quarta-feira, 7 de maio de 2014

Lobby do jogo oferece R$ 90 milhões ao PT para apoiar legalização de cassinos e bingos no Brasil

Por Jorge Serrão – Alerta Total
 
Parte da cúpula petista já aposta em reforço de caixa para os R$ 370 milhões que já tem para torrar na campanha reeleitoral de Dilma Rousseff. Em troca do lobby para a tão esperada legalização dos jogos de azar, com a implantação de cassinos em cidades estratégicas, o partido negocia uma “doação” de R$ 90 milhões. Metade do dinheiro viria dos interessados em operar apenas bingos em grandes cidades.

Curiosamente, os milhões “doados” viriam de um grupo argentino, que tem negócios no Uruguai e relações com empresários norte-americano da jogatina – oficialmente proibida no Brasil desde o final da década de 40, por lobby da Igreja Católica junto ao então governo do General Eurico Gaspar Dutra. O movimento pela legalização do jogo no Brasil avança e recua desde o primeiro mandato de Lula da Silva.

O consultor que estaria fazendo a ponte entre os agentes do jogo e o governo é Antônio Palocci Filho. O também consultor José Dirceu de Oliveira e Silva, que abriu as negociações, não pode atuar agora, por causa da hospedagem forçada na Penitenciária da Papuda. Mesmo problema de outro petista identificado como lobista da jogatina, José Genoíno, obrigado a suportar o mesmo drama de “reeducando” do companheiro Dirceu, por causa da condenação no Mensalão.

Agora, a intenção o jogo seja permitido, inicialmente, em localidades estratégicas: Angra dos Reis, Búzios e Petrópolis (RJ), Guarujá, Campos do Jordão e litoral Norte de São Paulo, além de Araxá (MG). Nos planos também entram cidades na região de Florianópolis, Curitiba, Manaus e no litoral da Bahia. A intenção é liberar os bingos, com restrições, apenas em grandes cidades. Provavelmente, só se tenha uma decisão no próximo governo. Por isso, outras candidaturas também devem receber “incentivos” dos lobistas do jogo.

Campanha dispendiosa

Já circula no mercado de lobbies quanto vão gastar as três principais candidaturas ao Palácio do Planalto em 2014.

O esquema pró-Dilma Rousseff já tem para torrar R$ 370 milhões.

O empresariado e o mercado financiero apostam alto em Aécio Neves com alguns milhões a mais: R$ 44 milhões.

Em terceiro nas pesquisas e na previsão de gastos de campanha vem Eduardo Campos, com previsão de investir R$ 270 milhões.

Foco prioritário

O PT só enxerga a estratégia da hegemonia, e não admite perder a reeleição de Dilma Rousseff.

Para garantir, vai apostar no crescimento da candidatura de Eduardo Campos, sabotando, ao máximo, a de Aécio Neves.

Se forem obrigados a encarar um segundo turno eleitoral – panorama que hoje se desenha como mais provável -, os petistas preferem encarar o neto de Miguel Arraes, que até outro dia foi aliado deles, em vez de enfrentar o neto de Tancredo Neves.

Medinho de retaliação

O comando petista avalia que não dá para negociar um pacto futuro de não agressão com Aécio Neves, nos mesmos moldes que Lula da Silva fechou com Fernando Henrique Cardoso, em 2002.

É grande o temor de retaliações, principalmente contra Lula, caso Aécio conquiste o Palácio do Planalto – desgraça que os petistas só projetam nos fechados bastidores de discussão de campanha.

Na pior hipótese, se Dilma for obrigada a perder, por pressões internacionais bem delineadas, Eduardo Campos seria uma alternativa para uma futura recomposição, sobretudo pela amizade pessoal dele com Lula.

Abundância

 

Roubo do cartão

O Parlamento Europeu, definiu os valores máximos que podem ser cobrados dos comerciantes, os serviços dos cartões de crédito e débito na zona do euro: 0,2% para cartões de débito e 0,3% para os de crédito.

No Brasil a taxa média é de 5% nas operações de crédito e de 2,5% nas operações de débito – o que faz com que o comerciante repasse tal custo absurdo para os preços finais dos produtos.

Como a taxa tupiniquim é cerca de 15 vezes maior que aquela cobrada na zona do euro, temos apenas mais uma das razões para que os lucros dos bancos aqui no Brasil sejam os maiores do mundo e sempre recordes.

Perigo do Shopping

Uma notícia péssima para a petralhada que anda lavando seu rico dinheirinho na construção de shopping centers.

Dos 36 empreendimentos inaugurados no ano passado, metade abriu com lojas fechadas por falta de locatários.

Entre os shoppings lançados entre setembro e dezembro de 2013, a taxa média de ocupação em 21 deles foi de apenas 21% - conforme dados da Associação Brasileira de Shopping Centers.

Bebendo os impostos

Há cerca de uma semana, o Governo Federal anunciou um novo aumento na tributação de bebidas frias, o segundo em menos de 30 dias.

Com a entrada em vigor da nova tributação e os correspondentes ajustes nos preços, a Ambev estima que poderá haver impacto negativo nas vendas, o que, fatalmente, provocará uma revisão nos planos de investimentos da empresa para 2014.

Ontem, a Ambev comemorou um crescimento de 6,8% nos volumes de venda e anunciou que seu EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado no Brasil alcançou R$ 2,8 bilhões, o que representa um incremento orgânico de 15,1%.

Educação financeira

A Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) promove hoje, às 18 horas, em sua sede na Avenida Paulista, uma palestra gratuita sobre Educação Financeira.

O evento faz parte da Semana Nacional de Educação Financeira 2014, de 5 a 9 de maio.

Também será lançado o serviço de orientação S.O.S Educação Financeira - vide o site: http://www.abefin.org.br/

Violência no campo

O sindicato Rural de Carazinho, onde nasceu o falecido Leonel Brizola, condena publicamente o assassinato de produtores rurais ocorrido no dia 28 de abril, no município de Faxinalzinho:

“Trata-se de uma tragédia anunciada fruto de uma política indigenista desastrosa, baseada em premissas que não produzem outra coisa se não o conflito, a desgraça e a miséria para todos os envolvidos. Essa política não se baseia no apoio e integração das comunidades indígenas à sociedade brasileira, mas em uma lógica absurda de criação desenfreada de territórios isolados para, em tese, acomodar indígenas dispersos e buscar fazer com que estes voltem a seu estilo de vida de 600 anos atrás, nas mesmas condições que viviam à época, negando-lhes acesso aos avanços obtidos através do desenvolvimento e tornando-os assim cidadãos brasileiros. No nosso entender, esta política indigenista equivocada precisa ser revista imediatamente, a qual hoje se baseia na obtenção de terras produtivas e legítimas, particularmente de pequenos produtores, em flagrante desrespeito do direito constitucional à propriedade privada pelo cidadão do campo. Mais uma vez fica clara a urgência necessária ao Estado Brasileiro, não só neste momento de agravo garanta a segurança e a paz entre os brasileiros, bem como tome prioridade o estabelecimento de regras objetivas para o processo de atendimento das determinações constitucionais, conforme a vontade do legislador constituinte”.

O Sindicato Rural de Carazinho adverte que, “em um futuro próximo, você leitor poderá se encontrar na mesma situação, pois se uma área rural pode ser invadida, porque não uma área urbana?”.

Paulinho Bomba

 

Africanagem


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