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O PT oficial e o PT clandestino

Por Félix Maier

Lula foi uma liderança sindical criada e incentivada pelo general Golbery do Couto e Silva, “o bruxinho que era bom”, para neutralizar o projeto político de Leonel Brizola junto à classe trabalhadora, quando ocorresse a redemocratização, assim como para neutralizar as lideranças da esquerda radical, de modo que os idos de março de 1964 não se repetissem.

O “Lula secreto”, que no início dos anos 1970 tomou aulas de sindicalismo na Johns Hopkins University, nos EUA, sempre foi uma figura dúbia, de tal modo que Guido Mantega o considerava um “burguês” a serviço das montadoras e chegou até a boicotar um texto dele em um jornaleco esquerdista. Romeu Tuma Jr., no livro Assassinato de Reputações, afirma que Lula era um informante dos militares, conhecido como “Barba”, era amigo pessoal do delegado Romeu Tuma e, quando esteve preso, tinha muitas regalias, como não ficar atrás das grades, mas em uma espécie de prisão domiciliar.

Passados esses anos todos, descobriu-se que Lula, o “cabo Anselmo do ABC”, conseguiu enganar a todos, a começar por Golbery, que acreditava ter ajudado a criar uma oposição “digerível”, o Partido dos Trabalhadores (PT). O “Barba” provou que não é um democrata, mas uma figura desprezível que se ligou a tiranos sanguinários comunistas, como Fidel Castro, para transformar toda a América Latina em uma nova União Soviética. A União das Nações Sul-Americanas (Unasul), por acaso, não lembra a URSS?

O PT, em sua trajetória, sempre provou ser um partido autoritário, em que prevalece a ética leninista de que os fins almejados justificam os meios sujos utilizados. Provas? O PT não apoiou o candidato presidencial Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, não assinou a Constituição de 1988, detonou o presidente Collor de Mello com seu “governo paralelo, instituiu o “orçamento participativo” em muitos municípios, tirando as prerrogativas dos vereadores, não apoiou Itamar Franco em um momento difícil, foi contra o Plano Real e a responsabilidade fiscal, – além de outros arroubos autoritários que veremos adiante.

A história do PT é, principalmente, a história de Lula. Há o PT oficial (e o Lula oficial), propagado pela mídia, e o PT clandestino (e o Lula clandestino), escondido pela mídia. O PT oficial participou da Constituinte, embora tenha se negado a assinar a Constituição, por não ser stalinista como desejava. O PT clandestino quis retirar da Constituição a prerrogativa das Forças Armadas, no que diz respeito à garantia da lei e da ordem (GLO), com o intuito de enfraquecer a ultima ratio de defesa da democracia. Tanto é verdade que, quando Lula foi eleito presidente, seu governo criou a Força Nacional de Segurança, para substituir as Forças Armadas em ações internas.

Em 1989, Lula foi o candidato a presidente do PT oficial. Derrotado nas urnas, entrou em ação o PT clandestino e seu desavergonhado “governo paralelo”, com o objetivo de derrubar Collor. Depois de ampla campanha contra o presidente, em que se destacou o serviço secreto do PT, dirigido pelo araponga cubano-brasileiro José Dirceu, com a criação de dossiês e enxurrada de denúncias obtidas por petistas enquistados no governo, Collor foi destituído da presidência. Durante a “CPI dos anões do Congresso”, Esperidião Amin apelidou o serviço secreto petista de “PTPol”, a Interpol do PT. Coitado de Collor! Comparado às falcatruas perpetradas por Lula e pelo PT até os dias de hoje, com destaques para o “mensalão” e o Pasadenagate, Collor não passa de um pivete pé de chinelo.

Um fato grave do PT clandestino ocorreu naquela época, que não teve a devida repercussão na grande mídia. Um antigo guarda-costas de Fidel Castro, Juan Reinaldo Sánchez, autor do livro A vida secreta de Fidel, afirma que espiões cubanos participaram das campanhas presidenciais de Lula, desde 1989. E que os médicos cubanos, recém-contratados por Dilma Rousseff no programa Mais Médicos, não passam também de espiões a serviço de Cuba - um verdadeiro cavalo-de-troia comunista montado pelos “gregos” petistas, uma cunha cubana cravada no coração do Brasil.

O PT oficial nasceu defendendo a ética e pedia CPI para tudo. No entanto, ao comandar as primeiras prefeituras, apareceu a força do PT clandestino, com denúncias de corrupção aos montes, seja em Ribeirão Preto (Antonio Palocci), seja em Santo André (Celso Daniel), ou em São José dos Campos (Ângela Guadagnin, a “dançarina da pizza”). Quando o petista Paulo de Tarso Venceslau, em 1997, denunciou as falcatruas de Lula e do PT, a única providência do PT foi expulsá-lo do partido, como é de praxe nesses casos. Provou-se que o PT é composto, não por donzelas puras, mas por vestais grávidas.

Em 1990, após a derrubada do Muro de Berlim e o início da implosão da URSS, o PT clandestino entrou em ação com força total. Sem nada divulgar para a imprensa, Lula e Fidel Castro criaram o Foro de São Paulo, o qual tinha três objetivos imediatos: salvar o regime cubano, depois que Moscou deixou de remeter gorda mesada a Cuba, impedir o ingresso do México no NAFTA e eleger Lula presidente do Brasil. O objetivo estratégico do Foro, que engloba partidos políticos e movimentos esquerdistas em geral, além de grupos terroristas como as FARC, é comunizar toda a América Latina, tendo Cuba como farol ideológico. A Venezuela de Chavez-Maduro é o que hoje mais se aproxima desse objetivo final, seguido pela Bolívia de Evo Cocales, o Equador de Rafael Correa, a Argentina de Cristina Kirchner, a Nicarágua de Daniel Ortega e – last but not least – o Brasil de Lula-Dilma.

