domingo, 30 de agosto de 2015

Entre a cruz do imposto e a caldeirinha da crise



A economia do Brasil, a produção e a renda, cresceram ainda menos do que se imaginava no segundo trimestre deste ano, como a gente soube hoje, pelos números do PIB. Para piorar, os número já ruins do crescimento do final de 2014 e início de 2015 foram revisados para baixo: a situação era pior do que se imaginava.

Como resultado, as previsões para o restante do ano pioraram. A economia, o PIB, deve encolher mais de 2,5%, a previsão séria mais pessimista até agora. Assim, em 2015 o país vai passar pela maior crise desde 1990, primeiro ano do governo Collor, de hiperinflação e de um plano econômico que confiscou dinheiro de empresas e indivíduos.

O consumo das famílias caiu pelo segundo trimestre consecutivo. O consumo das famílias equivale a quase dois terços do PIB do Produto Interno Bruto, a produção econômica do país em um determinado período. O consumo não caía por dois trimestres desde 2003, na virada do governo FHC para o de Lula.

Pior ainda, o investimento em novos negócios e construções cai faz oito trimestres: isso mesmo, dois anos.

Por enquanto, a única notícia melhorzinha na economia é o setor externo. Quer dizer, a gente está produzindo mais aqui o que costumava importar, pois o dólar ficou muito caro.

No mais, há desânimo. A confiança de empresários e consumidores está nas mínimas históricas, os estoque estão altos, o emprego vai continuar a diminuir até o ano que vem.

Um dos motivos de tamanho desânimo é a crise política e a pindaíba do governo. O buraco previsto nas contas públicas do ano que vem é tamanho que o governo já pensa até em voltar a cobrar a CPMF, imposto sobre qualquer movimentação financeira, que havia sido extinto em 2007. Dada a crise política e outras revoltas, vai ser difícil tal imposto ou outro passar no Congresso. Sem ter como tapar o rombo, a crise do governo piora e assim a da economia. Estamos entre a cruz do imposto e a caldeirinha de mais crise econômica.

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