
Sim, leitores, dez partidos, depois do alerta que fizemos
aqui, houveram por bem se juntar para tentar votar, em regime de urgência um
decreto legislativo que torne sem efeito o arroubo totalitário de Dilma. São
eles: DEM, PPS, SDD, PV, PSDB, PSD, PSB, PROS e PRB. No papel ao menos,
somam-se aí 238 dos 513 deputados. Para que esse decreto legislativo seja
aprovado, são necessários 257 votos na Câmara — metade mais um.
A decisão de levar imediatamente ou não a proposta à votação
depende do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que é, sim,
da base governista, mas tem dado, com alguma frequência, sinais de
independência. Vamos ver.
Já tratei ontem do assunto aqui. A Constituição, com efeito,
prevê mecanismos de democracia direta, como o referendo, o plebiscito e a
emenda de inciativa popular. Essa história de “conselhos populares”, no
entanto, na forma como veio, é feitiçaria para atrelar a administração pública
federal, para sempre, ao PT. Trata-se de uma agressão ao princípio da
democracia representativa e uma forma de jogar o Congresso para escanteio.
Falando à VEJA.com, o líder Rubens Bueno (PPS-PR) foi ao
ponto: “A presidente tenta subtrair os Poderes do Parlamento brasileiro. É o
mesmo modelo ideológico que se propôs para a Venezuela e para Cuba e que agora
estão tentando trazer aos poucos ao Brasil. Temos que resistir a isso porque o
Parlamento é o foro da sociedade brasileira. Esses conselhos subtraem a
democracia porque são um aparelho do PT. Não podemos fazer que eles passem por
cima da lei e caminhar pela estrada mais triste, que é o caminho antidemocrático
que o PT está propondo. Isso vai acabar no STF”.
“Dilma quer criar uma estrutura paralela de poder e dividir
o cidadão em 1ª e 2ª classe”, resume Mendonça Filho (PE), líder do DEM. Parece
que o Parlamento brasileiro decidiu reagir às tentações totalitárias do PT. Eis
a boa notícia.
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