O atual ministro das Relações Exteriores do PT oficial, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, é mera figura decorativa, depois que o Itamaraty foi jogado no limbo pelo PT, não servindo para nada. O Inglês, que é o Esperanto que deu certo, chegou a ser retirado da prova obrigatória de candidatos ao Itamaraty. Para que falar a língua de Shakespeare, se o cara sabe falar “nóis pega os peixe”? Como prova da subserviência do Itamaraty à ideologia bolivariana, vale lembrar os vergonhosos casos de ingerência do Brasil e da Unasul em assuntos externos, como o asilo político concedido ao presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaia, e a crise do impeachment do presidente Fernando Lugo, no Paraguai, ocasião em que se aproveitou para expulsar o Paraguai do Mercosul e acolher a Venezuela. Nem é preciso falar da posição do governo petista (“anão diplomático”) frente a Israel, sempre apoiando os terroristas do Hamas, como se o país judeu não tivesse o elementar direito de defender sua população contra os milhares de foguetes disparados de Gaza. No entanto, a direção da política internacional está com o ministro do PT clandestino, Marco Aurélio “top top” Garcia.

Romeu Tuma Jr., em seu livro Assassinato de Reputações, enumera uma série de crimes cometidos pelo PT clandestino. Como exemplo, ele cita o caso insepulto de Celso Daniel, fazendo uma pergunta até hoje não respondida: “Por que Gilberto Carvalho ainda não caiu do caminhão?” Todos os brasileiros não comprometidos com o petralhismo esperam que esta e outras interrogações sejam respondidas no segundo livro de Tuma Jr., a ser publicado nas vésperas das eleições de outubro. Segundo Tuma Jr., até a Polícia Federal tem uma ala petista, que ele classifica de Gestapo do PT, cuja finalidade é confeccionar dossiês de adversários políticos. Ou seja, assassinar reputações. Vale lembrar os dossiês feitos pelos petralhas contra os candidatos presidenciais Roseane Sarney, José Serra, José Alckmin - além do próprio FHC.

O PT clandestino atua há bastante tempo no mundo virtual, não só nestes tempos de ação webterrorista feita por Franklin Martins para alavancar a reeleição de Dilma Rousseff - com o auxílio prestimoso do petista de carteirinha José Dias Toffoli, ministro do STF e atual presidente do TSE, que impediu que as urnas eletrônicas passassem por um teste público. É crescente o uso da internet para ataques contra a imprensa e desafetos políticos, configurando-se verdadeira guerrilha digital. Um exemplo foi o “tuitaço” promovido por Rui Falcão, presidente do PT, e simpatizantes contra a revista Veja, que publica tanto os “malfeitos” da petralhada, quanto os dos tucanos. Eles utilizam robôs e perfis peões, para fazer crer que houve grande adesão a um movimento, como #vejabandida. O # (hashtag ou marcador) colocado na frente de uma palavra ou expressão compete por atenção na rede. Em 2011, o PT lançou o Núcleo de Militância em Ambientes Virtuais. “A utilização massiva da internet, das redes sociais e de blogueiros amestrados faz parte das táticas de engodo e manipulação da verdade no Brasil”. Na China, os “peões” que defendem o governo comunista recebem 50 centavos por cada inserção de apoio. No Brasil, quanto ganham os insetos da falconaria petralha para assassinar as reputações de Aécio Neves e Eduardo Campos?

Até este insignificante escriba da internet é patrulhado por petistas. Um blog baba-ovo, com o nome de Os amigos do presidente Lula, colocou na internet a calúnia de que eu sou um “falsificador de cartas”. As cartas têm autoria, não inventei nada, apenas postei textos recebidos de colaboradores. Ainda estou pensando se processo ou não o difamador. Por ora, o link está aí, especialmente para o deleite dos petralhas, para que conheçam as cartas postadas por mim no site Usina de Letras e espumem de raiva.

Hoje em dia, devido ao poder imperial que adquiriu, de feição fascista, sem uma oposição efetiva, o PT já realiza ações clandestinas à luz do sol. Um exemplo é o decreto nº 8243, assinado por Dilma Rousseff, de modo a instalar conselhos (sovietes) e comissões em todos os órgãos públicos. Tal decreto é apenas o eco de num outro decreto, feito por um órgão de hierarquia superior, ao qual o PT está inteiramente subjugado: o onagro vermelho que se chama Foro de S. Paulo. O jurista Ives Gandra alerta para o perigo de tal ignomínia ser colocada em prática, tirando as prerrogativas do Congresso Nacional. Na verdade, o decreto de Dilma segue o modelo bolivariano de assalto às instituições, de modo a implantar um governo totalitário no Brasil como o que existe em Cuba. Espero que os congressistas rejeitem tal patifaria.

Outro projeto petista é convocar para setembro deste ano um plebiscito popular por uma constituinte exclusiva, de modo que o povo brasileiro dê carta branca ao projeto de acelerar a cubanização do País. Tal canalhice começou a ser levantada pelo PT depois das manifestações de junho de 2013 e agora toma novo fôlego. Por que o PT tem tanta pressa em realizar tal plebiscito? Como a reeleição de Dilma Rousseff não está garantida, com o crescimento de apoio da população aos candidatos Aécio Neves e Eduardo Campos, o PT quer acelerar o processo de comunização do País.

Se o PT oficial realiza ações cada vez mais ousadas, às claras, tendo em vista tornar o Brasil um país comunista, tendo Cuba como modelo, o que estaria neste momento fazendo o PT clandestino? Importando armas de Cuba e da Venezuela para armar suas futuras milícias, a exemplo do MST, do mesmo modo como fazia o comunista Salvador Allende quando foi presidente do Chile? Não sei. Tratando-se do PT, o pior ainda pode acontecer, porque infelizmente estamos vivendo em uma autêntica República dos Bandidos.



RUMOS INDESEJÁVEIS


O governo petista de Lula da Silva que não entregará facilmente as delícias do poder está sempre pronto a demonstrar o descalabro de sua política internacional. No momento assiste-se ao aprofundamento da bananificação do Brasil, cada vez mais convertido em republiqueta de Terceiro Mundo com as conhecidas marcas esquerdistas e consequente atrelamento ao que há de pior no exterior.

