco mais de um
milhão de empregos. Aquele ano ótimo será perdido inteirinho nesse ano horrível
de 2015.
Os dados ruins não são apenas o do registro de empregos.
Ontem, a gente soube que a taxa de desemprego subiu para 7,5% em julho, nas
grandes metrópoles do país. No ano passado, era de 4,9%. Em um ano, aumentou em
56% o número de pessoas desempregadas.
Esse ritmo de perda de empregos formais e de aumento do
número de pessoas desempregadas não se via assim faz muito, muito tempo. Desde
o século passado. Não se via gente perdendo trabalho ou gente passando a
procurar trabalho assim desde o ano ruim de 1999, de desvalorização do real, da
grande crise do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso. Antes disso,
apenas se viu piora tão rápida no período final da crise de Collor, pouco antes
de o presidente ser deposto legalmente, pelo impeachment.
Sim, a situação não é tão horrível como naqueles tempos.
Havia mais e melhores empregos agora. O país é menos pobre. Menos desigual.
Sim, o país tinha melhorado. Mas a velocidade da piora é que assusta. Para
piorar, ainda não está sendo feito nada de fundamental para dar um basta nisso.
O desemprego deve aumentar pelo menos até metade do ano que vem.
Infelizmente, não há boas notícias no horizonte.
Para terminar, uma notícia sobre a novela do pagamento da
antecipação do 13º de aposentados e pensionistas, em geral depositado no final
de agosto e no começo de setembro. Na pindaíba, o governo ainda decide como
antecipar o abono. Hoje, parece, apenas parece, que a solução seria pagar uma
parte no final de setembro, outra no final de outubro.
Boa noite, se possível.
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