Por Ucho.Info
Maus lençóis – Ciente de que a aprovação do seu governo
despenca dia após dia, a presidente Dilma Vana Rousseff viajou aos Estados
Unidos para, na terra do Tio Sam, vender aos norte-americanos uma fantasia
político-administrativa que faz do Brasil a versão tropical e atualizada do
País de Alice, aquele das fabulosas maravilhas.
Sem convencer os ianques que se dispuseram a ouvi-la, Dilma
aterrissou na Califórnia na esteira dos números da mais recente pesquisa
CNI/Ibope sobre a popularidade do governo e dela própria. De acordo com o
levantamento, o índice de pessoas que avaliam o governo da petista como ruim ou
péssimo subiu de 64% para 68%.
A avaliação negativa do governo é a pior da série histórica
da pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI). O universo dos que avaliam como ruim ou péssimo o governo
alcançou a marca recorde nos 29 anos da pesquisa e ultrapassou a marca negativa
do então presidente José Sarney, registrada em julho de 1989.
De acordo com a pesquisa Ibope, o contingente dos que
avaliam o governo como ótimo ou bom caiu de 12% para 9%. Também caiu de 23%
para 21% os que consideram o governo do PT regular. Em outro ponto do
levantamento feito pelo Ibope, a confiança na presidente Dilma entrou em
trajetória de queda: 20% dos entrevistados disseram confiar na presidente,
contra 24% do levantamento anterior. Trata-se do pior índice desde o início do
governo Dilma, em janeiro de 2011. Por outro lado, subiu de 74% para 78% os que
disseram não confiar na presidente da República.
No tocante ao segundo mandato de Dilma, subiu de 76% para
82% o total de entrevistados que o consideram pior do que o primeiro. Para
piorar um cenário que já era ruim, os que avaliam o segundo mandato como melhor
que o primeiro caiu de 4% para 3%, portanto, dentro da margem de erro da
pesquisa. Em outro vértice do levantamento estão os que consideram iguais o
primeiro e o segundo mandato: caiu de 18% para 14%.
Com apenas seis meses do segundo mandato, Dilma terá de
lidar com perspectiva da população em relação ao restante do atual governo:
saltou de 55%, em março, para 61%, em junho. No mesmo viés de análise e
compilação de dados, a perspectiva positiva em relação ao governo recuou de 14%
para 11%. Ou seja, o castelo de areia lamacenta erguido por Dilma começa a
desmoronar de forma lenta e contínua, o que mostra que o País está diante de um
cenário de ingovernabilidade.
Enquanto destila inverdades nos Estados Unidos, Dilma
acompanha à distância um cenário de gravidade extrema e crescente, que tem sido
turbinado pelas declarações estapafúrdias de Luiz Inácio da Silva, o lobista de
empreiteira que ocupou o Palácio do Planalto durante oito anos e elegeu sua
sucessora.
Como se não bastasse a artilharia da oposição, a presidente
agora tem de enfrentar a verborragia insana e traidora de Lula, que já percebeu
que o governo da “companheira” de partido pode ser abreviado a qualquer
momento, por isso tenta ocupar a cena como o salvador da pátria.
Lula e Dilma são serpentes do mesmo núcleo, por isso não
merecem qualquer tipo de crédito, inclusive por parte dos incautos. O que o
ex-presidente tenta com suas incursões desesperadas é não apenas garantir a
continuidade do PT no poder, mas evitar que seu envolvimento no Petrolão, o
maior escândalo de corrupção da história, bata de vez à sua porta. O que
significa, na melhor das hipóteses, indiciamento por crimes variados e
processos judiciais decorrentes do esquema de corrupção.
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