sexta-feira, 29 de maio de 2015

Mercado político mete Lula no meio do FIFAGATE, se EUA investigarem a fundo contratos para a Copa de 2014

 
Investigadores norte-americanos, no mínimo, vão incomodar o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na hora em que for feita uma devassa nas negociatas da transnacional Fifa para faturar altíssimo com a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Para compensar a humilhante derrota de 7 a 1 que sofremos da Alemanha, os brasileiros devem ter a chance de comemorar a provável goleada que o Departamento de Justiça dos EUA e suas agências de investigação devem aplicar contra brasileiros corruptos que foram parceiros da "Falcatrua Association".

Já se dá como certa uma investigação norte-americana sobre os contratos de serviços e construção de estádios para a Copa de 2014 - que foram alvos de suspeitas lançadas por empresas dos EUA que foram preteridas nos negócios. Neste caso, o Fifagate tem tudo para ter uma interligação com a Operação Lava Jato. O FBI investiga denúncias de que o "Clube de Empreiteiras", em conluio com autoridades brasileiras, fechou negócios cartelizados com a Fifa - prejudicando a livre concorrência. A história deve ir longe - gerando mais um escândalo da moda que ajuda a atenuar a exposição sobre outros que começam a cair no esquecimento popular...

A maior preocupação dos picaretas tupiniquins é com o teor das delação premiada feita pelo empresário José Hawilla, dono da empresa Traffic Group, maior empresa de marketing esportivo da América Latina. O departamento de Justiça dos EUA revelou que J. Hawilla (como prefere ser chamado) teria confessado culpa, em dezembro do ano passado, por acusações de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça. Um dos acordos que prejudicou Hawilla foi o contrato que intermediou entre a CBF e a norte-americana Nike.

Junto com José Maria Marin (ex-presidente da CBF), Hawilla é o único brasileiro entre os réus confessos declarados culpados pela Justiça dos EUA. Ele aceitou o confisco de US$ 151 milhões (R$ 473 milhões) de seu patrimônio. Só no momento da confissão ele já desembolsou US$ 25 milhões (R$ 78 milhões). O terceiro brasileiro investigado pelo FBI é José Margulies, proprietário das empresas Valente Corp. e Somerton Ltd., ambas ligadas a transmissões esportivas. Margulies supostamente atuou como intermediário para facilitar pagamentos ilegais entre executivos de marketing esportivo e autoridades do futebol.

 

O senador Romário (PSB-RJ) recolheu 52 assinaturas e protocolou o requerimento para a instalação no Senado de uma CPI para investigar as denúncias de corrupção na Confederação Brasileira de Futebol. A apuração vai desde a presidência de Ricardo Teixeira, passando por José Maria Marin (preso ontem na Suíça junto com outros 13 dirigentes da FIFA), até a atual gestão de Marco Polo del Nero. Romário vibrou: "Até que enfim! O FBI e a polícia suíça fizeram as prisões mais rápido do que eu pensava. Se dependesse da nossa polícia essas prisões não aconteceriam. Com a CPI a caixa preta da CBF vai ser aberta para moralizar definitivamente nosso futebol".


O craque Romário já antecipou que pedirá ao senador Renan Calheiros para ser o relator da CPI. Romário chutou na cabeça? " Eu vou ficar mais feliz ainda quando o Ricardo Teixeira for preso, o que deve acontecer em breve. Todos se achavam intocáveis na CBF , diziam que era uma entidade privada e não tinham que ser investigados. Mas como dizem meus amigos, a casa vai cair para eles". A CBF, em nota oficial defensiva, aposta no contrário: "Diante dos graves acontecimentos ocorridos nesta manhã em Zurique, envolvendo dirigentes e empresários ligados ao futebol, a CBF vem a público declarar que apoia integralmente toda e qualquer investigação. A entidade aguardará, de forma responsável, sua conclusão, sem qualquer julgamento que previamente condene ou inocente. A nova gestão da CBF, iniciada no dia 16 de abril de 2015, reafirma seu compromisso com a verdade e a transparência."


Romário aposta que o esquema de corrupção que está sendo investigado pelo FBI vai respingar na Copa de 2014 no Brasil. Mas, por enquanto, o Tio Sam não entra no jogo do Baixinho. Richard Weber, chefe da Receita Federal (IRS) revelou ontem que só foram confirmadas provas de corrupção na escolha da África do Sul para a Copa de 2010: "É a Copa do Mundo da fraude. Estamos dando um cartão vermelho para a Fifa".

Como bem lembrou o "peixe" Romário, o bicho vai pegar...

Tudo em paz

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