Por Percival Puggina
No entanto, é
abusivo valer-se das lágrimas de Obama para combater, no Brasil, propostas que
buscam proporcionar ao cidadão condições de defender a si e à sua família.
Obama chorou mesmo, sem qualquer mistificação. Mistificadores, estes sim, são
os defensores de bandidos que enchem as páginas de nossos jornais usando
expressões tipo "bancada da bala" e "turma do
bangue-bangue" para se referirem aos que, como eu, querem ver assegurado
aos cidadãos de bem o direito de defesa num país que se entregou para os
criminosos.
É assim que pensam e
agem, meu caro leitor, sob influência ideológica do partido governante, o
Estado brasileiro, o governo e a administração pública. É assim que se
orientam, majoritariamente os meios de comunicação, a Justiça e os
educandários, em especial o mundo acadêmico. A Nação está confiada a quem assim
pensa e decide. E isso nos deixa praticamente sem saída se a população não
desacomodar sua opinião do sofá e sair com ela às ruas.
Inegável dado
proporcionado pelos fatos: somos conduzidos por pessoas que romperam seus
vínculos com o mundo real. Mudaram-se para a utopia e em seu conforto habitam.
Basta ouvi-los para perceber que ocultam tudo, menos isso. Com raras,
raríssimas exceções, querem a continuidade de tudo, com Dilma e o PT. Creem ser
disso que necessitamos para sair da pavorosa crise em que "o mundo" e
a "oposição raivosa" nos meteram. O desarmamento das pessoas de bem é
parte imprescindível desse projeto de malucos.
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Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora
e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o
totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do
Brasil, integrante do grupo Pensar+.
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