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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Forças Armadas perdem seus cérebros.

Baixos salários e atraso tecnológico fazem com que 653 oficiais da elite militar do país pendurem as fardas.
O ex-coronel da FAB Nehemias Lacerda. Foto - Veja
Aos quinze anos, o baiano Victor Dalton já tinha o desejo de seguir a carreira militar. Deixou a casa dos pais em Porto Seguro (BA) e viajou sozinho a Campinas (SP) para ingressar na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em 1999. Após uma passagem na Academia Militar das Agulhas Negras, foi aprovado no vestibular de engenharia da computação do Instituto Militar de Engenharia (IME), um dos mais difíceis do país. “Recebi uma promoção para o posto de capitão quando me formei. Sempre gostei do meu trabalho. Mas, depois que me casei, os gastos aumentaram e eu tive de dar um jeito na situação”, conta. Victor tinha onze anos de Exército, e pouco mais de um ano de casado, quando decidiu batalhar por outro emprego. Quando passou no concurso para ser analista legislativo na Câmara dos Deputados, seu salário triplicou, de pouco mais de 5.000 para 16.000 reais.

A história do ex-capitão ilustra a fuga de cérebros que atinge as Forças Armadas brasileiras. Nos últimos três anos, outros 652 oficiais pediram baixa das três Forças. A debandada aumentou 63% de 2011 a 2013. Esse grupo inclui a elite militar do país, formada em centros de excelência, como o IME e o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica). O número de engenheiros que deixaram a farda, por exemplo, cresceu 153% e chegou a 92 no ano passado. Só no primeiro mês deste ano, outros onze já abandonaram a carreira militar em busca de salários maiores na iniciativa privada e de uma ascensão profissional mais rápida. No total, restam pouco mais de 1.700 engenheiros entre os mais de 500.000 militares brasileiros.

Essa “deserção” tem impacto direto em grandes projetos no país com participação dos militares, seja porque nenhuma empreiteira se interessou ou porque as empresas contratadas não conseguiram cumprir o contrato. Obras como a construção da BR-163 (que liga o Pará ao Rio Grande do Sul) e a recuperação da BR-319 (do Amazonas a Rondônia), tocadas por batalhões de engenharia do Exército, foram paralisadas por problemas operacionais. A primeira apresentou “deficiência” no projeto de execução, enquanto a segunda teve falhas no estudo do impacto ambiental, de acordo com o Tribunal de Contas da União.

Uma das promessas da campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010, a transposição do Rio São Francisco tornou-se um verdadeiro vexame para a gestão petista e para os militares brasileiros. Até o projeto básico de um trecho sob responsabilidade do Exército, o da Bacia do Nordeste Setentrional, foi considerado deficiente pelo TCU. Para a realização de um projeto hidroviário no rio, o governo teve de contratar, em 2012, o Exército americano.

Outro fator de preocupação é a defesa cibernética brasileira. Embora um centro militar de estudos no setor tenha sido criado em 2012, o país permanece frágil perante os ataques. Apenas no ano passado, os sites da Polícia Federal, Senado, IBGE, Ministério dos Esportes, Cultura e Cidades foram atacados e deixados momentaneamente fora do ar. O próprio ministro da Defesa, Celso Amorim, chegou a ressaltar a dificuldade de manter profissionais dentro das Forças. “Precisamos ter formação de pessoal e garantir que eles continuem trabalhando para nós. Frequentemente se ouve sobre alguém que era muito bom e foi trabalhar em uma multinacional”, afirmou em novembro.

A questão salarial é, de fato, um dos motivos que levam a essa fuga. Em 2000, um capitão da Marinha ganhava o equivalente a dezoito salários mínimos. Hoje, o poder de compra caiu pela metade. Enquanto isso, a revolução tecnológica e o fenômeno das start-ups também atraem os profissionais mais qualificados para a iniciativa privada. “Conforme eu crescia na hierarquia militar, passei a receber atribuições administrativas. Mas a minha vocação era trabalhar como pesquisador”, conta o ex-coronel da FAB Nehemias Lacerda. Formado em engenharia pelo ITA, depois de trinta anos na Aeronáutica ele decidiu abrir sua própria empresa. Na carteira de clientes em busca de soluções de engenharia estão Embraer, Vale, Votorantim e multinacionais como General Motors, Ford e Philips.

A competição entre a carreira militar e a iniciativa privada é uma guerra desigual, com enorme vantagem para o campo adversário das Forças Armadas. Neste ano, o Ministério da Defesa foi o que sofreu o maior corte entre as pastas. O orçamento caiu de 4,5 bilhões em 2013 para 3,5 bilhões de reais neste ano. A perspectiva de grandes inovações vindas dos militares é tão distante quanto as suas principais realizações – como a primeira transmissão de telégrafo no país, em 1851, na Escola Militar do Rio de Janeiro.

Gleisi não enxerga nem a Petrobras, Gilberto Carvalho vislumbra uma conspiração encabeçada por FHC, Renan não vê coisa nenhuma e Rui Falcão entra na briga com o apoio do companheiro André Vargas

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“A chefa não viu problema nenhum em Pasadena, não viu nada de errado na Abreu e Lima e avisou que, em respeito aos superiores interesses do governo e da nação, nessa ordem, não está conseguindo enxergar direito nem a Petrobras”, avisou um dos 77 funcionários de confiança de Gleisi Hoffmann, durante a solenidade que anunciou a candidatura da senadora ao título de Homem sem Visão de Abril. “Ela está disposta a tudo para se juntar ao timaço abrilhantado por gente como Ideli Salvatti, Marilena Chauí e Dilma Rousseff, entre outras maravilhas femininas da fauna nacional contempladas com o troféu. Além do mais, ela ganha de goleada no quesito estampa &  fachada”.

Como André Vargas não pôde inscrever-se por ter arrebatado o HSV de Fevereiro, o melhor amigo do doleiro Alberto Yousseff  vai pedir um jatinho emprestado para ajudar a eleger o companheiro Rui Falcão. O presidente do PT credenciou-se para entrar na briga de foice ao não enxergar nenhuma ligação entre o PT e o deputado do PT do Paraná que o PT indicou para a vice-presidência da Câmara.

Ao saber da entrada em campo dos dois craques, Renan Calheiros escalou um dos 12 mil servidores comissionados do Senado para protocolar sua candidatura. Antes de embarcar rumo a São Paulo num jatinho da FABTur requisitado pelo presidente da Casa do Espanto, o servidor público teve de decorar a mensagem manuscrita que o chefe enfiou em seu bolso: “Quem nunca viu nada de errado em nenhum governo de nenhum partido merece mais que o troféu mensal: merece ser o HSV do Ano”.

Conforme informou a reportagem sobre a entrega do título de março a Luís Roberto Barroso, o caixa-preta Gilberto Carvalho conseguiu autorização para ingressar na disputa antes que abril começasse. A exceção foi aberta porque o secretário-geral da Presidência enxergou no rebaixamento da nota de crédito do Brasil uma conspiração que juntou Aécio Neves e a agência S&P, sob a supervisão de Fernando Henrique Cardoso.


É só campeão em campanha, leitores-eleitores! Outras feras se preparam para entrar na jaula! Quem será o vencedor? Ou vencedora? Que vença o pior!

