terça-feira, 8 de julho de 2014

Joaquim Barbosa adia sua aposentadoria


O Ministro Joaquim Barbosa adiou para agosto a sua aposentadoria. O pedido de adiamento foi feito ontem (07/07/2014)  ao Ministério da Justiça, e a nova data será dia 6 de agosto.

Segundo Barbosa, a nova decisão que surpreendeu o Ministério da Justiça, além de colegas do STF, foi tomada para garantir uma transição tranquila para a gestão do vice-presidente do tribunal, Ricardo Lewandowski.

Com isso ficam postergados todos os procedimentos que Ricardo Lewandowski estava tomando para a transição, que se daria durante o recesso do Judiciário.

As mudanças e dezenas de nomeações à cargos de confiança só se realizarão após o recesso do STF, que ocorrerá no segundo semestre.


DIRCEU OUVE PROTESTO AO FIM DE SEU PRIMEIRO DIA DE TRABALHO

Ex-ministro foi hostilizado por um cidadão no 1º dia de trabalho externo.

José Dirceu chegou cedo ao trabalho, 
mas teve de ouvir queixa indignada de uma pessoa
Após seu primeiro dia de trabalho externo, o ex-ministro José Dirceu ouviu de uma pessoa que trabalha no edifício onde fica o escritório do advogado José Gerardo Grossi: “Fala sério, José Dirceu, o crime vale a pena”. Rodeado de repórteres, Dirceu não fez nenhuma declaração. O escritório de advocacia onde ele começou a trabalhar nesta quinta-feira, 3, fica a cerca de quatro quilômetros do Palácio do Planalto, em prédio ao lado da Esplanada dos Ministérios.

O ex-ministro chegou pela manhã, pouco depois das 8 horas, e deixou o local às 18h04, em uma caminhonete de luxo, como passageiro, falando ao celular. O salário mensal de Dirceu será de R$ 2,1 mil.

Dirceu estava preso desde novembro do ano passado e esta semana foi transferido do presídio da Papuda para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP), ambos no Distrito Federal. No CPP ficam os presos com autorização para trabalhar fora da cadeia. Dirceu foi condenado a pena de 7 anos e 11 anos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão.

Apresentação da Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais na Escócia.



Confusão entre país e seleção esconde o inegável fracasso da Copa

Por José Maria e Silva

O balanço da Copa é, sem dúvida, totalmente negativo. O país gastou o que não podia; o investimento privado não veio; as obras estruturais não saíram das planilhas; os voos ficaram aquém do esperado; o comércio vendeu menos do que no Dia das Mães; obras foram feitas a toque de caixa, irresponsavelmente, chegando a cair um viaduto em Belo Horizonte.
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Definitivamente, a aposentadoria precoce do ministro Joaquim Barbosa, do Supremo, comprova que o Brasil é um país sem heróis. E o Hino Nacional Brasileiro, apropriado pelo futebol, é o retrato desse país “de menor”, que jamais alcança a maioridade moral e se coloca diante da vida como uma torcida organizada. A própria noção de patriotismo nada tem a ver com o país em si, mas com uma disputa futebolística que ocorre de quatro em quatro anos, embalada pelo Hino Nacional, que, por sinal, reflete, sem querer, os defeitos da nação. Seus versos iniciais transformam o mero córrego do Ipiranga num grande Nilo tropical, que banha a própria nação, e ainda enaltece o brado retumbante do povo heróico que vive às suas margens.

Todavia, o poeta Osório Duque Estrada logo se contradiz e, numa espécie de ato falho, chama o Brasil de “gigante pela própria natureza”, como se confessasse que nele habita uma humanidade anã que não merece ser cantada. A quase totalidade do Hino Nacional é uma loa às belezas naturais do Brasil – um sestro deste país para inglês ver. Machado de Assis dizia que essa “adoração da natureza” era “um modo de pisar o homem e suas obras” e ironizava todos aqueles que viviam elogiando a natureza brasileira: “Eu não fiz, nem mandei fazer o céu e as montanhas, as matas e os rios. Já os achei prontos.”

Como escrevi há quase dois anos, em artigo sobre a educação brasileira datado de 19 de agosto de 2012, “se Machado de Assis encarnasse uma de suas criaturas, o defunto-autor Brás Cubas, e se fizesse cronista póstumo deste Brasil da Copa e das Olimpíadas, haveria de notar que as coisas pioraram ainda mais e que já não é apenas a geografia do país que se conforma em ser cartão-postal — hoje, é a própria alma da nação que se entrega feito natureza morta ao olhar estrangeiro”.

