Por Percival Puggina
Os sólidos muros da impunidade tombavam pelo simples fato de
que ainda há juízes em Curitiba e lá está o celebérrimo magistrado federal
Sérgio Moro, a quem a capital paranaense já deve uma estátua no meio da Praça
Carlos Gomes.
A presidente da empresa iria anunciar providências. Eram
necessárias. Dois dias antes, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
chamado às falas, mostrou porque o antipetismo é tão indispensável ao país.
Estas investigações, havia dito ele, não podem ser vistas "como o 3º turno
da eleição presidencial". Chegará o dia em que esse petismo desabrido vai
entrar para o CID-10 (Código Internacional das Doenças).
Voltando à Graça e aos perigos do petismo delirante. Qual o
anúncio feito por aquela senhora de quem já se disse ser tão competente e
familiarizada com a empresa que conhece como ninguém? Ela anunciou a criação de
uma diretoria para fiscalizar as diretorias. Não é genial? É algo assim como
uma presidência para fiscalizar a presidência. Pelo que se sabe, ninguém ainda
foi cogitado e, principalmente, claro, não há partidos interessados.
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Percival Puggina (69), membro da Academia Rio-Grandense de
Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org,
colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de
Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões,
integrante do grupo Pensar+.
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