Investidores da Eletrobras estudam ação externa contra CVM por aliviar condenação à União

 
Já prejudicados e escandalizados com as denúncias de corrupção e má gestão na Petrobras, investidores internacionais agora se espantam com mais uma piada econômica produzida pelo governo brasileiro. Acionista controladora da Eletrobras, a União fez uma indecorosa proposta à Comissão de Valores Mobiliários para compensar a condenação em um processo sancionador que gerou alto prejuízo ao setor elétrico. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi sugerido como palestrante de um evento para educar o mercado de capitais contra práticas de conflito de interesses.

A piada econômica do século ficou mais sem graça ainda porque o Comitê de Termo de Compromisso da CVM considerou “oportuna”, “por seu singular caráter sócio educativo”, a proposta da Procuradoria da Fazenda Nacional. Se a sugestão for aceita, além do processo ser encerrado, ficará evidente mais um conflito de interesses. Afinal, a CVM é uma autarquia do Ministério da Fazenda. Investidores já pensam em acionar a Justiça de Nova York, onde ações da Eletrobras são negociadas, para questionar a falta de legitimidade da CVM brasileira para cuidar de problemas que envolvam empresas de economia mista, onde o acionista majoritário, a União, dita as regras do jogo.

O caso é gravíssimo. A gestora norueguesa Skagen, no papel de acionista minoritária, acusou a União de ter votado "em situação de conflito de interesses" na assembleia da Eletrobras, em 2012, que aprovou a renovação das concessões no setor elétrico. Por causa da manobra, viabilizada por vários atos normativos desde a edição da MP 579 em meados de setembro de 2012 até o início de dezembro de 2012, em vez de ter dado um prejuízo de R$ 6,3 bilhões em 2013, a Eletrobras poderia ter obtido uma receita extra de R$ 19 bilhões, se não tivesse feito a burrada da renovação antecipada junto com o recebimento de indenização abaixo do valor esperado pela Eletrobras.

A União descumpriu o artigo 115, parágrafo primeiro, da Lei das Sociedades Anônimas. Segundo a regra, o acionista deve exercer o direito a voto no interesse da companhia. O voto torna-se abusivo se for exercido com o fim de causar dano à empresa ou a outros acionistas, além de obter vantagem que possa resultar em prejuízo para a companhia e outros acionistas. A adesão à renovação antecipada das concessões, imposta pelo governo Dilma, implicou na renúncia ao direito de contestação judicial da indenização. Quem ganhou com isto foi o acionista controlador. A indenização prevista na MP 579 foi inferior ao valor que a Eletrobras entendia lhe ser devido.

Se a União fosse julgada pela CVM e considerada culpada, estaria criado mais um problema contra Dilma Rousseff. Poderia ser pedido seu impeachment (por abuso de poder e confisco de propriedade). Como a CVM tende a partir para a tese do “evento com pizza”, restará aos investidores ingressarem com uma Ação Coletiva de Responsabilidade Civil, via Procurador Geral da Republica, para resolver o caso. Ou, então, uma ação judicial semelhante, na Corte de Nova York.

O problema é cristalino. A esfera administrativa no mercado de capitais virou piada no Brasil. A CVM não é independente. È uma autarquia do Ministério da Fazenda. Logo, quando há conflito de interesses, não tem condições de arbitrar nada no mercado de capitais, sempre que o governo estiver envolvido como acionista majoritário de alguma "estatal" de economia mista (coisa que só nosso capimunismo tem).   

O desgoverno petralha se supera a cada lambança. Além da manobra criativa para não ser punido no escândalo Eletrobras, a turma do Palhaço do Planalto também aposta no burro plano de patrocinar uma inconstitucional CPI do Fim do Mundo, para fingir que investiga tudo e todos na Petrobras e adjacências, justamente para acabar na costumeira impunidade ampla, geral e irrestrita. A Presidenta Dilma Rousseff, controlada remotamente pelo Presidentro Lula, produz mais uma pérola para os anais da falência econômica, pela via do intervencionismo estatal. 

Coisas de uma República Sindicalista da Banânia, sob regime Capimunista, onde os governantes raciocinam com o intestino e, literalmente, grandes bundões são elevados à categoria de “pensadores”. Em um lugar assim, investir é coisa para maluco – bem definido como o sujeito que rasga dinheiro.

Emaluqueceu


Fim do mundo para Dilma

Se a CPMI da Petrobras for realmente ampliada, ao arrepio da lei, Dilma Rousseff tem tudo para ser ainda mais abalada que a escandalosa compra da refinaria Pasadena – que já recebe o apelido politicamente jocoso de “Passadilma”.

Dilma corre o risco de ser investigada pelo caso Gemini – sociedade da Petrobras com a White Martins para produzir e comercializar Gás Natural Liquefeito (GNL).

O engenheiro João Vinhosa, que não cansa de denunciar o caso, explica porque Dilma tem tudo para se ferrar:

“Tal espúria sociedade – arquitetada no período em que Dilma acumulava os cargos de Ministra de Minas e Energia e presidente do Conselho de Administração da Petrobras – já deu, está dando e continuará a dar incomensuráveis prejuízos ao país, se não forem tapados os ralos que possibilitam a White Martins (se lhe aprouver) superfaturar legalmente contra a sociedade da qual ela é sócia majoritária, com 60% das quotas”.

Fato evidente

Segundo João Vinhosa, um aspecto fundamental diferencia o envolvimento de Dilma nos dois casos:

“A divisão de responsabilidade com os demais integrantes do Conselho de Administração que ela presidia. No caso da refinaria, tentam diluir a responsabilidade pela autorização da compra com todos os integrantes do Egrégio Conselho. No caso da Gemini, não há como diluir responsabilidades, pois categóricas denúncias foram protocoladas diretamente à Dilma durante anos. Se o medo dos que pediram a ampliação das investigações era o reflexo eleitoreiro (bater na Petrobras respingaria em Dilma), a coisa ficará muito pior com a entrada da Gemini na CPI”.

A propósito, vejam a matéria “Finalmente, Dilma saiu do armário... mas só um pouquinho!” publicada no Alerta Total.

Te cuida, petralhada...


Recadinho nada afetuoso dado pelo petista André Vargas, agora abandonado pela cúpula petista, quando renunciou à vice-Presidência da Câmara dos Deputados:

“Se não tiverem carinho, amor por mim, solidariedade por mim, a República cai, porque eu sei de tudo”.

O Ministério Público Federal e o povo brasileiro esperam que Andrezinho prove mesmo que sabe de tudo e abra o bico...

Viúva bomba

Se a CPMI do Fim do Mundo for instalada, o líder do Solidariedade, deputado Fernando Francischini (PR), já avisou que seu primeiro requerimento, se CPI for instalada, será para ouvir a viúva do ex-deputado federal José Janene (PP-PR), um dos pivôs do escândalo do mensalão no Congresso.

A viúva Stael Fernanda Janene cobra do doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato, o dinheiro de uma conta milionária que o falecido tinha no exterior.

