Por Políbio Braga
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sábado, 26 de julho de 2014
O PT oficial e o PT clandestino
Por Félix Maier
Lula foi uma liderança sindical criada e incentivada pelo
general Golbery do Couto e Silva, “o bruxinho que era bom”, para neutralizar o
projeto político de Leonel Brizola junto à classe trabalhadora, quando
ocorresse a redemocratização, assim como para neutralizar as lideranças da
esquerda radical, de modo que os idos de março de 1964 não se repetissem.
O “Lula secreto”, que no início dos anos 1970 tomou aulas de
sindicalismo na Johns Hopkins University, nos EUA, sempre foi uma figura dúbia,
de tal modo que Guido Mantega o considerava um “burguês” a serviço das
montadoras e chegou até a boicotar um texto dele em um jornaleco esquerdista.
Romeu Tuma Jr., no livro Assassinato de Reputações, afirma que Lula era um
informante dos militares, conhecido como “Barba”, era amigo pessoal do delegado
Romeu Tuma e, quando esteve preso, tinha muitas regalias, como não ficar atrás
das grades, mas em uma espécie de prisão domiciliar.
Passados esses anos todos, descobriu-se que Lula, o “cabo
Anselmo do ABC”, conseguiu enganar a todos, a começar por Golbery, que
acreditava ter ajudado a criar uma oposição “digerível”, o Partido dos
Trabalhadores (PT). O “Barba” provou que não é um democrata, mas uma figura
desprezível que se ligou a tiranos sanguinários comunistas, como Fidel Castro,
para transformar toda a América Latina em uma nova União Soviética. A União das
Nações Sul-Americanas (Unasul), por acaso, não lembra a URSS?
O PT, em sua trajetória, sempre provou ser um partido
autoritário, em que prevalece a ética leninista de que os fins almejados
justificam os meios sujos utilizados. Provas? O PT não apoiou o candidato
presidencial Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, não assinou a Constituição de
1988, detonou o presidente Collor de Mello com seu “governo paralelo, instituiu
o “orçamento participativo” em muitos municípios, tirando as prerrogativas dos
vereadores, não apoiou Itamar Franco em um momento difícil, foi contra o Plano
Real e a responsabilidade fiscal, – além de outros arroubos autoritários que
veremos adiante.
A história do PT é, principalmente, a história de Lula. Há o
PT oficial (e o Lula oficial), propagado pela mídia, e o PT clandestino (e o
Lula clandestino), escondido pela mídia. O PT oficial participou da
Constituinte, embora tenha se negado a assinar a Constituição, por não ser
stalinista como desejava. O PT clandestino quis retirar da Constituição a
prerrogativa das Forças Armadas, no que diz respeito à garantia da lei e da
ordem (GLO), com o intuito de enfraquecer a ultima ratio de defesa da
democracia. Tanto é verdade que, quando Lula foi eleito presidente, seu governo
criou a Força Nacional de Segurança, para substituir as Forças Armadas em ações
internas.
Em 1989, Lula foi o candidato a presidente do PT oficial.
Derrotado nas urnas, entrou em ação o PT clandestino e seu desavergonhado
“governo paralelo”, com o objetivo de derrubar Collor. Depois de ampla campanha
contra o presidente, em que se destacou o serviço secreto do PT, dirigido pelo
araponga cubano-brasileiro José Dirceu, com a criação de dossiês e enxurrada de
denúncias obtidas por petistas enquistados no governo, Collor foi destituído da
presidência. Durante a “CPI dos anões do Congresso”, Esperidião Amin apelidou o
serviço secreto petista de “PTPol”, a Interpol do PT. Coitado de Collor!
Comparado às falcatruas perpetradas por Lula e pelo PT até os dias de hoje, com
destaques para o “mensalão” e o Pasadenagate, Collor não passa de um pivete pé
de chinelo.
Um fato grave do PT clandestino ocorreu naquela época, que
não teve a devida repercussão na grande mídia. Um antigo guarda-costas de Fidel
Castro, Juan Reinaldo Sánchez, autor do livro A vida secreta de Fidel, afirma
que espiões cubanos participaram das campanhas presidenciais de Lula, desde
1989. E que os médicos cubanos, recém-contratados por Dilma Rousseff no
programa Mais Médicos, não passam também de espiões a serviço de Cuba - um
verdadeiro cavalo-de-troia comunista montado pelos “gregos” petistas, uma cunha
cubana cravada no coração do Brasil.
O PT oficial nasceu defendendo a ética e pedia CPI para
tudo. No entanto, ao comandar as primeiras prefeituras, apareceu a força do PT
clandestino, com denúncias de corrupção aos montes, seja em Ribeirão Preto (Antonio
Palocci), seja em Santo
André (Celso Daniel), ou em São José dos Campos
(Ângela Guadagnin, a “dançarina da pizza”). Quando o petista Paulo de Tarso
Venceslau, em 1997, denunciou as falcatruas de Lula e do PT, a única
providência do PT foi expulsá-lo do partido, como é de praxe nesses casos.
Provou-se que o PT é composto, não por donzelas puras, mas por vestais
grávidas.
Em 1990, após a derrubada do Muro de Berlim e o início da
implosão da URSS, o PT clandestino entrou em ação com força total. Sem nada
divulgar para a imprensa, Lula e Fidel Castro criaram o Foro de São Paulo, o
qual tinha três objetivos imediatos: salvar o regime cubano, depois que Moscou
deixou de remeter gorda mesada a Cuba, impedir o ingresso do México no NAFTA e
eleger Lula presidente do Brasil. O objetivo estratégico do Foro, que engloba
partidos políticos e movimentos esquerdistas em geral, além de grupos
terroristas como as FARC, é comunizar toda a América Latina, tendo Cuba como
farol ideológico. A Venezuela de Chavez-Maduro é o que hoje mais se aproxima
desse objetivo final, seguido pela Bolívia de Evo Cocales, o Equador de Rafael
Correa, a Argentina de Cristina Kirchner, a Nicarágua de Daniel Ortega e – last
but not least – o Brasil de Lula-Dilma.
