sábado, 31 de maio de 2014

Gramsci e as próximas eleições

Estamos a ver as últimas etapas do “orgasmo político” gramsciano.


O que esperam das eleições os revolucionários conscientes da causa e todos aqueles que consideram o Parlamento eleito pelo sufrágio universal uma máscara da ditadura burguesa? Essa foi a pergunta que o ideólogo socialista italiano Antonio Gramsci fez em seu artigo “Os revolucionário e as eleições” escrito em 1919. Essa é a pergunta que o eleitor brasileiro, ou pelo menos aquele que é formador de opinião, tem de se fazer.

Alguns se perguntariam qual a necessidade de tal questionamento. Contudo, nunca é tarde para lembrar: os integrantes do partido que hoje nos governa vêm fazendo a mesma pergunta há pelo menos 40 anos. Tentar entender as possíveis respostas dessa pergunta é essencial, pois os ditos de Antonio Gramsci compõem a fundação teórica desse mesmo partido.

É verdade que os partidos e intelectuais de cunho revolucionário jamais pararam de confabular, conjecturar e exercitar dialeticamente seus termos. Não obstante, ao ler Antonio Gramsci logo se vê que embora adequações tenham sido feitas ao que ele disse, a base e o modus operandi do Partido dos Trabalhadores ainda segue majoritariamente os ditames do ideólogo italiano.

Para citar um exemplo dentre vários dessa adequação: mesmo que o pensador alemão Herbert Marcuse tenha trazido o novo insight sobre a necessidade da classe revolucionária ser representada pelos párias da sociedade [1] e não pelos proletários – que hoje se engalfinharam na corrida capitalista –, ainda assim vemos o Príncipe partidário gramsciano como o regente de todo o aparato revolucionário.

E o Príncipe sempre é partidário e eleitoral na realidade gramsciana, pois segundo o pensador italiano, “os resultados da luta eleitoral [...], modificam, sem dúvida, as relações de força entre as instituições em que se encarna a luta, de classe, em que se encarna hoje o processo de desenvolvimento da revolução” [2].

Para o ideólogo, tal necessidade eleitoral se faz também por conta de que uma revolução brusca e violenta poderia suscitar o apoio à uma contrarrevolução muito mais forte e muito mais brusca vinda da tal burguesia reacionária. Sendo assim, é necessário para Gramsci

“que o esforço eleitoral do proletariado [hoje adequado também a outra classe, conforme vimos acima] consiga fazer entrar no Parlamento um bom nervo de militantes do Partido Socialista e que esse seja bastante numeroso e aguerrido para tornar impossível, a cada líder da burguesia, a constituição de um governo estável e forte, para obrigar, portanto, a burguesia a sair do equívoco democrático, a sair da legalidade, e determinar uma sublevação dos estratos mais profundos e vastos da classe trabalhadora contra a oligarquia dos exploradores” [3].

Não foi exatamente isso que aconteceu desde que o Partido dos Trabalhadores tomou o poder? Em 2004, já dez anos após o primeiro aviso dado sobre os perigos do PT e do gramscismo na obra A Nova Era e a Revolução Cultural, o filósofo Olavo de Carvalho dava outro aviso no artigo “Assunto encerrado” ao dizer:

“O PT, como digo há anos, não veio para alternar-se no poder com outros partidos -- muito menos com os da ‘direita’ -- segundo o rodízio normal do sistema constitucional-democrático. Ele veio para destruir esse sistema, para soterrá-lo para sempre nas brumas do passado, trocando-o por algo que os próprios petistas não sabem muito bem o que há de ser, mas a respeito do qual têm uma certeza: seja o que for, será definitivo e irrevogável”.

Olavo tornou ainda mais inteligível o que Gramsci disse há quase um século atrás.

Um olhar sobre os protestos de junho de 2013
Muito se falou após junho de 2013 sobre os perigos que o PT enfrentaria nas próximas eleições. Seriam eles verdadeiros? Uma Presidente Dilma pálida de pânico proferindo um discurso desconexo em rede nacional à época dos protestos fazia parecer que sim. Ledo engano. Dilma estava sendo avaliada pelo próprio partido acerca da sua aptidão para governante em um cenário de ruptura revolucionária. Se ela foi aprovada ou não pelos seus pares é algo que descobriremos no futuro.

Os protestos em si, mesmo que tenham imprevistamente englobado as classes de fato insatisfeitas, no final só serviram para deixar o PT mais forte do que nunca. As massas fizeram exatamente aquilo que o Partido Príncipe espera: pediram ajuda a ele. O partido vendeu a solução dos problemas que ele mesmo criou.

A resposta para tal manobra novamente está em Gramsci. Ao dizer que o condottiero maquiavélico é a encarnação da vontade pública, ele logo em seguida dá o pulo do gato e diz que é necessário que o próprio Partido – e não uma única pessoa – se torne esse condottiero, mas não seguindo as vontades de fato públicas, mas criando novas necessidades que só sejam realizáveis pelo próprio Partido, de modo que ele próprio – o Partido – se torne a única possibilidade no horizonte e a encarnação mesma da vontade popular.

Diz Gramsci:

“O moderno Príncipe, desenvolvendo-se, subverte todo o sistema de relações intelectuais e morais; na medida em que o seu desenvolvimento significa de fato que cada ato é concebido como útil ou prejudicial, como virtuoso ou criminoso; mas só na medida em que tem como ponto de referência o próprio moderno Príncipe e serve para acentuar o seu poder, ou contrastá-lo. O Príncipe toma o lugar, nas consciências, da divindade ou do imperativo categórico, torna-se a base de um laicismo moderno e de uma laicização completa de toda a vida e de todas as relações de costume” [4].

É o que aconteceu em 2013: o movimento revolucionário vem há décadas criando os entraves socioculturais e há uma década os políticos. Chegamos ao ponto em que a única vontade disponível no horizonte de consciência do povo é a vontade que os atuais governantes querem que tenhamos, de modo que, como disse Olavo de Carvalho em A Nova Era e a Revolução Cultural, a instauração da última etapa de um regime totalitário vem a ser apenas um “orgasmo político”. Não é de se estranhar, portanto, que mesmo entre os bem intencionados e não-militantes, os pedidos eram por mais estado (mais educação, mais saúde, mais segurança, etc.). Tudo conforme o plano de poder do Partidão.

E ainda diz mais o ideólogo italiano sobre os protestos:

“Uma das condições de triunfo da revolução é a organicidade unitária e centralizada da psicologia popular, é portanto a existência da sociedade humana com uma sua configuração real e precisa. Era necessário um acontecimento pré-revolucionário que fizesse convergir simultaneamente a atenção das massas para os seus problemas e para as soluções que, em relação a estes problemas, propõem as várias correntes políticas.” [5].

Em outras palavras, a revolução gramsciana só prospera quando todos estiverem pensando da mesma maneira e as alternativas à revolução forem impensáveis por esse mesmo bloco, isto é, mesmo que haja uma genuína vontade de alternativas à revolução, os meios linguísticos e culturais já foram destruídos de tal modo, que não há sequer um repertório imaginativo para tal mudança.

A conclusão é temerosa: dada a estreiteza da cosmovisão do povo, em parte provocada pela revolução cultural gramsciana, dificilmente a presidência mudará de mãos neste ano de 2014. Esperemos então o avanço nas agendas abortistas, desarmamentistas e a ideologização cada vez maior do sistema educacional. Enfim, estamos a ver as últimas etapas do “orgasmo político” gramsciano. As últimas semanas não deixam dúvidas acerca disso.


Notas:
[1] termo usado pelo próprio Herbert Marcuse na obra O homem unidimensional para se referir às classes ditas oprimidas, que logo se organizaram em movimentos que hoje conhecemos por “movimentos de minoria”: feministas, abortistas, gayzistas, africanistas, etc.

[2] Antonio Gramsci, Escritos políticos, vol. II. “As eleições”, p. 73.

[3] op. cit. “Os revolucionários e as eleições”, p. 65. Grifo meu.

[4] Antonio Gramsci, Cadernos do Cárcere. Caderno 8. “O moderno príncipe”.

[5] Antonio Gramsci, Escritos políticos, vol. II. “Os resultados que esperamos”, p. 70.



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Leonildo Trombela Junior é jornalista e tradutor.

O surreal debate indígena



Vídeo em que comento a absurda tese que alguns antropólogos defendem de que ataques com flechas não são crimes pois são parte da cultura indígena. Falo ainda da simbiose entre tais "movimentos sociais" e o governo do PT.

A FARSA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS


CARTA AO LEITORLeia a “Carta ao Leitor” da VEJA que começa a chegar hoje aos leitores.

Une os governos de Lula e Dilma Rousseff o apoio ao que seus ideólogos chamam de “movimentos sociais”, que nada mais são do que grupos organizados para servir de massa de manobra aos interesses políticos radicais. O encarregado de organizar e manter vivos esses grupos é Gilberto Carvalho, que, de sua sala no Palácio do Planalto, atua como um ministro para o caos social. Essa pasta, de uma forma ou de outra, existe em todos os governos populistas da América Latina e se ocupa da cínica estratégia de formar ou adotar grupos com interesses que não podem ser contemplados dentro da ordem institucional, pois implicam o desrespeito às leis e aos direitos constitucionais. Ora são movimentos de índios que reivindicam reservas em áreas de agronegócio altamente produtivas e até cidades inteiras em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, ora são pessoas brancas como a neve que se declaram descendentes de escravos africanos e querem ocupar à força propriedades alheias sob o argumento improvável de que seus antepassados viveram ali. A estratégia de incitar esses grupos à baderna e, depois, se vender à sociedade como sendo os únicos capazes de conter as revoltas é a adaptação moderna do velho truque cartorial de criar dificuldades para vender facilidades.

Brasília assistiu, na semana passada, a uma dessas operações. Alguns índios decidiram impedir que as pessoas pudessem ver a taça da Copa do Mundo, exposta no estádio Mané Garrincha. A polícia tentou reprimir o ato, e um dos silvícolas feriu um policial com uma flechada. Atenção! Isso ocorreu no século XXI, em Brasília, a cidade criada para, como disse o presidente Juscelino Kubitschek no discurso de inauguração da capital, há 54 anos, demonstrar nossa “pujante vontade de progresso (…), o alto grau de nossa civilização (…) e nosso irresistível destino de criação e de força construtiva”. Pobre jK. Mostra uma reportagem desta edição que progresso, civilização e força construtiva passam longe de Brasília. As ruas e avenidas da capital e de muitas grandes cidades brasileiras são território dos baderneiros.


Há três meses, o MST, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mandou seus militantes profissionais atacar o Planalto. Gilberto Carvalho foi até a rua, onde, depois de uma rápida conversa, se combinou que Dilma receberia os manifestantes. “O MST contesta o governo, e isso é da democracia”, explicou Carvalho, o pacificador, que, com um dedo de prosa, dissolveu o cerco feroz. O MST é um movimento arcaico, com uma pauta de reforma agrária do século passado em um Brasil com quase 90% de urbanização e 80% da produção dos alimentos consumidos pelos brasileiros vinda da agricultura familiar. Por obsoleto, já deveria ter desaparecido. Mas Carvalho não permite que isso ocorra. O MST faz parte do exército de reserva e precisa estar pronto se convocado. Foi o que se deu na semana passada, quando João Pedro Stedile, um dos fundadores do movimento, obediente ao chamado do momento, atirou: “Só espero que não ganhe o Aécio Neves, porque aí seria uma guerra”. É impossível não indagar: contra quem seria essa guerra? A resposta é óbvia: contra a vontade popular e contra a democracia.

Decreto agride democracia representativa

Por Editorial - O Globo

É no Congresso que se criam mecanismos de participação da sociedade em decisões de governo. Criar esses instrumentos na base da canetada é golpe de gabinete

A democracia representativa, com a escolha dos representantes da sociedade pelo voto direto, bem como a independência entre os Poderes, é alvo prioritário do autoritarismo político. A desmontagem do regime representativo costuma começar pela criação de mecanismos de “democracia direta”, para reduzir o peso do Congresso na condução do país.

É por este ângulo que deve ser analisado o surpreendente decreto nº 8.243, baixado na sexta-feira da semana passada pela presidente Dilma, para criar a “Política Nacional de Participação Social — PNPS". O objetivo é subtrair espaço do Legislativo por meio de comissões, conselhos, ouvidorias, “mesas de diálogo”, conferências nacionais, várias novas instâncias a serem criadas junto à administração direta e até estatais, sempre em nome da participação social. Sintomático que a PNPS esteja subordinada ao ministro secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, representante dos ditos “movimentos sociais” no Planalto. Há várias surpresas no ousado ato. A primeira, rever o regime de democracia representativa por decreto.

Mecanismos de participação do cidadão em decisões de governo são um tema em debate no mundo, para se aperfeiçoar a democracia representativa. Plebiscitos e referendos têm sido usados com frequência em democracias maduras como a americana. Os próprios avanços tecnológicos no mundo digital são ferramenta importante para aproximar a sociedade do Estado. Mas não se avança nesta direção por decreto, algo como um golpe de Estado na base da canetada.

Outra surpresa, até pela ousadia, é que o decreto formaliza em lei a estratégia antiga de aparelhamento da máquina pública por aliados político-ideológicos do PT. Pois não é difícil imaginar os critérios pelos quais serão escolhidos os representantes da “sociedade civil” para participar de comissões, fóruns, mesas etc. Um dos resultados desta infiltração de partidos e grupos no Estado tem sido, cabe lembrar, casos de corrupção e desmandos, como os denunciados na Petrobras.

O sentido autoritário do decreto denuncia sua origem. Ele sai dos mesmos laboratórios petistas que engendraram a "assembleia constituinte exclusiva" a fim de fazer a reforma política — atalho para se mudar a Constituição ao bel-prazer de minorias militantes —, surge das mesmas cabeças que tentaram controlar o conteúdo da produção audiovisual do país via Ancinav, bem como patrulhar os jornalistas profissionais por meio de um conselho paraestatal. Tem a mesma origem dos idealizadores da “regulação da mídia”.

Além de tudo, a PNPS tornará ainda mais impenetrável a burocracia pública, já uma enorme barreira à retomada de investimentos. Ou seja, também na economia, o decreto vai na contramão de tudo o que o país necessita.

O assunto precisa ser discutido com urgência no Congresso e levado ao Supremo pelo Ministério Público e/ou instituições da sociedade.



Gestão do PT alimentou o maior esquema de corrupção da história do Brasil na Petrobras, revela revista.

Por CoroneLeaks (Coturno Noturno)
 
O imenso acervo das investigações da Lava Jato contém as provas inéditas que demonstram essa dimensão. A Polícia Federal encontrou as principais evidências quando fez apreensões num dos escritórios de Youssef e, especialmente, na casa de Arianna Bachmann, uma das filhas de Paulo Roberto. No caso dela, as provas estavam num notebook escondido no porta-malas do carro. Arianna era a principal funcionária de Paulo Roberto. Registrava em detalhes os negócios da família. Num dos escritórios de Youssef em São Paulo, a PF encontrou um arquivo com milhares de papéis. Eles trazem indícios de dezenas de episódios de corrupção, em muitos Estados e órgãos públicos. Eles se espelham perfeitamente com os registros sobre a Petrobras encontrados no computador de Arianna. Esses arquivos secretos revelam, entre outras coisas, que:

• Paulo Roberto chegou a ter 81 contratos, todos com fornecedores da Petrobras, quando saiu da estatal e montou sua empresa de consultoria. Há provas de que ele recebeu milhões de 23 empreiteiras, na maior parte das vezes sem prestar, segundo sugerem os documentos, qualquer serviço;

• o principal cliente de Paulo Roberto, segundo as provas da PF, era a empreiteira Camargo Corrêa. Ela liderava o principal consórcio das obras de R$ 20 bilhões da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Paulo Roberto comandara essas obras e presidia o Conselho de Abreu e Lima. Grande parte dos clientes que repassaram dinheiro à empresa dele trabalhava nessas obras;

• Paulo Roberto recebeu, em dinheiro vivo segundo a PF, o equivalente a R$ 6,4 milhões de Youssef e R$ 2,4 milhões do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, em reais, dólares e euros. Baiano o ajudava a fechar negócios com as empreiteiras e a manter boas relações com parlamentares do consórcio que o mantinha na Petrobras; e

• Youssef, o sócio de Paulo Roberto, mantinha uma subconta na Suíça em nome da principal subcontratada pela Camargo Corrêa para serviços na Abreu e Lima, a Sanko. Outra subconta de Youssef na Suíça recebia milhões de subsidiárias internacionais de empreiteiras brasileiras, entre elas a OAS.

Todas essas provas foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal há dez dias, logo após o ministro Teori Zavascki suspender as investigações da Lava Jato e mandar soltar Paulo Roberto. Não se sabe quando os ministros do Supremo decidirão o que fazer com o caso. Quanto mais tempo demorar, menores as chances de que delegados e procuradores avancem nas investigações. Paulo Roberto, é bom lembrar, foi preso porque sua família foi flagrada tentando destruir provas. Antes que os processos, que corriam no Paraná, fossem suspensos, Youssef e ele já eram réus, acusados de lavar dinheiro desviado, segundo denúncia do MPF, do contrato do consórcio da Camargo Corrêa em Abreu e Lima. Nesta semana, o Congresso finalmente criou uma CPI mista para investigar a Petrobras. As provas da Lava Jato oferecem aos parlamentares um bom roteiro de trabalho.


Num dos arquivos do computador de Arianna, a PF encontrou notas fiscais da Costa Global, empresa de consultoria da família, emitidas entre outubro de 2012 e fevereiro deste ano. Somam R$ 7,5 milhões, divididos entre duas dezenas de empresas – quase todas empreiteiras. A maior parte do dinheiro foi paga pela Camargo Corrêa: R$ 3,1 milhões. A Camargo fazia pagamentos mensais de R$ 100 mil. Em dezembro de 2013, fez o último e maior depósito: R$ 2,2 milhões. A Camargo diz que contratava a Costa Global para “fazer estudos”.

Arianna mantinha planilhas atualizadas com os contratos da Costa Global. Continham nomes de contatos e valores a receber. Se a Costa Global chegou a ter 81 clientes, por que há notas fiscais de apenas 23? Como Paulo Roberto recebia pelos demais? Era o que a PF tentava descobrir. A investigação traz evidências de que Paulo Roberto, como qualquer lobista, recebia um percentual do negócio obtido para seus clientes, conhecido como “taxa de sucesso”, do inglês “success fee”, um eufemismo para aquilo que todos conhecemos como propina. O caso da Camargo, segundo os registros da filha de Paulo Roberto, resume bem a situação: “O success fee será negociado separadamente para cada negócio”.

O estranho, segundo os investigadores, é a existência de contratos que não previam taxa de sucesso. Sem essa cláusula, o trabalho de lobby não faz sentido. Cruzando os nomes das empreiteiras que fizeram contratos nesses moldes com as anotações de Paulo Roberto, a PF chegou à suspeita de que eles se referiam, na verdade, à propina dos tempos em que ele ainda era diretor da Petrobras. Há indícios de que se referiam a acertos de contas. É o caso de contratos com empreiteiras como Engevix, Iesa, Queiroz Galvão e, num dos casos, também da Camargo. No caso da Queiroz, uma anotação da agenda de Paulo Roberto menciona o pagamento de R$ 600 mil. Metade para ele; a outra metade para o “partido”. Em março de 2013, meses depois dessa anotação, a Queiroz Galvão fechou um contrato de seis meses com a Costa Global para pagar R$ 100 mil mensalmente – mesmo valor anotado à mão na agenda de Paulo Roberto.

Num dos escritórios de Youssef em São Paulo, a PF apreendeu extratos de uma conta controlada por ele no banco PKB,  na Suíça. O PKB é um banco conhecido por aceitar qualquer tipo de cliente – de traficantes a políticos condenados por corrupção. Entre outras transações consideradas suspeitas pela PF, os extratos revelam que, em 2013, a OAS African Investments, empresa internacional do grupo OAS, sediada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, transferiu US$ 4,8 milhões para a conta de Youssef no PKB. Foram três depósitos de US$ 1,6 milhão, entre maio e julho.

Os documentos revelam que Youssef abrira, por meio de laranjas, uma subconta no mesmo PKB em nome da Sanko, empresa que mais recebera da Camargo por serviços nas obras da Abreu e Lima. Essa subconta tinha limite de US$ 1,4 milhão. Entre janeiro e fevereiro de 2014, ela recebeu cerca de US$ 1,1 milhão. Não há informação sobre quem depositou o dinheiro. Em seguida, Youssef transferiu grande parte dos recursos para contas em Hong Kong, também controladas por laranjas. Foram tantos os documentos da Sanko apreendidos com Youssef que os investigadores suspeitam que ele seja o dono da empresa. Entre 2009 e 2013, a Sanko recebeu R$ 113 milhões do Consórcio CNCC, liderado pela Camargo, por “serviços” em Abreu e Lima. E repassou R$ 32 milhões a uma empresa de Youssef.

As contabilidades de Youssef e Paulo Roberto são siamesas. Se Youssef registrava um pagamento a Paulo Roberto, Paulo Roberto registrava um depósito de Youssef. Em 8 de agosto de 2012, as planilhas dos dois trazem um pagamento de R$ 450 mil a Paulo Roberto. Dez dias depois, Paulo Roberto depositou R$ 120 mil, em espécie, na conta do advogado Eduardo Gouvêa. Gouvêa, dizem os papéis, é parceiro de negócios de Paulo Roberto.

No mesmo período, em 13 de agosto de 2012, Youssef anotou ter recebido R$ 1 milhão associado ao nome “Refap”, correspondente à décima e à décima primeira prestação de um total de 20 parcelas de R$ 500 mil – ou R$ 10 milhões. Duas semanas antes, a Petrobras oficializara a compra da Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul, conhecida como Refap. Até então, a Refap era uma sociedade entre a Petrobras e a espanhola Repsol. Em dezembro de 2010, quando Paulo Roberto ainda era diretor de Abastecimento, a Petrobras comprara a parte da Repsol por US$ 850 milhões. “Para a Petrobras, isso é importante porque não tínhamos possibilidade de ter uma sinergia completa entre a Refap e o sistema Petrobras, porque, sendo um consórcio, tinha uma posição diferente dentro da estrutura gerencial da empresa. Voltando a ser 100% da Petrobras, isso se refletirá em benefícios grandes para nós, em termos de atendimento do mercado e de colocação de petróleo nacional”, disse Paulo Roberto na ocasião. As duas parcelas de R$ 500 mil da “Refap” foram registradas como “entradas” de Youssef na planilha de Paulo Roberto. A PF suspeita que se trate de propina.

O advogado Gouvêa afirmou que recebeu o depósito de R$ 120 mil em dinheiro porque vendeu um barco, “por acaso”, a Paulo Roberto Costa. “Ele me confirmou o depósito na conta, e emiti o documento de venda dessa embarcação. Nem imaginava que tinha sido feito em dinheiro”, diz Gouvêa. Reuniões com Gouvêa são mencionadas na agenda de Paulo Roberto. Ele afirma que é amigo de Humberto Mesquita, ou Beto, genro que cuida da contabilidade de Paulo Roberto. “Conheço eles desde 1997, fui ao casamento dele (Humberto) com a filha do Paulo Roberto”, diz Gouvêa. “A gente fazia muita reunião, e às vezes Paulo Roberto estava presente. Humberto me pedia auxílio na área da advocacia. Mas era um auxílio assim, vamos dizer, de amigo. Porque nunca efetivamente cobrei nada pelos serviços que prestei a ele. Nunca tive uma relação contratual.” Gouvêa afirma não ter “relação próxima” com o lobista Fernando Baiano: “Fernando Baiano... Conheço de nome”.


As negativas das empreiteiras são abundantes. Muitas admitem ter firmado contratos com Paulo Roberto. Dentre elas, todas afirmam que nada deu certo, e o respectivo contrato foi logo desfeito. A acreditar no que dizem, Paulo Roberto era um fracasso como lobista, embora recebesse milhões pelos contratos.

Em nota, a Camargo Corrêa afirma que a Costa Global foi contratada para “desenvolver estudos nas áreas de óleo e gás, dentro da mais absoluta legalidade”. Não quis informar valores nem datas de pagamentos. O consórcio CNCC, controlado pela Camargo e responsável pelas obras em Abreu e Lima, afirma que “não tem e jamais teve qualquer relação com essas pessoas ou empresas citadas”.

A Sanko-Sider diz, também em nota, que “não tem nem nunca teve conta no exterior”. Admite ter contratado a Costa Global “para a prestação de serviços de consultoria relacionados à venda de projetos”, embora não informe quanto pagou a Paulo Roberto. “O contrato foi rompido de forma amigável após curto período, tendo em vista a inexistência de resultados”, diz a Sanko. “Os contratos das empresas do grupo Sanko são estritamente legais e comerciais.”

A Iesa admite ter pagado R$ 300 mil à Costa Global. “Foram realizadas diversas reuniões com a Costa Global e com empresa de engenharia conceitual, e identificados potenciais parceiros fornecedores de tecnologia para o fornecimento de minirrefinarias modulares”, diz a Iesa, sem mencionar se os negócios deram certo. A GDK é a única empreiteira que confirma ter contratado Paulo Roberto para obter negócios e ter se disposto a pagar taxas de sucesso. Forneceu detalhes dos pagamentos à Costa Global. Diz que nenhum negócio prosperou e, diante disso, resolveu cancelar o contrato. “A GDK solicita que seja mencionada sua perplexidade com a associação do seu nome à referida Operação Lava Jato”, afirma. E nega qualquer irregularidade.


A Engevix afirma apenas que teve contrato com a Costa Global, sem dar maiores explicações. O lobista Fernando Baiano e as empreiteiras Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão – as duas cujos diretores, segundo os papéis da PF, mantinham relações próximas com Baiano – preferiram não se manifestar. O advogado de Youssef, Antonio Figueiredo, afirma que seu cliente não tem qualquer vínculo com empreiteiras, não recebeu dinheiro delas e não tem contas no exterior. O advogado de Paulo Roberto não respondeu ao pedido de entrevista de ÉPOCA até a publicação desta reportagem.

“Oposição”, juristas e militares (ainda não corrompidos) reagirão ao golpe do Decreto 8243? Quando?

 
Os supostos candidatos de “oposição” Aécio Neves e Eduardo Campos, junto com políticos, juristas e militares ainda não corrompidos, estão devendo uma reação enérgica ao teor e intenções totalitárias do Decreto 8.243, baixado pela Presidenta Dilma Rousseff, em 23 de maio de 2014 e publicado no Diário Oficial da União do dia 26. A canetada institui a “Política Nacional de Participação Social” e o “Sistema Nacional de Participação Social”. Tudo baixado na véspera da “Copa do Jegue”, para diluir críticas em tempos de ufanismo futebolístico.

Na grande mídia amestrada apenas o Estadão, em editorial no dia 29 de maio, criticou a aberração jurídica de Dilma – que resolveu modificar, na marra, o sistema brasileiro de governo, emprestando-lhe características originais dos modelos comunista (soviético e cubano), nazista (alemão) e fascista (italiano). O Decretão da Dilma, já em vigor, é essencialmente inconstitucional. Quem vai dirigir o novo sistema de governança é a Secretaria Geral da Presidência da República.

A PNPS e o SNPS – os velhos stalinistas adoram siglas – instauram mecanismos da chamada “democracia direta” no Brasil. Trata-se da consagração da República Sindicalista do Brazil. O modelo pseudodemocrático consiste na legitimação do aparelhamento da máquina estatal pela chamada “sociedade civil organizada”. Os indicados (eleitos) pelos “movimentos sociais” terão assento e poder direto de gestão em "todos os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta", e também nas agências reguladoras, através de conselhos, comissões, conferências, ouvidorias, mesas de diálogo, etc.

O esquema obedece ao velho projeto das esquerdas para a América Latina. Tal plano andava meio atrasado no Brasil da esculhambação improvisadora e do descompromisso com prazos. Em quase 12 anos de poder federal, os petistas só haviam avançado no aparelhamento parcial da máquina pública federal. Tal ocupação se deu de três formas – todas bastante lucrativas.

A primeira pelas nomeações temporárias para funções públicas (cargos em comissão bem remunerados que, além de poder direto, geram um alto salário mensal que reverte um “dízimo” para o aparelho partidário petista). A segunda pela facilitação ao ingresso dos petistas na máquina dos três poderes (principalmente no Ministério Público e no Judiciário) através de concursos públicos (em tese, acima de qualquer suspeita).

A terceira (sem trocadilho) pela terceirização de mão-de-obra na administração direta ou nas estatais de economia mista – que se transformou na maior fonte de pagamento do chamado “mensalão”. As empresas ou associações terceirizadas repassam, periodicamente, a um grupo ou partido, um percentual do valor pago pelo poder público.

O dinheiro faturado nessa terceira modalidade de aparelhamento estatal tem vários destinos. Acaba esquentado em doações de campanha. Também é lavado quando é ilegalmente enviado ao exterior e retorna ao Brasil como suposto “investimento estrangeiro direto” na aquisição de grandes ou lucrativas empresas. Tais operações bilionárias são investigadas pela Operação Lava Jato.

Já com os cofres lotados de dinheiro, o que colabora para a conquista da “hegemonia econômica”, agora o projeto petista de poder foca na tentativa de garantir a “hegemonia política”. Para isso, servirão a PNPS e o SNPS. A consolidação da “participação social direta como instrumento de exercício de governo” é o instrumento que faltava aos petistas para dominar a máquina estatal – estando ou não na Presidência da República ou no comando das duas casas do Congresso Nacional.

O Decreto 8.243 é um golpe branco no questionável sistema representativo brasileiro instituído pela Constituição de 1988 – há muito tempo em frangalhos. A criação dos canais paralelos de poder consolida o velho sonho petista de domínio do Estado. Como o PT manipula, controla e subvenciona (com dinheiro público) os tais “movimentos sociais”, fica fácil perceber quem vai dar as cartas no “Estado Novo Petralha”.

O monstrengo institucional, Decreto 8243, não pode ser imposto, goela abaixo, sem uma reação dos segmentos esclarecidos da sociedade brasileira. Quem não reagir a este estelionato institucional vai rastejar. O golpe já foi dado, antes da quase certa derrota eleitoral em outubro ou novembro. Aliás, com esta armação, nem precisa de eleição. O PT consolida seu poder antecipadamente, perdendo ou ganhando.

Pequena reação

 

O Estadão, em editorial em 29 de maio, “Mudança de Regime por Decreto”, detonou o caso, que agora precisa ser respondido pela “oposição”, pois a maioria esclarecida na internet não aprovou a recente safadeza dos petralhas de espírito totalitário.

