quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O cenário ruim da economia neste final de ano



Chegamos ao penúltimo mês de um ano perdido para o País. Um ano de retrocesso. A maior recessão em 25 anos. Inflação beirando os dois dígitos. Indústria com espaço cada vez menor no PIB, assim como a presença brasileira no mercado global.

O desemprego avança, com mais de um milhão e duzentas mil vagas formais perdidas em 12 meses. Até conquistas sociais estão ameaçadas, como a ascensão das classes D e E, tão comemorada pelo governo. Com a inflação corroendo a renda e desemprego em alta, é inevitável: a pobreza volta a crescer. Isso num momento em que o governo não tem como reforçar programas sociais.

Ao contrário, com o imenso rombo das contas públicas, que pode passar dos 117 bilhões de reais, devem ocorrer cortes até no Bolsa Família. Os repasses para o Minha Casa Minha já têm atrasado muito. Há quase um desmonte da economia decorrente de uma gestão populista e irresponsável que criou imensas distorções.

Distorções difíceis de serem corrigidas ao mesmo tempo... como o combate à inflação, à recessão e a necessidade de aumentar receitas e cortar gastos pra reequilibrar as finanças públicas. E em meio a uma crise política que parece longe de um desfecho.

A grande dúvida hoje, entre os brasileiros, é se teremos ou não o impeachment da presidente Dilma. Como o governo pode tentar, com mais firmeza, colocar a economia nos eixos, se a grande preocupação é sobreviver, se está ainda mais refém do jogo político? Como o empresário pode definir uma estratégia de enfrentamento da crise sem saber se haverá uma mudança de governo?

Que venha uma definição, com impeachment ou não, o mais rápido possível. O País não pode continuar submetido a um conflito de interesses que pode mergulhar a economia em crise ainda mais profunda. O drama político tem que ter um desfecho para a economia voltar a ter um horizonte.

Mas será que nossos políticos estão preocupados com isso?

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