O atual ministro das Relações Exteriores do PT oficial,
embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, é mera figura decorativa, depois
que o Itamaraty foi jogado no limbo pelo PT, não servindo para nada. O Inglês,
que é o Esperanto que deu certo, chegou a ser retirado da prova obrigatória de
candidatos ao Itamaraty. Para que falar a língua de Shakespeare, se o cara sabe
falar “nóis pega os peixe”? Como prova da subserviência do Itamaraty à
ideologia bolivariana, vale lembrar os vergonhosos casos de ingerência do
Brasil e da Unasul em assuntos externos, como o asilo político concedido ao
presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaia, e a crise do impeachment do
presidente Fernando Lugo, no Paraguai, ocasião em que se aproveitou para
expulsar o Paraguai do Mercosul e acolher a Venezuela. Nem é preciso falar da
posição do governo petista (“anão diplomático”) frente a Israel, sempre
apoiando os terroristas do Hamas, como se o país judeu não tivesse o elementar
direito de defender sua população contra os milhares de foguetes disparados de Gaza.
No entanto, a direção da política internacional está com o ministro do PT
clandestino, Marco Aurélio “top top” Garcia.
Romeu Tuma Jr., em seu livro Assassinato de Reputações,
enumera uma série de crimes cometidos pelo PT clandestino. Como exemplo, ele
cita o caso insepulto de Celso Daniel, fazendo uma pergunta até hoje não
respondida: “Por que Gilberto Carvalho ainda não caiu do caminhão?” Todos os
brasileiros não comprometidos com o petralhismo esperam que esta e outras
interrogações sejam respondidas no segundo livro de Tuma Jr., a ser publicado
nas vésperas das eleições de outubro. Segundo Tuma Jr., até a Polícia Federal
tem uma ala petista, que ele classifica de Gestapo do PT, cuja finalidade é
confeccionar dossiês de adversários políticos. Ou seja, assassinar reputações.
Vale lembrar os dossiês feitos pelos petralhas contra os candidatos
presidenciais Roseane Sarney, José Serra, José Alckmin - além do próprio FHC.
O PT clandestino atua há bastante tempo no mundo virtual,
não só nestes tempos de ação webterrorista feita por Franklin Martins para
alavancar a reeleição de Dilma Rousseff - com o auxílio prestimoso do petista
de carteirinha José Dias Toffoli, ministro do STF e atual presidente do TSE,
que impediu que as urnas eletrônicas passassem por um teste público. É
crescente o uso da internet para ataques contra a imprensa e desafetos
políticos, configurando-se verdadeira guerrilha digital. Um exemplo foi o
“tuitaço” promovido por Rui Falcão, presidente do PT, e simpatizantes contra a
revista Veja, que publica tanto os “malfeitos” da petralhada, quanto os dos
tucanos. Eles utilizam robôs e perfis peões, para fazer crer que houve grande
adesão a um movimento, como #vejabandida. O # (hashtag ou marcador) colocado na
frente de uma palavra ou expressão compete por atenção na rede. Em 2011, o PT
lançou o Núcleo de Militância em Ambientes Virtuais. “A utilização massiva da
internet, das redes sociais e de blogueiros amestrados faz parte das táticas de
engodo e manipulação da verdade no Brasil”. Na China, os “peões” que defendem o
governo comunista recebem 50 centavos por cada inserção de apoio. No Brasil,
quanto ganham os insetos da falconaria petralha para assassinar as reputações
de Aécio Neves e Eduardo Campos?
Até este insignificante escriba da internet é patrulhado por
petistas. Um blog baba-ovo, com o nome de Os amigos do presidente Lula, colocou
na internet a calúnia de que eu sou um “falsificador de cartas”. As cartas têm
autoria, não inventei nada, apenas postei textos recebidos de colaboradores. Ainda
estou pensando se processo ou não o difamador. Por ora, o link está aí,
especialmente para o deleite dos petralhas, para que conheçam as cartas
postadas por mim no site Usina de Letras e espumem de raiva.
Hoje em dia, devido ao poder imperial que adquiriu, de
feição fascista, sem uma oposição efetiva, o PT já realiza ações clandestinas à
luz do sol. Um exemplo é o decreto nº 8243, assinado por Dilma Rousseff, de
modo a instalar conselhos (sovietes) e comissões em todos os órgãos públicos.
Tal decreto é apenas o eco de num outro decreto, feito por um órgão de
hierarquia superior, ao qual o PT está inteiramente subjugado: o onagro
vermelho que se chama Foro de S. Paulo. O jurista Ives Gandra alerta para o
perigo de tal ignomínia ser colocada em prática, tirando as prerrogativas do
Congresso Nacional. Na verdade, o decreto de Dilma segue o modelo bolivariano
de assalto às instituições, de modo a implantar um governo totalitário no
Brasil como o que existe em
Cuba. Espero que os congressistas rejeitem tal patifaria.
Outro projeto petista é convocar para setembro deste ano um
plebiscito popular por uma constituinte exclusiva, de modo que o povo
brasileiro dê carta branca ao projeto de acelerar a cubanização do País. Tal
canalhice começou a ser levantada pelo PT depois das manifestações de junho de
2013 e agora toma novo fôlego. Por que o PT tem tanta pressa em realizar tal
plebiscito? Como a reeleição de Dilma Rousseff não está garantida, com o
crescimento de apoio da população aos candidatos Aécio Neves e Eduardo Campos,
o PT quer acelerar o processo de comunização do País.
Se o PT oficial realiza ações cada vez mais ousadas, às
claras, tendo em vista tornar o Brasil um país comunista, tendo Cuba como
modelo, o que estaria neste momento fazendo o PT clandestino? Importando armas
de Cuba e da Venezuela para armar suas futuras milícias, a exemplo do MST, do
mesmo modo como fazia o comunista Salvador Allende quando foi presidente do
Chile? Não sei. Tratando-se do PT, o pior ainda pode acontecer, porque infelizmente
estamos vivendo em uma autêntica República dos Bandidos.
Fonte: Mídia Sem Máscara
RUMOS INDESEJÁVEIS
O governo petista de Lula da Silva que não entregará
facilmente as delícias do poder está sempre pronto a demonstrar o descalabro de
sua política internacional. No momento assiste-se ao aprofundamento da
bananificação do Brasil, cada vez mais convertido em republiqueta de Terceiro
Mundo com as conhecidas marcas esquerdistas e consequente atrelamento ao que há
de pior no exterior.