Isto ficou evidente no recente encontro dos Brics, em Fortaleza, quando o governo petista sagrou-se de novo campeão de tiro no pé ou pela culatra, ao perder a presidência para a Índia do Novo Banco de Desenvolvimento criado pelo grupo. A China não abriu mão da sede da entidade ficar em Xangai e postos menos relevantes foram distribuídos ao Brasil, Rússia e África do Sul. Foi criado também o Arranjo Contingente de Reservas, uma espécie de FMI de segunda categoria para dar ajuda aos componentes do bloco. Tudo para funcionar nas calendas gregas.

Negócios da China foram feitos com a China pela governanta, mas, impressionante mesmo foram as conquistas do presidente Russo, Vladimir Putin. Alvo de sanções econômicas dos Estados Unidos e da União Europeia devido à anexação da Criméia, Putin recebeu apoio dos BRICS e adentrou-se com mais força na América Latina. No Brasil, para usar de ironia, ele poderá anexar, por exemplo, o nordeste e instalar nas paradisíacas e quentes praias nordestinas confortáveis dachas a serem usufruídas pelos camaradas da elite branca russa. Algo muito melhor do que a gelada Sibéria.

Putin, o expansionista não brinca em serviço, além de usar a cúpula dos Brics para reduzir seu isolamento internacional aproximou-se da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), criada pelo falecido Chávez e propôs integrá-la à União Econômica Euroasiática que inclui, além da Rússia, países de sua influência como o Casaquistão e a Bielo-Rússia. Ele defendeu muitas outras ideias, como o aumento do peso político dos BRICS através de fóruns como contraponto a ONU, às políticas norte-americanas e de seus aliados. Putin assinou vários acordos com a governanta e foi embora satisfeito com seu êxito.

Enquanto isso, a Guine Equatorial deve ser integrada à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), apoiada pelo Brasil. O país africano é governado pelo ditador Teodoro Obiang, alvo de várias denúncias de violação de direitos humanos, tortura e censura. Isto, aliás, não é novidade, pois o Brasil tem se posicionado há quase 12 anos a favor dos piores ditadores.

A última do governo brasileiro foi continuar contra Israel e a favor do grupo terrorista e radical islâmico, Hamas. Não foram levados em conta os mais de 2.000 foguetes lançados diariamente sobre Israel, os túneis cavados em Gaza e que vão dar em escolas e hospitais israelenses, a não aceitação do Hamas em fazer uma trégua. É como se o governo petista achasse que, se alguém entrasse numa casa armado com uma faca para ferir mortalmente o morador armado com um revólver esse dissesse: “Por favor, me mate, pois não vou me defender”.

O governo Rousseff mandou o Itamaraty chamar o embaixador brasileiro em Tel Aviv, assim como puxou as orelhas do representante israelense em Brasília, pois considerou o uso desproporcional da força por Israel. Isto nunca foi feito com relação á Cuba, Venezuela, Bolívia ou mesmo Coreia do Norte onde Lula abriu uma embaixada. Sobre a Criméia nem uma palavra e todo apoio ao camarada Putin. De fato o Brasil atestas nanismo diplomático.

Marco Aurélio Garcia disse que o ataque a Israel é um genocídio contra os palestinos. Vejamos nossos dados que certamente o assessor da Internacional da Presidência desconhece:

Segundo matéria de Gil Alessi, (UOL, São Paulo, 27/05/2014), “conforme dados de 2012, neste ano nossa taxa de homicídio alcançou o patamar mais elevado, com 29 casos por 100 mil habitantes”. “O índice considerado ‘não epidêmico’ pela Organização Mundial da Saúde é de 10 mortes por cada grupo de 100 mil habitantes”.

“Em 2012 foram 56.337 mortes, o maior número desde 1980”. “O total supera o de vítimas no confronto da Chechênia que durou de 1994 a 1996”.

Sem dúvida, é melhor o governo brasileiro se preocupar com essa situação do que meter o nariz onde não deve, pois não tem moral para isso.

Recorde-se que Israel, um pequeno país que brotou do deserto é hoje um dos mais desenvolvidos do mundo. De lá saem praticamente todos os Prêmios Nobel e o conjunto de invenções que fazem avançar a ciência, a tecnologia e a medicina para o bem da humanidade. Quanto a nós, realmente, somos muito pequenos diante disso.

Estes são alguns de nossos indesejáveis rumos internacionais, orquestrados pelo PT. Outros péssimos caminhos, inclusive, internos ficam para um próximo artigo.



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Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga. 

Genoino pede à Justiça progressão de regime

Agência Brasil

O ex-deputado José Genoino, condenado na Ação Penal 470, processo do mensalão, pediu à Justiça do Distrito Federal progressão de regime. Segundo a defesa, desde o dia 22 de julho, Genoino tem direito a passar do regime semiaberto para o aberto por ter cumprido um sexto da pena, período que garante a progressão.

A data prevista para a concessão do benefício é 24 de agosto. No entanto, os advogados alegam que o cumprimento da pena no atual regime expirou devido aos 34 dias que o condenado tem de crédito, por ter trabalhado dentro do presídio.

“Em virtude de atividades realizadas no presídio - tanto trabalho, quanto estudo - o sentenciado tem direito a remição de parte de sua pena, o que antecipou para 22 de julho de 2014 o cumprimento do interstício mínimo de 1/6 (um sexto) necessário para a progressão de regime”, afirma a defesa.

Genoino teve prisão decretada no dia 15 de novembro do ano passado e chegou a ser levado para o Presídio da Papuda, no Distrito Federal. Mas, por determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ganhou o direito de cumprir prisão domiciliar temporária, uma semana após a decretação da prisão. Em abril, o ex-parlamentar voltou a cumprir pena de quatro anos e oito meses no presídio.

O ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas, condenado na mesma ação, também já pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a concessão da progressão de regime. O ex-tesoureiro começou a cumprir pena no dia 15 de novembro do ano passado e já teria direito a passar para o regime aberto no dia 14 de setembro, ao completar dez meses de prisão no semiaberto.

Os advogados argumentam que ele já cumpriu o prazo, descontando os dias trabalhados fora da prisão, em uma empresa de engenharia, e em cursos à distância. De acordo com informações da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Lamas tem direito à progressão desde o dia 15 de junho.

