O alvo é e sempre foi Lula. O lado da rua que foi às ruas no
domingo deixou isso claro.
Fernando Henrique escancara isso: já julgou e condenou Lula
com uma frase: "...o boneco vestido de presidiário".
Não por acaso o sigilo bancário de Lula e filhos foi vazado
ilegalmente na véspera dos protestos.
O que dirão Fernando Henrique -e Mídia- se vazarem
ilegalmente o seu sigilo bancário, o do Instituto, palestras e família?
O juiz Moro diz que Lula não é investigado. Procuradores do
Paraná, idem. Mas sigilos de Lula são vazados. Por quem e por quê?
Porque Lula é símbolo diferente para a rua e suas duas mãos,
a da direita, e a da esquerda.
Perplexo, paralisado meses pelo escândalo, o lado esquerdo
enfim começou a se mover, junto com Lula. Para detê-los, apostam, é preciso
deter Lula.
Desejo e sonho martelado por milhões nas redes sociais, e
repetido na rua dominical, é o "Lula preso".
Constatar o óbvio -a existência do desejo de destruir Lula-
provoca fúria. Não se pode nem se deve dizer o óbvio: que há quem busque
destruir Lula seja como for.
Lula será esmagado se existir a mais ínfima prova legal
contra ele. Por ora basta dizer que existe. Repetir, seja fato ou boato, é o
caminho para a desmoralização.
Para milhões, Lula tem que ser destruído por ser um símbolo:
ele tornou-se, foi tornado, símbolo da corrupção.
Para muitos outros milhões, queiram ou não, Lula simbolizou
a libertação, a ascensão.
Lula deixou o poder com 87% de aprovação, visto como quem
arrancou corações e mentes da secular Senzala.
Candidato, ou articulador de uma Frente, se ainda símbolo
Lula pode decidir 2018, como decidiu desde 2002.
Se tiver um centavo fora do lugar nos R$ 27 milhões da sua
empresa, Lula estará liquidado, destruído.
Se tudo for legal, e se isso se tornar um atestado pessoal,
o risco atravessará a rua e mudará de mão.
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