Isto ficou evidente no recente encontro dos Brics, em
Fortaleza, quando o governo petista sagrou-se de novo campeão de tiro no pé ou
pela culatra, ao perder a presidência para a Índia do Novo Banco de
Desenvolvimento criado pelo grupo. A China não abriu mão da sede da entidade
ficar em Xangai e postos menos relevantes foram distribuídos ao Brasil, Rússia
e África do Sul. Foi criado também o Arranjo Contingente de Reservas, uma
espécie de FMI de segunda categoria para dar ajuda aos componentes do bloco.
Tudo para funcionar nas calendas gregas.
Negócios da China
foram feitos com a China pela governanta, mas, impressionante mesmo foram as
conquistas do presidente Russo, Vladimir Putin. Alvo de sanções econômicas dos
Estados Unidos e da União Europeia devido à anexação da Criméia, Putin recebeu
apoio dos BRICS e adentrou-se com mais força na América Latina. No Brasil, para
usar de ironia, ele poderá anexar, por exemplo, o nordeste e instalar nas
paradisíacas e quentes praias nordestinas confortáveis dachas a serem
usufruídas pelos camaradas da elite branca russa. Algo muito melhor do que a
gelada Sibéria.
Putin, o expansionista não brinca em serviço, além de usar a
cúpula dos Brics para reduzir seu isolamento internacional aproximou-se da
União das Nações Sul-Americanas (Unasul), criada pelo falecido Chávez e propôs
integrá-la à União Econômica Euroasiática que inclui, além da Rússia, países de
sua influência como o Casaquistão e a Bielo-Rússia. Ele defendeu muitas outras
ideias, como o aumento do peso político dos BRICS através de fóruns como contraponto
a ONU, às políticas norte-americanas e de seus aliados. Putin assinou vários
acordos com a governanta e foi embora satisfeito com seu êxito.
Enquanto isso, a Guine Equatorial deve ser integrada à
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), apoiada pelo Brasil. O país
africano é governado pelo ditador Teodoro Obiang, alvo de várias denúncias de
violação de direitos humanos, tortura e censura. Isto, aliás, não é novidade,
pois o Brasil tem se posicionado há quase 12 anos a favor dos piores ditadores.
A última do governo brasileiro foi continuar contra Israel e
a favor do grupo terrorista e radical islâmico, Hamas. Não foram levados em
conta os mais de 2.000 foguetes lançados diariamente sobre Israel, os túneis
cavados em Gaza e que vão dar em escolas e hospitais israelenses, a não
aceitação do Hamas em fazer uma trégua. É como se o governo petista achasse
que, se alguém entrasse numa casa armado com uma faca para ferir mortalmente o
morador armado com um revólver esse dissesse: “Por favor, me mate, pois não vou
me defender”.
O governo Rousseff mandou o Itamaraty chamar o embaixador
brasileiro em Tel Aviv ,
assim como puxou as orelhas do representante israelense em Brasília, pois
considerou o uso desproporcional da força por Israel. Isto nunca foi feito com
relação á Cuba, Venezuela, Bolívia ou mesmo Coreia do Norte onde Lula abriu uma
embaixada. Sobre a Criméia nem uma palavra e todo apoio ao camarada Putin. De
fato o Brasil atestas nanismo diplomático.
Marco Aurélio Garcia disse que o ataque a Israel é um
genocídio contra os palestinos. Vejamos nossos dados que certamente o assessor
da Internacional da Presidência desconhece:
Segundo matéria de Gil Alessi, (UOL, São Paulo, 27/05/2014),
“conforme dados de 2012, neste ano nossa taxa de homicídio alcançou o patamar
mais elevado, com 29 casos por 100 mil habitantes”. “O índice considerado ‘não
epidêmico’ pela Organização Mundial da Saúde é de 10 mortes por cada grupo de
100 mil habitantes”.
“Em 2012 foram 56.337 mortes, o maior número desde 1980” . “O total supera o de
vítimas no confronto da Chechênia que durou de 1994 a 1996” .
Sem dúvida, é melhor o governo brasileiro se preocupar com
essa situação do que meter o nariz onde não deve, pois não tem moral para isso.
Recorde-se que Israel, um pequeno país que brotou do deserto
é hoje um dos mais desenvolvidos do mundo. De lá saem praticamente todos os
Prêmios Nobel e o conjunto de invenções que fazem avançar a ciência, a
tecnologia e a medicina para o bem da humanidade. Quanto a nós, realmente,
somos muito pequenos diante disso.
Estes são alguns de nossos indesejáveis rumos
internacionais, orquestrados pelo PT. Outros péssimos caminhos, inclusive,
internos ficam para um próximo artigo.
Fonte: A Verdade Sufocada
_____________________
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
Genoino pede à Justiça progressão de regime
Agência Brasil
O ex-deputado José Genoino, condenado na Ação Penal 470,
processo do mensalão, pediu à Justiça do Distrito Federal progressão de regime.
Segundo a defesa, desde o dia 22 de julho, Genoino tem direito a passar do
regime semiaberto para o aberto por ter cumprido um sexto da pena, período que
garante a progressão.
A data prevista para a concessão do benefício é 24 de
agosto. No entanto, os advogados alegam que o cumprimento da pena no atual
regime expirou devido aos 34 dias que o condenado tem de crédito, por ter
trabalhado dentro do presídio.
“Em virtude de atividades realizadas no presídio - tanto
trabalho, quanto estudo - o sentenciado tem direito a remição de parte de sua
pena, o que antecipou para 22 de julho de 2014 o cumprimento do interstício
mínimo de 1/6 (um sexto) necessário para a progressão de regime”, afirma a
defesa.
Genoino teve prisão decretada no dia 15 de novembro do ano
passado e chegou a ser levado para o Presídio da Papuda, no Distrito Federal.
Mas, por determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim
Barbosa, ganhou o direito de cumprir prisão domiciliar temporária, uma semana
após a decretação da prisão. Em abril, o ex-parlamentar voltou a cumprir pena
de quatro anos e oito meses no presídio.
O ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas, condenado na
mesma ação, também já pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a concessão da
progressão de regime. O ex-tesoureiro começou a cumprir pena no dia 15 de
novembro do ano passado e já teria direito a passar para o regime aberto no dia
14 de setembro, ao completar dez meses de prisão no semiaberto.
