O Ibovespa opera em queda nesta segunda-feira, 14, puxado,
em parte, pela baixa das ações da Petrobrás. As ações da Petrobrás ampliaram
suas perdas nesta tarde após a defesa feroz da petroleira feita pela presidente
Dilma Rousseff em discurso durante cerimônia de viagem inaugural do navio
petroleiro Dragão do Mar e batismo do navio Henrique Dias, no Estaleiro
Atlântico Sul, em Ipojuca (PE).
Seguindo orientações do seu mentor e antecessor, Luiz Inácio
Lula da Silva, a presidente defendeu a Petrobrás e disse que não vai permanecer
calada enquanto detratores, que têm interesses políticos, ferem a imagem da
estatal.
Esse foi o primeiro evento público que reuniu Dilma e a
presidente da Petrobrás, Graça Foster, desde o início da onda de denúncias
envolvendo a petroleira após o Estado revelar, em março, que a presidente Dilma
deu aval à polêmica compra da refinaria de Pasadena com base em um relatório
"falho", segundo a presidente.
Por volta das 14h51, o Ibovespa perdia 0,76%, aos 51.474,59
pontos. Petrobrás ON tinha queda de 1,35%, cotada a R$ 15,40. Petrobrás PN
perdia 1,30%, cotada a R$ 15,98, em comparação com retrações em torno de 0,40%
antes do discurso de Dilma sobre a companhia.
Segundo Dilma, as avaliações sobre a recente queda de valor
de mercado da Petrobrás distorcem dados e manipulam análises, transformando
eventuais problemas conjunturais de mercado em fatos irreversíveis e
definitivos. "Defenderei em quaisquer circunstâncias e com todas as minhas
forças a Petrobrás", afirmou. Ela acrescentou que a produção da Petrobrás
vem crescendo nos últimos anos e que a empresa é a que mais investe no Brasil.
A presidente lembrou que em 2003, no início do governo Lula, a Petrobrás valia
no mercado R$ 15,5 bilhões, e hoje, mesmo com problemas, vale R$ 98 bilhões.
Dilma também falou que os órgãos de fiscalização e controle,
como o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público Federal, a Polícia
Federal e a Controladoria Geral da União estão sempre atentos para exercer suas
funções. "O que tiver de ser apurado será apurado com rigor",
comentou. Ela mencionou que a auditoria da Petrobrás, o programa de prevenção à
corrupção da empresa e as comissões de apuração "são os mais eficazes
mecanismos de controle e fiscalização internos". (Estadão)
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