Aécio Neves lidera a oposição em busca da CPMI que permite
que Câmara e Senado investiguem, juntas, os escândalos financeiros da Petrobras
na gestão Dilma no Conselho de Administração.
A polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras é uma "gota no oceano" considerando os problemas de gestão da empresa, segundo um conselheiro da estatal que representa os acionistas minoritários.
"Estamos perdendo muito tempo com o caso Pasadena. Tem
as questões políticas e tal, mas Pasadena é uma gota no oceano em relação ao
que está acontecendo com a companhia", disse o conselheiro Mauro Cunha a
jornalistas nesta terça-feira, após ser questionado sobre o assunto em um
evento em São Paulo.
Posteriormente, em nota, Cunha disse à Reuters que
referiu-se à perda de valor das ações da Petrobras "por decisões tais como
a capitalização de 2010". Desde então, as ações da companhia chegaram a
acumular desvalorização de 73 por cento.
Procurada, a assessoria de imprensa da Petrobras informou
que a empresa não vai comentar o assunto.
A declaração de Cunha, também presidente da Associação de
Investidores no Mercado de Capitais (Amec), foi dada durante entrevista sobre
uma decisão da Comissão de Valores Mobiliários sobre assembleia da telefônica
Oi.
Jornalistas presentes no evento aproveitaram para fazer
questões envolvendo a Petrobras. Segundo Cunha, devido ao tamanho da Petrobras,
um bilhão de dólares nem é considerado um "valor material", termo
usado por contadores para qualificar quando um tema numa companhia deve ser
alvo de maior escrutínio. Em março, Cunha foi voto dissidente na aprovação,
pelo Conselho de Administração da Petrobras, das demonstrações financeiras do
exercício social de 2013.
Segundo nota da Petrobras na época, ele votou contrariamente
à aprovação do balanço argumentando, entre outras coisas, que houve "falta
de envio tempestivo das demonstrações para análise dos conselheiros", além
de ter considerado que houve "insuficiência de informações e aparente
inadequação da contabilização dos investimentos em refinarias".
Cunha também discordou quanto à política de "hedge
accounting", prática contábil que a Petrobras passou a adotar em meados de
maio de 2013, com o objetivo de reduzir impactos provocados por variações
cambiais em seus resultados periódicos. A ação da Petrobras fechou esta
terça-feira com alta de 3,8 por cento, a 18,24 reais. O Ibovespa subiu 0,62 por
cento. As especulações em torno de pesquisas eleitorais desfavoráveis ao atual governo
vêm dando fôlego às ações da Petrobras na BM&FBovespa, que já contabilizam
um ganho de mais de 50% nos últimos 45 dias. (Informações da Revista Exame)
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