Terceira Lei de Newton: a toda ação sempre se opõe uma
reação. Em meu mundo ideal, haveria debates civilizados entre a
social-democracia, os liberais e os conservadores. Comunistas, socialistas,
nacional-socialistas e fascistas seriam simplesmente ignorados. E militares com
viés autoritário também.
Em meu mundo ideal, todo o PT seria visto como um bando de
radicais golpistas, dispostos a quaisquer meios para seus fins. O PSOL seria
visto como o PT de ontem, nada mais. E do lado direito, o deputado Jair
Bolsonaro seria apenas uma voz estridente sem muito eco, pois desnecessária.
Mas não vivemos no mundo ideal. Vivemos num mundo em que os
petistas não só estão no poder, como seus velhos trotskistas insistem em seus
planos golpistas de rescrever a história, controlar a imprensa e conquistar
poderes absolutos.
É justamente esse avanço de uma esquerda radical que produz
a reação de uma direita mais reacionária. A existência política de Jean Wyllys
produz um Marco Feliciano. A existência política de um Franklin Martins ou um
José Dirceu produz Jair Bolsonaro.
Enquanto aqueles existirem politicamente, e pior!, estiverem
no poder, a reação de um Bolsonaro será mais que inevitável ou desejável; será
necessária. Trata-se de um exército de um homem só, combatendo isolado no
Congresso os socialistas e comunistas que ainda sonham com a revolução
totalitária, com o regime cubano. Quem mais teve coragem de apontar o dedo para
José Dirceu, quando este estava em alta ainda, e gritar: “terrorista”?
Digo tudo isso para protestar veementemente contra a censura
que o deputado Jair Bolsonaro sofreu na Câmara essa semana, tendo sido impedido
de realizar seu discurso. É essa a “democracia” que essa gente defende?
Sabemos, no fundo, que os socialistas jamais defenderam a democracia, e é essa
verdade que querem ocultar de todos.
Em artigo publicado hoje na Folha, Bolsonaro afirma
exatamente isso, e mostra parte do que seria dito em seu discurso proibido.
Seguem alguns trechos, pois, por mais que o leitor considere o deputado uma
figura caricata e reacionária, não é possível negar que faz perguntas e
acusações pertinentes:
Que pavor um só homem causa à esquerda brasileira a ponto de
lhe cassar a palavra da tribuna da Câmara dos Deputados a não ser o temor à
verdade?
O discurso que acabou proibido na terça-feira abordaria
fatos como o ocorrido em março de 1963, na sede do Sindicato dos Operários
Navais, em Niterói (RJ), por ocasião do Congresso Continental de Solidariedade
a Cuba, patrocinado pelo Partido Comunista Brasileiro, onde Luís Carlos Prestes
proferiu: “Gostaria que o Brasil fosse a primeira nação sul-americana a seguir
o exemplo da pátria de Fidel Castro”.
[...]
A alegação de quase 400 mortos e desaparecidos –em sua
maioria, sequestradores, terroristas, assaltantes de banco, ladrões de armas–
seria um preço muito pequeno para que, hoje, nosso povo não vivesse nas
condições dos cubanos. Não tivesse Fidel Castro treinado e financiado a luta
armada no Brasil, certamente, no início dos anos 70, o poder teria sido passado
aos civis.
[...]
Que moral tem um governo para falar em tortura quando
esconde qualquer investigação sobre o sequestro, tortura e execução do prefeito
Celso Daniel, justiçado pelos próprios companheiros; quando cria uma Comissão
da Verdade cujos integrantes são indicados por alguém como a presidente, que, à
frente de grupos terroristas como VPR, Colina e VAR-Palmares, sujou suas mãos
de sangue de inocentes como o tenente Alberto Mendes Júnior, executado a
pauladas nas matas do vale do Ribeira, e o recruta do Exército Mário Kozel
Filho, morto por carro bomba no QG do então Segundo Exército. A esquerda
continua posando de vítima na busca de compaixão, votos e poder.
[...]
Como Lênin disse que “compraria da burguesia a corda para
enforcá-la”, afirmo que o PT vem comprando no Congresso os votos para fechá-lo
e em grande parte da mídia matérias para silenciá-la.
Chegará o momento em que um novo 31 de março ou uma nova
Operação Condor não serão suficientes para impedir o Brasil e a América Latina
de serem lançados nos braços do comunismo. Que o diga o Foro de São Paulo
congregado pelo PT, pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e
pelo que há de pior na América Latina.
Como não ter algum respeito ou simpatia por quem escreve
tais coisas na imprensa? Em condições normais de temperatura e pressão, eu
mesmo seria um crítico de Jair Bolsonaro, cujo radicalismo não aprovo. Mas na
situação atual brasileira, com os vermelhos tomando conta de tudo e levando o
Brasil cada vez mais para perto do modelo venezuelano, prefiro aplaudir aquele
que, sozinho, tem tido a coragem de mostrar certas verdades inconvenientes
sobre esses golpistas travestidos de democratas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário