Por Jorge Oliveira
Alguns leitores que têm acompanhado as minhas críticas ao governo
e ao PT acham que sou pessimista quando ao destino do país e que preciso ajudar
com ideias para o país sair dessa crise moral e econômica. Bobagem, não sou
político nem me proponho a salvar o mundo. Imagina! Sou apenas um jornalista,
observador crítico desse momento. A massa que foi em peso às ruas nesse domingo
tem a resposta para o desgoverno: impeachment já. Desde que sai da vida
sindical no Rio tenho me empenhado como jornalista em contribuir para o
fortalecimento da nossa estabilidade
democrática.
A minha experiência como
ex-sindicalista, leva-me a algumas observações. A primeira delas é que
não existe diferença entre o pelego jornalista e o pelego metalúrgico. A outra
é que no Brasil o sindicato virou um meio de vida, de prosperidade e de poder
para os oportunistas que transformam essas entidades de classe num instrumento
de manipulação política com o dinheiro do contribuinte através do imposto
sindical.
Quando compus a diretoria do Sindicato dos jornalistas do
Rio uma das primeiras decisões foi abrir mão da imunidade que nos permitia
ficar à disposição do sindicato. Achávamos que a nossa luta começava pelas
redações, portanto, não deveríamos fugir do nosso local de atuação. Até então,
a regra era que a diretoria estava dispensada do trabalho diário. Um ócio
oficializado.
A CUT na época estava em formação, o Lula lá no ABC tentava
marcar posição com as greves. O general Golbery, o bruxo da ditadora,
manipulava a imprensa, os sindicatos, os empresários e os políticos. E nós,
todos juntos, brigávamos contra a direita fardada. Ah, é verdade, ainda
existiam a direita e a esquerda. Os comunistas, que lutavam por uma sociedade
igualitária com o proletariado no poder, escondiam, por conveniência, o
genocídio na URSS, sob o comando de Stalin, e os fuzilamentos e as perseguições
na ditadura castristas e na Romênia do ditador Nicolau Ceausescu. Éramos
felizes e motivados por uma luta ideológica que muitas vezes nem sabíamos de
onde vinha nem imaginávamos para onde ia, mas que nos motivava a uma briga comum
contra a ditadura militar. Ganhamos!
Meus Deus, ganhamos, mas como fomos manipulados pelas
circunstâncias de vivermos em um país que continuou obscuro e amordaçado pela
falta de cultura, o analfabetismo e a miséria O Lula, que hoje mantém e
financia esse exército vermelho com o dinheiro do povo, foi fruto dessa nossa
ignorância. Achávamos que um operário seria capaz de conduzir a nação à
prosperidade e ao desenvolvimento sem tentar insuflar o povo para um conflito
de classes, como ele vem fazendo pelo país.
O PT, que hoje vive na lama da corrupção, foi criado para
que nós, brasileiros, tivéssemos orgulho dos nossos trabalhadores, da classe
operária e do seu poder de luta. Mas hoje, o que constatamos é que esse
partido, que se vendeu ao brasileiros como o representante da classe
trabalhadora, pode nos levar a uma tragédia civil, a exemplo do que ocorreu na
URSS do Stalin no início do século passado.
Lula, na verdade, é um reflexo da nossa fragilidade
política. Ora, a história mostra que quando o povo está fraco abraça qualquer
coisa que vê à frente, como uma tábua de salvação, como aconteceu na Alemanha
de Hitler, na China de Mao, na Itália de Mussolini, na Espanha de Franco e no
Portugal de Salazar.
A passeata dos camisas vermelhas pelas ruas do país assemelhou-se
a dos camisas negras de Mussolini. A nossa foi organizada pelos pelegos das
centrais sindicais que hoje vivem às custas do dinheiro público do FAT (Fundo
de Amparo ao Trabalhadores). Alimentam-se desses recursos para defender as
falcatruas de um governo que eles se aliaram como cúmplice dessa nefasta
corrupção.
Felizmente, nesse histórico dia 15 de março, os brasileiros
acordaram e foram às ruas pedir o afastamento da Dilma. Não houve sequer um
conflito porque o povo, ao contrário dos baderneiros vermelhos, sabe respeitar
a democracia. Viva o povo brasileiro!”.
Fonte: Brasil Acima de Tudo
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