Além de ter sido a ponte entre o doleiro Youssef e o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, Janene também era fortemente ligado ao ex-futuro presidente da Câmara dos Deputados, o petista André Vargas – que agora anda em desgraça com Lula e demais companheiros...

Homem da Mala? 


CPI do fim do mundo

O Senador Renan Calheiros empurrou com a barriga, para terça-feira que vem, a votação do relatório do colega Romero Jucá que cria a inconstitucional e ilegal comissão parlamentar mista de inquérito para investigar a Petrobras junto com vários escândalos que também incomodam a oposição, como as obras de metrô, em São Paulo, e o porto de Suape, em Pernambuco.

A intenção governista, arquitetada pelo Presidentro Lula, é atingir os adversários da presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), e Eduardo Campos (PSB-PE).

Além de espalhar a merda para apostar numa impunidade, o governo também joga com a grande demora que o Supremo Tribunal Federal deve levar para avaliar se é constitucional ou não adicionar temas múltiplos a uma CPI.

Manobra clara

O líder do PSDB, senador Aloysio Nunes (SP), explicou claramente qual é a manobra governista com a CPI ampla:

“Pelo fato de a maioria controlar a agenda das CPIs é que essa CPI do fim do mundo servirá apenas para obstaculizar a investigação da Petrobras, porque demorarão um tempo infinito sobre os outros aspectos que foram agregados a ela para nunca chegar à Petrobras. É esse o objetivo do governo. O problema é que essa CPI chapa branca é uma CPI diversionista, é para jogar areia nos olhos dos outros, apenas isso. Se quisessem apurar realmente metrô e etc., então, que constituíssem uma CPI autônoma. Eu seria o primeiro a assiná-la”.

Folha de Promissão


Capa de jornal que faz sucesso no interior de São Paulo...

Reféns do ratão


Um rato provocou histeria entre americanos dentro de um metrô em Nova York, nos EUA, na última segunda-feira.

Já pensou se o passageiro Jinais Ponnampadikkal Kader resolver dar uma voltinha pelos buracos do nosso Congresso Nacional, filmar os bichos e soltar no Youtube, como fez com o ratão novaiorquino?

Piadinha Leonina


Da série: somos obrigados a aguentar a piada, caladinhos... E rezando para que o Bacalhau não devore o Urubu no domingo...

Líder Rebelde


Abundância filosófica

Sobre a polêmica do poder filosófico da pensadora Valeska Poposuda, uma dúvida cruel:

É pior pensar com a bunda ou raciocinar com o intestino?


Respostas para nossa área de comentários...

O poder da anistia

Por Ernesto Caruso

O símbolo da pacificação, da integração e da monolítica identidade do território brasileiro — o insigne Duque de Caxias — além de toda uma vida de dedicação à Pátria, com folha e tempo de serviço incomparáveis, nos deixou mais uma lição na arte humanista do entendimento, compreensão, perdão e recomposição, dando mostras de magnanimidade, como representante e defensor do Estado, mesmo após os ensangüentados dez anos de luta na Guerra dos Farrapos, iniciada em 1835, no conturbado período da Regência a exigir pulso forte, para não fragmentar o solo já verde-amarelo, como ocorrido na América espanhola.

Nem guilhotina, nem fuzilamento, práticas do reinado de terror do passado próximo, da Revolução Francesa e do que o mundo iria assistir na Revolução comunista de 1917 na Rússia, ou do regime de Fidel Castro-Che Guevara em Cuba, de 1959 aos dias atuais. Mas, sim uma mensagem de PAZ, de LUZ, de ALMA.

"Uma só vontade nos una"

Proclamaram os vencedores de ambos os lados dos brasileiros audazes da Guerra Farroupilha, manifestando a enlevada intenção de pacificação, de energia e de prevalência da unidade. Prosseguindo, exclamam com determinação e admoestação: “Maldição eterna a quem ousar recordar-se das nossas dissensões passadas.”

A aspereza do xingamento serve de carranca para afugentar quem tentar romper a reconciliação. Demonstra o espírito que pairava sobre o abraço-compromisso do Estado com aqueles que ensarilharam as armas em nome de um Brasil Maior. E, conclui com apelo aos corações dos envolvidos, tendo à frente o Duque de Caxias: “União e tranqüilidade sejam de ora em diante nossa divisa”. Perdão e esquecimento prevaleceram. Este trecho da Paz de Poncho Verde está perpetuado no bronze e exposto no saguão do Clube Militar, na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro.

“Uma só vontade nos una! Maldição eterna a quem ousar recordar-se das nossas dissensões passadas. União e tranqüilidade sejam de ora em diante nossa divisa”. 01/03/1845 – 01/03/1945

O ensinamento, cinzelado ao longo da História e das tradições brasileiras, tem dado rumo às nossas Forças Armadas no trato da anistia concedida aos que se envolveram nos embates no pós 1964, no auge da bipolaridade, democracia, liberdade de ir e vir, pluralismo partidário, economia de mercado versus o comunismo, exportado pela Rússia, do partido único, da economia de estado,... e do Muro de Berlin, que sintetiza e representa a falta de liberdade de você ir para onde desejar.

Mas, enfim, assim pensavam os seus adeptos, e lutaram por seus ideais com armas e técnicas de combate, instruídos pelos manuais vermelhos de como fazer sabotagem, seqüestrar autoridades e aviões, aterrorizar para obter apoio, explodir aeroportos, etc, para que as posturas políticas e econômicas vividas pela Rússia fossem implantas no Brasil. Não conseguiram. Perderam. Foram anistiados, expiados pelo Estado, como os seus defensores pediram e foram atendidos, para que a anistia fosse ampla, geral e irrestrita; isto é, atingisse a todos os envolvidos, por quaisquer atos de atrocidades que tenham cometido, reincidentes ou não, sem limites, por prática criminosa com vestimenta política. Tudo perdoado a partir da lei e aperfeiçoamentos. Assassinato, seqüestro, tortura, roubo, assalto, formação de quadrilha. Quem delinqüiu, julgado ou não, condenado ou não, preso ou não, fugitivo ou não, foi PERDOADO. 

Ora, se o Estado concede anistia a quem praticou toda sorte de crime, não cabe punir quem deteve o criminoso, por mais que a ele se tenha igualado no nível de barbárie. Qual a diferença, ministros do governo Lula, entre um guerrilheiro comunista matar a coronhadas o tenente da PMSP, e um agente do Estado matar a coronhadas o guerrilheiro comunista? Pelo jeito, o terrorista deve ser anistiado e até indenizado. No sofrimento não há diferença. Nem na dor, no quadro de horror do crânio esfacelado, no sangue jorrando, nas famílias amarguradas.

Por sua vez o guerrilheiro adentrou nesse cenário de luta por opção, mas o agente em cumprimento do dever, por obrigação. Se não o fizesse, seria um desertor como Lamarca, traidor de um juramento. Alguns deles, guerrilheiros, terroristas, são impedidos de entrar nos Estados Unidos por conta do seqüestro do seu Embaixador. Nem a anistia brasileira os isentou do crime, anotado em alguma ficha sem prescrição. Na Ilha Grande do Caribe, modelo Fidel dos amigos Lula-Chávez-Morales, não há necessidade de anistia. Dos que lhe fizeram oposição em armas, vivos não estão.   

Cabia ao governo do presidente Lula, interpretado por seu ministro da Justiça, Tarso Genro, refutar o pretendido pela Justiça italiana até para não reabrir chagas mal cicatrizadas, se fossem bons os seus propósitos, e cuja manifestação encontrou eco no assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, que apoiou a decisão do governo de analisar pedido de abertura de inquérito sobre os militares brasileiros acusados de participar da Operação Condor. Recebeu reforço do ministro especial da Secretaria dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, que defendeu a anulação da Lei de Anistia. O recado vem de Lula, como no lançamento do livro "Direito à Memória e à Verdade", onde esteve presente, e encampa, agora, a palavra dos seus ministros.

Desta maneira, como acreditar no presidente que segundo as palavras do ex-Cmt do EB, Gen Albuquerque, em palestra no Clube Militar, disse que Lula, no seu primeiro encontro, abordou que era importante um esquecimento do passado de desencontros.  O general acreditou; deu essa impressão.

O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, lembra que os crimes dos quais são acusados os brasileiros, já prescreveram.  

Tudo indica uma preparação. Que os 18 do Forte nos inspirem numa razão de progressão geométrica.


Genoino passará por nova perícia médica no próximo sábado

O ex-deputado José Genoino, condenado a quatro anos e oito meses de prisão na Ação Penal 470, o processo do mensalão, vai passar por nova perícia médica, no sábado (12), às 14h, no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal. Com base no resultado da perícia, que será feita por uma equipe médica do Hospital Universitário de Brasília (HUB), o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, vai decidir se Genoino continuará em prisão domiciliar ou retornará ao Presídio da Papuda, no Distrito Federal.

Genoino teve prisão decretada em novembro do ano passado e chegou a ser levado para a Penitenciária da Papuda. Mas, por determinação de Barbosa, ganhou o direito de cumprir prisão domiciliar temporária. Durante o período em que ficou na Papuda, o ex-deputado passou mal e foi levado para um hospital particular.

O advogado do ex-parlamentar, Luiz Fernando Pacheco, defende que ele cumpra prisão domiciliar definitiva. De acordo com o advogado, Genoino é portador de cardiopatia grave e não tem condições de cumprir a pena em um presídio, por ser “paciente idoso, vítima de dissecção da aorta”. Segundo Pacheco, o sistema penitenciário não tem condições de oferecer tratamento médico adequado ao ex-parlamentar.

No dia 4 deste mês, a Câmara dos Deputados rejeitou o pedido de aposentadoria por invalidez, apresentado por Genoino. Com a decisão da Câmara, o ex-parlamentar deixou de receber o benefício integral de R$ 26,7 mil pagos aos parlamentares no exercício do mandato. No entanto, continua a receber aposentadoria por tempo de contribuição, no valor de R$ 20 mil por mês.


No laudo, a junta formada por quatro médicos concluiu, depois de analisar exames médicos complementares solicitados, que ele não é portador de invalidez que o impossibilite de trabalhar.

Para evitar "queima de arquivo", PF quer transferir doleiro do PT e da Petrobras para presídio de segurança máxima.


A Polícia Federal pediu autorização para transferir o doleiro Alberto Youssef (foto) para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Primeira prisão federal de segurança máxima, Catanduvas é destinada exclusivamente a presos de “alta periculosidade”. Youssef foi capturado no dia 17 de março pela Operação Lava Jato, investigação sobre lavagem de pelo menos R$10 bilhões. Ligado ao deputado André Vargas (PT-PR), Youssef é apontado como o cabeça do esquema. A Lava Jato apreendeu “documentos explosivos” com o doleiro, informam investigadores do caso.

Esses documentos podem indicar outras ligações de Youssef, inclusive com outros parlamentares. A investigação revela que o doleiro usou empresas de fachada para se infiltrar em órgãos públicos federais. Ele seria o verdadeiro dono da Indústria Labogen, que tentou contrato no Ministério da Saúde.

Youssef também é ligado ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, a quem presenteou com uma Range Rover Evoque, de R$ 250 mil. A PF pediu também a transferência de outro doleiro, Carlos Habib Chater. No pedido de remoção de Youssef e de Chater para Catanduvas, a PF argumenta que a carceragem da superintendência regional no Paraná é reservada para presos provisórios.

A PF considera recomendável o deslocamento de Youssef por causa da extensão da Lava Jato e suas implicações. Para os investigadores, a medida garantirá a integridade do doleiro e até de outras pessoas que se sentem ameaçadas com sua presença na custódia da corporação, em Curitiba. (Estadão)

PT cria estratégia para tumultuar julgamento de assessor pedófilo de Gleisi e testemunha sofre ameaças


gleisi_hoffmann_42Alta voltagem – Depois de melar a CPI da Petrobras, que por causa de manobra sórdida deve ser ampla, o PT parece disposto a tumultuar o julgamento do ex-assessor pedófilo de Gleisi Hoffmann na Casa Civil, Eduardo Gaievski. Um funcionário da prefeitura de Realeza, que testemunhou o ex-prefeito Gaievski assediando meninas menores e usando recursos da prefeitura para cometer seus estupros, foi ameaçado e pode desistir de depor.

Os advogados “padrão FIFA” contratados para defender o monstro da Casa Civil (acusado de 28 estupros de menores, 17 cometidos contra vulneráveis) e bancados pelo PT tentam tumultuar o processo alegando falhas processuais que supostamente poderiam anular o julgamento. Gleisi, que receia ter de passar boa parte da campanha para o governo do Paraná explicando as razões que a levaram a eleger um pedófilo perigosíssimo para cuidar das políticas federais para menores, avalia que atrapalhar o julgamento de Gaievski é mais importante do que enterrar a CPI da Petrobras.

Fora isso, a senadora tem outros casos cabeludos para explicar aos eleitores do Paraná. O coordenador de sua campanha é o deputado federal André Vargas, atolado em negócios nebulosos com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal no rastro da Operação Lava-Jato. Para complicar, Gleisi sequer pode alegar que não tinha conhecimento das ligações criminosas de Vargas com o doleiro.

Em 1999, o marido de Gleisi, Paulo Bernardo da Silva (atual ministro das Comunicações) era candidato a deputado federal pelo PT em Londrina. O coordenador de sua campanha era André Vargas, que ao final do trabalho tornou-se réu em processo por lavagem de dinheiro. Os recursos de caixa dois haviam sido obtidos junto a um conhecido doleiro de Londrina chamado Alberto Youssef, o mesmo que agora vem abalando as estruturas do desgoverno petista.


As relações próximas de Gleisi com André Vargas prosseguiram, sem interrupção. Na campanha de 2010, em que Vargas se elegeu deputado federal pelo PT, uma das doadoras de sua campanha foi a própria Gleisi Hoffmann, que desembolsou R$ 9 mil.

Conspiração contra a Venezuela

Por Pedro Corzo

É vergonhoso que a maioria dos governos dos países da América tenham sido capazes de se pôr de acordo em estabelecer uma espécie de política comum que só beneficia os regimes despóticos do hemisfério, sem considerar que com essa atitude deixam em absoluta falta de defesa os povos submetidos aos regimes autoritários.

A conduta de muitos dos políticos latino-americanos reflete, no melhor dos casos uma grande miopia e no pior, uma franca e aberta cumplicidade com os autocratas, situação confirmada na Assembléia da Organização de Estados Americanos (OEA), quando se impediu à deputada María Corina Machado expor a realidade que seu país padece sob o regime de Nicolás Maduro.

O povo cubano tem sido a vítima por antonomásia da estultícia, covardia e oportunismo dos líderes políticos do hemisfério. Apesar de que a política de desestabilização do governo de Cuba não havia mudado para seus pares do hemisfério, a maioria dos governos do continente modificou sua política para Havana, restabeleceu relações diplomáticas e comerciais com a ilha enquanto a OEA deu seu aval às mesmas.

A ditadura imperante na ilha não a impediu que se integrasse a organismos regionais, entre eles, as Cúpulas de Chefes de Estado e Governo da Ibero-América, ao extremo de que organizou alguns desses eventos. Nenhum governo reparou que Havana violava descaradamente os acordos nos quais se comprometia a respeitar os direitos humanos, a pluralidade e transparência política.

A nova vítima desta crônica negligência é a Venezuela. A confabulação dos governos a favor do despotismo se evidencia outra vez.

A dupla moral e a quebra dos valores que nossos governantes dizem defender, possibilitará que sejam mais os povos submetidos a ditaduras eleitorais, na qual os governantes vestidos de civil podem ser tão cruéis e desapiedados como os militares que lhes precederam. Maduro é um exemplo.

É conveniente fazer notar a rapidez e firmeza com a qual políticos, organizações sociais, setores intelectuais e governos identificados com o populismo eleitoral, atuam solidariamente quando um de seus iguais, ou próximo a seus interesses, são afetados negativamente por decisões que ponham em perigo a sobrevivência do aliado.

Conseqüente com esse compromisso, a delegação da Nicarágua solicitou que a sessão na qual a deputada venezuelana falaria fosse a portas fechadas, proposta a que os governos aliados ideológicos do castro-chavismo e os que se beneficiam do petróleo venezuelano, apoiaram sem reparo.

Posteriormente, outras manobras que evidentemente haviam sido previamente acordadas entre os que respaldam o regime de Maduro, impediram que na Sessão Ordinária do Conselho Permanente da OEA, a deputada María Corina Machado pudesse denunciar o que acontece em seu país.

É certo que o governo da Venezuela exerce uma chantagem vil com seu talão de cheques sobre muitos governos e que outros mandatários o respaldam porque sua aliança, diga-se de passagem, ideológica com Caracas assim o indica, porém o voto do Brasil, embora tipifique a apatia da maioria dos governos da América Latina sobre valores como a liberdade e os direitos humanos, é muito preocupante porque parece indicar que apesar de suas muitas potencialidades não está com capacidade de assumir a liderança hemisférica que se lhe supõe.

Se a conspiração orquestrada pela Venezuela para impedir que a deputada Machado falasse no conclave foi uma vitória pírrica, em particular, graças ao Panamá e os governos que apoiaram sua proposta, o regime de Maduro se auto-agravou quando reteve a deputada no aeroporto quando retornava ao país.

Essa detenção temporária, mais a obsessão de Diosdado Cabello para retirar de María Corina a imunidade parlamentar, a prisão de vários prefeitos e o incremento da repressão, demonstram que o regime não tem vontade de discutir com sinceridade os problemas do país e dar-lhes solução com a participação de setores independentes da sociedade.

O governo de Maduro está consciente do caráter político dos protestos, mas também sabe que se estenderam-se, apesar da repressão por várias semanas, é porque estão sustentadas em problemas reais da nação, como a existência de presos políticos, controle dos meios de comunicação, restrição às liberdades econômicas, a corrupção, a elevada inflação, insegurança pública e outras travas que prejudicam a cidadania.

Até o momento morreram muitas pessoas, em sua maioria estudantes e gente do povo que repudia a violência, o que deixa apreciar que Maduro confia devotadamente na capacidade dos repressores cubanos para submeter os manifestantes e no talento de Ramiro Valdés em construir um país modelado a seu gosto, onde os protestos sejam lembrados como um mal exemplo da democracia.



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Tradução: Graça Salgueiro

Presidente da Petrobras falará sobre denúncias em audiência pública na terça


Em audiência em maio de 2013, Graça Foster falou da confiança dos investidores na empresa
Em meio ao impasse quanto à criação de uma CPI para investigar a Petrobras, a presidente da estatal, Graça Foster, confirmou sua presença no Senado, na próxima terça-feira (15), para falar de denúncias como a que envolve a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Audiências previstas com Graça Foster e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, chegaram a ser canceladas com a insistência da oposição de instalar uma CPI exclusiva para apurar as denúncias.

Graça Foster será ouvida em audiência pública conjunta das Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). A iniciativa de organizar a reunião foi do presidente da CAE, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que diz ter ouvido da executiva o desejo de conversar com os senadores. Nas duas comissões, há requerimentos para que ela seja ouvida.

A pressão por uma investigação da Petrobras começou com a revelação de que a compra da refinaria de Pasadena, em 2006, teria causado prejuízo de cerca de US$ 1 bilhão e que o negócio fora aprovado por Dilma Rousseff, então presidente do Conselho de Administração da empresa.

Além da compra de Pasadena, os oposicionistas querem investigar denúncias de propina para obtenção de contratos; procedimentos que podem ter comprometido a segurança de trabalhadores e  de plataformas; e o custo de refinarias em construção no Brasil.

A disputa se dá porque o governo pressiona pela criação de uma CPI mais ampla, que investigue também supostas irregularidades nos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal e no Porto de Suape, em Pernambuco. É essa CPI ampliada que foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ) na última quarta-feira (9).


Há, ainda, a expectativa por uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, já que governo e oposição entraram com mandados de segurança para fazer valer seus pedidos. A relatora das duas ações na Corte é a ministra Rosa Weber.

Código de Honra Quatro Estrelas

Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva*

1- O dilema entre a lealdade e a disciplina não tem razão de ser quando silêncio e omissão contribuírem para causar um dano insuportável à nação e à Instituição, estas sim, e nesta ordem, credoras de sua lealdade. Aos superiores o militar deve, sim, obediência, cooperação, respeito e franqueza, que sintetizam, cada um por si, diversos atributos importantes. (R Paiva)

2- Franqueza e coragem moral caminham juntas. A responsabilidade dos oficiais generais, de último posto, na formação do processo político envolve uma franqueza absoluta.  Uma vez que uma decisão política final seja tomada, ele tem a obrigação de apoiar essa decisão como se ela fosse sua, com uma grande exceção: questões que envolvam os profundos princípios como - dever, honra e pátria - não podem se submeter a outros compromissos. (Adaptação do autor para o código-Tenente David A. Adams, Marinha dos EUA/CMG da Reserva Geraldo Luiz Miranda de Barros, da Marinha do Brasil- fonte R Paiva)

3- São fundamentais aos chefes militares mais graduados os atributos de franqueza e coragem moral e o dever de não silenciar, mesmo arriscando o futuro na carreira, diante da má administração de situações extremas com potencial para gerar severas consequências, cujos danos superem os admissíveis em outras situações ainda que não rotineiras. (Adaptação do autor para o código- fonte R Paiva)

