Uma remessa de US$ 3 milhões do Brasil para o presidente de
Cuba, Raul Castro, chamou a atenção de agentes do Drug Enforcement
Administration (a agência anti-drogas dos EUA) que acompanham o desenrolar da
Operação Lava Jato no Brasil. A DEA suspeita que o dinheiro possa ter a ver com
alguma operação de tráfico de drogas, supostamente tolerada pelo governo
cubano. Agentes admitem que as verdinhas também podem ser um mero investimento
de integrantes do governo brasileiro em parceria com a família Castro.
O dinheiro foi repassado ao mandatário cubano através do
esquema do doleiro Alberto Youssef, investigado pela Polícia Federal e
processado pela Justiça Federal, no Paraná. O caso de remessa de dólares aos
cubanos pode ganhar contornos politicamente explosivos. Segundo as
investigações, a ordem para o envio dos recursos teria partido de Gilberto
Carvalho, Secretário Geral da Presidência da República – e um dos ilustres
membros da chamada “República de Londrina” – cidade paranaense onde Youssef
tinha uma de suas bases. A grana para Raul teria vindo das Ilhas Seychelles.
Durante um jantar sábado à noite, na residência de um
executivo de transnacional no Rio de Janeiro, o affair cubano foi revelado por
um deputado federal filiado a um dos principais partidos da base aliada do
governo. Descontente com o governo Dilma, e praticamente pronto para saltar
fora da coalizão com o PT, o parlamentar cometeu outra “inconfidência
empresarial” que pode abalar a cúpula petista. Os EUA monitoram uma atípica
troca milionária do volume de ações de uma megaempresa do ramo alimentar. A
operação foi feita por um bilionário brasileiro em favor da família de um
ilustre político petista.
O assunto é acompanhado por uma força-tarefa de 150 funcionários
norte-americanos do FBI, SEC (Securities and Exchange Comission) e do
Departamento de Justiça. Desde final de abril, eles investigam como membros da
cúpula do governo brasileiro interferem na gestão de grandes empresas
brasileiras cotadas na Bolsa de Nova York. O alvo dos americanos é entender a
atuação de apadrinhados políticos (principalmente petistas e peemedebistas) nos
maiores fundos de pensão de estatais, que gerenciam mais de US$ 600 bilhões em
ativos de várias companhias listadas na Nyse. A atuação do BNDES, seu braço de
investimentos BNDESpar, Banco do Brasil e Caixa é monitorada pelos
“pesquisadores” do Tio Sam.
Depois da Copa do Mundo, com a Seleção Brasileira ganhando
ou perdendo, bem no meio da campanha reeleitoral, o governo Dilma pode ter uma
surpresa muito desagradável com o resultado dessa “pesquisa” feita pelos
norte-americanos. A confusão promete ser impactante política e economicamente,
porque um dos alvos analisados é a BM&F Bovespa, onde os negócios se
consolidam. Oficialmente, os auditores norte-americanos tentam obter mais
informações para embasar pelo menos três processos sancionadores abertos na
SEC, um outro aberto na Nyse, além de inquéritos tocados pelo FBI – a Polícia
Federal dos EUA.
Voo certo
Legados
Por falar nisso, hoje, quando levar a Taça do Palácio do
Planalto, tomara que nenhum puxa-saco entregue a faixa presidencial ao Josef
Blatter, já que a Fifa comanda o carnaval futebolítico brasileiro, tal qual um
Rei Momo, até julho.
Desprincípios
Dilminha detonada
A petralhada está PT da vida com Falcão e turma do Rappa.
Sábado, em Ribeirão Preto (SP), a 13ª edição do João Rock,
considerado o maior festival de música pop e rock do interior, registrou 40 mil
pessoas xingando a Presidenta Dilma.
Mudando de lado?
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