Por Bruno Braga
Flávio Tavares, no entanto, narra algo que corrói
imediatamente a imagem insigne criada para vestir João Goulart. O que conta o
revolucionário – que hoje atua disfarçado de jornalista e escritor - faz do
“herói” um autêntico TRAIDOR da nação.
Em 1962 – isto é, durante o governo de João Goulart e,
portanto, em um sistema dito “democrático” - o Serviço de Repressão ao
Contrabando destruiu POR ACASO o plano das Ligas Camponesas de formar um campo
de treinamento no interior de Goiás.
Encontrou algumas armas e muitas, muitas bandeiras cubanas,
retratos e textos de discursos de Fidel Castro e do deputado pernambucano
Francisco Julião, manuais de instrução de combate, além dos planos de
implantação de outros futuros focos de sabotagem e uma minuciosa descrição dos
fundos financeiros enviados por Cuba para montar o acampamento e todo o esquema
de sublevação armada das Ligas Camponesas noutros pontos do país (ROLLEMBERG,
2001, p. 25).
Todo o material apreendido comprovava a incursão de Cuba no
Brasil. Fidel Castro – com o objetivo de fomentar a revolução
SOCIALISTA-COMUNISTA, e sustentado pela União Soviética – fornecia armas e
dinheiro, dava instruções e promovia a formação no combate de guerrilha com a
implantação de campos de treinamento com fazendas compradas em Goiás, Acre,
Bahia, Pernambuco, Maranhão, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul
(ROLLEMBERG, 2001, p. 24).
Diante da intervenção estrangeira armada, qual foi a atitude
de João Goulart, o Presidente da República? Tomou imediatamente a posição de
defender o território nacional? Não. Ele entregou toda a documentação para o
“inimigo”, para um ministro cubano!
O ministro cubano despediu-se de Jango e tomou um avião da
Varig para chegar ao México e, de lá, retornar a Havana. Nunca chegou, porém.
Antes de aterrizar na escala em Lima, no Peru, o Boeing caiu e morreram todos
os passageiros. A pasta de couro em que o ministro Zepada levava a documentação
foi encontrada entre os destroços e entregue à CIA norte-americana, que
divulgou os documentos num carnaval acusatório a Cuba pelas três Américas (apud
ROLLEMBERG, p. 26).
Jango descumpriu CRIMINOSAMENTE o dever de – como Presidente
da República – proteger o país e garantir a sua segurança interna (Cf. CF 1946,
art. 89, I, IV). Ele TRAIU a nação. Isto bastaria – independentemente de
qualquer outra atitude ou das relações espúrias que mantinha - para retirar-lhe
o mandato.
Mas a História transformou-se em instrumento de
autoglorificação. Não importa a pesquisa, a investigação, nem o estudo. O
objetivo é costurar uma narrativa que consagre a ascensão do poder revolucionário.
João Goulart é parte desta mitologia. Um personagem construído com a
espetacularização da exumação dos seus restos mortais: contratação de empresas
de eventos; peritos – entre eles um cubano - apresentados ao público como
elementos de ficção científica; a condução solene dos despojos, que não se sabe
sequer se são mesmo do ex-presidente, pois os “competentes” peritos erraram por
duas vezes a retirada deles. O ato final desta peça – a cerimônia no Congresso
Nacional que consagrou Jango “herói da nação” - tinha à frente a atual
Presidente da República. Dilma Rousseff. Ela, que participou de grupos
terroristas durante o Regime Militar com o propósito de fazer do Brasil um país
SOCIALISTA-COMUNISTA pela força das armas. Um desfecho disparatado que expõe a fraude
construída para recordar os 50 anos da intervenção militar no Brasil. Este 31
de Março marca um autêntico golpe – um golpe contra a História.
BIBLIOGRAFIA.
ROLLEMBERG, Denise.
“O apoio de Cuba à luta armada no Brasil”: o treinamento guerrilheiro. MAUAD:
Rio de Janeiro, 2001.
Fonte: A Verdade Sufocada
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