Através do carnaval e do futebol, o brasileiro é convocado a encarnar em sua própria alma a aparência que o mundo espera dele – um ser feito exclusivamente de sentidos, em que o instinto é muito maior do que a razão. É como se não fôssemos indivíduos, mas exóticas paisagens sociais. E a Copa do Mundo, especialmente agora que está sendo realizada no país, reforça esse papel. Daí a imagem recorrente do negrinho jogando bola nas ruas da periferia, que se tornou o símbolo por excelência do Brasil, desde que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encarnou o espírito do general Emílio Médici e decidiu quebrar o país para realizar a Copa do Mundo.

Chutando o futuro do País

A “Pátria de Chuteiras”, cantada por deslumbrados sociólogos burgueses como Roberto DaMatta, tornou-se a essência do Estado nacional, capaz de justificar até os R$ 25 bilhões gastos com a Fifa, a Globo e as empreiteiras, dos quais mais de R$ 20 bilhões saíram diretamente dos cofres públicos. É o futuro do país literalmente chutado por uma elite moralmente pusilânime, que, incapaz de abdicar de sua cara diversão (90% dos que vão aos jogos da Copa são das classes A e B), reforçam nas massas o gosto pelo futebol, obrigando até as mulheres – mais de 50% da nação – a suportarem esse esporte que nunca lhes disse nada, a despeito de elas fingirem que diz, sobretudo para agradar maridos e namorados, como costuma acontecer com a alma feminina em todos os setores da vida, desde a mulher bem-sucedida que sacrifica a profissão para manter o casamento (coisa que um homem raramente faria) até a operária que sacrifica a própria vida e a liberdade para sustentar o companheiro criminoso na cadeia.

O indefectível negrinho de periferia com a bola nos pés, presente em toda publicidade, reflete o arraigado preconceito das elites letradas e endinheiradas, que, esquecendo-se de Cruz e Sousa e Lima Barreto, tratam o negro como um ser descerebrado, incapaz de aparecer com um livro nas mãos. Mas, de todas as nefastas propagandas do gênero, a que mais me indignou foi a de um banco ou cartão de crédito em que um negrinho aparecia beijando a bola com uma frase asquerosa que traduzia o gesto indecoroso: “Este amor é para toda a vida”.

Não sei se a frase é exatamente essa e, felizmente, não lembro o nome do anunciante, numa prova de que, ao menos comigo, essa propaganda asquerosa não surtiu efeito. Mas a frase, em essência, transformava a relação do negrinho com a bola num amor exclusivista e eterno, acima de pátria e família, e não sei por que – aliás, sei muito bem, mas fica para outro artigo – me remete à aposentadoria precoce do ministro Joaquim Barbosa, que, a seu modo, encarnou aquele pequeno escravo da bola, ao literalmente chutar para escanteio a sua missão no Supremo, ainda por cima alegando que ela lhe tirava a privacidade para frequentar bares.

A imagem do negrinho beijando a bola e declarando a ela seu amor eterno chega a ser moralmente criminosa. Ela reforça a ideia de que o futebol é o único meio de ascensão dos negros pobres de periferia, quando, na realidade, é justamente o contrário – o futebol é uma extensão virtual e festiva da visão que os escravocratas tinham do negro, como se ele continuasse não tendo alma e, ao invés de almejar ser um cérebro que pensa, se reduzisse a um corpo que joga. O que, no caso de uma criança pobre, é quase uma condenação.

A ilusão do futebol e das artes

Assim como as artes (teatro, música, dança, literatura etc.), o futebol é uma ilusão. Dependente do talento, da criatividade, muitas vezes do acaso, o futebol é uma atividade de risco para quem resolve transformá-lo numa profissão e dificilmente capacita alguém a ganhar a vida e criar família, a não ser os raros craques que se tornam profissionais de grandes times e, mesmo depois de aposentados, podem continuar vivendo à custa dos milhões que ganharam nos poucos anos de atividade futebolística.

Assim como a maioria dos que se dedicam à literatura, ao teatro, às artes plásticas raramente conseguirão viver dessas atividades, também a maioria dos jogadores de futebol vegeta em clubes falidos, que atrasam salários durante meses, levando o profissional a viver numa situação de crônica instabilidade. Por isso, quando os filhos demonstram propensão para atividades que dependem da criatividade, como as artes, os pais costumam ficar preocupados e lhes aconselham que não abandonem os estudos e aprendam uma profissão.

Na biografia dos grandes artistas, são frequentes os casos de resistência familiar à vocação artística. O que não deixa de ser bom, pois ajuda a filtrar os verdadeiros talentos. Geralmente só se dispõe a fazer grandes sacrifícios pela arte, sujeitando-se até à fome, quem está convicto de seu próprio talento e trabalha diuturnamente para aprimorá-lo. Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, mes­mo sendo filho de Januário, o maior sanfoneiro de “Taboca a Rancharia, de Salgueiro a Bo­do­có”, como diz a canção “Res­peita Januário”, teve de vencer a resistência da mãe, praticamente fugindo de casa, para poder dedicar-se à música.

