O jurista Luiz Edson Fachin(Priscila Forone/Gazeta do Povo)
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Luiz Edson Fachin foi, em 2010, porta-voz de manifesto de
juristas em favor da eleição de Dilma – com direito a campanha em São Paulo
Escolhido pela presidente Dilma Rousseff como novo ministro
do Supremo Tribunal Federal, o jurista paranaense Luiz Edson Fachin é um
entusiasta assumido do projeto de poder do PT e chegou a fazer campanha para a
petista. Em outubro de 2010, Fachin foi o porta-voz de um manifesto de juristas
em favor da eleição de Dilma. Coube a ele, durante evento de campanha em um
teatro em São Paulo, ler o texto (assista abaixo).
"Tenho em minhas mãos um manifesto de centenas de
juristas brasileiros que tomaram lado", afirma Fachin, para em seguida
fazer a leitura do manifesto, sob aplausos de militantes da campanha. Ao lado
dele estavam, entre outros, os hoje ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e
José Eduardo Cardozo (Justiça). Também estava presente no palco o ex-ministro
da Justiça Marcio Thomaz Bastos, morto ano passado.
"Apoiamos Dilma para prosseguirmos juntos na construção
de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento
para todos, que preserve os bens naturais. Um país socialmente justo que
continue acelerando a inclusão social e que consolide, soberano, sua nova
posição no cenário internacional. Um país que priorize a educação, a cultura, a
sustentabilidade e a erradicação da miséria. Um país que preserve sua dignidade
reconquistada. O governo que queremos é o governo que preservou as instituições
democráticas e jamais transigiu com o autoritarismo. Um governo que não tentou,
casuisticamente, alterar a Constituição para buscar um novo mandato", diz
o jurista.
Ele prossegue, referindo-se ao que o manifesto lista como
conquistas do governo Lula que deveriam ser garantidas com a eleição de Dilma:
"Um governo que sempre escolheu para chefe do Ministério Público Federal o
primeiro da lista tríplice elaborada pela categoria e não alguém de seu
convívio ou conivência. Um governo que reestruturou a Polícia Federal, a
Defensoria Pública, que apoiou a criação do importante Conselho Nacional de
Justiça e a ampliação da democratização das instituições judiciais. Nestes
últimos anos, a liberdade de manifestação de ideias fluiu no país. Não houve um
ato sequer do governo que limitasse a expressão do pensamento em sua plenitude,
e essas são as liberdades que devem ser mantidas". "Muito mais que
uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado. Por isso tudo,
declaramos em conjunto o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças
no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma
sociedade justa, soberana e solidária", diz.
Àquela altura, Fachin já se colocava como candidato a
ministro do Supremo Tribunal Federal - algo que só viria a conseguir cinco anos
depois. A escolha da presidente Dilma Rousseff ainda precisa passar pelo crivo
do Senado.
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