4- O dilema entre disciplina e lealdade é apenas aparente, pois a lealdade à Nação é manifestação de disciplina em seu grau mais elevado, considerando a missão constitucional das FA e o juramento do militar à Bandeira Nacional”. [R Paiva)

5- No confronto da disciplina com a lealdade esta última constitui forma ainda mais elevada e rigorosa de disciplina, pois está direcionada à razão de ser da instituição militar – definida no marco legal – e ao compromisso do soldado, que no Brasil é: “dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria, cuja honra, integridade e instituições defenderei com o sacrifício da própria vida”. (Adaptação do autor para o código- fonte R Paiva)

6- Oficiais- generais no último posto, com larga experiência e conhecimento profissional de nível estratégico não podem fazer vista grossa, uma vez dispondo de informações confiáveis, diante de políticas capazes de causar danos insuportáveis à nação e à instituição. (Adaptação do autor para o código- fonte R Paiva)

7- Chefes militares que galgam o mais alto nível hierárquico, e não os chefes de escalões subordinados, têm tal responsabilidade, pois constituem a interface das instituições militares com o estado e a nação. Uma omissão continuada por parte destas chefias, fatalmente, vai levar à manifestação de oficiais-generais inativos e, até mesmo, de coronéis na reserva, hoje franqueados pela Constituição para se manifestarem, com o consequente descrédito e perda de liderança por quem, por direito e dever, precisa mantê-los. (Adaptação do autor para o código- fonte R Paiva)

8- Oficiais generais, no último posto, se não conseguem reverter o rumo dos acontecimentos, agindo com franqueza e discretamente dentro da cadeia de comando, devem manifestar-se de público, passando antes à reserva ou mantendo-se na ativa, conforme a consciência de cada um indicar ser necessário para preservar a hierarquia e a disciplina. (Adaptação do autor para o código- fonte R Paiva)

9- Diante de situações extremas no âmbito interno da Instituição: questionar ordens que firam princípios legais, morais ou éticos: defender os subordinados de injustiças e opinar com franqueza no sentido de convencer autoridades superiores a não tomarem decisões que possam trazer consequências significativamente danosas ao Exército, constitui decisão de caráter moral e apanágio de liderança que não podem ser desprezados. (Adaptação do autor para o código- fonte R Paiva)

10- Oficiais-generais no último posto devem se policiar, pelo bem da disciplina, em nome dos respeito a “velhos soldados” e em prol da manutenção da união e coesão da Força Terrestre, para não fazerem críticas deletérias  do tipo _” Ao passar à reserva o militar “fica inteligente e valente”_, por três motivos: primeiro, porque é legal a sua livre manifestação sobre assuntos de interesse geral, inclusive os militares; segundo, caso a política, segundo o seu parecer cuidadosamente ponderado, envolva uma questão de extrema importância e ameace gerar consideráveis custos de longo prazo para as Forças Armadas, para o interesse nacional e para a saúde do Estado, seria parte da sua permanente obrigação como militar (que não deixou de ser)  e da sua responsabilidade para com amigos e soldados que estão na Ativa, buscar retirá-los dessa situação; e, terceiro, porque antes de generalizar a crítica, convém lembrar que muitos passaram à reserva exatamente por terem primado sempre pela franqueza e coragem moral.  (Adaptação do autor para o código- fonte R Paiva)

11- A conduta dos altos chefes militares deve ter como norte o compromisso com a nação e a Instituição, com os princípios e valores mais significativos das instituições castrenses, sintetizados em patriotismo, lealdade, honra, integridade, dever e coragem, que sempre devem preceder as benesses dos cargos e funções. (Adaptação do autor para o código- fonte R Paiva)

12- A omissão na tomada de posições firmes em situações extremas e a tentativa de justificar a falta de franqueza e de coragem moral, distorcendo o significado de disciplina e lealdade, como se elas fossem devidas primeiramente a superiores hierárquicos e não à Nação e à Instituição, são incompatíveis com os princípios mais comezinhos de chefia e liderança.  (Adaptação do autor para o código- fonte R Paiva)

13- A liderança que se omite no cumprimento de seus deveres para com a Nação ou a Instituição perde a confiança dos escalões subordinados, fragiliza sua autoridade, enfraquece a Força Armada, prejudica a união, a coesão e, exatamente por tudo isso, abala, ela mesma, os alicerces da disciplina e da hierarquia. (Adaptação do autor para o código- fonte R Paiva)

14- Altos chefes militares se arriscam e perder o sentido da sua profissão e de suas obrigações quando, relegando seus atributos de caráter, se transformam em meros burocratas subservientes. (Adaptação do autor para o código- Martin L. Cook -Ph. D, professor de Filosofia e Subchefe de Departamento na Academia da Força Aérea dos EUA- fonte R Paiva)

15- Quando o processo de supervisão de assuntos militares pelo Congresso não funcionar, por omissão dos parlamentares, ou quando o legislativo tiver desenvolvido um excessivo senso de compromisso para com o Poder Executivo, negligenciando, assim, a igual obrigação (se não maior) de apresentar pareceres diretos e francos no plenário, os integrantes dos alto comando das FFAA não podem se furtar à obrigação de apresentar seu parecer franco aos membros do Congresso, em suas audiências. (Adaptação do autor para o código- Martin L. Cook -Ph. D, professor de Filosofia e Subchefe de Departamento na Academia da Força Aérea dos EUA- fonte R Paiva).

16- Oficiais-generais, no último posto, não podem se furtar, em situações mais extremas nas quais a segurança do País e de seus processos constitucionais esteja em jogo, segundo a avaliação criteriosa daqueles chefes [que fazem a crítica), mesmo para a futura credibilidade das forças militares e da sua liderança, a mostrar opiniões profissionais independentes em uma situação periclitante, correndo o risco de depois os historiadores registrarem que os líderes militares mais uma vez foram coniventes em relação às realidades enfrentadas! . (Adaptação do autor para o código- Martin L. Cook -Ph. D, professor de Filosofia e Subchefe de Departamento na Academia da Força Aérea dos EUA- fonte R Paiva).

17- Altos chefes militares quando acreditam, que uma política com a qual eles discordem frontalmente, resultará em um mal muito grande têm a obrigação de envidar todos os esforços para serem ouvidos. Evidentemente, um oficial deve lealdade aos superiores civis, mas também há outras lealdades concomitantes em jogo: aos subordinados militares, à “saúde” das próprias Forças Armadas e à adequada manutenção, no longo prazo, da percepção dos outros cidadãos sobre a integridade moral delas. (Adaptação do autor para o código- Capelão George M. Clifford III, CMG, Reserva da marinha /USA - fonte R Paiva)

18- É desperdício não conhecer o pensamento pessoal de profissionais da reserva em quem a Nação investiu mais de trinta anos em preparação contínua.  Projetos de defesa nacional, por sua relevância, não devem ficar subordinados a interpretações retrógradas do que sejam hierarquia e disciplina intelectual, sendo por demais importante se valer da experiência e da cultura profissional de antigos e reconhecidos instrutores das escolas militares de formação, aperfeiçoamento e comando e estado-maior. (Adaptação do autor para o código- fonte R Paiva)

19- “Ninguém Fica Prá Trás!” Reza assim a tradição militar! [Início de Transcrição]:” Chefes militares cultuam hierarquia, disciplina e justiça. São francos com os superiores e cumprem, respeitando a lei e sem alarde, a obrigação moral e funcional de assumir riscos pessoais para defender os subordinados de injustiças. (Adaptação do autor para o código- fonte R Paiva)





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*Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel de infantaria e Estado-Maior, na reserva.