Mas a dedicação integral à arte é sempre um risco, uma incerteza, uma possibilidade de tudo dar errado. Na história da dupla Zezé di Camargo & Luciano, que caiu na estrada muito cedo, há a trágica história do irmão que fazia dupla com Zezé e morreu num acidente. Até o divino Mozart pagou um alto preço por se dedicar visceralmente à sua arte, morrendo precocemente aos 35 anos sem ter alcançado a independência e a estabilidade financeira com que tanto sonhava.

Os pais quase nunca aceitam que o filho se dedique apenas à arte – geralmente exigem que ele nunca abandone os estudos, o que leva a maioria a transformar em passatempo o talento, quando ele não é suficientemente forte para enfrentar as intempéries. O mesmo ocorre – ou deveria ocorrer – com o futebol, que não pode ser imposto às crianças como um ideal de vida, como fazem, hoje, as propagandas governamentais e também das empresas privadas, sempre ciosas de agradar o governo. O futebol é ainda mais incerto do que as artes. Ele chega a ser nocivo para as crianças pobres, justamente as que mais precisam do estudo se quiserem ser alguém na vida, uma vez que não dispõem nem da herança familiar nem das relações sociais dos ricos.

É óbvio, por exemplo, que poesia não enche barriga de ninguém. Mas um adolescente pobre que se interessa por poesia não precisa largar a escola para se dedicar à sua arte. Pelo contrário, ainda que o amor pela poesia possa indispô-lo com uma ou outra disciplina mais árida, geralmente ele irá se destacar nas ciências humanas e, mesmo que nunca venha a ser um Drummond, sempre poderá ganhar a vida com o jornalismo, a publicidade, o magistério ou qualquer outra atividade em que seu talento com as palavras possa ser bem empregado. O mesmo vale para o teatro, a música (especialmente a erudita) ou as artes visuais, que também são compatíveis com os estudos e não impedem o indivíduo de se formar no tempo certo e exercer uma profissão capaz de sustentá-lo caso sua arte não dê em nada.

Afastando o jovem da escola

Com o futebol é diferente. Ao contrário da literatura ou da música erudita, por exemplo, atividades intrinsecamente relacionadas com a leitura e que favorecem os estudos, a paixão pelo futebol tende a afastar o jovem dos livros – especialmente as crianças pobres. E isso em sua fase de formação, o que é mais grave. Os filhos dos ricos e da classe média podem se dedicar ao futebol sem nenhum prejuízo, matriculando-se numa escolinha desse esporte da mesma forma que se dedicam à dança, à música, à natação, às artes marciais, tudo com hora marcada, tutores pagos e supervisão dos pais, sem atrapalhar os estudos.

Já as crianças faveladas que aparecem jogando bola nas propagandas de televisão, quando se apaixonam pelo futebol, tornam-se potenciais gazeteiras de aula para se enturmar com os amigos nos campinhos de pelada da periferia, correndo o risco de se encontrar até com traficantes de droga, que também adoram futebol e frequentam as praças esportivas. Não é à toa que, em todo presídio, o futebol é a sagrada religião dos presos, irmanando em seu culto os mais violentos criminosos.

Todos os governos, das pre­feituras à União, passando pelos Estados, gastam montanhas de recursos públicos no futebol, a fundo perdido, enchendo o bolso de cartolas e políticos corruptos, pois o próprio jogador, se não for craque, é o que menos ganha. Um dos argumentos para esse gasto é o falso pretexto de que o esporte educa e afasta os jovens das drogas.

Ora, o futebol é uma atividade intrinsecamente associada ao álcool – o que as cervejarias já perceberam há muito tempo, transformando os jogadores da Seleção Brasileira nos principais propagandistas de cerveja ao mesmo tempo em que são alçados à condição de heróis dos jovens. As torcidas organizadas, com financiamento dos próprios clubes, são um exemplo da mistura explosiva entre futebol, violência e drogas, espalhando o terror não apenas nos campos de futebol, mas nas próprias cidades, sobretudo quando estão voltando dos estádios, com adrenalina em alta.

Um estudo publicado em 2009 pelas pesquisadoras Liana Abrão Romera (Unicamp) e Heloisa Helena Baldy dos Reis (Uni­versidade Metodista de Piracicaba) mostrou alta prevalência de uso e abuso de álcool entre torcedores masculinos de futebol, de 15 a 25 anos, muito mais do que entre a população em geral, com 36,9% dos pesquisados apresentando um consumo de bebida alcoólica acima do nível considerado moderado. E o que é mais grave: 15,3% dos torcedores menores de idade (de 15 a 17 anos) revelaram grau médio de problemas com álcool, enquanto 6,8% já apresentavam um grau elevado de problemas com a bebida.