Será que o jornalismo de entretenimento da Rede Globo teria coragem de criticar tal Decreto 8243 no Jornal Nacional – ou isto seria pedir demais?

Julgamento secreto

Muitos babaquinhas de esquerda têm a ousadia idiota de comemorar a retrógrada decisão do Supremo Tribunal Federal de não mais transmitir julgamentos de “natureza política”.

Não será isso que vai acabar com a tendência espetaculosa de alguns ministros que vestem a toga da vaidade suprema para trabalhar.

Mas o segredinho contribuirá para a ausência de transparência que pode permitir que a Corte, em algum momento infeliz, tome decisões contrárias ao interesse do cidadão e da sociedade, sem que ninguém tome conhecimento.

Mora bem, o Chico...

 

Foto de onde fica o apartamento do cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, na Ile Saint Louis em Paris, com vista de frente para o Rio Sena.

Os gaiatos da internet estão implicando com o esquerdista Chico, gozando que seu guru Karl Marx adoraria expropriar aquela propriedade privada avaliada em R$18.500.000,00 ou RS$61.000,00 por metro quadrado.

No seio da petralhada, deve ter muitos querendo curtir a vida do mesmo modo que o socialista mais charmoso do Brasil...

Princípios de quê?

 

O chapolin Colorado Rui Falcão, que preside o PT, é forte concorrente ao prêmio de humorista do ano.

É dose para mamute alegar que o acordo político fechado pelos petistas com o velho inimigo Paulo Maluf é “uma aliança com princípíos”.

Só resta indagar aos petistas se os tais princípios têm mais a ver ou não com os meios ou com os fins...

Pecado Censurado

A moralista Motion Picture Association of America censurou um ousado cartaz de divulgação do filme “Sin City – A Dame to Kill for” (Cidade do Pecado – Uma dama para ser morta, que por aqui será traduzido, oficialmente, como Sin City: A Dama Fatal).

O veto não foi causado pelo fato de a bela atriz Eva Green posar com um revólver calibre 38.

Mas sim por que Eva aparece de blusão branco quase transparente, sem sutiã, segundo os censores da MPAA, exibindo a “curva de nudez sob o seio e circulo do mamilo/auréola visível através do vestido”.

Jeguices

 

Legado da Copa do Jegue

 


Torcer ou compactuar?

É preciso fazer uma cesariana para extirpar o comunismo da Fiocruz


Não sou médico nem mulher. Logo, não pretendo entrar no mérito em si da questão “cesariana versus parto normal”. Deixo isso para os que entendem mais do assunto. O que sei é que há claramente um fator ideológico poluindo o debate, justamente por parte daqueles que não entendem do assunto, e que os médicos têm se tornado os bodes expiatórios do atual governo.

E pule de dez: basta colocar a lupa e lá estarão as impressões digitais da Fiocruz, que virou um verdadeiro antro de doutrinação ideológica, um instrumento partidário totalmente desvinculado de suas funções básicas e originais. A Fiocruz virou uma máquina de produzir ideologia em vez de vacina.

Em recente pesquisa, a Fiocruz trouxe à tona o tema das cesarianas. Mas a Associação de Ginecologia Obstetrícia do Rio de Janeiro já se manifestou, mostrando a falta de critérios científicos dessa pesquisa, como tem sido de praxe na Fiocruz. Segue um trecho da carta que será publicada pelos representantes dos obstetras, e que foi enviada em primeira mão a este blog:

Os resultados da pesquisa “Nascer no Brasil” divulgados hoje com grande pompa pela FIOCRUZ mostram como sempre conclusões claramente contra os médicos obstetras e contra a cesariana com uma ideologia bastante enviesada nesse sentido. Isso começa a ter repercussão na qualidade e confiança dos estudos divulgados por essas instituições. Mais importante ainda esse cuidado após pesquisa do IPEA (outro órgão governamental) mostrar em seus resultados inicialmente liberados que a maioria da população brasileira era a favor de atacar mulheres que se vestem mostrando o corpo e depois virem a público com novos dados. Verbas imensas com valores de muitos milhões de reais são liberadas pelos institutos públicos de fomento brasileiros para pesquisas sobre desfechos relacionados à via de parto e os grupos que ganham os editais são, na maioria das vezes, os mesmos. Os resultados, antes mesmo dos estudos serem iniciados, já se sabem que serão contrários aos médicos obstetras. As conclusões, por vezes, são completamente discordantes dos resultados mostrados pelos estudos ou não têm embasamento e poder para tal assertiva.

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O governo usa essa cortina de fumaça contra a cesariana e os médicos para esconder a precariedade do sistema público de saúde notória. Retirar o médico da assistência e diminuir as taxas de cesarianas é uma forma de diminuir gastos em detrimento da saúde dos brasileiros. Impressionante como no atual momento ONGs de feministas são mais ouvidas em questões técnicas em relação ao parto que as associações científicas da ginecologia e obstetrícia. Mais que um absurdo que coloca em risco a população, isso é um desrespeito com os profissionais obstetras do Brasil. Recentemente, uma reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara sobre temas relacionados a partos de onde saiu um projeto de lei sobre o tema não chamou qualquer entidade representativa dos ginecologistas-obstetras. O resultado disso foi um Projeto de Lei completamente absurdo que se aprovado da forma como está colocará em risco as gestantes do Brasil.

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O aumento das cesarianas no Brasil vem sendo acompanhado por diminuição das taxas de mortalidades materna e neonatal nas últimas décadas. Embora não tenhamos como assumir associação causal, não podemos esquecer esse dado. Esse cuidado de não se assumir associação causal sem provas não existe entre os detratores dos médicos obstetras que teimam em relacionar aumento de prematuridade com a taxa de cesarianas, embora os estudos deles nem de longe permitam essa assunção.

Importante também lembrar que a Coreia do Sul que tem taxas similares às do Brasil na quantidade de cesarianas tem uma das menores mortalidades maternas do mundo, juntamente com o Japão.

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Querem tirar o direito das brasileiras pobres de escolherem sua via de parto. Mas se sabe que as abastadas podem e geralmente escolhem a cesariana como via de parto. Não à toa as taxas próximas de 90% de cesarianas em hospitais privados. A própria filha da Presidente da República teve seu parto por cesariana em hospital privado feito por médica obstetra com sua mãe no exercício da Presidência. O desfecho foi perfeito tendo resultado em um menino saudável que é o grande xodó da Presidente.