Por causa do recesso do Supremo, o pedido foi encaminhado ao vice-presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, responsável por decidir questões urgentes até o dia 1º de agosto. Na última quarta-feira (23), Lewandowski pediu o parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e, em seguida, o caso deve ser decidido pelo ministro Luís Roberto Barroso, responsável pelas execuções das penas dos condenados.

De acordo com o Código Penal, o regime aberto deve ser cumprido em uma Casa do Albergado, para onde os presos devem retornar somente para dormir. Em muitos casos, diante da inexistência do estabelecimento nos sistemas prisionais estaduais, os juízes determinam que o preso fique em casa e cumpra algumas regras, com horário para chegar ao domicílio, não sair da cidade sem autorização da Justiça e manter endereço fixo.



Resposta a Guilherme Boulos, o vigarista delirante que, atendendo às ordens de seu partido, quer me eliminar do debate. E, claro, ele avança no antissemitismo também!


Guilherme Boulos, o dono do MTST, o autointitulado Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, escreveu uma coluna na Folha Online com ataques a mim. Já publiquei seu texto no blog com uma breve resposta. Vamos, agora, a considerações nem tão breves. Sua coluna segue em vermelho, interrompida por considerações minhas, em azul.

A direita brasileira já foi melhor. Teve nomes como Roberto Campos e José Guilherme Merquior entre seus quadros, formulando sobre teoria econômica e política internacional. Naquele tempo, a direita recorria a argumentos, além do porrete. Hoje restou apenas o porrete, aplicado a esmo sem maiores requintes de análise.
Haviam me dito, e eu achava, sim, tratar-se de um erro, que esse cara era melhor. Já vivi o bastante para acertar na primeira impressão — quase sempre ao menos. Se há crítica vulgar, intelectualmente vigarista, picareta mesmo, é esta: “A direita brasileira já foi melhor”. Dez entre dez esquerdistas mixurucas, como é o caso desse rapaz, a repetem. Dizer o quê? Em primeiro lugar, esquerdistas não são exatamente bons juízes da qualidade da direita. Em segundo lugar, sempre que se buscam os tais “direitistas melhores”, eles não variam muito: Merquior (que nem de direita era) e Campos. Em terceiro lugar, note-se que, para eles, direitistas respeitáveis estão necessariamente mortos. Como esquecer que, vivo, Merquior foi alvo de um abaixo-assinado promovido por amiguinhos de Marilena Chaui, inconformados com o fato de que o intelectual apontara um óbvio plágio no livro “Cultura e Democracia”, de autoria da sedizente “filósofa”? Ela havia traduzido sem querer, sabem?, algumas páginas de um livro de Claude Lefort. Na obra desta senhora, em suma, havia coisas novas e boas. As novas não eram boas, e as boas não eram novas… E Campos? Durante anos foi tratado como mero conspirador, chamado jocosamente de “Bobby Fields” pelas esquerdas, que o consideravam americanista e entreguista. Aí eles morreram. Foram alçados ao panteão dos “direitistas melhores”.
Só para constar: nem Merquior nem Campos formularam “sobre” (para empregar a regência energúmena de Boulos) política internacional ou política econômica respectivamente. Isso é só a voz da ignorância posando de sábia. Vá se instruir, rapaz! Quanto a porrete, dizer o quê? A esquerda radical conta a sua história em cadáveres; os liberais, em direitos individuais.

Impressiona o baixo nível intelectual dos representantes da direita no debate público nacional. Não elaboram, não buscam teoria nem referências. Não fazem qualquer esforço para interpretar seriamente a realidade. Apenas atiram chavões, destilando preconceitos de senso comum e ódio de classe.
É um artigo ginasiano. Eu escrevi uma coluna sobre Boulos na Folha. Está aqui. Ele, como se vê, responde. Comparem os textos. Avaliem quem apela à teoria e quem se limita ao xingamento. Ele baba, sim, mas ignorei esse aspecto em meu artigo porque não é relevante. Como? Esforço para interpretar seriamente a realidade??? Quer dizer que, caso eu me dedique a esse ofício, vou necessariamente concordar com ele? O link do meu artigo está aí. Procurem lá os “preconceitos de senso comum e ódio de classe”. Se eu me considerasse um bom juiz das esquerdas, eu diria que elas já foram melhores, não é? Já houve Caio Prado. Hoje, há Guilherme Boulos.

Reinaldo Azevedo é hoje o maior representante dessa turma. Com 150 mil acessos diários em seu blog mostra que há um nicho de mercado para suas estripulias.
Ao lado dele tem gente como Rodrigo Constantino, aquele que se orgulha das viagens a Miami e se despontou como legítimo defensor dos sacoleiros da Barra da Tijuca.
Antes os intelectuais de direita iam fazer estudos em Paris. Agora vão comprar roupas em Miami. Sinal dos tempos e das mentes.
Você está errado! A média diária é superior a 200 mil acessos. O mercado para as minhas estripulias é bem maior. Nunca estive em Miami. E não é por preconceito. Só entro em avião em último caso — e não há um último caso que possa me levar pra lá. A ignorância de Boulos é assombrosa até quando tenta fazer alguma ironia. Paris sempre foi a Meca dos intelectuais de esquerda. Os liberais, que ele chama “direita”, preferem outras praças, onde a guilhotina, por herança e atavismo, não separa o pensamento do pescoço. Boulos me decepciona um pouco. Passaram-me a impressão de que estávamos, sei lá, diante de um Marat dos Trópicos, de um Saint-Just da Vila Madalena… É só um Zé-Mané que não ouviu o número necessário de “nãos” quando era criança e se transformou em um pivete de classe média repetindo chavões do igualitarismo.

Dispostos a tudo para fazer barulho no debate público, mas sem substância em suas análises, aproximam-se frequentemente de um discurso delirante.
Qual é a “substância” das “análises” de Boulos? Qual é o pensamento desse chefe de milícia? Por que ele não produz teoria demonstrando a economicidade de sua luta? Por que ele não evidencia, também no campo da teoria, que o roubo da propriedade alheia é uma forma eficiente de redistribuição da riqueza? Esse rapaz tem a arrogância própria dos ignorantes — e isso, sim, é um traço de classe. Mas é agora que a coisa começa a ficar divertida.