Por sua vez, no livro “Vio­lências nas Escolas”, a mais abrangente pesquisa já realizada no País sobre o assunto, as pesquisadoras Miriam Abramovay e Maria das Graças Ruas, que coordenam o estudo, reconhecem que o futebol é um propulsor da violência nas escolas, uma vez que muitas brigas sérias entre alunos, que chegam a resultar em feridos e até mortos, têm sua origem nas partidas de futebol.

Depressão entre jogadores

O futebol costuma afastar os meninos pobres não só dos livros, mas também do aprendizado profissional, justamente naquela fase da vida em que deveriam se dedicar à própria formação. E, como muitos que se envolvem com o futebol nunca se tornam jogadores bem-sucedidos, quando o jovem percebe que não poderá fazer do esporte uma profissão, geralmente já é tarde para voltar atrás e recuperar o tempo perdido na escola.

Um estudo sobre o estresse psicológico dos jogadores de futebol, realizado em 2003 na Universidade Federal de Per­nambuco, mostrou que 49% dos atletas pesquisados não estavam estudando e 72% não tinham o ensino fundamental completo. Essa realidade, felizmente, vem mudando, principalmente para jogadores oriundos de famílias mais abastadas, que conseguem conciliar o futebol e os estudos, sobretudo quando se profissionalizam e contam com o apoio de seus respectivos clubes.

Mesmo assim, é preciso considerar que o futebol oferece ao atleta uma carreira muito curta, em que a invalidez profissional chega entre os 35 e 40 anos. Se o atleta não conseguir ganhar muito dinheiro no seu curto período de atividade, tornando-se um rico empreendedor após a aposentadoria, sem dúvida terá dificuldades de sobrevivência nos muitos anos de vida que lhe restam após deixar os estádios.

Segundo pesquisa realizada neste ano pelo Sindicato Mundial de Jogadores de Futebol, 26% dos jogadores em atividade relataram que sofrem com ansiedade e depressão; entre os que encerraram a carreira, esse índice salta para 39%. Isso faz com que as drogas, especialmente o álcool, também sejam um grave problema entre jogadores de futebol. De acordo com a pesquisa, 19% dos jogadores em atividade sofrem com o alcoolismo, índice que sobe para 32% entre jogadores aposentados. Também pudera: se parar de trabalhar aos 65 anos já não é fácil e leva muitos aposentados à depressão, o que dizer de se sentir inválido aos 35 anos de idade, vivendo de glórias passadas pelos próximos 35 anos de vida?

Esses dados mostram que, por mais que o futebol seja uma paixão nacional (ou uma paixão nacional do Brasil masculino, o que é mais correto), os jogadores jamais deveriam ser vistos como exemplo de futuro para a juventude brasileira. O futebol é um esporte e não pode ser transformado em religião, como acontece no Brasil, a ponto de desarmar todos os espíritos críticos do país quando a seleção entra em campo.

É inacreditável, por exemplo, como a grande imprensa ousa afirmar que a Copa do Mundo no Brasil está sendo um inegável sucesso. Ora, como ela pode ser um sucesso se está custando, até agora, cinco vezes mais do que o previsto inicialmente, chegando a um custo R$ 25 bilhões, repita-se, dos quais mais de R$ 20 bilhões saíram diretamente dos cofres públicos, num país em que os pacientes morrem nos corredores dos hospitais por falta de atendimento médico?

O balanço da Copa é, sem dúvida, totalmente negativo. O país gastou o que não podia; o investimento privado não veio; as obras estruturais não saíram das planilhas; os voos ficaram aquém do esperado; o comércio vendeu menos do que no Dia das Mães; obras foram feitas a toque de caixa, irresponsavelmente, chegando a cair um viaduto em Belo Horizonte. Até as prostitutas ficaram decepcionadas com o movimento da Copa.

Tudo isso, por sinal, era previsível desde que a Fifa, para gáudio de Lula e a sanha dos governadores, anunciou o evento no Brasil. Por isso, diante desse capítulo de negativas da Copa, que supera de longe o capítulo das negativas das “Memórias Póstu­mas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, não resta dúvida que a Copa – do ponto de vista do planejamento estatal, que é o que interessa, foi um completo fracasso. Resta saber quem vai gritar isso na cara do governo, já que até a oposição se esqueceu do Brasil e torce pela Seleção.




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José Maria e Silva é jornalista e sociólogo. - Publicado no Jornal Opção.

Você vai votar na Dilma...
Então não assista este vídeo, senão você desiste




Campanha bilionária com agressão, mentira e censura prepara teatro para grande fraude eletrônica

 
Está escancarada a maior temporada de mentiras jamais antes vista na história deste País. A campanha eleitoral de 2014, que será predominantemente disputada no terreno supostamente livre da internet, promete ser a mais agressiva de todos os tempos. Aparentemente, é a situação – e não a oposição – que está mais bem preparada para a caríssima guerra de informações e contrainformações na Era Digital.