Os advogados argumentam que ele já cumpriu o prazo,
descontando os dias trabalhados fora da prisão, em uma empresa de engenharia, e
em cursos à distância. De acordo com informações da Vara de Execuções Penais do
Distrito Federal, Lamas tem direito à progressão desde o dia 15 de junho.
Por causa do recesso do Supremo, o pedido foi encaminhado ao
vice-presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, responsável por decidir
questões urgentes até o dia 1º de agosto. Na última quarta-feira (23),
Lewandowski pediu o parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e,
em seguida, o caso deve ser decidido pelo ministro Luís Roberto Barroso,
responsável pelas execuções das penas dos condenados.
De acordo com o Código Penal, o regime aberto deve ser
cumprido em uma Casa
do Albergado, para onde os presos devem retornar somente para dormir. Em muitos
casos, diante da inexistência do estabelecimento nos sistemas prisionais
estaduais, os juízes determinam que o preso fique em casa e cumpra algumas
regras, com horário para chegar ao domicílio, não sair da cidade sem
autorização da Justiça e manter endereço fixo.
Fonte: Jornal do Brasil
Resposta a Guilherme Boulos, o vigarista delirante que, atendendo às ordens de seu partido, quer me eliminar do debate. E, claro, ele avança no antissemitismo também!
Guilherme Boulos, o dono do MTST, o autointitulado Movimento
dos Trabalhadores Sem Teto, escreveu uma coluna na Folha Online com ataques a
mim. Já publiquei seu texto no blog com uma breve resposta. Vamos, agora, a
considerações nem tão breves. Sua coluna segue em vermelho, interrompida por
considerações minhas, em azul.
A direita brasileira já foi melhor. Teve nomes como Roberto
Campos e José Guilherme Merquior entre seus quadros, formulando sobre teoria
econômica e política internacional. Naquele tempo, a direita recorria a
argumentos, além do porrete. Hoje restou apenas o porrete, aplicado a esmo sem
maiores requintes de análise.
Haviam me dito, e eu achava, sim, tratar-se de um erro, que
esse cara era melhor. Já vivi o bastante para acertar na primeira impressão —
quase sempre ao menos. Se há crítica vulgar, intelectualmente vigarista,
picareta mesmo, é esta: “A direita brasileira já foi melhor”. Dez entre dez
esquerdistas mixurucas, como é o caso desse rapaz, a repetem. Dizer o quê? Em
primeiro lugar, esquerdistas não são exatamente bons juízes da qualidade da
direita. Em segundo lugar, sempre que se buscam os tais “direitistas melhores”,
eles não variam muito: Merquior (que nem de direita era) e Campos. Em terceiro
lugar, note-se que, para eles, direitistas respeitáveis estão necessariamente
mortos. Como esquecer que, vivo, Merquior foi alvo de um abaixo-assinado promovido
por amiguinhos de Marilena Chaui, inconformados com o fato de que o intelectual
apontara um óbvio plágio no livro “Cultura e Democracia”, de autoria da
sedizente “filósofa”? Ela havia traduzido sem querer, sabem?, algumas páginas
de um livro de Claude Lefort. Na obra desta senhora, em suma, havia coisas
novas e boas. As novas não eram boas, e as boas não eram novas… E Campos?
Durante anos foi tratado como mero conspirador, chamado jocosamente de “Bobby
Fields” pelas esquerdas, que o consideravam americanista e entreguista. Aí eles
morreram. Foram alçados ao panteão dos “direitistas melhores”.
Só para constar: nem Merquior nem Campos formularam “sobre”
(para empregar a regência energúmena de Boulos) política internacional ou
política econômica respectivamente. Isso é só a voz da ignorância posando de
sábia. Vá se instruir, rapaz! Quanto a porrete, dizer o quê? A esquerda radical
conta a sua história em cadáveres; os liberais, em direitos individuais.
Impressiona o baixo nível intelectual dos representantes da
direita no debate público nacional. Não elaboram, não buscam teoria nem
referências. Não fazem qualquer esforço para interpretar seriamente a
realidade. Apenas atiram chavões, destilando preconceitos de senso comum e ódio
de classe.
É um artigo ginasiano. Eu escrevi uma coluna sobre Boulos na
Folha. Está aqui. Ele, como se vê, responde. Comparem os textos. Avaliem quem
apela à teoria e quem se limita ao xingamento. Ele baba, sim, mas ignorei esse
aspecto em meu artigo porque não é relevante. Como? Esforço para interpretar
seriamente a realidade??? Quer dizer que, caso eu me dedique a esse ofício, vou
necessariamente concordar com ele? O link do meu artigo está aí. Procurem lá os
“preconceitos de senso comum e ódio de classe”. Se eu me considerasse um bom
juiz das esquerdas, eu diria que elas já foram melhores, não é? Já houve Caio
Prado. Hoje, há Guilherme Boulos.
Reinaldo Azevedo é hoje o maior representante dessa turma.
Com 150 mil acessos diários em seu blog mostra que há um nicho de mercado para suas
estripulias.
Ao lado dele tem gente como Rodrigo Constantino, aquele que
se orgulha das viagens a Miami e se despontou como legítimo defensor dos
sacoleiros da Barra da Tijuca.
Antes os intelectuais de direita iam fazer estudos em Paris. Agora vão comprar
roupas em Miami. Sinal
dos tempos e das mentes.
Você está errado! A média diária é superior a 200 mil
acessos. O mercado para as minhas estripulias é bem maior. Nunca estive em Miami. E não é por
preconceito. Só entro em avião em último caso — e não há um último caso que
possa me levar pra lá. A ignorância de Boulos é assombrosa até quando tenta
fazer alguma ironia. Paris sempre foi a Meca dos intelectuais de esquerda. Os
liberais, que ele chama “direita”, preferem outras praças, onde a guilhotina, por
herança e atavismo, não separa o pensamento do pescoço. Boulos me decepciona um
pouco. Passaram-me a impressão de que estávamos, sei lá, diante de um Marat dos
Trópicos, de um Saint-Just da Vila Madalena… É só um Zé-Mané que não ouviu o
número necessário de “nãos” quando era criança e se transformou em um pivete de
classe média repetindo chavões do igualitarismo.
