Ontem a noite foi derrubado na Câmara dos deputados em
Brasília, numa sessão acalorada e repleta de pronunciamentos medíocres, o
decreto nº 8243, de interesse do PT, PSOL e PCdoB, que criava os ‘soviets’,
diabolicamente chamado de “democracia direta”.
Esse decreto tinha o objetivo de criar Conselhos Populares
que seriam consultados sempre que houvesse necessidade de avaliação, formulação
ou proposição de políticas públicas ou para solucionar conflitos sociais,
dentre eles os conflitos fundiários agrários e urbanos.
Em outras palavras iria funcionar assim: você tem uma área,
uma casa ou fazenda e essa sua propriedade é invadida, ou “ocupada”, como eles
gostam de chamar as invasões de propriedades privadas. No lugar de você
procurar a Justiça e pedir a reintegração de posse, você iria se reunir com os
invasores, perante esse “Conselho Popular” e ele decidiria se você tem ou não
direito de retirar os invasores. Decidiriam se a sua propriedade pode ser sua
ou é de interesse social.
Simples assim.
No papel o objetivo era descrito como “fortalecer e
articular os mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo e a atuação
conjunta entre a administração pública federal e a sociedade civil”.
Mas o que seria “sociedade civil”? Bem, seria “o cidadão, os
coletivos, os movimentos sociais institucionalizados ou não
institucionalizados, suas redes e suas organizações”. Ou seja, organizações
dominadas pela esquerda, que não precisariam nem de um juiz para decidir. A
Justiça nestes casos caberia a elas.
Bem, esse projeto bolivariano foi derrubado ontem, mas
outros virão. O presidente do PT nacional, Rui Falcão, em sua primeira
entrevista após a reeleição de Dilma, disse que vai voltar com o projeto de
controle social da mídia, que nada mais é que censura.
Controle social será uma espécie desses conselhos populares,
que decidirá quem e o que poderá ser informado ao cidadão.
Você acha que com essa ideias borbulhantes nas mentes desses
aprendizes de ditadores, nós podemos descansar ou ficar comentando sobre
culinária ou moda? De jeito algum, meus amigos. Como disse Thomaz Jefferson, “o
preço da liberdade é a eterna vigilância”. Portanto, estejamos todos em
vigília.
Nenhum comentário:
Postar um comentário