No teatro de operações, o simples eleitor, mero usuário de tecnologia, será o personagem principal das ações ofensivas e defensivas de analistas em marketing político digital, militantes partidários fanáticos, advogados regiamente pagos, hackers preparados para levantar e derrubar reputações e políticos sempre prontos para qualquer negócio (preferencialmente lucrativo) que lhes garanta a vitória na eleição.

Horário eleitoral gratuito no rádio e televisão, com baixíssima audiência, parecerão “cousa do passado”. A “modernosidade da politicagem” investe para que as redes sociais sejam usadas, como nunca, na tentativa de fisgar eleitores. A principal ação de mistificação já começou a ser testada. Sistemas conseguem, facilmente, produzir e alavancar comentários (favoráveis e desfavoráveis) aos temas e candidatos. Tudo pode se transformar em “trending topic”. O eleitorado será bombardeado eleitoralmente.

A dificuldade será separar o que é verdade daquilo que é mentira. Boatos rolarão em tempo real. O que for “verossímil” (parecer verdade, embora não seja) deve ter hegemonia no conteúdo difundido. As mensagens veicularão a doença e o antídoto. Uma das táticas já manjadas de ilusionismo consiste em tentar esgotar temas que são usados com mais frequência para atingir os candidatos. De tão repetidos, se transformam em lugar comum e perdem o efeito ofensivo. Em tom teatral, o candidato atacado usa o conteúdo que o atingiu para contratacar e classificar o adversário de “difamador”.

Advogados especializados em tecnologia da informação tendem a nadar de braçada nesse lago de esgoto eleitoral. O Ministério Público e a Justiça Eleitoral devem ser acionados, como nunca antes, para “mandar retirar do ar conteúdo classificado como ofensivo”. Como tudo pode receber tal classificação, a velha e hedionda censura promete ser a grande estrela da campanha de 2014. Só perderá para a mistificação. Enfim, consagraremos o primado da fraude ampla, geral e irrestrita.

Para piorar, os políticos serão escolhidos pelo voto eletrônico de resultado inquestionável e sem possibilidade real de auditoria. Valerá a máxima de que você sabe em quem votou, mas só o sistema tem a certeza sobre quem foi eleito. Qualquer que seja o resultado, o cidadão-contribuinte, obrigado a votar, acaba enganado antes, durante e depois da eleição. Democraticamente, o panorama é tétrico.

A desmoralização política pós-eleição e a crise econômica previsível para 2015 (que os petistas jurarão ser uma visão equivocada da oposição para impedir a reeleição de Dilma) tornarão o Brasil ingovernável e pronto para uma confusão institucional que pode acabar em ruptura. O perigo é a quem caberá fazer o papel de “lixeiro” do que restar desta História.

 

Fifa Faturando

A transnacional Federação Internacional de Futebol Association deve lucrar, limpinho, com a Copa do Mundo 2014, uns US$ 2 bilhões – que serão remetidos à Suíça, onde não se paga imposto.

Já o Brasil, apenas na construção de 12 estádios superfaturados e ainda não acabados (exceto o Mineirão), torrou R$ 12 bilhões.

Só por essas contas elementares, já dá para ver que realizamos a Copa do Jegue (para os brasileiros).

Conta não fecha

Bares e hotéis – junto com o setor de bebidas – faturaram uns R$ 2,3 bilhões neste mês de Copa.

O probleminha matemático é que a economia em geral deixou de ganhar estimados R$ 12,7 bilhões com o período repleto de improdutividade, com muitos festejos e feriados forçados.

A grande pergunta é quem vai pagar tal conta no final, principalmente quando o bicho começar a pegar ainda no segundo semestre pós-eleitoral ou a partir do começo de 2015?

Perdendo de novo?

Pelo terceiro ano consecutivo, os fundos de pensão fecham suas contas no vermelho.

Trata-se de mais uma herança maldita do desgoverno Dilma Rousseff sobre o principal símbolo do nosso capimunismo tupiniquim, prejudicado por falhas na gestão e pelas interferências políticas nas estatais patrocinadoras.

Fundos com problemas colocam em risco não só a aposentadoria e pensão de milhares de brasileiros – principalmente servidores públicos -, mas também a sobra de grana para sustentar aventuras empresariais em que o poder estatal e seus políticos hegemônicos entram de parceiros-sócios...

 

Na conta do Lula...

Em campanha do maridão ao governo do Rio de Janeiro, a Prefeita de Campos dos Goytacazes, Rosinha Garotinho, elogiou a Dilma, metendo o pau no Lula:

“Como prefeita, não posso reclamar de recursos federais para Campos. Está certo quer ela está passando por um momento difícil, mas é desgaste do Lula. Ela não pode falar, porque não pode condenar o Lula, mas eu posso. Mensalão foi no governo Lula. Caiu no colo da Dilma”.

