Por Paulo Chagas
Caros amigos: O Partido dos Trabalhadores, após o seu 14º
Encontro Nacional, emitiu diretrizes táticas para participar das eleições de
2014, cujo fulcro é a negação da triste realidade em que se transformou o
Brasil.
As diretrizes definem como objetivo central dar continuidade
ao “projeto nacional de desenvolvimento sustentável, iniciado pelo
ex-presidente Lula e continuado, com avanços, pela presidenta Dilma
Rousseff”! Fica a nosso encargo, a
partir do estrago que este projeto já causou à Nação, imaginar, se é possível
fazê-lo, o quanto falta ainda para a destruição final do país, destruição esta
“sustentável”, ou seja, irreversível!
Para eles, Dilma Rousseff tem de ser reeleita e isto será
obtido por intermédio do apoio de todas as classes, grupos e movimentos
comprometidos com o processo de destruição, seja por ignorância, ganância,
incompetência, má formação moral ou simplesmente pelo apego à corrupção e ao
dinheiro “arrecadado” pelo fisco e desviado em escusas transações.
Diz a tática petista que tudo será feito para garantir e
ampliar a permanência do PT nos governos estaduais e nos legislativos,
assegurando a hegemonia do partido nos três poderes e níveis administrativos da
República e a “reforma do sistema político-eleitoral”, ou seja, a passagem definitiva
ao bolivarianismo e a sua consolidação!
Para isto quaisquer alianças serão válidas, pois os fins
justificam os meios. Não é desafio à
nossa imaginação, em face do que é de conhecimento público, presumir que tipos
de alianças serão consideradas válidas para os objetivos petistas.
Referindo-se ao segundo mandato de Dilma Rousseff, as
diretrizes asseveram que ela é a preferida do eleitorado e que o povo
brasileiro deseja que ela “continue mudando o Brasil”. Mas para aonde? Para o fundo do poço mais profundo do
pré-sal, onde depositaram os restos da Petrobrás e do orgulho nacional?
Como é possível imaginar que o povo brasileiro esteja
querendo continuar neste rumo? É uma
aposta na acomodação de quem crê que, para baixo, todo o Santo ajuda! É apostar que povo e massa sejam a mesma
coisa. É apostar na eficácia do sistema
educacional instituído pelo PT para bestificar a sociedade e transformar o povo
em massa de manobra – gado!
Para os corruptos, continuar mudando significa perseverar na
cartilha do Foro de São Paulo com a surrada justificativa de superação de uma
maldição herdada dos militares, dos conservadores e do neoliberalismo, quando,
hoje, o mundo inteiro sabe que a “herança maldita” está no esconjuro
testamental do próprio PT ! Passa do
criador para a criatura e desta para o povo!
Atribuir ao domínio imperial norte-americano, à ditadura do
capital financeiro e à lógica do Estado mínimo [ ...
mínimo??!!!!????!!!??????!!!?????! Nota
de AP] a débâcle da economia nacional e não à desonestidade e à própria
incompetência dos gestores petistas é mais do que desfazer da inteligência
mínima do povo, mas escarnecer da sociedade como um todo.
“Quem busca a reeleição não pode apenas apresentar novos
programas e falar sobre o futuro.
Precisa, igualmente, mostrar o que já fez”, diz ainda a diretriz, mas,
nem Dilma nem o PT têm algo de bom para dizer do que já fez, muito menos para
apresentar como programa de futuro, apenas contradições e falsas propostas,
tais como : obter mais espaço nas instituições,
isto é mais aparelhamento, mais sanguessugas, mais incompetentes em lugares
chave — vide Petrobrás —; “democratizar” o Estado, “inverter
prioridades”, estabelecer uma “contra-hegemonia ao capitalismo”, isto é,
desincentivo ao investimento, à criatividade e ao progresso pessoal e coletivo,
menos PIB, mais impostos; e construir um “projeto de socialismo radicalmente
democrático” — vide os modelos
venezuelano e cubano!
A Diretriz conclui a orientação com a seguinte pérola da
hipocrisia : “continuar mudando o
Brasil, fazendo cada vez mais um país rico e desenvolvido, sem miséria e com
democracia política, econômica e social”.
Olhando para trás e para o presente, podemos dizer que
entregar o poder ao PT não foi um erro de uma parcela do eleitorado, mas a
queda numa armadilha, num engodo, numa ilusão, numa mentira, numa arapuca
montada por falsários para aprisionar e usufruir das ilusões dos mais ingênuos
e das eternas vítimas da falta de escrúpulos dos políticos.
Os brasileiros não cometeram um erro ao eleger Lula e
Dilma,foram ludibriados ! Reelegê-la,
isto sim, será mais do que um erro, mas uma burrice imperdoável !
Cair, mais uma vez, na trampa articulada nas diretrizes
emanadas do 14º Encontro Nacional do PT é o mesmo que abrir mão da liberdade;
da igualdade de oportunidades; da
dignidade pessoal; dos valores cristãos,
da família e do mérito; do
desenvolvimento; do crescimento
econômico; da manutenção e da ampliação
do patrimônio nacional; da
soberania; da segurança e da saúde
públicas; da educação de qualidade,
enfim, do futuro da Nação.
A permanência do PT no poder servirá, principalmente, para
jogar uma pá de cal sobre a evolução do país e para continuar a encher os
bolsos dos corruptos e a contribuir para o desenvolvimento de outros países,
como Cuba, Congo-Brazzaville, Tanzânia, Etiópia, Zâmbia, Senegal, Costa do
Marfim, República Democrática do Congo, Gabão, República da Guiné, Mauritânia,
São Tomé e Príncipe, Sudão e Guiné Bissau, beneficiários de investimentos e
perdões de dívidas!
Deixar triunfar a tática petista é destruir a democracia
representativa, substituindo-a por mecanismos de controle das instituições
políticas e sociais albergados na chamada “democracia direta” cujas
consequências para a liberdade podem ser apreciadas pelas notícias vindas da
progressista e ensanguentada República Bolivariana da Venezuela.
Fonte: Alerta Total
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Paulo Chagas, General de Brigada na reserva, é presidente do
TERNUMA – Terrorismo Nunca mais.
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