Estudo mostra que 10% dos assassinatos no mundo em 2012 aconteceram no Brasil


Mais de 10% de todos os homicídios ocorridos no mundo, em 2012, foram registrados no Brasil, de acordo com o Relatório Global sobre Homicídios 2013, feito pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) sobre dados do ano anterior. De acordo com o relatório, houve 437 mil assassinatos no mundo, em 2012, dos quais 50.108 no Brasil.

De acordo com a Unodc, há um cenário de estabilidade no número de homicídios no país, que ao lado do México, da Nigéria e do Congo está no segundo grupo de países com maior número de assassinatos do mundo, com índice de 25 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes. No primeiro grupo, onde figuram Colômbia, Venezuela, Guatemala e África do Sul, a situação de violência ainda é pior. Neles, o índice de assassinatos passa de 30 por 100 mil habitantes.

Enquanto nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo o índice de homicídios caiu, respectivamente, 29% e 11%, na Paraíba a taxa cresceu 150%, e na Bahia houve aumento de 75%. Segundo o estudo, Pernambuco, com redução de 38%, foi o único estado do Nordeste com queda no número de assassinatos.

No Brasil, 90% das vítimas de homicídios são homens. O abuso de álcool e outras drogas, e a disponibilidade de armas de fogo, são apontadas no estudo como determinantes para que aconteçam os assassinatos.

O relatório também destaca que o continente americano apresenta uma importante disparidade entre o total de homicídios cometidos e a condenação dos responsáveis, já que apenas 24% dos crimes são solucionados.

O levantamento ressaltou ainda as unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) como uma iniciativa determinante para a redução dos índices de homicídio em quase 80%, no Rio de Janeiro, entre 2008 e 2012.

TSUNAMI DE LAMA

Por Gen Ex José Carlos Leite Filho

Houve época em nossa história em que um “mar de lama” derrubou um presidente da República pelo repúdio da população aos desacertos governamentais. Nos dias atuais, o mau cheiro é maior em consequência da corrupção que se alastra a cada dia, um verdadeiro tsunami de podridão em que chafurdam personalidades gradas do país.

A revista Veja (nr. 15, de 09/04/14) mostra aos seus leitores “como o PT está afundando a Petrobras” e aponta, sem reticências, fatos e nomes de protagonistas encastelados no poder que parecem zombar das instituições e dos órgãos incumbidos de zelar pela ética no trato da coisa pública. É de estarrecer o envolvimento despudorado do vice-presidente da Câmara dos Deputados, dentre outros, em associação com um doleiro “para fraudar contratos no governo e, juntos, ganhar uma fortuna”.  São tantas as falcatruas denunciadas e os seus graúdos personagens, que até parece que eles interpretaram em seu favor o histórico lema que dizia que “o petróleo é nosso”. De uma pujante empresa brasileira, orgulho nacional, a Petrobras passou a ter lugar de destaque no noticiário policial, pois era da associação dos criminosos denunciada “o plano de enriquecer”...

Revoltante é também a coincidência dos fatos publicados referentes à escandalosa compra pela Petrobras de uma refinaria obsoleta situada em Pasadena, Texas, pela qual o seu antigo proprietário pagou 42,5 milhões de dólares e, um ano após, repassou à empresa brasileira pelo astronômico valor de 1,2 bilhão. Apesar do princípio da transparência ser essencial no trato da coisa pública, a negociação aconteceu em 2006 e só agora se cogita do conhecimento de detalhes do surrealista negócio e da identificação dos negligentes adquirentes.

Parece oportuno estranhar ainda a repetida preocupação do governo brasileiro com o sigilo em contratos internacionais aparentemente comuns, haja vista a contratação com Cuba, via OPAS, do badalado programa “Mais Médicos” cujos termos só poderão ser do domínio público daqui a uns dez anos.

Se quem não deve não teme, é de se esperar que as instituições envolvidas nos casos citados, mormente o Congresso Nacional, se mostrem favoráveis às investigações necessárias, quer pela Polícia Federal quer pelos seus próprios órgãos competentes, para estampar a verdade e punir os culpados, pois do jeito que está não pode ficar.


A democracia não consiste apenas em eleições e na liberdade de expressão. É indispensável valorizar o suor do trabalho e jamais permitir que os brasileiros venham a ter vergonha de ser honestos. 


A trágica e sangrenta falta de uma Política Nacional de Segurança no Brasil. Estudo da ONU mostra que 11,4% dos assassinatos do mundo são cometidos no país.


Primeiro, guarde este números. O Brasil representa 2,8% da população do planeta. No entanto, 11,4% dos assassinatos cometidos no mundo acontecem aqui em nosso país. É uma tragédia que demonstra, cabalmente, a responsabilidade dos governos do PT em relação a esta violência. Hoje a ONU divulgou o Relatório Global sobre Homicídios 2013. Foram 437.000 mortes em âmbito global. O Brasil registrou 50.108 assassinatos. Abaixo, a notícia da ONU.

O Relatório Global sobre Homicídios 2013, lançado mundialmente nesta quinta-feira (10), pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), revela que, somente em 2012, foram registrados 50.108 homicídios no Brasil, número equivalente a pouco mais dos 10% dos assassinatos cometidos em todo o mundo, que foram 437 mil.  De acordo com o documento, o Brasil apresenta estabilidade no registro de homicídios dolosos, mas o país ainda integra o segundo grupo de países mais violentos do mundo. O cenário de estabilidade no plano nacional contrasta com as disparidades no nível subnacional.

As taxas de homicídio declinaram nos estados do Rio de Janeiro (29%) e São Paulo (11%), mas cresceram no norte e nordeste do País, com destaque para a Paraíba, que registra um aumento de 150%, e Bahia, que contabiliza um aumento de 75% no número de homicídios nos últimos dois anos.O Estado de Pernambuco é uma exceção no Nordeste, com queda de 38.1% na taxa global de homicídios.

No Brasil, apesar da grande maioria das vítimas de homicídios serem do sexo masculino (90%), destaca-se no relatório o número significativo de mulheres que são assassinadas pelos seus parceiros ou familiares. O relatório conclui que muito precisa ser feito para prover os Estados de capacidades para efetivamente prevenir, investigar, denunciar e punir a violência doméstica e todas as formas de violência contra a mulher. A China, Coreia do Norte e o Japão registram os maiores índice de morte de mulheres (cerca de 52% das vítimas).

O abuso de álcool e outras drogas, e a disponibilidade de armas de fogo, são apontadas no estudo como determinantes nos padrões e prevalência da violência letal. O relatório destaca que qualquer política pública na área de prevenção aos homicídios apenas irá funcionar se os governos conseguirem direcionar estas ações para as vítimas e agressores potenciais.