Reinaldo Azevedo jura que o governo petista quer construir o comunismo no Brasil. E vejam, ele não está falando do Lula de 1989, mas do governo do PT de 2003 a 2014. Sim, o mesmo que garantiu lucros recordes aos bancos e empreiteiras na última década. Que manteve as bases da política econômica conservadora e que nem sequer ensaiou alguma das reformas populares historicamente defendidas pela esquerda. Neste governo que, com muito esforço, pode ser apresentado como reformista, ele enxerga secretas intenções socializantes. Certamente com o apoio da Odebrecht e de Katia Abreu. Só no delírio…
Vamos lá. Se alguém encontrar algum texto em que eu “jure” ou mesmo sugira que o PT quer construir o comunismo no Brasil, paro de fazer este blog, de escrever minhas colunas na Folha e de falar na Jovem Pan. Boulos não suportou as verdades que eu disse sobre ele em minha coluna e decidiu responder, dizendo mentiras sobre mim. Ao contrário, rapaz! Eu sempre fiz pouco caso da profissão de fé socialista do PT. Eu considero seus amiguinhos oportunistas, Boulos! Comunistas, não! São defeitos de caráter distintos. O arquivo do meu blog está aí, à disposição. Já escrevi centenas de textos sobre a intimidade do PT com o setor financeiro e suas relações incestuosas com o capital.
Boulos não reconhece os limites da lei e do estado de direito. Dentro de sua deformação essencial, no entanto, poderia ser um debatedor honesto, mas ele não é. Honestidade no debate de ideias requer informação e formação intelectual, o que ele não tem. Atribuir ao outro o que ele não pensa — e nunca escreveu — para contestá-lo não é só coisa de um mau debatedor; é coisa de um mau-caráter.

Para ele, João Goulart é que era golpista em 64.
Não! Eu afirmei que a democracia morreu em 1964 por falta de quem a defendesse — Goulart inclusive. E, sim, ele flertou com o golpe, está documentado, mas não levou a ideia adiante porque lhe faltaram condições. Vá estudar, ignorante!

Os black blocs são amigos do ministro Gilberto Carvalho.
Gilberto Carvalho confessou em entrevista que fez várias reuniões com eles. Se são “amigos”, não sei. Interlocutores, com certeza! Fatos.

E as pessoas só são favoráveis às faixas exclusivas de ônibus por medo de serem acusadas de elitistas. Ah sim, sem esquecer que a mídia brasileira – a começar pelas Organizações Globo – é controlada sistematicamente pela esquerda.
Ele baba, ele xinga. Ofende os fatos e fantasia perigos. Lembra, embora com menos poesia, dom Quixote atacando os moinhos de vento.
Boulos acha que pode invadir o pensamento alheio mais ou menos como invade a propriedade alheia. A referência às faixas é patética. Eu me referia a um dado em particular da pesquisa, segundo o qual os motoristas de carros defendem as faixas. É simples: não há razão objetiva para isso. Mas não me estenderei a respeito: os 47% de “ruim e péssimo” e os 15% de “ótimo e bom” de Haddad, seu amiguinho, argumentam por mim.
E, é evidente, nunca escrevi que a “mídia brasileira” — expressão que não emprego — é controlada pela esquerda. O que digo, de forma inequívoca, é que a imprensa veicula, majoritariamente, valores de esquerda. Fatos.
Eu babo? Eu xingo? Boulos não é aquele rapaz que prometeu fazer correr sangue durante a Copa se suas reivindicações não fossem atendidas? Quanto ao mais, dizer o quê? Referir-se a Dom Quixote para atacar um adversário que ele pretende tão desprezível é só mais uma expressão saliente de burrice. Boulos deve ter lido no Google que o Quixote era um passadista maluco, que buscava restaurar um tempo irremediavelmente perdido etc. Não, meu velho! A disputa que há lá é de valores. Não me sinto à altura da personagem, nem por associação de ideias.

A pérola mais recente é escabrosa: Israel seria vítima do marketing internacional do Hamas. No momento em que o mundo vê a olhos nus centenas de palestinos serem massacrados na Faixa de Gaza, ele denuncia uma conspiração internacional de mídia contra o Estado de Israel. Encontrou eco no também direitista delirante Luis Felipe Pondé, em artigo nesta Folha.
Teoria da conspiração vá lá, até pode ter seu charme; mas, como dizia Napoleão, entre o sublime e o ridículo há apenas um passo. Reinaldo Azevedo e seus sequazes já atravessaram faz tempo esta fronteira.
De fato, os textos que têm se prestado a publicar acerca do genocídio na Palestina já superaram o ridículo. Chegaram ao cinismo. Dizer que as crianças mortas na Faixa de Gaza são marketing é uma afronta do mesmo nível da deputada sionista que defendeu o extermínio em série das mulheres palestinas para impedir a procriação. É apologia covarde ao genocídio e ao terrorismo de Estado.
Afirmar que há um genocídio de palestinos ultrapassa o limite da delinquência intelectual: é um crime moral, especialmente quando se atribui a ação genocida aos judeus. Não é preciso ser muito sagaz para perceber que se está diante de uma das várias expressões da negação do Holocausto. E é claro que esse cara não me surpreende com essa afirmação asquerosa.
Boulos acredita que pode participar desse debate apelando a citações do Google. Não pode, não! Eu o desafio a demonstrar que escrevi que crianças mortas na Faixa de Gaza são puro marketing. É mentira! É coisa de um vagabundo intelectual. O que aponto, sim, desde sempre, é o culto da morte celebrado pelo Hamas. Publiquei neste blog um vídeo em que um porta-voz do movimento terrorista concede uma entrevista defendendo abertamente a prática dos escudos humanos. É Boulos, o filhinho de papai que está brincando de socialismo, a acusar os outros de cruzar a fronteira do ridículo?

