Por NAVE MOBILI
Lula jantou anteontem com o prefeito Eduardo Paes e o
governador Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB. O propósito do ex-presidente é o
de interferir na estrutura política carioca em favor de seus interesses. Lula
pediu que um deles abra vaga no secretariado para um deputado federal petista
do Rio, a fim de dar lugar na Câmara ao primeiro-suplente, Wadih Damous
(PT-RJ).
É isso mesmo que você leu. Lula quer que que Pezão convoque
um deputado eleito e lhe dê ou crie uma nova secretaria com o único propósito
de levar mais um deputado petista para Brasilia.
Segundo Lula, Damous, ex-presidente da Ordem dos Advogados
do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ), poderá fazer uma sustentação não só
política, mas jurídica e técnica, contra movimentos como o que pede o impeachment
da presidente.
Também poderá questionar os métodos da Operação Lava Jato,
que investiga o esquema de corrupção na Petrobrás.
O ex-presidente ficou encantado quando Damous discursou no
ato em defesa da Petrobras no Rio de Janeiro, aquele em que Lula conclamou o
exército do MST. Na ocasião, ele
defendeu que as delações premiadas são como uma espécie de tortura de presos
políticos, nos moldes da ditadura.
O ex-presidente diz que falta à bancada petista um
parlamentar com o perfil de Damous.
No jantar, do qual participou o ex-governador Sérgio Cabral
(PMDB), ficou acertado que Paes estudará como levar um petista para a
prefeitura. Já o governador Pezão não disse que sim, nem que não.
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