Dispostos a tudo para fazer barulho no debate público, mas
sem substância em suas análises, aproximam-se frequentemente de um discurso
delirante.
Qual é a “substância” das “análises” de Boulos? Qual é o
pensamento desse chefe de milícia? Por que ele não produz teoria demonstrando a
economicidade de sua luta? Por que ele não evidencia, também no campo da
teoria, que o roubo da propriedade alheia é uma forma eficiente de
redistribuição da riqueza? Esse rapaz tem a arrogância própria dos ignorantes —
e isso, sim, é um traço de classe. Mas é agora que a coisa começa a ficar
divertida.
Reinaldo Azevedo jura que o governo petista quer construir o
comunismo no Brasil. E vejam, ele não está falando do Lula de 1989, mas do
governo do PT de 2003 a
2014. Sim, o mesmo que garantiu lucros recordes aos bancos e empreiteiras na
última década. Que manteve as bases da política econômica conservadora e que
nem sequer ensaiou alguma das reformas populares historicamente defendidas pela
esquerda. Neste governo que, com muito esforço, pode ser apresentado como
reformista, ele enxerga secretas intenções socializantes. Certamente com o
apoio da Odebrecht e de Katia Abreu. Só no delírio…
Vamos lá. Se alguém encontrar algum texto em que eu “jure”
ou mesmo sugira que o PT quer construir o comunismo no Brasil, paro de fazer
este blog, de escrever minhas colunas na Folha e de falar na Jovem Pan. Boulos
não suportou as verdades que eu disse sobre ele em minha coluna e decidiu
responder, dizendo mentiras sobre mim. Ao contrário, rapaz! Eu sempre fiz pouco
caso da profissão de fé socialista do PT. Eu considero seus amiguinhos
oportunistas, Boulos! Comunistas, não! São defeitos de caráter distintos. O
arquivo do meu blog está aí, à disposição. Já escrevi centenas de textos sobre
a intimidade do PT com o setor financeiro e suas relações incestuosas com o
capital.
Boulos não reconhece os limites da lei e do estado de
direito. Dentro de sua deformação essencial, no entanto, poderia ser um
debatedor honesto, mas ele não é. Honestidade no debate de ideias requer
informação e formação intelectual, o que ele não tem. Atribuir ao outro o que
ele não pensa — e nunca escreveu — para contestá-lo não é só coisa de um mau
debatedor; é coisa de um mau-caráter.
Para ele, João Goulart é que era golpista em 64.
Não! Eu afirmei que a democracia morreu em 1964 por falta de
quem a defendesse — Goulart inclusive. E, sim, ele flertou com o golpe, está
documentado, mas não levou a ideia adiante porque lhe faltaram condições. Vá
estudar, ignorante!
Os black blocs são amigos do ministro Gilberto Carvalho.
Gilberto Carvalho confessou em entrevista que fez várias
reuniões com eles. Se são “amigos”, não sei. Interlocutores, com certeza!
Fatos.
E as pessoas só são favoráveis às faixas exclusivas de
ônibus por medo de serem acusadas de elitistas. Ah sim, sem esquecer que a
mídia brasileira – a começar pelas Organizações Globo – é controlada
sistematicamente pela esquerda.
Ele baba, ele xinga. Ofende os fatos e fantasia perigos.
Lembra, embora com menos poesia, dom Quixote atacando os moinhos de vento.
Boulos acha que pode invadir o pensamento alheio mais ou
menos como invade a propriedade alheia. A referência às faixas é patética. Eu
me referia a um dado em particular da pesquisa, segundo o qual os motoristas de
carros defendem as faixas. É simples: não há razão objetiva para isso. Mas não
me estenderei a respeito: os 47% de “ruim e péssimo” e os 15% de “ótimo e bom”
de Haddad, seu amiguinho, argumentam por mim.
E, é evidente, nunca escrevi que a “mídia brasileira” —
expressão que não emprego — é controlada pela esquerda. O que digo, de forma
inequívoca, é que a imprensa veicula, majoritariamente, valores de esquerda.
Fatos.
Eu babo? Eu xingo? Boulos não é aquele rapaz que prometeu
fazer correr sangue durante a Copa se suas reivindicações não fossem atendidas?
Quanto ao mais, dizer o quê? Referir-se a Dom Quixote para atacar um adversário
que ele pretende tão desprezível é só mais uma expressão saliente de burrice.
Boulos deve ter lido no Google que o Quixote era um passadista maluco, que
buscava restaurar um tempo irremediavelmente perdido etc. Não, meu velho! A
disputa que há lá é de valores. Não me sinto à altura da personagem, nem por
associação de ideias.
A pérola mais recente é escabrosa: Israel seria vítima do
marketing internacional do Hamas. No momento em que o mundo vê a olhos nus
centenas de palestinos serem massacrados na Faixa de Gaza, ele denuncia uma
conspiração internacional de mídia contra o Estado de Israel. Encontrou eco no
também direitista delirante Luis Felipe Pondé, em artigo nesta Folha.
Teoria da conspiração vá lá, até pode ter seu charme; mas,
como dizia Napoleão, entre o sublime e o ridículo há apenas um passo. Reinaldo
Azevedo e seus sequazes já atravessaram faz tempo esta fronteira.
De fato, os textos que têm se prestado a publicar acerca do
genocídio na Palestina já superaram o ridículo. Chegaram ao cinismo. Dizer que
as crianças mortas na Faixa de Gaza são marketing é uma afronta do mesmo nível
da deputada sionista que defendeu o extermínio em série das mulheres palestinas
para impedir a procriação. É apologia covarde ao genocídio e ao terrorismo de
Estado.
Afirmar que há um genocídio de palestinos ultrapassa o
limite da delinquência intelectual: é um crime moral, especialmente quando se
atribui a ação genocida aos judeus. Não é preciso ser muito sagaz para perceber
que se está diante de uma das várias expressões da negação do Holocausto. E é
claro que esse cara não me surpreende com essa afirmação asquerosa.
Boulos acredita que pode participar desse debate apelando a
citações do Google. Não pode, não! Eu o desafio a demonstrar que escrevi que
crianças mortas na Faixa de Gaza são puro marketing. É mentira! É coisa de um
vagabundo intelectual. O que aponto, sim, desde sempre, é o culto da morte
celebrado pelo Hamas. Publiquei neste blog um vídeo em que um porta-voz do
movimento terrorista concede uma entrevista defendendo abertamente a prática
dos escudos humanos. É Boulos, o filhinho de papai que está brincando de
socialismo, a acusar os outros de cruzar a fronteira do ridículo?