A direita se diferencia da esquerda, dentre outras coisas, pela análise dos fatos. Mas não por criar fatos ou ignorá-los. Ao menos quando tratamos de uma direita séria.
A “análise” que esse cara faz da guerra entre Israel e o Hamas demonstra o apego que tem aos fatos. Falta-lhe a honestidade básica para, ao menos, responder ao que o outro efetivamente escreve ou pensa. Dispenso-me de indagar o que ele acha dos mais de dois mil foguetes que o Hamas disparou contra Israel em 15 dias.

No caso de Reinaldo Azevedo e dos seus, estamos num outro campo. Não é apenas a direita. É uma direita delirante. A psiquiatria clínica é clara: negação dos dados da experiência, somada a uma reconstrução da realidade pela fantasia chama-se delírio. Aqui há ainda o agravante da fixação em temas recorrentes. PT, movimentos populares e mais uns dois ou três.
Huuummm… Falou o especialista em psiquiatria! É evidente que eu não esperaria que ele fosse, nessa área, um exemplo de ética. Como se nota, num mundo em que Boulos estivesse no poder, eu seria mandado para o hospício ou para um campo de reeducação. É o burguesote radical convertido em líder de sem-teto que vem falar em negação dos dados da experiência? É Guilherme Boulos, que se pretende líder até do movimento dos sem-iPhone, que vem falar em fantasia?

Um delírio em si é inofensivo. O problema é quando começa a juntar adeptos, movidos por ódio, preconceitos e mentiras. É assim que nascem os movimentos fascistas. Quem defende extermínio higienista em Gaza também deve defendê-lo no Complexo do Alemão ou em Paraisópolis.
Extermínio higienista em Gaza? Mas Israel está fora de Gaza faz tempo! Quem elimina seus adversários no território é o Hamas. E as vítimas são os próprios palestinos.
Quem vem falar de movimento fascista? O cara que cerca a Câmara dos Vereadores para impor no berro a sua vontade? O cara que organiza a sua milícia para furar a fila dos cadastrados que estão à espera de casa? O cara que cassa dos paulistanos o direito constitucional de ir e vir? O cara que ameaça fazer correr sangue se a sua vontade não for satisfeita? O cara que decide tomar na marra terrenos cuja propriedade é regular e legal? Fascista é Boulos. Fascista e antissemita!

Reinaldo Azevedo certamente ainda não representa um risco político real, mas o crescimento de seus seguidores é um sintoma preocupante da intolerância e desapego aos fatos que ameaçam o debate público no Brasil.
Atenção! Ele está fazendo um alerta, viu, pessoal!? Boulos, a exemplo do PT — e ele não passa de mero estafeta do petismo —, também acha que faço mal ao debate público. Por isso o seu partido me botou na tal lista negra. Ora, o que ele está sugerindo? Que eu seja eliminado enquanto é tempo! O sujeito que não respeita a Constituição, que não respeita o Código Penal, que não respeita o Código Civil, que ignora as regras mais elementares da convivência civilizada, está fazendo um alerta: eu e meus seguidores ameaçamos “o debate público”. Vocês já me viram liderando milícias por aí?
É um engano imaginar que Boulos se distingue no PT. É a pessoas como ele que recorrem os Gilbertos Carvalhos e Fernandos Haddads da vida. Vocês acham o quê? Que as suas ações delinquentes durante a votação do Plano Diretor da cidade não estavam devidamente coordenadas com o partido e com o prefeito? Quando Lula fala em se reaproximar dos movimentos sociais, pensa em gente como esse rapaz. Ele é parte essencial da máquina autoritária petista.
Não, meus caros! Boulos, PT e toda essa gente não vão construir o socialismo no Brasil. Socialismo não há mais. Eles são, isto sim, é autoritários. E têm o anseio de tomar o lugar da sociedade. Foi assim que esse bestalhão se tornou hoje o agente imobiliário mais importante de São Paulo.
Ele está bravo comigo porque decidi prestar atenção a seu movimento. Eu e o Ministério Público de São Paulo. Hoje, ele se tornou um coronel urbano, o dono do programa de habitação da cidade. Haddad, o seu aliado, mantém escondido o cadastro das pessoas à espera de casa. É preciso que fique claro: boa parte da ação de Guilherme Boulos é crime caracterizado no Código Penal.
Ele fala em fatos… Pois é. A Folha, o jornal em que ele escreve, decidiu visitar uma das invasões que ele promove, no bairro do Morumbi. Não havia pessoas lá. Só barracas. Seus invasores eram de mentirinha. Os sem-teto de Boulos não existem — não no número que ele alardeia. Mas existe o MTST, o aparelho.
Compreendo. Não se chega a ser um Boulos na vida sem ser também um vigarista.

PS: Ah, sim: Boulos havia escrito quatro colunas na Folha. Ninguém tinha dado a menor bola. Na quinta, resolveu me atacar. Virou o mais lido do dia. Esperto esse moço! De líder do MSL (Movimento dos Sem-Leitores) ao topo. Com a ajuda do Reinaldo Azevedo. Ele não é o primeiro. A turma do MSL sempre espera a minha ajuda.

INQUÉRITO DA POLÍCIA LIGA ‘BLACK BLOCS’ DE RIO E SÃO PAULO

PROTESTO CONTRA AUMENTO DAS PASSAGENS DO TRANSPORTE P⁄BLICO NO RIO.
Black blocs do Rio e de São Paulo trocam 
informações frequentemente e atuam juntos 
Polícia Civil do Rio fez a ligação durante investigação que os levou à prisão.

Rio - O inquérito da Polícia Civil do Rio que investigou ativistas e resultou na decretação de prisão preventiva de 23 pessoas – medida revogada nesta quinta-feira, 24, pelo desembargador Siro Darlan – também reuniu indícios de que black blocs de São Paulo e do Rio trocam informações frequentemente e atuam juntos em pelo menos algumas manifestações.

Uma ligação telefônica interceptada com autorização judicial às 12h31 do dia 2 de julho indica que Camila Jourdan procurou uma pessoa de São Paulo chamada Priscila pedindo informações sobre “a vinda de pessoas de São Paulo para as manifestações do dia 13 de julho, final da Copa no Rio de Janeiro”. Também é citado um homem identificado apenas como Feijão, até agora não identificado pela polícia.

