quarta-feira, 11 de março de 2015

Barusco diz que corrupção na Petrobras foi institucionalizada a partir de 2004

Oitiva com Pedro José Barusco Filho, ex-gerente da Petrobras e delator da Operação Lava Jato, da Polícia Federal
Pedro Barusco (C): "Muita documentação foi destruída antes da delação, mas o trabalho de coletar provas vai 
prosseguir. Eu simplesmente falei o que sabia." (Nilson Bastian/Câmara dos Deputados)
Delator na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Pedro Barusco se recusou a responder sobre propinas recebidas por ele antes de 2004, por, segundo ele, ainda ser objeto de investigação pela Justiça.

O ex-gerente de Tecnologia da Petrobras Pedro Barusco disse que a corrupção na empresa petrolífera estatal foi institucionalizada a partir de 2004, durante o Governo Lula.

Ele acusou o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, de ter recebido algo entre 150 e 200 milhões de dólares em propinas em nome do partido a partir de 2004. A propina teria sido paga por empresas contratadas pela Petrobras.

Durante audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, Barusco fez uma distinção entre a propina recebida antes e depois de 2004. Segundo ele, a partir de 2004 a propina recebida de empresas contratadas pela estatal era “institucionalizada”, ao passo que, antes disso, os pagamentos foram feitos a ele em caráter pessoal.

Barusco afirmou, em mais de cinco horas de depoimento, que essa quantia destinada ao PT é uma estimativa, baseada no cálculo de repartição da propina feito entre ele, Vaccari e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque. Ele disse que metade do dinheiro repassado pelas empresas contratadas era dividida entre ele e Duque. A outra metade ficaria com Vaccari. Os percentuais variavam um pouco em algumas operações.

Ele admitiu não ter como afirmar que Vaccari repassava essa quantia ao PT e disse não ter provas do pagamento de propina ao partido. “Muita documentação foi destruída antes da delação. O trabalho de coletar provas vai progredir. Eu simplesmente falei o que sabia”, disse. E acrescentou: “Eu não sei quem deu procuração para Vaccari operar (o esquema). Só sei que ele operava”.

Ao responder perguntas do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), ele mencionou os partidos destinatários da propina. “Até onde eu sabia a propina ia para o PP, o PMDB e o PT”, disse.

Devolução de US$ 97 bi

Barusco ratificou à CPI o teor dos depoimentos que prestou à Justiça Federal no processo de delação premiada originado da Operação Lava Jato. Ele repetiu que está devolvendo US$ 97 milhões guardados em contas em bancos no exterior, fez uma relação dos bancos com os quais operava, mencionou alguns dos operadores que intermediavam as propinas entre ele e as empresas, admitiu a existência de um cartel de empreiteiras e estaleiros e deu detalhes das operações da empresa privada Setebrasil, criada em 2011 para construir sondas de perfuração que seriam usadas na exploração do petróleo do pré-sal.

Barusco se disse aliviado por ajudar no repatriamento do dinheiro que possui em contas no exterior. Ao responder uma pergunta do relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), ele disse que entrou em “caminho sem volta”. ”Eu tive a fraqueza de começar. Primeiro, eu fiquei feliz (com as contas no exterior) e isso virou um pânico. Agora estou aliviado por estar ajudando na repatriação. Eu não recomendo para ninguém. É muito doloroso”, disse.

Críticas do PT

Mas ele não quis entrar em detalhes a respeito do esquema de propina existente antes de 2004, depois de ter admitido, em depoimentos judiciais, ter recebido dinheiro sistematicamente entre 1997 e 2003 da empresa holandesa SBM. “Eu estou sendo investigado pelo Ministério Público e pela justiça holandesa por este caso e não posso falar”, justificou.

A recusa provocou críticas da bancada do PT na comissão. Os deputados Maria do Rosário (PT-RS), Valmir Prascidelli (PT-SP) e Jorge Solla (PT-BA) queriam saber como funcionava o esquema de pagamento de propina antes de 2004, ou seja, antes do governo Lula.

“Os partidos como o PSDB estão gostando deste depoimento em que o depoente não explica tudo e diz meias verdades. Ele não sabe para onde foi o dinheiro e não quer explicar se tem interesses em empresas internacionais”, disse a deputada Maria do Rosário. Em nota oficial, após a reunião da CPI, o PT negou as acusações de Pedro Barusco




CPI PETROBRAS
Audiência Pedro Barusco

PARTE 1



Nesta primeira parte temos discussões e questionamentos que precederam o depoimento de Pedro Barusco.


PARTE 2



Agora vem a parte que interessa - depoimento de Pedro Barusco.


PARTE 3





Fonte: YouTube/Câmara Federal

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Moeda americana dispara de novo e ultrapassa R$ 3,10. Protestos preocupam Planalto e Dilma aciona Mercadante. Na CPI da Petrobras, depoimento de Pedro Barusco é aguardado. Acompanhe as principais notícias desta noite com Joice Hasselmann e a equipe de reportagem de VEJA.

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País Civilizado é outra coisa...
Armas são as atrações de novo parque temático da Flórida

A cidade de Kissimmee, na Flórida (EUA), inaugurou em meados de fevereiro uma diferente atração, atendendo ao gosto e a cultura do público norte-americano: o primeiro e único do mundo parque temático voltado para as armas.

O Machine Gun America oferece aos visitantes experiências com diversas opções de armas, automáticas e semi-automáticas, além de níveis variados de dificuldade. Entre as atrações, existem simuladores de treinamento militar e pistas de tiro com temas variados: de 007 a Faroeste, passando por -abate de zumbis e caça a Osama Bin Laden, os visitantes se divertem atirando em alvos que podem ser levados para casa após a atração. Outra experiência, chamada "automatic divas", tem a intenção de despertar o lado "mulher fatal" das visitantes do sexo feminino.

O foco é proporcionar aos turistas uma forma inédita de experimentar armas de fogo de forma segura. De acordo com Wes Doss, diretor de segurança e treinamento do parque, em todas as fases do parque, existem medidas de segurança. Um oficial treinado e certificado acompanha cada turista, que o supervisiona e decide qual tipo de armamento o visitante vai utilizar.

O parque pode ser frequentado por quem nunca disparou na vida, mas é vetado para menores de 13 anos e não permite consumir bebidas alcóolicas em seu interior. Também não é permitido levar a própria arma de fogo.

Segundo o presidente da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (Aniam), Salesio Nuhs, o inovador empreendimento reacende o debate sobre a cultura da sociedade americana. "É a prova de que os americanos agem de maneira natural quando o tema é o direito do cidadão de manusear uma arma. Este tipo de iniciativa atua para derrubar dogmas com relação ao acesso controlado e seguro às armas de fogo. É possível", afirma.


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