A direita se diferencia da esquerda, dentre outras coisas,
pela análise dos fatos. Mas não por criar fatos ou ignorá-los. Ao menos quando
tratamos de uma direita séria.
A “análise” que esse cara faz da guerra entre Israel e o
Hamas demonstra o apego que tem aos fatos. Falta-lhe a honestidade básica para,
ao menos, responder ao que o outro efetivamente escreve ou pensa. Dispenso-me
de indagar o que ele acha dos mais de dois mil foguetes que o Hamas disparou
contra Israel em 15 dias.
No caso de Reinaldo Azevedo e dos seus, estamos num outro
campo. Não é apenas a direita. É uma direita delirante. A psiquiatria clínica é
clara: negação dos dados da experiência, somada a uma reconstrução da realidade
pela fantasia chama-se delírio. Aqui há ainda o agravante da fixação em temas
recorrentes. PT, movimentos populares e mais uns dois ou três.
Huuummm… Falou o especialista em psiquiatria! É evidente que
eu não esperaria que ele fosse, nessa área, um exemplo de ética. Como se nota,
num mundo em que Boulos
estivesse no poder, eu seria mandado para o hospício ou para um campo de
reeducação. É o burguesote radical convertido em líder de sem-teto que vem
falar em negação dos dados da experiência? É Guilherme Boulos, que se pretende
líder até do movimento dos sem-iPhone, que vem falar em fantasia?
Um delírio em si é inofensivo. O problema é quando começa a
juntar adeptos, movidos por ódio, preconceitos e mentiras. É assim que nascem
os movimentos fascistas. Quem defende extermínio higienista em Gaza também deve
defendê-lo no Complexo do Alemão ou em Paraisópolis.
Extermínio higienista em Gaza? Mas Israel está fora de Gaza
faz tempo! Quem elimina seus adversários no território é o Hamas. E as vítimas
são os próprios palestinos.
Quem vem falar de movimento fascista? O cara que cerca a
Câmara dos Vereadores para impor no berro a sua vontade? O cara que organiza a
sua milícia para furar a fila dos cadastrados que estão à espera de casa? O
cara que cassa dos paulistanos o direito constitucional de ir e vir? O cara que
ameaça fazer correr sangue se a sua vontade não for satisfeita? O cara que
decide tomar na marra terrenos cuja propriedade é regular e legal? Fascista é
Boulos. Fascista e antissemita!
Reinaldo Azevedo certamente ainda não representa um risco
político real, mas o crescimento de seus seguidores é um sintoma preocupante da
intolerância e desapego aos fatos que ameaçam o debate público no Brasil.
Atenção! Ele está fazendo um alerta, viu, pessoal!? Boulos,
a exemplo do PT — e ele não passa de mero estafeta do petismo —, também acha que
faço mal ao debate público. Por isso o seu partido me botou na tal lista negra.
Ora, o que ele está sugerindo? Que eu seja eliminado enquanto é tempo! O
sujeito que não respeita a Constituição, que não respeita o Código Penal, que
não respeita o Código Civil, que ignora as regras mais elementares da
convivência civilizada, está fazendo um alerta: eu e meus seguidores ameaçamos
“o debate público”. Vocês já me viram liderando milícias por aí?
É um engano imaginar que Boulos se distingue no PT. É a
pessoas como ele que recorrem os Gilbertos Carvalhos e Fernandos Haddads da
vida. Vocês acham o quê? Que as suas ações delinquentes durante a votação do
Plano Diretor da cidade não estavam devidamente coordenadas com o partido e com
o prefeito? Quando Lula fala em se reaproximar dos movimentos sociais, pensa em
gente como esse rapaz. Ele é parte essencial da máquina autoritária petista.
Não, meus caros! Boulos, PT e toda essa gente não vão
construir o socialismo no Brasil. Socialismo não há mais. Eles são, isto sim, é
autoritários. E têm o anseio de tomar o lugar da sociedade. Foi assim que esse
bestalhão se tornou hoje o agente imobiliário mais importante de São Paulo.
Ele está bravo comigo porque decidi prestar atenção a seu
movimento. Eu e o Ministério Público de São Paulo. Hoje, ele se tornou um
coronel urbano, o dono do programa de habitação da cidade. Haddad, o seu
aliado, mantém escondido o cadastro das pessoas à espera de casa. É preciso que
fique claro: boa parte da ação de Guilherme Boulos é crime caracterizado no
Código Penal.
Ele fala em fatos… Pois é. A Folha, o jornal em que ele
escreve, decidiu visitar uma das invasões que ele promove, no bairro do
Morumbi. Não havia pessoas lá. Só barracas. Seus invasores eram de mentirinha.
Os sem-teto de Boulos não existem — não no número que ele alardeia. Mas existe
o MTST, o aparelho.
Compreendo. Não se chega a ser um Boulos na vida sem ser
também um vigarista.
INQUÉRITO DA POLÍCIA LIGA ‘BLACK BLOCS’ DE RIO E SÃO PAULO
Black blocs do Rio e de São Paulo trocam
informações
frequentemente e atuam juntos
|
Polícia Civil do Rio fez a ligação durante investigação que
os levou à prisão.
Rio - O inquérito da Polícia Civil do Rio que investigou
ativistas e resultou na decretação de prisão preventiva de 23 pessoas – medida
revogada nesta quinta-feira, 24, pelo desembargador Siro Darlan – também reuniu
indícios de que black blocs de São Paulo e do Rio trocam informações
frequentemente e atuam juntos em pelo menos algumas manifestações.
Uma ligação telefônica interceptada com autorização judicial
às 12h31 do dia 2 de julho indica que Camila Jourdan procurou uma pessoa de São
Paulo chamada Priscila pedindo informações sobre “a vinda de pessoas de São
Paulo para as manifestações do dia 13 de julho, final da Copa no Rio de
Janeiro”. Também é citado um homem identificado apenas como Feijão, até agora
não identificado pela polícia.