Os países com as maiores taxas de homicídio, com mais de 30 para cada 100 mil habitantes, são Colômbia, Venezuela, Guatemala e África do Sul. O Brasil (25 homicídios para cada 100 mil habitantes) integra o rol do segundo grupo de países mais violentos, juntamente com o México, a Nigéria e o Congo, que registram de 20 a 30 homicídios para cada 100 mil habitantes.

A América do Sul é a terceira sub-região no mundo com os maiores índices de homicídio (23 a cada 100 mil/habitantes). Em primeiro lugar, está o Sudeste da África (com mais de 30 a cada 100 mil/habitantes) e, em segundo lugar, a América Central (26 a cada 100 mil/habitantes).

Os índices de homicídio na Colômbia estão em declínio desde 1996, mas ainda registram um patamar elevado. A Venezuela é o único país da América do Sul que apresenta um aumento significativo nas taxas de homicídio desde 1995. Os registros de homicídios na Argentina, Chile e Uruguai estão estabilizados, mas com baixos índices, aproximando-se dos cenários verificados nos países europeus.

O relatório destaca as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPS) como uma iniciativa determinante para a redução dos índices de homicídio em quase 80% no Rio de Janeiro entre 2008 e 2012. Em novembro de 2013, o estudo contabilizou 34 unidades em operação em 226 comunidades, beneficiando mais de 1,5 milhão de pessoas.

A América é o continente com maior incidência do uso de armas de fogo no cometimento dos homicídios (66%), seguida da Ásia e África (28%), Europa (13%) e Oceania (10%). O continente americano também apresenta uma notável disparidade entre o total de homicídios cometidos e a condenação dos seus responsáveis, o que coloca em xeque a eficácia do sistema de justiça criminal no País. Apenas 24% dos crimes são solucionados.

O número do efetivo policial é analisado de forma diretamente proporcional ao nível de resolução das investigações dos crimes cometidos. Na América, as mortes em presídios também são frequentes. As chances de homicídio entre presos é três vezes maior do que entre a população em geral.

“O UNODC vem trabalhando com o objetivo de oferecer uma referência mundial para os estudos na área de homicídio, o compartilhamento de técnicas de análises com especialistas e acordos de cooperação com os estados para o controle da criminalidade”, afirma Rafael Franzini, representante do Escritório do UNODC no Brasil e Cone Sul.

O foco do levantamento é o homicídio doloso, com uma detalhada analise considerando as diversas faces dos homicídios – relacionados a atividades criminosas, interpessoais ou sociopolíticas – as armas mais utilizadas nos crimes; a eficácia do sistema criminal de justiça na resolução dos casos; e as questões conceituais relativas ao homicídio, violência e conflito. (Fonte ONU)

Celso Daniel: deputada enfrenta Gilberto Carvalho, que sabia do uso de revólver na cobrança de propina


gilberto_carvalho_09Crime organizado – Secretário-geral da Presidência da República e defensor de uma guerra social como solução para a permanência do PT no poder central, Gilberto Carvalho jamais convenceu, com suas baboseiras sacristãs, sobre a morte de Celso Daniel, então prefeito de Santo André e que foi brutalmente assassinado porque discordou da forma com o partido arrecadava propinas na cidade e da destinação dada ao dinheiro.

Durante audiência pública na Comissão de Segurança Pública e Crime Organizado da Câmara dos Deputados, na quarta-feira (9), Carvalho foi duramente interpelado pela deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), que vivenciou o esquema criminoso e truculento que se instalou em Santo André, com a aquiescência do agora todo-poderoso do Palácio do Planalto.

Em sua fala, Gabrilli acusou Gilberto Carvalho de ser o arrecadador da propina cobrada de empresários de ônibus em Santo André. ”O senhor sempre foi conhecido como o homem do carro preto”, disse a deputada ao secretário da Presidência. “Era a pessoa que realmente pegava essa coleta de dinheiro extorquido de empresários e levava para o capo, como era conhecido o José Dirceu. Isso eu não li. Isso eu vivenciei”, completou Mara Gabrilli.

A parlamentar em momento algum falto com a verdade em sua corajosa participação na audiência pública, tendo, inclusive, afirmado que o seu pai, à época dono de uma empresa de ônibus na cidade do ABC paulista, era extorquido mensalmente “por uma gangue”, referência ao grupo comandado, segundo a deputada, por Klinger de Souza (subsecretário de Celso Daniel), Ronan Maria Pinto (atualmente dono do Diário do Grande ABC) e Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, acusado pelo Ministério Público paulista de ser o mandante do crime.

Mara Gabrilli pode ter esquecido, talvez não tenha vivenciado os fatos, mas a coleta do dinheiro da propina era feito regularmente por pessoas que chegavam às empresas de ônibus a bordo de um carro preto. Fora isso, os arrecadadores, depois de acomodados na sala onde se dava o pagamento, colocavam armas de fogo sobre a mesa, em clara atitude intimidatória.

O esquema criminoso que se alastrou por Santo André era tão acintoso, que pessoas de confiança dos marginais que estavam na prefeitura da cidade passaram a trabalhar nas empresas de ônibus, condição para que as mesmas pudessem funcionar sem qualquer problema. Esses prepostos da bandidagem local eram obrigados não apenas a controlar o movimento financeiro das empresas, mas também a cobrar propina de terceiro que pretendiam vender produtos ou prestar serviços aos empresários do setor.

Celso Daniel foi sequestrado depois de sair de um restaurante na capital paulista. Levado para o cativeiro, em cidade da Grande São Paulo, onde foi brutalmente torturado, o então prefeito foi encontrado morto em uma estrada vicinal de Juquitiba, cidade à beira da rodovia Régis Bittencourt.

O petista só teve um fim trágico porque discordou da forma descontrolada como a propina vinha sendo cobrada dos empresários da cidade. Fora isso, Celso Daniel se desentendeu com alguns companheiros de legenda por causa da destinação que era dada ao dinheiro imundo, que em tese serviria para financiar a campanha presidencial de Lula, em 2002, mas acabou sendo utilizado na compra de luxuosas casas de veraneio em conhecidas cidades no entorno da capital paulista.

Não custa lembrar que o gerente financeiro do Mensalão do PT, Marcos Valério Fernandes de Souza, afirmou em depoimento que foi procurado por pessoas ligadas ao PT, as quais exigiram R$ 6 milhões para interromper a investigação da morte de Celso Daniel que vinha sendo feita por um órgão de imprensa.

As gravações telefônicas do caso, divulgadas à época com exclusividade pelo ucho.info, provam que o esquema de cobrança de propina saiu do controle, tendo se transformado em ação típica de grupos mafiosos que não medem consequência para alcançar seus objetivos. Meses após a morte de Celso Daniel, contas bancárias no exterior registraram misteriosas movimentações, sem que as autoridades tenham solicitado informações sobre o caso a autoridades internacionais.

Confira abaixo os principais trechos das gravações telefônicas do caso Celso Daniel, divulgadas à época com exclusividade pelo ucho.info. Em uma delas, o atual ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Ivone Santana tratam a morte de Celso Daniel com frieza.