Como Lula-Dilma costumam se apresentar aos eleitores como sendo a “mesma pessoa”, “unha e carne”, Rosinha precisa tomar mais cuidado para seu elogio não se transformar automaticamente em ataque à Presidenta...

Por onde anda você?

Todo mundo anda perguntando por onde anda Luiz Inácio Lula da Silva nestes tempos de Copa do Jegue...

Anda muito calado o Presidentro, que não teve peito de disputar o Senado por São Paulo, mas demonstra arriscada “coragem” de permanecer sem imunidade parlamentar para se defender das broncas previsíveis no horizonte perdido.

Mas o desafio para Lula continua: quando ele terá coragem de divulgar, publicamente, qual a real evolução do patrimônio dele, dos familiares e aliados mais próximos?

Problemasgate

Durante e depois da eleição, deve estourar novidades bombásticas da Operação Lava Jato – que pode deixar ainda mais suja a reputação nada ilibada de muito político.

Também se opera um grande esforço, nos bastidores da Justiça Federal, para que o estranho segredo que cerca o processo da Operação Porto Seguro continue vigorando, por longo tempo.

O mensalão, parcialmente impune, vai parecer roubo de galinha do vizinho quando o resto das broncas explodirem...

Fica do ladinho de mim?


Terror rubro-negro?

O Globo informa que a Alemanha vai vestir contra o Brasil aquele uniforme vermelho e preto, inspirado pela Adidas no manto sagrado do Flamengo.

O probleminha é que, lá no Mineirão, é onde a turma mais odeia as cores do time mais querido do Brasil.

A roupagem germânica fez tanto sucesso que anda esgotada nas lojas de material esportivo...


Medicina cubana, não... 

Painel: A Luta Armada no Brasil e o Dever do Estado
Gen Div Ulisses Lisboa Perazzo Lannes

Por Gen Div Ulisses Lisboa Perazzo Lannes


No dia 14 de março foi realizado no Salão Nobre do Clube Militar o painel “A Luta Armada no Brasil e o Dever do Estado”.
Os painelistas foram o Gen Div Ulisses Lisboa Perazzo Lannes e o Dr Ives Gandra Martins.


Exposição realizada pelo Gen Div Ulisses Lisboa Perazzo Lannes.


Painel: A Luta Armada no Brasil e o Dever do Estado
Dr Ives Gandra Martins

Por Ives Gandra Martins

No dia 14 de março foi realizado no Salão Nobre do Clube Militar o painel “A Luta Armada no Brasil e o Dever do Estado”.
Os painelistas foram o Gen Div Ulisses Lisboa Perazzo Lannes e o Dr Ives Gandra Martins.


Exposição realizada pelo Dr Ives Gandra Martins.



Debates -  Dr Ives Gandra Martins.


O confisco de armas, o caminho à servidão e nós, os “teóricos da conspiração”

Por Bene Barbosa
 
Em seu espetacular livro “O caminho para a servidão”, F. A. Hayek demonstra com exatidão a importância de se conhecer o passado para se ter a nítida ideia de futuro. Escreve ele:

“... embora a história nunca se repita em condições idênticas, e exatamente porque o seu desenrolar nunca é inevitável, podemos de certo modo aprender do passado a evitar a repetição de um mesmo processo. Não é preciso ser profeta para dar-se conta de perigos iminentes. Uma combinação de vivência e interesse muitas vezes revelará a um homem certos aspectos dos acontecimentos que poucos terão visto”.

Mas alguns vêem, ainda que por isso sejam rotulados de paranóicos.

A criação, em 1997, de um cadastro nacional de armas de fogo no Brasil foi, para os mais atentos, um sinal de alerta. Afinal, na prática, para que serve um cadastro deste? A pergunta era simples, mas não foi feita, ou melhor, foi feita por poucos e ignorada pela absoluta maioria. A desconfiança, como verão abaixo, não era vazia, mas, ao contrário, fundada em amplos antecedentes históricos.

A Alemanha nazista, o Japão feudal, a extinta URSS, Cuba, Coréia do Norte, China, todos, em algum momento, fizeram alguma espécie de registro ou levantamento de proprietários de armas de fogo e, logo em seguida, as confiscaram, ao que se seguiram banhos de sangue, exatamente daqueles que, agora desarmados, ousaram levantar a voz contra a ideologia dominante.