No mesmo dia, às 16h38, Camila pede a outro ativista, Igor D’Icarahy, que confirme a existência de área para hospedar “as pessoas que vêm de São Paulo”.

A viagem dos ativistas de São Paulo foi descartada devido à prisão de ativistas, no dia 12 de julho. (Fábio Grellet/Agência Estado)


Traição amorosa de Sininho ajudou polícia a prender black blocs

Por VEJA
Sininho e Game Over: amores roubados
Sininho e Game Over: amores roubados (Fabio Motta/AE)
Em depoimento à polícia, jovem afirmou que Sininho "roubou" seu namorado e contou que black blocs impediram que ela consumasse seu plano de atear fogo ao prédio da Câmara dos Vereadores do Rio

Uma traição amorosa envolvendo Elisa Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, ajudou a polícia do Rio de Janeiro a identificar os black blocs que organizaram atos violentos no Rio de Janeiro. Sininho e mais 22 ativistas que tiveram ordem de prisão preventiva decretada na última sexta-feira obtiveram o direito de responder em liberdade ao processo por associação criminosa armada. A líder dos black blocs e os ativistas Camila Jourdan e Igor D'Icarahy deixaram a prisão nesta quinta-feira – 18 estavam foragidos e outros dois continuam presos pela morte do cinegrafista Santiago Andrade.

Sininho é acusada em depoimento de ter "roubado" o companheiro da ativista Anne Josephine Louise Marie Rosencrantz. Em represália, a traída relatou à polícia as articulações e os atos praticados pelos vândalos mascarados, como a tentativa de incendiar a Câmara de Vereadores do Rio.

O depoimento da estudante Anne Josephine, de 21 anos, foi prestado à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática no dia 11 de junho deste ano, na condição de testemunha. Ela contou manter relacionamento antigo com Luiz Carlos Rendeiro Júnior, o Game Over, de 25, com quem tem um filho de dois anos. Ele foi um dos 23 black blocs beneficiados pelo habeas corpus.

No ano passado, Game Over começou a namorar Sininho. Quando ela foi presa em flagrante, em outubro do ano passado, acusada de depredações, o rapaz foi fotografado abraçando-a. Sininho, chorosa, estava em um ônibus cheio de detidos. Colocou a cabeça e os braços para fora, agarrando-se ao então namorado. Ele, do lado de fora, parecia tentar consolá-la.

A divulgação da imagem incomodou Anne Josephine, que contou ter ouvido de Sininho a confirmação do romance com Game Over. "Sininho diz que ela e Game Over tinham um romance revolucionário", declarou a depoente.

O antagonismo entre Sininho e Anne Josephine acirrou-se no decorrer das manifestações. A estudante contou no depoimento que a rival costumava criticá-la. "Quando começou a frequentar os protestos, Sininho disse que a declarante deveria respeitar a hierarquia do movimento, que teria que conquistar seu espaço e não aproveitar de ser esposa de Game Over", informa a transcrição do depoimento anexado ao volume três do inquérito policial.

Anne Josephine contou à polícia que parte dos manifestantes, entre eles Game Over, impediu que Sininho consumasse o plano de atear fogo ao prédio da Câmara, na Cinelândia (centro do Rio), na noite de 7 de outubro passado.

"Na época em que começaram os atos violentos nos protestos, a declarante viu Sininho mandando manifestantes buscar três galões de gasolina. (...) Viu Sininho subindo a escada da Câmara e alguns manifestantes atrás dela carregando os três galões, de aproximadamente dez litros de gasolina. Alguns manifestantes comentaram que a atitude de Sininho poderia fazer com que eles fossem presos, que isso não havia sido combinado pelos manifestantes."

A depoente disse à polícia que "os galões de gasolina seriam utilizados para incendiar a Câmara" e que "Game Over e outros manifestantes ficaram contra Sininho e mandaram retirar os galões." Ao final do depoimento, Anne Josephine detalha as funções e o comportamento dos manifestantes apontados pela Polícia Civil como líderes da organização. Afirma ainda ter presenciado o consumo de drogas, como cocaína, por membros do grupo.

(Com Estadão Conteúdo)

O conflito israelo-palestino, os delinquentes e os cínicos


O Hamas e a Jihad Islâmica, que são grupos terroristas, e a Autoridade Palestina, reconhecida internacionalmente como governo legal dos palestinos, convocaram nesta sexta um “Dia de Fúria”, desta feita na Cisjordânia, o território controlado pelo Fatah, grupo ao qual pertence Mahmoud Abbas, presidente da AP. O esforço, como se vê, é para levar o caos da Faixa da Gaza, onde se dá a guerra entre Israel e o Hamas, para a Cisjordânia, que vivia dias naturalmente tensos, mas estava relativamente em paz. Que líder, com um mínimo de responsabilidade, faz essa escolha? Confrontos com as forças israelenses fizeram cinco mortos. Na Faixa de Gaza, a Al Aqsa, televisão controlada pelo Hamas, começou a divulgar canções pró-Intifada, pró-levante.

O confronto, até agora, já matou mais de 800 palestinos. São 36 os soldados israelenses mortos, maior número de baixas desde a Guerra do Líbano, em 2006. É lamentável? É. Faz-se necessário um cessar-fogo imediato? Sim. E quem não permite que isso aconteça? O Hamas, que é, desde sempre, a força agressora nesse conflito — pouco importa o que cada um de nós pense sobre a questão israelo-palestina. Para um cessar-fogo, o Hamas exige o fim do bloqueio a Gaza. Ora, isso é o que eles já pediam, usando essa reivindicação como justificativa para jogar seus milhares de foguetes contra Israel. Se, antes da reação militar, Israel não cedeu — no que fez muito bem —, por que cederia agora?

Contabilidade de mortos não confere superioridade moral a ninguém, especialmente quando um dos lados do conflito, como é sabido, recorre a escudos humanos. Israel hesitou em dar início à ofensiva terrestre — e tratei aqui desse assunto — porque é claro que o resultado seria terrível, dadas as características demográficas de Gaza e a forma de luta escolhida pelo Hamas, que não distingue civis de homens em guerra.

