terça-feira, 18 de agosto de 2015

Símbolo distinto para a direita e a esquerda, Lula é o alvo a ser destruído



O alvo é e sempre foi Lula. O lado da rua que foi às ruas no domingo deixou isso claro.

Fernando Henrique escancara isso: já julgou e condenou Lula com uma frase: "...o boneco vestido de presidiário".

Não por acaso o sigilo bancário de Lula e filhos foi vazado ilegalmente na véspera dos protestos.

O que dirão Fernando Henrique -e Mídia- se vazarem ilegalmente o seu sigilo bancário, o do Instituto, palestras e família?

O juiz Moro diz que Lula não é investigado. Procuradores do Paraná, idem. Mas sigilos de Lula são vazados. Por quem e por quê?

Porque Lula é símbolo diferente para a rua e suas duas mãos, a da direita, e a da esquerda.

Perplexo, paralisado meses pelo escândalo, o lado esquerdo enfim começou a se mover, junto com Lula. Para detê-los, apostam, é preciso deter Lula.

Desejo e sonho martelado por milhões nas redes sociais, e repetido na rua dominical, é o "Lula preso".

Constatar o óbvio -a existência do desejo de destruir Lula- provoca fúria. Não se pode nem se deve dizer o óbvio: que há quem busque destruir Lula seja como for.

Lula será esmagado se existir a mais ínfima prova legal contra ele. Por ora basta dizer que existe. Repetir, seja fato ou boato, é o caminho para a desmoralização.

Para milhões, Lula tem que ser destruído por ser um símbolo: ele tornou-se, foi tornado, símbolo da corrupção.

Para muitos outros milhões, queiram ou não, Lula simbolizou a libertação, a ascensão.

Lula deixou o poder com 87% de aprovação, visto como quem arrancou corações e mentes da secular Senzala.

Candidato, ou articulador de uma Frente, se ainda símbolo Lula pode decidir 2018, como decidiu desde 2002.

Se tiver um centavo fora do lugar nos R$ 27 milhões da sua empresa, Lula estará liquidado, destruído.

Se tudo for legal, e se isso se tornar um atestado pessoal, o risco atravessará a rua e mudará de mão.

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