Dentro dos exemplos citados acima, nenhum é mais agudo que a Alemanha nazista. O artigo “Repressão Nazista aos Donos de Armas”, de Stephen P. O Halbrook, relata com precisão o ocorrido:

“A Noite dos Cristais (Kristallnacht) - a infame violência nazista contra judeus da Alemanha - ocorreu em novembro de 1938. Foi precedida pelo confisco de armas de fogo das vítimas judias. Em 8 de novembro, o The New York Times informou de Berlim: "Chefe da Polícia de Berlim Anuncia Desarmamento de Judeus," explicando: "O Presidente da Polícia de Berlim, Conde Wolf Heinrich von Helldorf, anunciou que, como resultado de uma atividade policial nas últimas semanas, toda a população judia de Berlim havia sido 'desarmada' com a confiscação de 2.569 armas curtas, 1.702 armas de fogo e 20 mil cartuchos de munição. Quaisquer judeus ainda achados de posse de armas sem licenças válidas são ameaçados com a mais severa punição."

Descobrir quais judeus possuíam armas não foi difícil, pois a república liberal de Weimar aprovou uma lei em 1928 que exigia o amplo registro de todas armas de fogo e seus proprietários, lei essa que foi ampliada pelo próprio Hitler em 1938.

Mesmo governos bem intencionados - se é que isso existe – foram vítimas dos tais cadastros nacionais de armas, entre eles a antiga Tchecoslováquia e a Polônia, que, uma vez invadidas pelas tropas germânicas, tiveram seus registros policiais coercitivamente usados para identificar os proprietários de armas e as confiscar - além de não raramente fazer desaparecer no meio da noite alguns oponentes políticos.

Voltemos ao Brasil. Criado o cadastro de armas de fogo, todas elas tiveram de ali ser incluídas, renovando a validade de seus registros. Expirado, porém, o prazo de tal renovação obrigatória - permeada de extrema burocracia, elevados custos, a possibilidade de a autoridade responsável simplesmente negar a renovação, além da desconfiança verdadeira sobre as intenções do governo -, aproximadamente 7 milhões de brasileiros que em algum momento compraram legalmente suas armas ou, de boa-fé, aceitaram o convite de regularizar sua situação, foram simplesmente jogados na ilegalidade e, subitamente, passaram a ser foras-da-lei. Vivem hoje com a espada de Dâmocles sobre suas cabeças e precisam optar por se tornarem vítimas indefesas dos criminosos ou vítimas armadas da própria lei.

Eis que dia 25 de junho chega-me uma matéria de um jornal do interior do Rio Grande do Sul, na qual se informa que a Delegacia da Polícia Federal de Cruz Alta/RS havia pedido apoio à Polícia Civil de Panambi, em uma operação voltada às armas consideradas irregulares pela não renovação de registro. O delegado, ouvido pelo jornal, deixa o recado claro de que há, na prática, duas alternativas: ou entregam suas armas para campanha do desarmamento, ou terão as mesmas apreendidas e, por consequência, presos e indiciados serão os proprietários.

Podemos estar diante de um caso isolado? De um delegado que quer apenas mostrar serviço ou inflar a tal campanha “voluntária” de desarmamento na região? É possível, mas pouco provável. Há tempos vimos percebendo rumores sobre ações semelhantes no interior de São Paulo, de Minas Gerais e uma possível operação de grande porte em todo estado da Bahia - onde, aliás, delegados da Polícia Federal já negam sumariamente o direito do cidadão comprar uma arma. Seja como for, é verdadeiramente assustador ver aqueles que em tese deveriam zelar pela segurança e reprimir a criminalidade imbuídos da profunda vontade de desarmar, não os que cometem crimes, mas aqueles que são vítimas dos criminosos.

Não há médico capaz de curar um doente com câncer se o mesmo for diagnosticado com gripe, da mesma forma que o paciente pode morrer se tiver uma inflamação e for tratado como se um blastoma tivesse. Urge a necessidade de que análises precisas sobre o desarmamento sejam feitas e divulgadas, para que as pessoas tenham a verdadeira consciência de que não estamos lidando com simples erros na condução da segurança pública, e sim, com algo absolutamente ideológico, perigoso e em algum momento irreversível. Do contrário, continuaremos a ser chamados de teóricos da conspiração, enquanto a grande massa seguirá feliz o caminho da servidão.



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Bene Barbosa é bacharel em direito, especialista em segurança pública, crítico do desarmamento desde 1995 e presidente do Movimento Viva Brasil

NÃO DEVEMOS ESQUECER

Por TERNUMA
Major do Exército da Alemanha, Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen,
caiu de bruços na guia da calçada, em frente ao auto Chevrolet 27-42-86.
Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen - Major do Exército Alemão, a 46 anos atrás, no dia de 1º de Julho de 1968 (6 meses antes da assinatura do AI-5) foi assassinado no Rio de Janeiro, onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército, na rua Engenheiro Duarte, Gávea, por ter sido confundido com o major boliviano Gary Prado, suposto matador de Che Guevara, que também cursava a mesma Escola.