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Clamamos para que os estudiosos de saúde pública do Brasil que nos trouxeram tantas pesquisas de qualidade nas mais diversas áreas tenham um pouco mais de imparcialidade nessa área tão importante para que possamos realmente compreender melhor nossa realidade e buscarmos soluções conjuntas que sejam efetivas e não embustes para que os obstetras e a população voltem a confiar nos resultados dos estudos sobre esse tema e, principalmente, para que esses estudos tenham utilidade prática pois as nossas taxas de cesarianas somente sobem nas últimas décadas. É importante destacar que a FIOCRUZ que tem tantas áreas de excelência na pesquisa de doenças naturais com programas de pós-graduação com nota máxima pela CAPES (nota 7) tenha nota 4 no programa de Saúde da Mulher. A FIOCRUZ, recentemente, foi acusada pelas associações de agrotóxicos por lançar pesquisas com viés ideológico. Recentemente, a FIOCRUZ contratou um instituto de pesquisa para avaliar sua confiabilidade pela imprensa. Algo inimaginável tempos atrás. Acreditamos que essa importante instituição tenha que adotar uma nova postura.

Pedir imparcialidade da Fiocruz dos dias de hoje é pedir por um milagre! E o pior é que parte da mídia adota a mesma postura. O diretor da SGORJ, Raphael Câmara, foi entrevistado na Globo News. Mas reparem como a entrevistadora Leilane Neubarth vestiu o papel de ativista e o impediu de concluir qualquer tipo de raciocínio. Isso é uma entrevistadora? Não pareceu. Era uma ativista com uma causa, tentando extrair a fórceps do entrevistado concordâncias robóticas, nada mais.

A SGORJ já também publicou uma carta contestando a reportagem do jornal do mesmo grupo sobre o excesso de cesarianas. O que podemos verificar é que um importante assunto vem sendo tratado como bandeira ideológica, não como algo que deva ser debatido de forma mais isenta e por especialistas, sem deixar de lado jamais a liberdade de escolha das próprias mulheres.

Se o parto normal é melhor ou pior do que a cesariana, eu não sei dizer. Creio que depende muito de cada caso, apesar de julgar como balela o viés mais naturalista de algumas pessoas, que tendem a rejeitar qualquer avanço da ciência (mas duvido que, na prática, rejeitem uma anestesia na hora de tirar um dente). Mas de uma coisa eu sei: está na hora de fazer uma cesariana na Fiocruz e extirpar dela todo o comunismo enraizado lá dentro!

FALSO PARTIDO

Por Aileda de Mattos Oliveira

O PT não age como um partido político regular; movem-no outros interesses. É um núcleo onde se concentram cabeças comprometidas com o processo de sufocamento do Estado, pelo método da falência moral das instituições fundamentais que o sustentam: a Família, a Escola, a Igreja.

Esses três pilares já estão minados nas suas bases, sem que pais, professores e sacerdotes saiam na defesa de suas fundações. A acomodação é gêmea da covardia.

Não há como negar que esse suposto partido seja um centro onde se desenvolvem e se determinam maquiavélicas medidas de prostituição dos Órgãos que dinamizam a vida do País, como obstáculos a seu natural avanço em direção aos planos intelectual, ético, tecnológico e científico, forçando-o a manter-se no marasmo de um gigante apedeuta.

A demolição do Estado, por vias do esfacelamento institucional, torna-se aparente paradoxo, quando se sabe que o objetivo é centralizar nas mãos desse núcleo o poder absoluto, tendo em vista que a velha ideologia de esquerda se aliou à filosofia de fragmentação do Sistema para consolidar a concentração do poder. Jacques Derrida* não me deixa mentir.

Temos que nos lembrar de que o PT já pôs em execução, como norma legal do partido, a anarquia, que institui a negação de qualquer princípio de autoridade, principalmente, o referente às Forças de Segurança.

É no seio da filosofia da negação dos valores; da Constituição; da hierarquia; mas, pela manutenção da impunidade; do código penal em desacordo com o alto grau de delinquência, e da permissividade dos atos de vandalismo, que foram criadas as diretrizes desse centro antinacional para a tomada do poder. Portanto, o paradoxo não existe.

A prática dos ‘cubanoides’ contra a Nação brasileira, apesar de conhecida, tenta, pela reiteração de seus atos, de suas mentiras, fazer crer à população soterrada de benesses populistas que, se há repetição, há verdade. Prática alimentada pela ‘oposição’ prevaricadora.

Para quem vive da produção de filhos, mantendo-se à custa do contribuinte, de posse de um cartão social com o nome fantasia de “bolsa-família”, desde que não tenha que ir à luta para devolver aos cofres públicos o que foi desviado do coletivo para favorecê-lo, pouco importa de que lado esteja a verdade dos fatos.

Foco de traidores; de corrupção da linguagem, marca do travamento intelectual de seus agentes; de repúdio às datas magnas; do apagamento de qualquer vestígio de ligação ao passado, remoto ou recente; esse centro deve ser destruído nas suas bases como um dever que cabe a todo brasileiro digno que não se deixou contaminar pelos excrementos doutrinários e filosóficos dessa máfia de escroques sadomasoquistas.

É dever de todos os que estejam enquadrados nessa faixa de conscientização política e de respeito ao País, unirem-se em favor desta Pátria já nos últimos estertores.

O PT não é um partido, é um centro de manipulação de consciências que torna inviável a salvação da geração que está chegando, por encontrar não um País que a acolherá, mas um território devastado pela corrupção, doença inoculada no Estado, sem ainda um antídoto eficaz, mas conhecida como meritocracia petista.




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*Filósofo desconstrutivista, idos de 1960.

Joaquim Barbosa estava marcado para morrer.

Petista Sérvolo de Oliveira e Silva, um dos que 
ameaçaram Joaquim Barbosa de morte, está sendo investigado.
“Ele chegou ao seu limite. Não aguentava mais. Cansaço físico e consciência do dever cumprido. Duro e triste o dia de hoje (ontem). Mas sinto-o aliviado pela decisão.” O desabafo é do chefe de gabinete da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), o diplomata Sílvio Albuquerque Silva.