No mesmo dia, às 16h38, Camila pede a outro ativista, Igor
D’Icarahy, que confirme a existência de área para hospedar “as pessoas que vêm
de São Paulo”.
A viagem dos ativistas de São Paulo foi descartada devido à
prisão de ativistas, no dia 12 de julho. (Fábio Grellet/Agência Estado)
Fonte: Diário do Poder
Traição amorosa de Sininho ajudou polícia a prender black blocs
Por VEJA
Sininho e Game Over: amores roubados (Fabio Motta/AE)
|
Em depoimento à polícia, jovem afirmou que Sininho
"roubou" seu namorado e contou que black blocs impediram que ela
consumasse seu plano de atear fogo ao prédio da Câmara dos Vereadores do Rio
Uma traição amorosa envolvendo Elisa Quadros Pinto Sanzi, a
Sininho, ajudou a polícia do Rio de Janeiro a identificar os black blocs que
organizaram atos violentos no Rio de Janeiro. Sininho e mais 22 ativistas que
tiveram ordem de prisão preventiva decretada na última sexta-feira obtiveram o
direito de responder em liberdade ao processo por associação criminosa armada.
A líder dos black blocs e os ativistas Camila Jourdan e Igor D'Icarahy deixaram
a prisão nesta quinta-feira – 18 estavam foragidos e outros dois continuam
presos pela morte do cinegrafista Santiago Andrade.
Sininho é acusada em depoimento de ter "roubado" o
companheiro da ativista Anne Josephine Louise Marie Rosencrantz. Em represália,
a traída relatou à polícia as articulações e os atos praticados pelos vândalos
mascarados, como a tentativa de incendiar a Câmara de Vereadores do Rio.
O depoimento da estudante Anne Josephine, de 21 anos, foi
prestado à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática no dia 11 de junho
deste ano, na condição de testemunha. Ela contou manter relacionamento antigo
com Luiz Carlos Rendeiro Júnior, o Game Over, de 25, com quem tem um filho de
dois anos. Ele foi um dos 23 black blocs beneficiados pelo habeas corpus.
No ano passado, Game Over começou a namorar Sininho. Quando
ela foi presa em flagrante, em outubro do ano passado, acusada de depredações,
o rapaz foi fotografado abraçando-a. Sininho, chorosa, estava em um ônibus
cheio de detidos. Colocou a cabeça e os braços para fora, agarrando-se ao então
namorado. Ele, do lado de fora, parecia tentar consolá-la.
A divulgação da imagem incomodou Anne Josephine, que contou
ter ouvido de Sininho a confirmação do romance com Game Over. "Sininho diz
que ela e Game Over tinham um romance revolucionário", declarou a
depoente.
O antagonismo entre Sininho e Anne Josephine acirrou-se no
decorrer das manifestações. A estudante contou no depoimento que a rival
costumava criticá-la. "Quando começou a frequentar os protestos, Sininho
disse que a declarante deveria respeitar a hierarquia do movimento, que teria
que conquistar seu espaço e não aproveitar de ser esposa de Game Over",
informa a transcrição do depoimento anexado ao volume três do inquérito
policial.
Anne Josephine contou à polícia que parte dos manifestantes,
entre eles Game Over, impediu que Sininho consumasse o plano de atear fogo ao
prédio da Câmara, na Cinelândia (centro do Rio), na noite de 7 de outubro
passado.
"Na época em que começaram os atos violentos nos
protestos, a declarante viu Sininho mandando manifestantes buscar três galões
de gasolina. (...) Viu Sininho subindo a escada da Câmara e alguns
manifestantes atrás dela carregando os três galões, de aproximadamente dez
litros de gasolina. Alguns manifestantes comentaram que a atitude de Sininho
poderia fazer com que eles fossem presos, que isso não havia sido combinado
pelos manifestantes."
A depoente disse à polícia que "os galões de gasolina
seriam utilizados para incendiar a Câmara" e que "Game Over e outros
manifestantes ficaram contra Sininho e mandaram retirar os galões." Ao
final do depoimento, Anne Josephine detalha as funções e o comportamento dos
manifestantes apontados pela Polícia Civil como líderes da organização. Afirma
ainda ter presenciado o consumo de drogas, como cocaína, por membros do grupo.
(Com Estadão Conteúdo)
O conflito israelo-palestino, os delinquentes e os cínicos
O Hamas e a Jihad Islâmica, que são grupos terroristas, e a
Autoridade Palestina, reconhecida internacionalmente como governo legal dos
palestinos, convocaram nesta sexta um “Dia de Fúria”, desta feita na
Cisjordânia, o território controlado pelo Fatah, grupo ao qual pertence Mahmoud
Abbas, presidente da AP. O esforço, como se vê, é para levar o caos da Faixa da
Gaza, onde se dá a guerra entre Israel e o Hamas, para a Cisjordânia, que vivia
dias naturalmente tensos, mas estava relativamente em paz. Que líder, com um
mínimo de responsabilidade, faz essa escolha? Confrontos com as forças
israelenses fizeram cinco mortos. Na Faixa de Gaza, a Al Aqsa, televisão
controlada pelo Hamas, começou a divulgar canções pró-Intifada, pró-levante.
O confronto, até agora, já matou mais de 800 palestinos. São
36 os soldados israelenses mortos, maior número de baixas desde a Guerra do
Líbano, em 2006. É lamentável? É. Faz-se necessário um cessar-fogo imediato?
Sim. E quem não permite que isso aconteça? O Hamas, que é, desde sempre, a
força agressora nesse conflito — pouco importa o que cada um de nós pense sobre
a questão israelo-palestina. Para um cessar-fogo, o Hamas exige o fim do
bloqueio a Gaza. Ora, isso é o que eles já pediam, usando essa reivindicação
como justificativa para jogar seus milhares de foguetes contra Israel. Se,
antes da reação militar, Israel não cedeu — no que fez muito bem —, por que
cederia agora?
Contabilidade de mortos não confere superioridade moral a
ninguém, especialmente quando um dos lados do conflito, como é sabido, recorre
a escudos humanos. Israel hesitou em dar início à ofensiva terrestre — e tratei
aqui desse assunto — porque é claro que o resultado seria terrível, dadas as
características demográficas de Gaza e a forma de luta escolhida pelo Hamas,
que não distingue civis de homens em guerra.
