Por Jorge Serrão – Alerta Total
Parte da cúpula petista já aposta em reforço de caixa para
os R$ 370 milhões que já tem para torrar na campanha reeleitoral de Dilma
Rousseff. Em troca do lobby para a tão esperada legalização dos jogos de azar,
com a implantação de cassinos em cidades estratégicas, o partido negocia uma
“doação” de R$ 90 milhões. Metade do dinheiro viria dos interessados em operar
apenas bingos em grandes cidades.
Curiosamente, os milhões “doados” viriam de um grupo
argentino, que tem negócios no Uruguai e relações com empresários
norte-americano da jogatina – oficialmente proibida no Brasil desde o final da
década de 40, por lobby da Igreja Católica junto ao então governo do General
Eurico Gaspar Dutra. O movimento pela legalização do jogo no Brasil avança e
recua desde o primeiro mandato de Lula da Silva.
O consultor que estaria fazendo a ponte entre os agentes do
jogo e o governo é Antônio Palocci Filho. O também consultor José Dirceu de
Oliveira e Silva, que abriu as negociações, não pode atuar agora, por causa da
hospedagem forçada na Penitenciária da Papuda. Mesmo problema de outro petista
identificado como lobista da jogatina, José Genoíno, obrigado a suportar o
mesmo drama de “reeducando” do companheiro Dirceu, por causa da condenação no
Mensalão.
Agora, a intenção o jogo seja permitido, inicialmente, em
localidades estratégicas: Angra dos Reis, Búzios e Petrópolis (RJ), Guarujá,
Campos do Jordão e litoral Norte de São Paulo, além de Araxá (MG). Nos planos
também entram cidades na região de Florianópolis, Curitiba, Manaus e no litoral
da Bahia. A intenção é liberar os bingos, com restrições, apenas em grandes
cidades. Provavelmente, só se tenha uma decisão no próximo governo. Por isso,
outras candidaturas também devem receber “incentivos” dos lobistas do jogo.
Campanha dispendiosa
Já circula no mercado de lobbies quanto vão gastar as três
principais candidaturas ao Palácio do Planalto em 2014.
O esquema pró-Dilma Rousseff já tem para torrar R$ 370
milhões.
O empresariado e o mercado financiero apostam alto em Aécio
Neves com alguns milhões a mais: R$ 44 milhões.
Em terceiro nas pesquisas e na previsão de gastos de
campanha vem Eduardo Campos, com previsão de investir R$ 270 milhões.
Foco prioritário
O PT só enxerga a estratégia da hegemonia, e não admite
perder a reeleição de Dilma Rousseff.
Para garantir, vai apostar no crescimento da candidatura de
Eduardo Campos, sabotando, ao máximo, a de Aécio Neves.
Se forem obrigados a encarar um segundo turno eleitoral –
panorama que hoje se desenha como mais provável -, os petistas preferem encarar
o neto de Miguel Arraes, que até outro dia foi aliado deles, em vez de
enfrentar o neto de Tancredo Neves.
Medinho de retaliação
O comando petista avalia que não dá para negociar um pacto
futuro de não agressão com Aécio Neves, nos mesmos moldes que Lula da Silva
fechou com Fernando Henrique Cardoso, em 2002.
É grande o temor de retaliações, principalmente contra Lula,
caso Aécio conquiste o Palácio do Planalto – desgraça que os petistas só
projetam nos fechados bastidores de discussão de campanha.
Na pior hipótese, se Dilma for obrigada a perder, por
pressões internacionais bem delineadas, Eduardo Campos seria uma alternativa
para uma futura recomposição, sobretudo pela amizade pessoal dele com Lula.
Abundância
Roubo do cartão
O Parlamento Europeu, definiu os valores máximos que podem
ser cobrados dos comerciantes, os serviços dos cartões de crédito e débito na
zona do euro: 0,2% para cartões de débito e 0,3% para os de crédito.
No Brasil a taxa média é de 5% nas operações de crédito e de
2,5% nas operações de débito – o que faz com que o comerciante repasse tal
custo absurdo para os preços finais dos produtos.
Como a taxa tupiniquim é cerca de 15 vezes maior que aquela
cobrada na zona do euro, temos apenas mais uma das razões para que os lucros
dos bancos aqui no Brasil sejam os maiores do mundo e sempre recordes.
Perigo do Shopping
Uma notícia péssima para a petralhada que anda lavando seu
rico dinheirinho na construção de shopping centers.
Dos 36 empreendimentos inaugurados no ano passado, metade
abriu com lojas fechadas por falta de locatários.
Entre os shoppings lançados entre setembro e dezembro de
2013, a taxa média de ocupação em 21 deles foi de apenas 21% - conforme dados
da Associação Brasileira de Shopping Centers.
Bebendo os impostos
Há cerca de uma semana, o Governo Federal anunciou um novo
aumento na tributação de bebidas frias, o segundo em menos de 30 dias.
Com a entrada em vigor da nova tributação e os
correspondentes ajustes nos preços, a Ambev estima que poderá haver impacto negativo
nas vendas, o que, fatalmente, provocará uma revisão nos planos de
investimentos da empresa para 2014.
Ontem, a Ambev comemorou um crescimento de 6,8% nos volumes
de venda e anunciou que seu EBITDA (lucro antes dos juros, impostos,
depreciações e amortizações) ajustado no Brasil alcançou R$ 2,8 bilhões, o que
representa um incremento orgânico de 15,1%.
Educação financeira
A Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin)
promove hoje, às 18 horas, em sua sede na Avenida Paulista, uma palestra
gratuita sobre Educação Financeira.
O evento faz parte da Semana Nacional de Educação Financeira
2014, de 5 a 9 de maio.
Também será lançado o serviço de orientação S.O.S Educação
Financeira - vide o site: http://www.abefin.org.br/
Violência no campo
O sindicato Rural de Carazinho, onde nasceu o falecido
Leonel Brizola, condena publicamente o assassinato de produtores rurais
ocorrido no dia 28 de abril, no município de Faxinalzinho:
“Trata-se de uma tragédia anunciada fruto de uma política
indigenista desastrosa, baseada em premissas que não produzem outra coisa se
não o conflito, a desgraça e a miséria para todos os envolvidos. Essa política
não se baseia no apoio e integração das comunidades indígenas à sociedade
brasileira, mas em uma lógica absurda de criação desenfreada de territórios
isolados para, em tese, acomodar indígenas dispersos e buscar fazer com que
estes voltem a seu estilo de vida de 600 anos atrás, nas mesmas condições que
viviam à época, negando-lhes acesso aos avanços obtidos através do
desenvolvimento e tornando-os assim cidadãos brasileiros. No nosso entender,
esta política indigenista equivocada precisa ser revista imediatamente, a qual
hoje se baseia na obtenção de terras produtivas e legítimas, particularmente de
pequenos produtores, em flagrante desrespeito do direito constitucional à
propriedade privada pelo cidadão do campo. Mais uma vez fica clara a urgência
necessária ao Estado Brasileiro, não só neste momento de agravo garanta a
segurança e a paz entre os brasileiros, bem como tome prioridade o
estabelecimento de regras objetivas para o processo de atendimento das
determinações constitucionais, conforme a vontade do legislador constituinte”.
O Sindicato Rural de Carazinho adverte que, “em um futuro
próximo, você leitor poderá se encontrar na mesma situação, pois se uma área
rural pode ser invadida, porque não uma área urbana?”.
Paulinho Bomba
Africanagem
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