Dilma inaugurando o Porto de Mariel ao lado do ditador
assassino Raul Castro que, por sua, vez está usando o mesmo para contrabandear
armas para outro ditador assassino: Kim Jong-un, da Coréia do Norte
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A construção do Porto de Mariel, em Cuba, ganhou o
noticiário nos últimos meses porque o governo brasileiro concedeu, via BNDES,
um empréstimo de 682 milhões de dólares à ditadura cubana para assegurar a obra
– dois terços do valor total estimado para o porto. Além disso, os detalhes da
transação foram estranhamente mantidos em sigilo. Em janeiro deste ano, a
presidente Dilma Rousseff esteve na ilha dos irmãos Castro para a inauguração
oficial do terminal portuário.
Mas a história não acaba aí: um relatório elaborado por um
painel de especialistas do Conselho de Segurança da Organização das Nações
Unidas (ONU) mostra que Cuba utilizou o Porto de Mariel para abastecer com 240
toneladas de armamento um navio norte-coreano, em descumprimento a sanções
internacionais contra o regime autoritário da Coreia do Norte. A operação,
realizada há menos de um ano, fracassou porque a carga secreta foi descoberta
por autoridades do Panamá, já no caminho de volta à Ásia.
Por causa do flagrante, foi possível encontrar os registros
de navegação e reconstituir a rota do navio: em 4 de junho, o cargueiro Chong
Chon Gang parou em Havana, onde descarregou rodas automotivas e outros produtos
industriais. Em 20 de junho, o navio aportou secretamente em Mariel. Lá, o
material bélico foi embarcado. Em 22 de junho, o Chong Chon Gang chegou a
Puerto Padre, onde recebeu a carga de açúcar que seria usada na tentativa de
esconder o armamento.
A maior parte da carga era formada por componentes que
seriam usados em mísseis terra-ar, dos modelos C-75 Volga e C-125 Pechora. Dois
caças Mig-21, desmontados, estavam no carregamento. Muita munição foi
encontrada. Também havia lançadores de mísseis, peças de radares, antenas,
transmissores e geradores de energia. Para diminuir os riscos, parte do material
enviado recebeu uma nova mão de tinta: os containers perderam a cor verde,
indicativa da carga militar, e foram pintados de azul.
Entre os fatos que chamaram a atenção dos investigadores,
aparece justamente a escolha pelo Porto de Mariel: O relatório cita que a opção, em detrimento
de Havana e Puerto Padre, é mais uma prova das más intenções de cubanos e
norte-coreanos. "A carga foi aceita pelo navio sem os documentos básicos
de envio, recibos de carregamento, relatórios de carregamento e relatórios de
inspeção de carga", diz o texto da ONU. O navio Chon Chong Gang trazia uma
declaração falsa de que carregava apenas cana-de-açúcar. E, na lista de portos
pelos quais a embarcação passou, não há referência a Mariel. (Publicado em
Veja)
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