O governo brasileiro continua a produzir delinquências
políticas a respeito. Marco Aurélio Garcia, assessor especial da presidente
Dilma para assuntos internacionais, afirmou, por exemplo, que há um “genocídio”
em Gaza. É ideologia rombuda misturada a ignorância. Acusar os judeus, que
foram vítimas da tentativa de extermínio nazista — este, sim, genocida —, de
tal prática é só uma das formas de negar o Holocausto. Mas nada me surpreende
nessa gente.
Garcia, um prosélito vulgar de causas ruins, escreveu um
texto com ataques a Israel num desses panfletos de esquerda de que se serve o
governo. A política externa brasileira virou uma chanchada macabra. O
Itamaraty, como se sabe, emitiu uma nota em que condena explicitamente a ação
israelense, ignorando solenemente os ataques do Hamas. A chancelaria de Israel
afirmou que a opinião do governo brasileiro era irrelevante. Indagado a
respeito, Garcia diz que não responderia ao “sub do sub do sub”. A ignorância é
sempre arrogante.
Se há mesmo vozes dispostas a falar em nome da paz, a única
coisa sensata a fazer neste momento é apelar para que o Hamas aceite o
cessar-fogo para que se possa abrir um corredor humanitário em Gaza para
atender as vítimas. E termino com uma questão que pede uma resposta. O Hamas
jogava milhares de foguetes em Israel sob o pretexto de pedir o fim do bloqueio
a Gaza. Israel não cedia porque o grupo quer as fronteiras abertas para que
possa se armar com o propósito de atacar o país. A situação estava se tornando
insustentável, e uma nova incursão a Gaza seria fatal se os terroristas não
suspendessem seus ataques. O mundo ficou calado diante da escalada do Hamas.
Nesse contexto, o que restava a Israel senão se defender?
Os que se calaram antes diante da ação terrorista agora se
dizem chocados com o número de mortos? Isso não é piedade, mas cinismo.
GOVERNO DO PT EMPORCALHA O BRASIL PERANTE O MUNDO
PT apoia o que há de pior no mundo. A barbeiragem do governo
que ofendeu judeus, árabes e brasileiros. (Comentário de Paulo Eduardo Martins)
O Santander e a falsa guerra entre ricos e pobres. Ou: Banco só afirmou o que todos dizem. Ou ainda: Falcão exibe cabeça dos demitidos como um troféu e um desagravo!
Ai, que preguiça!
O Santander enviou a clientes seus com renda superior a R$
10 mil uma análise que já se tornou carne de vaca na imprensa, nos mercados,
nos meios políticos, no Congresso, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha
de sapé. A síntese do texto é a seguinte: se Dilma voltar a subir nas
pesquisas, haverá deterioração dos indicadores econômicos. E o banco sugere a
seus clientes que consultem o gerente para que este sugira as melhores opções
de investimento. O comunicado é este, publicado pela Folha.
Retomo
Sabem o que eu tenho a lamentar aí? Apenas a língua
portuguesa. Sugiro ao Santander que recomende ao redator da estrovenga um curso
intensivo da “Inculta & Bela”, que, no caso acima, é pura sepultura e
nenhum esplendor. É preciso de um pouco de boa vontade para entender o texto.
Nem Dilma redigindo uma “composição” de próprio punho seria capaz de barbarizar
tanto.
Dito isso, vamos ao que interessa. Os petistas e seus
acólitos estão tentando fazer escarcéu, acusando o banco de fazer campanha
eleitoral ou sei lá o quê. Como o comunicado chegou aos clientes com renda
acima de R$ 10 mil, tenta-se transformar a avaliação numa espécie de
conspiração dos ricos. Chamar pessoas com renda de R$ 10 mil de “ricas” é
demagogia.
O Santander não falou nada que o mercado não esteja falando.
O Santander não falou nada que a imprensa não esteja falando. O Santander não
falou nada que os próprios petistas não estejam falando. Aliás, Lula já usou
essa questão para fazer proselitismo.
Um banco também é um orientador de investimentos e tem o
direito de fazer avaliações a seus clientes, ora essa! Estão tentando fazer
tempestade em copo d’água. A pressão sobre o banco foi grande, e a instituição
emitiu a seguinte nota:
“O Santander esclarece que adota critérios exclusivamente
técnicos em todas as análises econômicas, que ficam restritas à discussão de
variáveis que possam afetar os investimentos dos correntistas, sem qualquer
viés político ou partidário. O texto veiculado na coluna ‘Você e Seu Dinheiro’,
no extrato mensal enviado aos clientes do segmento Select, pode permitir
interpretações que não são aderentes a essa diretriz. A instituição pede
desculpas aos seus clientes e acrescenta que estão sendo tomadas as
providências para assegurar que nenhum comunicado dê margem a interpretações
diversas dessa orientação.”
A redação melhorou, apesar do “aderentes a essa diretriz”. O
“esclarecimento” só se fez necessário porque se criou uma falsa questão: o
banco estaria fazendo campanha eleitoral. É bobagem das grossas. Digam-me: se o
Santander tivesse anexado cópia de reportagens da Folha, da VEJA, do Estadão do
Globo com essa mesma informação, seria diferente? A deterioração de indicadores
econômicos quando aumentam as chances de reeleição de Dilma é só pregação de
antipetistas ou é um dado do mundo dos fatos?
Ora… Essa gritaria é só
mais uma pecinha publicitária que busca criar a guerra entre pobres e
ricos, colocando, claro!, os bancos como os grandes vilões, a serviço dos
endinheirados. É mesmo, é? Tão logo se divulguem os dados sobre doações
eleitorais, vamos ver quanto cada um doou para quem.
O presidente do PT, Rui Falcão, deixou claro que o PT pediu
algumas cabeças. Leio na Folha: “Já houve um pedido de desculpas formal enviada
à Presidência. [...] A informação que deram é que estão demitindo todo o setor
que foi responsável pela produção do texto. Inclusive gente de cima. E estão
procurando uma maneira resgatar o que fizeram”.
Eis aí. Chegamos ao ponto em que afirmar que dois mais dois são quatro pode render cabeças se isso não for do agrado do partido oficial.
Eis aí. Chegamos ao ponto em que afirmar que dois mais dois são quatro pode render cabeças se isso não for do agrado do partido oficial.