Ele se emocionou ao falar sobre o anúncio da aposentadoria, na quinta-feira, feito pelo presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa. — Havia ameaças de morte, com telefonemas para o gabinete e a casa dele, com frases covardes como: “Sua hora está chegando” — relatou o diplomata, na tentativa de explicar o inesperado gesto do presidente do Judiciário brasileiro.

Barbosa podia ficar mais 10 anos no STF, já que a aposentadoria compulsória se dá quando se completa 70 anos. Aos 59 anos, ele deixará o STF no final do mês que vem.

Em nota, a Secretaria de Comunicação do STF informou que as razões da aposentadoria de Barbosa são de “foro íntimo” e destacou que o chefe de gabinete da Presidência do STF não deu entrevista sobre o tema para nenhum veículo de comunicação. O jornal A Tarde, porém, confirmou a informação, dada ao colunista Adilson Borges.

A Polícia Federal já concluiu um dos inquéritos sobre ameaças de morte contra Joaquim Barbosa, mas por requisição do Ministério Público Federal teve que reabrir o caso e aprofundar a apuração. Há duas semanas, o procurador da República Francisco Guilherme pediu que a polícia verifique a identidade e os vínculos partidários de Sérvolo de Oliveira e Silva, apontado como um dos autores das ameaças contra Barbosa.

Sérvolo foi identificado como secretário de Organização do PT do Rio Grande do Norte. Mas, para o MP, a polícia teria se baseado em informações da imprensa, o que não poderia se configurar como prova em um eventual processo judicial. O inquérito foi aberto em fevereiro, a partir de uma reclamação do presidente do STF, e não tem prazo para ser relatado em caráter definitivo. Por lei, o MP pode pedir o aprofundamento das investigações quantas vezes achar necessário. (O Globo)

Economia empaca, mas gênios palacianos prometem liberar fortunas para financiar automóveis


carro_26Burrice vermelha – Muito antes de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, divulgar o pífio crescimento do PIB no primeiro trimestre do ano (0,2%), o Palácio do Planalto já sabia do caos que se instalara na economia no período. Os palacianos também já sabiam que a indústria automobilística ajudou a puxar para baixo o crescimento econômico nacional, reflexo da crise que afeta o setor, decorrente da cautela dos endividados e inadimplentes consumidores brasileiros e a queda nas importações de veículos por parte da Argentina.

Nos últimos anos, o Mercosul deixou de ser um bloco econômico e assumiu a postura de um grupelho de esquerdistas fanfarrões que adoram se lambuzar nas benesses do capitalismo, desde que esses mimos sejam financiados pelo suado dinheiro do contribuinte. Enquanto discutia com a tresloucada Cristina de Kirchner a implantação do comunismo na América Latina, como forma de prestar contas aos irmãos-ditadores de Cuba, a petista Dilma Rousseff deixou as questões econômicas brasileiras de lado – ou a cargo de incompetentes assessores –, não se importando com a movimentação de outros países, que trataram de fechar acordos bilaterais importantes.

No momento em que a economia nacional empaca porque, entre algumas desculpas esfarrapadas, a Argentina deixou de comprar carros brasileiros, fica provado que Dilma é um monumento à incompetência. Até porque, somente um governante irresponsável e amalucado é capaz de ter na Argentina a sua tábua de salvação da economia de uma nação.

Fórmula fracassada

Com os pátios das montadoras lotados de carros novos e diante da possibilidade de uma onda de demissões, o desgoverno do PT acena com a possibilidade de despejar pelo menos R$ 5 bilhões no mercado para financiar a aquisição de carros novos. A operação deve se dar por meio dos bancos das montadoras, que respondem por 60% dos financiamentos, e usará recursos do chamado depósito compulsório, dinheiro que as instituições financeiras são obrigadas recolher ao Banco Central.

O Palácio do Planalto repetirá o erro cometido por Lula em 2008, quando o petista apostou no consumismo como forma de neutralizar os efeitos colaterais da crise internacional. A medida adotada por Lula, que deveria ser pontual e de curto prazo, acabou se estendendo e avançou pelo governo de Dilma Rousseff. Acontece que a Receita Federal conta com o fim da redução do IPI dos automóveis para o próximo mês, o que não deve ocorrer por causa da crise no setor.

Em relação ao estímulo que será dado às montadoras, Dilma cometerá o mesmo equívoco do seu antecessor, pois o Brasil não mais precisa de carros novos entupindo as vias das cidades, mas investimentos maciços em transporte público, algo que sempre bambeia entre o discurso palanqueiro e o projeto, sem qualquer avanço posterior.

Sem qualquer atenção por parte dos governantes para o transporte público, as grandes cidades brasileiras correm o sério risco de mais uma vez serem alvo de enxurradas de carros novos, sem que a malha viária urbana tenha condições de suportar tal impacto. Em São Paulo, a maior e mais importante cidade do País, os índices de congestionamento são inimagináveis, alcançando muitas vezes mais de 500 km no horário de pico noturno.

Tão populistas quanto incompetentes, os petistas insistem em pegar carona na teoria esdrúxula de que país desenvolvido é aquele em que o pobre tem um carro na garagem, quando na verdade é o que atrai o rico para o transporte público. Como o consumo das classes mais baixas ficou represado durante anos, a camarilha palaciana se aproveita desse fato para permanecer no poder na condição de salvadores da pátria. Enterraram a nação de maneira escandalosa, mas continuam sendo idolatrados como Messias. Como disse certa feita o malandro Lula, “nunca antes na história deste país”.

Depoimento de um Ex-Agente da KGB sobre o regime socialista


Entrevista dada pelo ex-agente da KGB Yuri Bezmenov, ou Tomas Schuman (nome adotado depois da Deserção).
Tracem um paralelo sobre o que este homem diz (ele foi um agente desta transformação, enquanto jornalista do Novostia Press), e o que vivenciamos hoje no Brasil. Ouçam e meditem sobre cada palavra dita porque, talvez, ainda tenhamos alguma chance de sobrevivência se levarmos isto a sério.

Cenário político e econômico brasileiro – Fashion Monday


Segue, após alguns meses de atraso, a palestra que fiz no Fashion Mall sobre o cenário político e econômico brasileiro, com direito ao longo trecho de bate-papo com a plateia ali presente: