Por Aluízio Amorim
O vídeo acima é a gravação de um debate realizado no Grêmio Politécnico da USP sobre a ditadura militar brasileira. De um lado um tal de professor Igor Fuser, que se diz também jornalista e em suas primeiras palavras atacou o jornalista Augusto Nunes que nem sequer participava do evento. Por aí já dá para ter uma idéia da estatura moral e ética desse 'professor'. Além disso esnobou no início do debate, fingindo desconhecer Flávio Morgenstern, tradutor especializado em filosofia alemã, articulista no site do Instituto Milenium, enfim, um conhecido intelectual paulistano.
O tal professor se coloca desde o início com aquela
arrogância comum a todo esquerdista delirante. Só baixou a crista depois da
intervenção Morgestern que detonou um a um os argumentos de Fuser fundados no
puro delírio ideológico em que patinam todos os esquerdistas.
Igo Fuser, personifica o "tipo ideal" (by Max
Weber) do intelectualóide esquerdista e infelizmente é professor. São gente
como ele que dominam a área de ciência humanas das universidades brasileiras,
promovendo a lavagem cerebral dos jovens com o criminoso objetivo de torná-los
militantes da desgraça comunista.
Por isso vale a pena ver este vídeo, como vale também ler o
artigo que Olavo de Carvalho escreveu revelando, sobretudo, a brutal ignorância
do dito 'professor' Fuser, no que tange aos fatos relativos ao desastroso
governo de João Goulart. Leiam:
FALSIFICAÇÃO INTEGRAL
Por Olavo de Carvalho
Já nos primeiros dez minutos do seu debate com Flávio
Morgenstern no Grêmio Politécnico, sobre a ditadura militar, o prof. Igor Fuser
exemplificou com rara concisão a regra de que ninguém pode mentir com
eficiência se não falsifica primeiro a própria Ele começou se queixando de que
não há espaço para debates sobre o tema na grande mídia, onde reina a versão
oficial única e indiscutível. Quem o ouvisse acreditaria, portanto, estar
diante de um porta-voz da minoria amordaçada. Uma vez transmitida essa
impressão, o prof. Fuser estava livre para impingir à platéia, sem temor de
represálias, a mesma versão oficial à qual ele parecia se opor. E assim ele
fez.
Essa versão é a seguinte: Em 1964 um governo democrático
estava empreendendo, por vias legais democráticas, algumas reformas patrióticas
que alarmaram o capital estrangeiro, o qual então se mobilizou para derrubar o
presidente e instaurar uma ditadura.
É o que toda a mídia alardeia há mais de vinte anos, o que
se repassa às crianças em todas as escolas do país, o que se imprime e
reimprime em livros e mais livros de História. E foi o que o prof. Fuser
repetiu com a cara mais bisonha do mundo, bem protegido sob a sua aparência
enganosa de contestador da uniformidade.
É versão cem por cento falsa.
Em primeiro lugar, João Goulart não promoveu reforma
nenhuma. Falou muito em reformas, mas até o último dia o Parlamento lhe
implorou que enviasse ao menos um projeto delas, coisa que ele adiou, adiou e
acabou não fazendo nunca. A lei mesma da remessa de lucros, que segundo o prof.
Fuser teria sido a “causa imediata” do golpe, só o que Goulart fez com ela foi
sentar-se em cima do projeto, que acabou sendo aprovado por iniciativa do
Congresso, sem nenhuma participação do presidente. Se a fúria do capital
estrangeiro contra essa lei fosse a causa do golpe, este teria se voltado não
contra Goulart e sim contra o Congresso – Congresso que, vejam só, aprovou o
golpe e tomou, sem pressão militar alguma, a iniciativa de substituir Goulart
por um presidente interino.
Em segundo lugar, é falso que Goulart governasse por meios
democráticos. Num governo democrático, o executivo não reina como um monarca
absoluto, mas obedece as leis e cede às decisões do Congresso democraticamente
eleito. Goulart fez tudo o que podia para fechar o Congresso, mandou invadir
com tropas militares o Estado da Guanabara, fortaleza da oposição, e prender o
governador Carlos Lacerda, matando-o se resistisse (a operação falhou por um
triz). Não hesitou mesmo em usar contra esse Estado o recurso stalinista da
“arma da fome”, vetando, através do seu cunhado Leonel Brizola, o fornecimento
do arroz gaúcho que era uma das bases da alimentação do povo carioca. Como se
isso não bastasse, protegeu a intervenção armada de Cuba no território
brasileiro, ocultando as provas e enviando-as, por baixo do pano, a Fidel
Castro. É eufemismo dizer que Goulart tramava um golpe de Estado: seu mandato
foi uma sucessão de golpes de Estado abortados.
Terceiro: não houve nenhuma, literalmente nenhuma
participação americana na preparação do golpe. A famosa “Operação Brother Sam”,
tão demonizada pela esquerda, nunca foi nem poderia ter sido nada disso, e só
adquiriu essa aparência graças a uma vasta campanha de desinformação lançada
pela KGB logo após o golpe, conforme confessou o próprio chefe da agência
soviética então lotado no Brasil, Ladislav Bittman. Nesse ponto a mendacidade
esquerdista chega a ser deslumbrante. Todos os jornais do país – a maldita
grande mídia a que o prof. Fuser finge se opor – até hoje usam como prova da
cumplicidade americana a gravação de uma conversa telefônica na qual o
embaixador Lincoln Gordon pedia ao presidente Lyndon Johnson que tomasse alguma
providência ante o risco iminente de uma guerra civil no Brasil. Johnson, em
resposta, determinou que uma frota americana se deslocasse para o litoral
brasileiro. Fica aí provado, na cabeça ou pelo menos na boca dos fúseres, que
os americanos foram, se não os autores, ao menos cúmplices do golpe. Mas, para
que essa prova funcione, é necessário escamotear quatro detalhes: (1) A
conversa aconteceu no próprio dia 31 de março, quando os tanques do general
Mourão Filho já estavam na rua e João Goulart já ia fazendo as malas. Não foi
nenhuma participação em planos conspiratórios, mas a reação de emergência ante
um fato consumado. (2) A frota americana estava destinada a chegar aos portos
brasileiros só em 11 de abril. Ante a notícia de que não haveria guerra civil
nenhuma, retornou aos EUA sem nunca ter chegado perto das nossas costas. (3) É
obrigação constitucional do presidente dos EUA enviar tropas imediatamente para
qualquer lugar do mundo onde uma ameaça de conflito armado ponha em risco os
americanos ali residentes. Se Johnson não cumprisse essa obrigação, estaria
sujeito a um impeachment. (4) As tropas enviadas não bastavam nem para ocupar a
cidade do Rio de Janeiro, quanto mais para espalhar-se pelos quatro cantos do
país onde houvesse resistência pró-Jango e dar a vitória aos golpistas.
Para completar: se não houve intervenção americana, houve
sim intervenção soviética, e profunda.
Se até hoje a esquerda vociferante não conseguiu dar o nome de nenhum agente da
CIA então lotado no Brasil – e, sem eles, como participar de uma conspiração?
-, documentos recém-revelados provam – com nomes -- que havia agentes da KGB
infiltrados em todos os escalões do governo Goulart.
Em dez minutos, o prof. Fuser conseguiu falsificar nada
menos que tudo. Do site Mídia Sem Máscara
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