O governo brasileiro continua a produzir delinquências políticas a respeito. Marco Aurélio Garcia, assessor especial da presidente Dilma para assuntos internacionais, afirmou, por exemplo, que há um “genocídio” em Gaza. É ideologia rombuda misturada a ignorância. Acusar os judeus, que foram vítimas da tentativa de extermínio nazista — este, sim, genocida —, de tal prática é só uma das formas de negar o Holocausto. Mas nada me surpreende nessa gente.

Garcia, um prosélito vulgar de causas ruins, escreveu um texto com ataques a Israel num desses panfletos de esquerda de que se serve o governo. A política externa brasileira virou uma chanchada macabra. O Itamaraty, como se sabe, emitiu uma nota em que condena explicitamente a ação israelense, ignorando solenemente os ataques do Hamas. A chancelaria de Israel afirmou que a opinião do governo brasileiro era irrelevante. Indagado a respeito, Garcia diz que não responderia ao “sub do sub do sub”. A ignorância é sempre arrogante.

Se há mesmo vozes dispostas a falar em nome da paz, a única coisa sensata a fazer neste momento é apelar para que o Hamas aceite o cessar-fogo para que se possa abrir um corredor humanitário em Gaza para atender as vítimas. E termino com uma questão que pede uma resposta. O Hamas jogava milhares de foguetes em Israel sob o pretexto de pedir o fim do bloqueio a Gaza. Israel não cedia porque o grupo quer as fronteiras abertas para que possa se armar com o propósito de atacar o país. A situação estava se tornando insustentável, e uma nova incursão a Gaza seria fatal se os terroristas não suspendessem seus ataques. O mundo ficou calado diante da escalada do Hamas. Nesse contexto, o que restava a Israel senão se defender?


Os que se calaram antes diante da ação terrorista agora se dizem chocados com o número de mortos? Isso não é piedade, mas cinismo.

GOVERNO DO PT EMPORCALHA O BRASIL PERANTE O MUNDO



PT apoia o que há de pior no mundo. A barbeiragem do governo que ofendeu judeus, árabes e brasileiros. (Comentário de Paulo Eduardo Martins)

O Santander e a falsa guerra entre ricos e pobres. Ou: Banco só afirmou o que todos dizem. Ou ainda: Falcão exibe cabeça dos demitidos como um troféu e um desagravo!


Ai, que preguiça!

O Santander enviou a clientes seus com renda superior a R$ 10 mil uma análise que já se tornou carne de vaca na imprensa, nos mercados, nos meios políticos, no Congresso, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapé. A síntese do texto é a seguinte: se Dilma voltar a subir nas pesquisas, haverá deterioração dos indicadores econômicos. E o banco sugere a seus clientes que consultem o gerente para que este sugira as melhores opções de investimento. O comunicado é este, publicado pela Folha.

comunicado

Retomo

Sabem o que eu tenho a lamentar aí? Apenas a língua portuguesa. Sugiro ao Santander que recomende ao redator da estrovenga um curso intensivo da “Inculta & Bela”, que, no caso acima, é pura sepultura e nenhum esplendor. É preciso de um pouco de boa vontade para entender o texto. Nem Dilma redigindo uma “composição” de próprio punho seria capaz de barbarizar tanto.

Dito isso, vamos ao que interessa. Os petistas e seus acólitos estão tentando fazer escarcéu, acusando o banco de fazer campanha eleitoral ou sei lá o quê. Como o comunicado chegou aos clientes com renda acima de R$ 10 mil, tenta-se transformar a avaliação numa espécie de conspiração dos ricos. Chamar pessoas com renda de R$ 10 mil de “ricas” é demagogia.

O Santander não falou nada que o mercado não esteja falando. O Santander não falou nada que a imprensa não esteja falando. O Santander não falou nada que os próprios petistas não estejam falando. Aliás, Lula já usou essa questão para fazer proselitismo.

Um banco também é um orientador de investimentos e tem o direito de fazer avaliações a seus clientes, ora essa! Estão tentando fazer tempestade em copo d’água. A pressão sobre o banco foi grande, e a instituição emitiu a seguinte nota:

“O Santander esclarece que adota critérios exclusivamente técnicos em todas as análises econômicas, que ficam restritas à discussão de variáveis que possam afetar os investimentos dos correntistas, sem qualquer viés político ou partidário. O texto veiculado na coluna ‘Você e Seu Dinheiro’, no extrato mensal enviado aos clientes do segmento Select, pode permitir interpretações que não são aderentes a essa diretriz. A instituição pede desculpas aos seus clientes e acrescenta que estão sendo tomadas as providências para assegurar que nenhum comunicado dê margem a interpretações diversas dessa orientação.”

A redação melhorou, apesar do “aderentes a essa diretriz”. O “esclarecimento” só se fez necessário porque se criou uma falsa questão: o banco estaria fazendo campanha eleitoral. É bobagem das grossas. Digam-me: se o Santander tivesse anexado cópia de reportagens da Folha, da VEJA, do Estadão do Globo com essa mesma informação, seria diferente? A deterioração de indicadores econômicos quando aumentam as chances de reeleição de Dilma é só pregação de antipetistas ou é um dado do mundo dos fatos?

Ora… Essa gritaria é só  mais uma pecinha publicitária que busca criar a guerra entre pobres e ricos, colocando, claro!, os bancos como os grandes vilões, a serviço dos endinheirados. É mesmo, é? Tão logo se divulguem os dados sobre doações eleitorais, vamos ver quanto cada um doou para quem.

O presidente do PT, Rui Falcão, deixou claro que o PT pediu algumas cabeças. Leio na Folha: “Já houve um pedido de desculpas formal enviada à Presidência. [...] A informação que deram é que estão demitindo todo o setor que foi responsável pela produção do texto. Inclusive gente de cima. E estão procurando uma maneira resgatar o que fizeram”.

Eis aí. Chegamos ao ponto em que afirmar que dois mais dois são quatro pode render cabeças se isso não for do agrado do partido oficial.