Autores do assassinato: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e Amilcar Baiardi, todos da organização terrorista denominada COLINA - Comando de Libertação Nacional. João Lucas Alves, ex-sargento da Aeronáutica, na época se homiziava em Belo Horizonte, no mesmo “aparelho” em que vivia a então militante do COLINA DILMA VANA ROUSSEFF LINHARES, codinomes “Vanda”, “Estela”, "Luiza" e "Patrícia".

Será que a ©Omissão da Verdade se interessa por isso?

DIREITO À VERDADE - O PASSADO OCULTO DE DILMA




A Teoria Marxista da Revolução Proletária: uma utopia

Por Carlos I. S. Azambuja

“Em princípio não renunciaremos nunca e nem podemos renunciar ao terror. O terror é uma das formas de ação militar que pode ser útil e até indispensável em um determinado momento do combate, ante determinado estado das tropas e determinadas circunstâncias”. (Lenin, “Por onde Começar?”, maio de 1901)


Este é um tema complexo, que pode ser abordado de várias maneiras. Eis uma síntese das idéias que se combinam na teoria marxista da revolução proletária
Inicialmente, a de que o caráter opressor da sociedade capitalista, é assentada, segundo Marx, em uma economia baseada na exploração do homem pelo homem, sujeita a crises cíclicas e com tendência ao declínio. Uma economia que não pode ser reformada e que deve ser suprimida.

Em segundo lugar, a definição de que a luta de classes é o motor da História, pois a Historia, desde os primórdios da civilização, nada mais tem sido do que o relato da luta de classes; que o sujeito revolucionário fundamental, o proletariado, jamais obterá uma melhoria global e definitiva em suas condições de vida e trabalho a não ser pela supressão do capitalismo. Pelos seus interesses históricos objetivos e pela sua força social, a classe operária foi definida por Marx como o sujeito revolucionário fundamental, capaz de emancipar-se e a toda a humanidade.

Outro aspecto da teoria marxista revolucionária é o que se refere ao Estado da sociedade capitalista, que Marx definiu como um aparato de dominação a serviço da burguesia, que não pode ser reformado, transformado ou utilizado pelo proletariado. Tem que ser destruído pela revolução proletária, que construirá outros organismos – administração pública, órgãos policiais, Forças Armadas e aparelhos ideológicos do Estado – que permitirão o exercício do poder pelos trabalhadores e conduzirão à passagem do capitalismo ao socialismo. Esse novo Estado foi definido por Marx como “ditadura revolucionária do proletariado”, do mesmo modo que no capitalismo o Estado é uma “ditadura da burguesia”.

Outra questão central na teoria marxista da revolução proletária é a necessidade da construção de um partido revolucionário que introduza, desde fora, no proletariado, a consciência de classe, pois, sozinho, ele é incapaz de adquirir essa consciência.
Posteriormente, a obra de Lênin implementou, de forma decisiva, a teoria marxista do Estado e do partido.

Finalmente, temos a concepção de Marx do que seria a sociedade comunista: uma sociedade sem classes, sem Estado, sem divisão social do trabalho, onde este deixaria de ser um meio de ganhar a vida para tornar-se uma fonte de realização dos indivíduos. Uma utopia...

A teoria marxista da revolução proletária define, assim, como necessidade objetiva a supressão da sociedade capitalista, a ser realizada por uma revolução proletária, dirigida por um partido revolucionário, que daria origem a um Estado de novo tipo e iniciaria a construção da sociedade socialista, preâmbulo da sociedade comunista.

Após mais de 150 anos do Manifesto Comunista, esse projeto não se tornou viável nos países capitalistas. Pelo contrário, o comunismo ruiu onde quer que tenha sido implantado pela força das armas, restando Cuba e Coréia do Norte para demonstrar o que, segundo a doutrina marxista, não é o comunismo.

E mais: nos países capitalistas o modo de produção não marxista foi sedimentado e a classe operária – apontada como sujeito revolucionário fundamental – obteve sensíveis e constantes melhorias em suas condições de vida e trabalho, está organizada em sindicatos e nunca teve perspectivas revolucionárias, apesar da insistência do partido da classe operária e de seus militantes de classe média predominantemente urbana.

Todavia, o fato mais inquietante e questionador das idéias de Marx e seus epígonos é o de que, onde quer que o capitalismo tenha sido momentaneamente suprimido – sempre pela força das armas e não pela força dos argumentos da doutrina e nem pela força do voto – não se seguiu o regime de democracia operária imaginado por Marx e nem, pelo menos, um processo de construção do socialismo que tenha avançado em direção a ele.

O tal partido revolucionário do proletariado expropriou o proletariado do poder político, a burocracia apropriou-se do partido revolucionário e dos meios de produção e impediu qualquer progresso no sentido do dito socialismo. Em lugar da liberdade e da fonte de realização dos indivíduos, foram erigidos os gulags e os hospitais psiquiátricos.


Fonte: Alerta Total


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Carlos I. S. Azambuja é Historiador.