sexta-feira, 2 de maio de 2014

PIB empresarial fecha com Aécio.


O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse nesta sexta-feira (2) a empresários que o governo da presidente Dilma Rousseff atrasou o debate sobre o desenvolvimento do Brasil em dez anos. Para o tucano, a instabilidade da política fiscal e monetária brasileira alterou as prioridades da área econômica.

"Nós poderíamos estar discutindo produtividade, mas estamos voltando a uma velha agenda, da busca pela estabilidade. Perdemos, por exemplo, uma década com a demonização das privatizações e das parcerias com o setor privado. Agora, estamos na mesma agenda em que estávamos há dez anos no setor da infraestrutura", disse Aécio no 13º Fórum de Comandatuba, na Bahia.

Em seu discurso no evento, em um seminário que teve a participação de Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (PSB), Aécio disse que pretende governar junto com a dupla a partir de 2015, caso um dos grupos vença a eleição presidencial. "Eu não vejo como, a partir de 2015, não estarmos Eduardo, Marina, eu e tantos outros no mesmo projeto de país."

O senador mineiro manteve suas baterias voltadas para a flexibilização dos pilares macroeconômicos pelo governo Dilma. "Assistimos à maquiagem dos dados fiscais, que retirou grande parte da credibilidade construída pelo Brasil ao longo dos anos, deixando de focar no processo inflacionário, cujo objetivo passou a ser o teto da meta, e não o centro", afirmou Aécio.

O tucano voltou a prometer a criação de uma secretaria extraordinária, se eleito, para elaborar no prazo de seis meses uma proposta de simplificação do sistema tributário. Aécio foi aplaudido pelos empresários em quase todos os momentos em que propôs o corte de taxas e impostos.

Assim como Campos, Aécio também criticou as parcerias comerciais do governo brasileiro, especialmente com países da América Latina como a Venezuela. "É hora de rompermos algumas amarras e buscarmos parcerias em outras regiões do mundo."


O tucano repetiu outras propostas que vem apresentando ao longo dos últimos meses, em sua pré-campanha, como o fim da reeleição e a instituição de mandatos de cinco anos para todos os cargos eletivos. (Folha Poder)

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